(Mannheim, Alemanha)
Tenho observado situações que, embora não sejam específicas, servem para ilustrar um ponto que preciso abordar nos meus vídeos. Até agora, eu evitava tocar nesse assunto, mas vou começar a falar sobre isso. Se você me conhece e está assistindo a este vídeo, entenda que não fiz este conteúdo direcionado pessoalmente a você. Quando menciono situações que você pode ter vivido ou estar vivendo comigo, saiba que minha intenção não é falar sobre você especificamente. Meu objetivo é abordar conceitos, visões e entendimentos mais amplos, que podem se aplicar a qualquer pessoa em situações semelhantes. Não há nada de pessoal nos meus vídeos; meu foco é na edificação e no crescimento espiritual.
A Bíblia nos orienta a agir com discernimento e sabedoria em nossas palavras e ações. Em Provérbios 4:7, somos ensinados: 'O princípio da sabedoria é: Adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o entendimento.' Minha intenção é justamente compartilhar entendimento, e não provocar qualquer desconforto pessoal. Além disso, em Efésios 4:15, Paulo nos exorta a falar a verdade em amor, para que cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo. Portanto, ao compartilhar esses conceitos, faço isso com amor e visando o bem comum.
Às vezes, é necessário usar exemplos da vida real para ilustrar princípios espirituais. Jesus fez isso frequentemente, utilizando parábolas para explicar verdades mais profundas. Em Mateus 13:34, lemos que Jesus 'falava todas essas coisas à multidão por parábolas, e sem parábolas nada lhes falava.' Assim, ao trazer situações que podem ser reconhecíveis, faço isso para transmitir um ensinamento mais amplo, não para personalizar a mensagem.
Meu desejo é que, ao ouvir estas palavras, você seja capaz de refletir e, se necessário, ajustar sua perspectiva, sempre buscando o crescimento em Cristo. Como Paulo escreveu em Filipenses 1:9-10: 'E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros e sem escândalo algum até o dia de Cristo.' Meu propósito é que, por meio desses ensinamentos, possamos juntos crescer em entendimento e em amor."
Às vezes, para ilustrar melhor os conceitos que estou discutindo, utilizo exemplos práticos, como: 'Ah, eu conheci uma pessoa dois anos atrás, e em uma conversa que tivemos...' No entanto, é importante esclarecer que esses exemplos são genéricos e não identificam ninguém. Ninguém, além da própria pessoa envolvida, talvez possa reconhecer a situação. Meu propósito ao trazer esses exemplos é compartilhar minha perspectiva sobre determinados assuntos, e nunca é algo pessoal a ponto de alguém se sentir exposto ou pensar: 'Ah, ele está falando sobre mim.'
Jesus frequentemente usava exemplos e parábolas para ensinar verdades espirituais, tornando conceitos complexos mais acessíveis a todos. Em Mateus 13:34-35, lemos: 'Todas essas coisas falou Jesus às multidões por parábolas, e sem parábolas nada lhes falava, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo.' Assim como Jesus fazia, uso exemplos de situações e circunstâncias para explicar fundamentos espirituais e ajudar na compreensão.
Esses exemplos visam edificar, e não criticar ou expor. O apóstolo Paulo também usava exemplos pessoais para ensinar, como vemos em 2 Coríntios 11:16-30, onde ele fala das suas próprias dificuldades para ilustrar a graça e o poder de Deus em meio às fraquezas humanas. Minha intenção é similar: compartilhar experiências que possam ajudar no entendimento dos princípios que desejo transmitir.
Ao usar exemplos, procuro seguir a orientação de Efésios 4:29: 'Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.' A minha meta é que cada palavra seja usada para edificar, encorajar e trazer crescimento espiritual, nunca para ferir ou expor alguém.
Portanto, quando falo de situações ou pessoas, meu objetivo não é apontar dedos, mas sim trazer clareza e entendimento, sempre com o desejo de promover o crescimento no amor e na sabedoria de Deus."
