sexta-feira, 10 de abril de 2015

Materiais de construção (Vida no Espírito) Pt4

 

(Tirana, Albânia)

Uma das garantias que o Evangelho te dá na sabedoria do administrar dinheiro e riquezas é a paz, aquela contentamento que faz com que em qualquer circunstância você se sinta completo, mesmo que não tenha quantidades absurdas de dinheiro em suas mãos. 

Filipenses 4:11-12 (NVI): "Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter em abundância. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade."

Hebreus 13:5 (NVI): "Mantenham-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: 'Nunca o deixarei, nunca o abandonarei'."

1 Timóteo 6:6-8 (NVI): "De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos."

Provérbios 30:8-9 (NVI): "Mantenha longe de mim a falsidade e a mentira; não me dê pobreza nem riqueza, mas dê-me o pão de cada dia. De outra forma, eu poderia ficar satisfeito e negar-te, e dizer: ‘Quem é o Senhor?’ Ou poderia ficar pobre e roubar, e assim desonrar o nome do meu Deus."

A pessoa que é contente, encontrou um lugar que poucos encontraram, e esse contentamento só pode ser encontrado no âmbito do espírito. Contentamento não é conformismo. Existe uma diferença explicita entre esses dois conceitos. 

O contentamento e o conformismo são duas atitudes diferentes em relação à vida e às circunstâncias.

O contentamento refere-se a uma sensação de satisfação interior e aceitação com o que se tem ou com as situações em que se encontra. É uma atitude positiva de gratidão e apreciação pelo presente, independentemente das circunstâncias. O contentamento não implica necessariamente em estagnação ou falta de aspirações, mas sim em encontrar alegria e paz interior mesmo diante das dificuldades.

Por outro lado, o conformismo é uma atitude passiva de aceitação das circunstâncias sem questionamento ou esforço para mudá-las. O conformismo muitas vezes está associado a uma resignação resignada, onde a pessoa aceita as coisas como são sem buscar maneiras de melhorar sua situação ou ambiente. Pode ser motivado pelo medo da mudança, pela falta de confiança em si mesmo ou pela crença de que a mudança é impossível.

Em resumo, o contentamento envolve uma atitude positiva de aceitação e gratidão pelo presente, enquanto o conformismo implica em uma aceitação passiva das circunstâncias sem esforço para mudá-las.

"Deixo-vos a paz; A Minha paz vos dou. Eu não te dou como o mundo dá. Não fiqueis ansiosos nem consternados." - João 14:27 (NVI)

"O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, mansidão, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio." - Gálatas 5:22-23 (NVI)

"O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor abençoa o seu povo com paz." - Salmos 29:11 (NVI)

"A paz de Deus, que ultrapassa todo o entendimento, guardará os vossos corações e mentes em Cristo Jesus." - Filipenses 4:7 (NVI)

"Bem-aventurados os pacificadores (os que carregam a paz), porque serão chamados filhos de Deus." - Mateus 5:9 (NVI)

Contentamento está no espírito, enquanto o conformismo é uma deformidade da alma, ligado a passividade e omissão. 

As pessoas que tem problemas com dinheiro expresso em dois extremos, vive uma espécie de idolatria. Aquela que é apaixonada pelo dinheiro tem por ídolo as riquezas e o poder que elas oferecem de ostentar uma posição, enquanto aquela pessoa que tem aversão a essa condição tem por ídolo a pobreza, e na maioria das vezes, lutam para não ter nada, recusando toda espécie de melhoria ou beneficio. Pode haver uma mistura com a obra da carne chamada avareza, então essa pessoa vai acumular muito, sem usufruir de nada. Ambas situações são deformidades da alma. 

Então existem adoradores da riqueza, e adoradores da pobreza, ambos vivem uma idolatria, e precisam da paz de Jesus para serem livres.

O Equilíbrio está no contentamento junto com a expressão de generosidade, e estas características residem na expressão do fruto do espírito. 