Quando sou ofertante e não estou vinculado a uma igreja específica, começo a desenvolver uma mentalidade própria sobre como devo contribuir e servir no Reino de Deus. Essa mentalidade pode surgir com base naquilo que vejo pastores e igrejas fazendo. Muitas vezes, posso achar que é justo pensar: 'O pastor faz isso, a igreja faz aquilo', e então começo a formar convicções sobre o meu papel no Corpo de Cristo. À medida que essa mentalidade se fortalece, posso sentir que Deus está me chamando para algo específico na obra Dele.
Por exemplo, posso chegar à conclusão: 'Deus me chamou para ser pastor', ou 'Sou evangelista', ou ainda, 'Sou apóstolo, porque Deus se revelou para mim'. Como diz a Bíblia, o apóstolo é aquele que teve uma visão de Jesus, como foi o caso de Paulo. Acredito que essas manifestações ainda acontecem hoje, pois o chamado de Deus é algo vivo e contínuo.
Na Bíblia, vemos em 1 Coríntios 12:28 que 'A uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.' Esse versículo nos mostra que Deus continua a chamar pessoas para diferentes ministérios dentro da igreja, e que cada um desses chamados tem um propósito específico no Corpo de Cristo.
É importante lembrar que esse chamado não é algo que simplesmente escolhemos por conta própria, mas é uma resposta ao que Deus já plantou em nós. Em Efésios 4:11-12, Paulo ensina que 'E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.' Isso significa que o chamado é dado por Deus para a edificação da igreja, e cada um deve responder de acordo com a graça que lhe foi concedida.
Por fim, acreditar que Deus continua a chamar e revelar Sua vontade para as pessoas hoje está em plena concordância com o que vemos na Bíblia. O exemplo de Paulo, que foi chamado diretamente por Cristo, é uma lembrança de que Deus pode se revelar de maneiras extraordinárias para nos direcionar ao ministério que Ele deseja que desempenhemos. Em Atos 26:16, Jesus disse a Paulo: 'Levanta-te e firma-te sobre os teus pés; porque te apareci por isto, para te constituir ministro e testemunha tanto das coisas em que me tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda.' Assim, Deus continua a chamar e capacitar aqueles que Ele escolhe para a Sua obra."
Essa pessoa, então, chega à conclusão de que deve fundar e plantar uma igreja. No entanto, já vi pessoas que, sem um chamado apostólico genuíno, tomaram a iniciativa de plantar igrejas. Não cabe a mim julgar o que é certo ou errado nesse contexto; não sou eu quem define o que constitui um chamado autêntico. Contudo, é importante destacar que, para iniciar algo tão significativo quanto uma igreja, a pessoa precisa primeiro entender profundamente sua identidade em Cristo. Somente assim será possível plantar o DNA daquilo que Deus propôs para sua vida, ao invés de simplesmente seguir um modelo que leu em um livro ou observou alguém implementar. Mas tudo bem, cada um deve buscar a orientação de Deus para discernir seu caminho.
A Bíblia nos ensina a importância de conhecer nossa identidade e nosso chamado antes de nos lançarmos em qualquer obra. Em Efésios 2:10, lemos: 'Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.' Isso nos lembra que as obras que realizamos devem ser aquelas para as quais Deus nos preparou especificamente. Não devemos agir por imitação, mas em resposta ao chamado único que Deus nos deu.
Além disso, em Romanos 12:6-8, Paulo exorta: 'De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.' Cada chamado é único, e deve ser exercido conforme a graça e a capacitação de Deus, e não apenas baseado em métodos ou exemplos alheios.
Plantar uma igreja não é uma tarefa para ser tomada de ânimo leve ou por simples inspiração momentânea. Jesus nos adverte sobre a necessidade de contar o custo antes de iniciar uma obra. Em Lucas 14:28, Ele diz: 'Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que a acabar?' Assim, antes de fundar uma igreja, é crucial que a pessoa esteja certa de seu chamado e que tenha clareza sobre a direção de Deus para sua vida e ministério.
Portanto, entender e aceitar a identidade que Deus nos deu é fundamental para que possamos plantar e edificar segundo o propósito divino, e não apenas repetir fórmulas que vimos ou lemos. Devemos buscar a revelação de Deus sobre o DNA específico que Ele deseja implantar em nosso ministério, permitindo que Ele guie cada passo da nossa jornada..