"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal, que alguns se desviaram da fé e foram atormentados com muitas dores." - 1 Timóteo 6:10 (NVI)

"Ninguém pode servir a dois senhores, pois desprezará um e amará o outro, ou amará muito um e desprezará o outro. Você não pode servir a Deus e a Mamom ao mesmo tempo." - Mateus 6:24 (NVI)

"Não cobiça a casa do seu vizinho. Não cobiçais a sua mulher, nem os seus servos, nem as suas servas, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem nada do que lhe pertença." - Êxodo 20:17 (NVI)

"Cuidado com toda cobiça; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui." - Lucas 12:15 (NVI)

"De que adianta um homem ganhar o mundo inteiro se ele perde sua própria alma?" - Marcos 8:36 (NVI)

Você vai compreender essas verdades no seu espírito como? Meditar na palavra!

Meditar na Palavra, especialmente no contexto cristão, envolve mais do que simplesmente ler as Escrituras superficialmente. Aqui estão algumas dimensões importantes da meditação sobre a Palavra:

Reflexão Profunda: Meditar na Palavra envolve reservar um tempo para refletir profundamente sobre o que você está lendo. Não se trata apenas de passar rapidamente pelas palavras, mas de parar e considerar seu significado em profundidade.

Buscando o entendimento: A meditação sobre a Palavra também envolve buscar uma compreensão mais profunda dos princípios e ensinamentos nela contidos. Isso pode envolver fazer perguntas, procurar o contexto histórico e cultural e considerar como as passagens se aplicam à vida cotidiana.

Aplicação Pessoal: A meditação sobre a Palavra não é apenas sobre adquirir conhecimento intelectual, mas sobre aplicar as verdades das Escrituras à vida de alguém. Isso envolve considerar como você pode viver de acordo com o que está lendo e procurar maneiras práticas de aplicar esses princípios na vida cotidiana.

Oração e Comunhão: A meditação da Palavra também pode envolver oração e comunhão com Deus. Ao meditar nas Escrituras, a pessoa pode falar com Deus sobre o que está lendo, buscar Sua orientação e direção e abrir seu coração para receber o ensino e a correção do Espírito Santo.

Meditar na Palavra envolve engajamento, reflexão, busca de compreensão, aplicação prática e comunhão com Deus. É um processo que pode te enriquecer espiritualmente e transformar sua vida e também daqueles que se dedicarem com sinceridade e devoção.

Josué 1:8 (NVI): "Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido."

Salmos 1:2 (NVI): "Mas o seu prazer está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite."

Salmos 119:15 (NVI): "Medito em seus preceitos e contemplo os seus caminhos."

Salmos 119:97 (NVI): "Quanto amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro."

Salmos 119:99 (NVI): "Tenho mais discernimento que todos os meus mestres, pois medito nos teus testemunhos."

Salmos 119:148 (NVI): "Os meus olhos antecipam as vigílias da noite, para meditar em tua palavra."

As pessoas que tiram conclusões precipitadas sobre assuntos que desconhecem, acabam tendo muito mais constrangimentos e barreiras em suas vidas devido aos constantes equívocos em suas opiniões, muitas vezes carregadas de pré-conceitos sobre tudo. 

Aprendi que na maioria das vezes as coisas não são como imaginamos que elas sejam em nossa pasta de opiniões pré-produzidas. A sabedoria que adquirimos ao longo da vida nos ensinar a ser prudentes no quesito produção de juízos sobre fatos e qualquer tipo de assuntos. 

Afirmações muito convictas sem profundidade de conhecimento no assunto debatido demonstra somente a parte mais frágil do ser humano sem Deus, a tolice. 

23 Para o tolo, o cometer desordem é divertimento; mas para o homem entendido é o ter sabedoria. (Provérbios 10:23)

É triste que muitas vezes tenhamos que lidar com pessoas tão antigas na fé, mas tão sem sabedoria de Deus, e é cada vez mais escasso a disponibilidade de pessoas sábias para conduzir o povo de Deus. 