Quando uma pessoa começa a plantar uma igreja, a balança muda, entende? Já presenciei isso acontecer várias vezes, com pessoas que conheci ao longo do tempo. Vi isso acontecer com pelo menos cinco pessoas com quem convivi. Antes de terem suas próprias igrejas, essas pessoas tinham conceitos e opiniões muito firmes sobre dinheiro, ofertas e dízimos. Elas costumavam questionar: 'Por que os pastores falam tanto de dinheiro?', 'Para que serve o dízimo?', 'Por que insistem em ofertas?', 'Por que querem o meu dinheiro?'. Havia uma postura crítica em relação ao manejo de finanças na igreja e uma desconfiança em relação às motivações por trás dessas práticas.
No entanto, quando essas mesmas pessoas começaram a plantar suas igrejas, percebi que suas perspectivas mudaram. Isso me fez entender que, muitas vezes, só compreendemos plenamente a necessidade e a importância dessas práticas quando estamos na posição de liderar e de cuidar de uma comunidade. Jesus nos alerta sobre a tendência humana de julgar sem entender a totalidade das circunstâncias. Em Mateus 7:1-2, Ele ensina: 'Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o juízo com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido, vos hão de medir.'
Quando assumimos a responsabilidade de plantar e liderar uma igreja, somos confrontados com as realidades práticas do ministério. De repente, o que antes parecia desnecessário ou excessivo, como o dízimo e as ofertas, passa a ser visto sob uma nova luz. As despesas da igreja, como aluguel, manutenção, salários de funcionários e outras necessidades ministeriais, tornam-se evidentes. A visão crítica sobre o dinheiro na igreja frequentemente se transforma quando a pessoa percebe que essas contribuições são essenciais para a sustentação e o crescimento do trabalho de Deus.
A Bíblia fala da importância do dízimo e das ofertas como um ato de obediência e de sustento do ministério. Em Malaquias 3:10, Deus diz: 'Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal que dela vos advenha a maior abastança.' Este versículo nos mostra que a contribuição financeira é uma maneira de participar da obra de Deus e de sustentar aqueles que dedicam suas vidas ao ministério.
Além disso, em 1 Coríntios 9:14, Paulo afirma: 'Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.' Isso reforça que é justo e bíblico que os que dedicam suas vidas ao serviço de Deus sejam sustentados pelas ofertas e dízimos da congregação.
Portanto, ao plantar uma igreja, é comum que a visão sobre finanças no ministério se transforme. O que antes era visto como desnecessário ou questionável passa a ser reconhecido como essencial para a missão de edificar o corpo de Cristo e expandir o Reino de Deus. É uma lição sobre como a experiência e a responsabilidade nos levam a uma compreensão mais profunda das realidades do ministério e das necessidades da igreja."
Quando essas pessoas começam a trabalhar para estabelecer uma igreja, seja alugando um prédio ou construindo algo — e, de fato, alguns constroem e outros alugam —, qual é a primeira coisa que fazem, mesmo que tenham condições financeiras de bancar a obra? A primeira coisa que fazem é lançar uma campanha de arrecadação, muitas vezes pedindo contribuições via PIX ou divulgando uma conta bancária, com mensagens do tipo: 'Estamos começando uma obra aqui, se você quiser participar, sinta-se à vontade para contribuir.'
Eu não acho isso errado, pois é natural e necessário buscar o apoio da comunidade para sustentar a obra de Deus. A questão aqui é a mudança de postura. Quando essas pessoas estavam do outro lado, antes de fundarem suas igrejas, muitas vezes criticavam essas mesmas práticas. Diziam que era errado falar de dinheiro, questionavam a necessidade do dízimo e das ofertas, e criticavam os pastores por pedirem contribuições. No entanto, ao se verem na posição de liderança, responsáveis pela manutenção de um ministério, começam a perceber a importância dessas práticas e a necessidade de mobilizar recursos para que a obra possa avançar.
Essa mudança de perspectiva é algo que Jesus já nos alertava. Em Mateus 7:3-5, Ele disse: 'E por que reparas tu no cisco que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o cisco do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o cisco do olho do teu irmão.' Muitas vezes, somos rápidos em julgar as ações dos outros sem compreender a totalidade de suas circunstâncias. Só quando nos encontramos na mesma posição, com as mesmas responsabilidades, é que passamos a entender a verdadeira necessidade por trás dessas ações.