Provérbios 12:15 (NVI): "O caminho do tolo parece-lhe justo, mas o sábio ouve os conselhos."

Provérbios 15:2 (NVI): "A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos tolos derrama a insensatez."

Provérbios 18:2 (NVI): "O tolo não tem prazer no entendimento, mas sim em expor os seus pensamentos."

Provérbios 29:9 (NVI): "Se um sábio discute com um tolo, pode irritar-se ou rir-se, mas não terá paz."

Quanto mais formos orgulhosos, mais tempo permaneceremos cheios de barreiras de raciocínios humanos, sofismas e paradigmas que nos impedem de sermos realmente frutíferos no espírito. E ainda pior é o engano que muitas vezes entramos de acreditar que o sucesso terreno é sinal de frutificação espiritual. 

Aliás, esse é um dos maiores enganos da igreja livre, acreditar que a quantificação reflete a qualificação. Mega igrejas estão realmente acreditado que o seu tamanho reflete o seu fruto, e justamente por isso que os parâmetros de realidade do Reino de Deus estão ficando confusos na cabeça dos cristãos. 

Veja só o que Salomão nos diz:

Provérbios 22:28 (NVI): "Não removas as balizas antigas que teus pais fixaram."

Este versículo adverte contra a remoção das balizas antigas, que são os limites ou princípios estabelecidos pelos antepassados. Isso pode ser interpretado como um alerta para não abandonar tradições valiosas ou princípios morais fundamentais que foram estabelecidos anteriormente.

Em nosso caso, se refere a doutrina dos Apóstolos, a única que devemos seguir, e Paulo nos diz que doutrina é essa:


A "doutrina dos apóstolos" refere-se ao ensinamento central e às crenças fundamentais proclamadas pelos apóstolos de Jesus Cristo no início da igreja. Essa doutrina era baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo e foi transmitida pelos apóstolos aos primeiros seguidores de Jesus.

Os principais elementos da doutrina dos apóstolos incluem:

Jesus Cristo como Filho de Deus: Os apóstolos ensinaram que Jesus Cristo era o Filho de Deus, o Messias prometido e o Salvador da humanidade.

Morte e Ressurreição de Jesus: Eles proclamaram a morte sacrificial de Jesus na cruz como expiação pelos pecados da humanidade e sua ressurreição como prova de sua divindade e poder sobre a morte.

Arrependimento e Perdão dos Pecados: Os apóstolos ensinaram que o arrependimento dos pecados e a fé em Jesus Cristo eram essenciais para receber o perdão e a salvação.

Batismo: Eles enfatizaram a importância do batismo como um ato de obediência e identificação com a morte e ressurreição de Jesus Cristo.

O Espírito Santo: Os apóstolos ensinaram sobre o Espírito Santo como o Consolador e Capacitador enviado por Jesus para habitar nos crentes e capacitá-los para viver uma vida santa e servir a Deus.

A Segunda Vinda de Cristo: Eles ensinaram sobre a segunda vinda de Cristo, quando ele retornaria para julgar o mundo e estabelecer seu reino eterno.

Esses são alguns dos principais aspectos da doutrina dos apóstolos, conforme registrados principalmente nos escritos do Novo Testamento da Bíblia.

Irmãos, é tempo de amadurecer, e espero que sejamos juntos operantes nessa missão de crescer, mas no espírito e sermos frutíferos na edificação do corpo. 

As precipitações e manutenção de convicções infrutíferas revelam uma fase de imaturidade na vida do crente, muitos passam por ela, amadurecem e seguem para a plenitude de suas vocações, outros permanecem mais tempo, já uma outra parcela chega ao fim da sua vida na terra sem amadurecer, infelizmente essa é uma realidade. 