Além disso, a Bíblia nos ensina sobre a importância da contribuição para o sustento da obra de Deus. Em 2 Coríntios 9:7, Paulo nos exorta: 'Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria.' Contribuir para a obra de Deus não é apenas uma necessidade prática, mas também uma expressão de fé e generosidade, algo que deve ser feito de coração.
E, em Gálatas 6:6, encontramos: 'E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui.' Isso mostra que é bíblico e correto sustentar aqueles que nos guiam espiritualmente, reconhecendo o valor do trabalho que realizam.
Essa mudança de atitude não é apenas uma questão de coerência, mas também de amadurecimento espiritual. Quando compreendemos a realidade do ministério, percebemos que o apoio financeiro da comunidade é essencial para que a obra de Deus possa continuar e se expandir. Assim, o que antes era visto como errado ou desnecessário passa a ser reconhecido como uma parte vital do funcionamento e crescimento da igreja. Essa transição de pensamento é uma lição sobre a importância de entender as responsabilidades e desafios envolvidos no trabalho ministerial.
É exatamente isso que precisa mudar entre nós. Se você não é pastor, se você não é alguém que funda ou planta uma igreja, ainda assim, oferte, financie e apoie aqueles que o fazem. Por que isso é tão importante? Porque pode chegar o dia em que Deus lhe confiará um projeto, uma missão específica, e você também precisará do apoio das pessoas para realizar o que Deus colocou em seu coração. Por isso, nunca subestime a necessidade do outro ou a capacidade que o outro tem de realizar algo significativo no Reino de Deus.
A Palavra de Deus nos ensina a importância de apoiar e sustentar aqueles que se dedicam à obra do Senhor. Em 1 Timóteo 5:18, Paulo cita as Escrituras: 'Porque diz a Escritura: Não atarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o trabalhador do seu salário.' Esse versículo nos lembra que aqueles que trabalham para o Reino são dignos de serem sustentados por ele. Se o boi que trabalha merece ser alimentado, quanto mais os servos de Deus que se dedicam integralmente ao ministério?
Além disso, em Filipenses 4:16-17, Paulo agradece à igreja de Filipos pelo apoio financeiro: 'Porque até em Tessalônica me mandastes, não uma, mas duas vezes, o necessário para as minhas necessidades. Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta.' Aqui, vemos que o apoio financeiro à obra de Deus não é apenas uma bênção para quem recebe, mas também para quem dá. O fruto do ministério é compartilhado com todos aqueles que contribuem para o avanço do Evangelho.
Ao apoiar os projetos que Deus colocou no coração dos outros, você está semeando em solo fértil e participando da colheita espiritual. Em 2 Coríntios 9:6, Paulo nos lembra: 'E digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará.' Sua generosidade hoje pode abrir portas para que, no futuro, quando Deus lhe confiar algo grande, você também receba o apoio necessário para cumprir sua missão.
Devemos cultivar uma mentalidade de apoio mútuo e generosidade. O Reino de Deus avança quando entendemos que somos uma comunidade interdependente, onde cada um tem um papel importante. Apoiar aqueles que plantam e lideram igrejas é uma forma de participar ativamente da obra de Deus, e de reconhecer que todos nós, em algum momento, precisaremos uns dos outros. Como está escrito em Hebreus 13:16: 'E não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, pois com tais sacrifícios Deus se agrada.'"
O que aconteceu nesse trajeto de 14 anos? Ao longo desse tempo, eu percebi algo que gostaria de compartilhar, não por ressentimento, mas para trazer edificação e talvez ajudar você a reconsiderar sua mentalidade. Algumas pessoas, durante esses anos, chegaram até mim e disseram: 'Léo, por que você não faz assim, ou faz assado?' Essas pessoas nunca concordaram totalmente com o meu posicionamento missionário. E, naturalmente, quando alguém não concorda com sua visão ou com o chamado que Deus lhe deu, a tendência é que essa pessoa não queira contribuir ou apoiar financeiramente.
Mesmo quando há concordância, muitos ainda encontram dificuldade em ofertar, seja por falta de compreensão, por questões financeiras, ou até por uma mentalidade limitada em relação ao que significa apoiar a obra de Deus. E quando não há concordância, a resistência é ainda maior. Isso é algo que muitos ministérios enfrentam, e que revela uma necessidade profunda de compreensão e transformação na forma como enxergamos o sustento do Reino de Deus.
A Bíblia nos orienta claramente sobre a importância de apoiar aqueles que são chamados para o ministério. Em 3 João 1:5-8, encontramos uma exortação sobre a importância de apoiar os obreiros: 'Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos, e para com os estranhos, que, perante a igreja, deram testemunho do teu amor. Aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem farás; porque por amor do seu nome saíram, sem nada aceitar dos gentios. Portanto, aos tais devemos acolher, para que sejamos cooperadores da verdade.' Aqui, vemos que apoiar os missionários e obreiros é ser cooperador da verdade, compartilhando da mesma missão e colheita espiritual.
Além disso, Mateus 10:41 nos lembra: 'Quem recebe um profeta, na qualidade de profeta, receberá recompensa de profeta; e quem recebe um justo, na qualidade de justo, receberá recompensa de justo.' Isso significa que aqueles que apoiam um ministério, reconhecendo e respeitando o chamado de Deus sobre a vida de alguém, participam também da bênção e da recompensa associada a esse ministério.
Muitas vezes, a dificuldade em ofertar vem de uma visão distorcida do que significa dar. Em Lucas 6:38, Jesus nos ensina: 'Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida, e transbordante vos deitarão no regaço; porque com a mesma medida com que medirdes vos medirão de novo.' A generosidade não é apenas uma questão de suprir necessidades financeiras, mas um princípio espiritual que libera bênçãos tanto para quem dá quanto para quem recebe.
Por fim, é importante lembrar que apoiar financeiramente o ministério não é uma questão de concordar ou discordar com cada detalhe do chamado de outra pessoa, mas sim de reconhecer a obra de Deus e se tornar parte dela. Em Filipenses 4:15-17, Paulo agradece aos filipenses por serem os únicos a compartilhar com ele em matéria de dar e receber: 'E bem sabeis também vós, ó filipenses, que no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo acerca de dar e receber, senão vós somente. Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica. Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta.' Quando ofertamos, estamos investindo no Reino de Deus, e o fruto desse investimento é creditado em nossa conta espiritual.
Que possamos reconsiderar nossas atitudes em relação ao apoio aos ministérios e lembrar que, ao sustentar a obra de Deus, estamos participando da missão que Ele nos confiou."
Eu não concordo com essa visão. Alguns dizem: 'Você precisa trabalhar para manter o seu chamado', referindo-se a empregos CLT ou empreendimentos. Já tive pastores, que na época não eram pastores e hoje são, que me aconselhavam: 'Léo, você precisa desenvolver um trabalho, um empreendimento, ou conseguir um emprego CLT.' E eu respondia: 'Não é assim que entendo o meu chamado. Tenho vivido dessa forma até hoje e tem dado certo, porque Deus propôs isso para mim.' A minha mobilidade, a capacidade de viajar e realizar o trabalho ministerial, vem exatamente da minha dedicação integral ao ministério. Esse arranjo tem funcionado bem até hoje.
Entretanto, isso gerou, ao longo do tempo — e não foi apenas com uma pessoa —, um certo desconforto em relação a dinheiro. Nenhum desses pastores foi participativo com o meu ministério, mas quando abriram suas próprias igrejas, todos me enviaram números de conta para contribuições para seus projetos. Eu acho isso errado? Não, acho que estão corretos em buscar o suporte financeiro necessário para suas obras. O que acontece é que, muitas vezes, você só compreende a necessidade e a realidade do outro quando está na mesma posição.
A Bíblia nos ensina que há uma reciprocidade no apoio e na compreensão mútua. Em Gálatas 6:2, Paulo nos exorta: 'Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo.' Isso nos lembra que devemos apoiar uns aos outros em nossas dificuldades e necessidades, reconhecendo que todos enfrentam desafios em diferentes momentos.
Além disso, em Filipenses 4:15-16, Paulo destaca: 'E bem sabeis também vós, ó filipenses, que no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo acerca de dar e receber, senão vós somente. Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica.' Isso ilustra a importância do apoio contínuo e da contribuição para o sustento dos ministérios, reconhecendo a necessidade de apoio mútuo.
Quando você tem recursos, pode ser fácil pensar que nunca precisará da ajuda de ninguém, mas isso pode mudar rapidamente. 1 Coríntios 12:21 nos lembra: 'E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.' Todos nós temos uma necessidade de interdependência dentro do Corpo de Cristo. Quando estamos em uma posição de recursos, é importante lembrar que em algum momento poderemos precisar do apoio de outros, e isso deve ser uma motivação para que ofereçamos ajuda e compreendamos as necessidades dos nossos irmãos.
Portanto, a lição aqui é que, ao apoiar os outros e reconhecer suas necessidades, estamos seguindo o exemplo de Cristo e cultivando um espírito de cooperação e mutualidade. Isso nos ajuda a desenvolver uma compreensão mais profunda e empática das realidades enfrentadas por aqueles que servem a Deus, permitindo que sejamos mais generosos e solidários em nosso próprio apoio.
Existe uma parcela — não todos, é importante ressaltar — das pessoas que conheço, que possuem considerável recurso financeiro e acreditam que não precisam de ninguém. Muitas vezes, essas pessoas tomam decisões precipitadas, pensando: 'Eu sei o que estou fazendo.' Elas baseiam seu conceito de sucesso naquilo que realizam no âmbito empresarial e acreditam que têm a mesma competência no Reino de Deus. Contudo, as coisas não funcionam da mesma forma no mundo espiritual.
Provérbios 3:5-6 nos ensina: 'Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.' Muitas vezes, aqueles que confiam exclusivamente em seus recursos financeiros e habilidades empresariais podem ignorar a necessidade de dependência e orientação divina. O conceito de sucesso e eficácia no Reino de Deus é distinto daquele do mundo empresarial, onde o dinheiro pode comprar resultados.
O dinheiro pode, sim, financiar o avanço do evangelho e facilitar a expansão das atividades ministeriais. Em Filipenses 4:19, Paulo escreve: 'O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.' Isso demonstra que Deus é a nossa fonte de provisão, e que Ele usa recursos para cumprir Seus propósitos.
Contudo, 1 Coríntios 3:7 nos lembra: 'Assim que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento.' O dinheiro, por si só, não produz frutos espirituais. Ele pode facilitar a execução de projetos, como construir edifícios, fornecer alimentos, comprar passagens aéreas ou organizar eventos, mas não pode gerar frutos espirituais. Se não for Deus atuando através das pessoas e pelo poder do Espírito Santo, o dinheiro não terá o poder de transformar vidas ou produzir salvação e edificação.
Jesus também nos adverte sobre a importância de focarmos no que é eterno. Em Mateus 6:19-21, Ele diz: 'Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corrompem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corrompem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.' Esse ensinamento nos lembra que a verdadeira riqueza não está em acumular bens materiais, mas em investir no Reino de Deus e nas coisas eternas.
A verdadeira eficácia e frutificação no ministério vêm da ação de Deus e do trabalho espiritual, não apenas do investimento financeiro. Embora o dinheiro seja necessário para a expansão e para a realização prática de muitas atividades, ele não pode substituir a atuação divina. Precisamos reconhecer a nossa dependência de Deus e entender que o verdadeiro crescimento e impacto vêm do trabalho do Espírito Santo, e não apenas da capacidade financeira.
Meu ministério é, essencialmente, a minha própria vida. Não tenho uma organização formal; estou vinculado a um ministério na Noruega que opera de forma semelhante. O custo principal do meu ministério é o custo da minha vida pessoal, que compõe a maior parte dos gastos ministeriais. Vamos estimar que o custo ministerial é cerca de R$ 15.000,00 mensais. Além disso, os gastos pessoais incluem aluguel, luz, água, comida, roupa e outras necessidades básicas de uma vida normal. Cada pessoa vive um contexto diferente, e, por isso, não posso comparar diretamente o meu custo com o de outra pessoa.
1 Coríntios 12:4-6 nos ensina: 'Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.' Cada ministério tem suas características e necessidades específicas, e cada pessoa serve a Deus de maneira única. Comparar o custo e o modelo de um ministério com outro pode não levar em conta as particularidades e contextos diferentes de cada um.
A dificuldade surge muitas vezes da mesma mentalidade que levou à adoração do bezerro de ouro, ou seja, a padronização e a busca por um modelo único e visível de sucesso. Êxodo 32:8 relata: 'Desviaram-se depressa do caminho que lhes tinha ordenado; fizeram para si um bezerro de fundição e o adoraram, e lhe ofereceram sacrifícios, e disseram: Estes são os teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito.' O desejo de replicar modelos de sucesso visíveis pode desviar o foco do propósito real do ministério e da adoração genuína a Deus.
Por exemplo, alguém pode olhar para uma igreja grande — uma congregação imensa com milhões de reais em recursos — e pensar: 'Aquilo é o verdadeiro modelo de igreja. Eu quero que a minha seja igual àquela.' No entanto, 1 Samuel 16:7 nos lembra: 'Mas o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque eu já o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.' O verdadeiro sucesso e a eficácia ministerial não estão na aparência externa ou na grandeza visível, mas no coração e na fidelidade a Deus.
Cada ministério e cada vida cristã têm um papel e um chamado únicos, e é importante que nos concentremos em cumprir o propósito que Deus estabeleceu para nós, sem nos compararmos com os outros. Gálatas 6:4 nos orienta: 'Mas cada um examine o seu próprio trabalho, e então terá motivo de gloriar-se só em si mesmo, e não em outro.' Assim, devemos focar em ser fiéis ao chamado individual de Deus e não em comparar ou imitar os modelos externos.
Portanto, é essencial reconhecer que cada ministério opera dentro de um contexto único, e o sucesso verdadeiro é medido pela fidelidade a Deus e ao Seu chamado, não pela semelhança com grandes modelos visíveis. Em 1 Coríntios 12:6, Paulo nos ensina: "E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos." Isso nos lembra que Deus trabalha de maneiras diferentes em cada ministério, conforme Sua vontade e propósito.
É crucial entender que Deus valoriza a fidelidade ao Seu chamado mais do que a conformidade com padrões externos. Em Mateus 25:21, Jesus diz: "Bem está, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor." Este versículo sublinha a importância da fidelidade e da integridade no serviço a Deus, independentemente da escala ou do reconhecimento público.
A comparação com grandes modelos visíveis pode desviar nosso foco da verdadeira missão. Em 2 Coríntios 10:12, Paulo adverte: "Porque não nos atrevemos a nos igualar ou a comparar com alguns que se louvam a si mesmos; mas eles, medindo-se a si mesmos com eles mesmos e comparando-se consigo mesmos, são insensatos." Comparar nosso ministério com grandes igrejas ou líderes pode nos levar a ignorar o chamado único que Deus tem para cada um de nós.
O sucesso no Reino de Deus não é definido por números ou visibilidade, mas pela obediência e pelo impacto espiritual. Em Gálatas 6:4, somos orientados: "Mas cada um examine o seu próprio trabalho, e então terá motivo de gloriar-se só em si mesmo, e não em outro." Cada ministério deve se concentrar em cumprir seu próprio propósito e chamado, sem se desviar para imitar modelos externos.
Finalmente, Hebreus 12:1 nos exorta: "Portanto, também nós, tendo à roda tão grande nuvem de testemunhas, despojemo-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta." Devemos manter nossos olhos fixos em Jesus e na carreira que Ele nos propôs, em vez de nos distrairmos com comparações ou padrões externos.
Sendo assim, o sucesso verdadeiro é encontrado na fidelidade ao que Deus chamou cada um a fazer, e não na tentativa de replicar o sucesso de outros. Devemos buscar a orientação e o propósito de Deus para nossos próprios ministérios e confiar que Ele valoriza nossa obediência e dedicação acima de qualquer medida externa.
Deus vos abençoe
Leonardo Lima Ribeiro
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