(continua...) 

Deus abençoe vocês. 

Leonardo Lima Ribeiro 

domingo, 5 de abril de 2015

Missões além do Politicamente Correto: Em Busca da Verdade Absoluta

(Tirana, Albânia)

Ao longo da história da humanidade, inúmeras vezes nos deparamos com o embate entre a verdade absoluta e as convenções sociais do politicamente correto. No contexto religioso, esse embate muitas vezes se intensifica, trazendo à tona questões cruciais sobre a fé, a moralidade e a liberdade de expressão.

Em nossa jornada espiritual, somos constantemente confrontados com a necessidade de discernir entre o que é politicamente aceitável e o que é genuinamente verdadeiro. Muitas vezes, essa linha tênue entre o politicamente correto e a verdade absoluta pode se tornar uma armadilha sutil, que nos impede de proclamar corajosamente aquilo em que acreditamos.

É preciso coragem para desafiar as normas sociais e religiosas estabelecidas, especialmente quando essas normas contradizem a verdade que conhecemos em nossos corações. Como seguidores de Cristo, somos chamados a buscar e proclamar a verdade, mesmo que isso nos coloque em conflito com as expectativas da sociedade ao nosso redor. O exemplo de Jesus nos mostra que a verdade muitas vezes é inconveniente, desconfortável e até mesmo perigosa. No entanto, é somente através da verdade que podemos experimentar a liberdade e a plenitude que Cristo prometeu.

"Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." - João 8:32

"Jesus lhe respondeu: 'Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.'" - João 14:6 

"Não tenhas medo; Eu sou o primeiro e o último, e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno." - Apocalipse 1:17-18

"Mas, assim como é, não foi aceitado por Deus, porque o que provém de fé é o que faz justiça." - Hebreus 10:38

"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos." - João 15:13

Ao lidar com questões delicadas como religião, política e moralidade, é crucial manter um equilíbrio entre a graça e a verdade. Enquanto expressamos nossas convicções com amor e respeito, não devemos temer enfrentar a oposição ou a rejeição daqueles que discordam de nós. A história está repleta de exemplos de indivíduos corajosos que se recusaram a se curvar diante do politicamente correto, optando por seguir sua consciência e proclamar a verdade, mesmo diante das consequências adversas.

Então, humildemente nos colocamos diante do desafio de proclamar a verdade, reconhecendo nossas próprias fraquezas e limitações. Em meio às incertezas e às lutas internas, clamamos pela graça de Deus para nos capacitar neste chamado para desafiar o politicamente correto e abraçar a verdade com amor e compaixão.

Com corações quebrantados e mãos trêmulas, nos aproximamos do altar da verdade, confiando na promessa de que é na nossa fraqueza que a força de Deus se manifesta plenamente. Reconhecemos que, por nós mesmos, somos incapazes de enfrentar as pressões e os julgamentos do mundo ao nosso redor, mas é na dependência do Espírito Santo que encontramos a coragem e a firmeza necessárias para perseverar.

Que possamos ser como vasos de barro nas mãos do Oleiro, permitindo que a luz da verdade brilhe através das nossas rachaduras e imperfeições. Que a nossa vulnerabilidade seja o canal através do qual a graça de Deus flua abundantemente, tocando os corações daqueles que estão perdidos nas sombras do engano e da mentira.

Portanto, mesmo em meio às nossas próprias fragilidades, confiamos na promessa de que Deus é suficiente para nos capacitar a proclamar a verdade com amor e humildade. Que a nossa confiança esteja firmemente ancorada na graça redentora de Deus, que nos capacita a ser instrumentos de transformação em um mundo sedento por verdade e esperança.

João 8:32 - "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."

Efésios 4:15 - "Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo."

Provérbios 12:17 - "O que fala a verdade manifesta a justiça, mas a testemunha falsa engana."

2 Timóteo 4:2 - "Prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino."

Mateus 10:27 - "O que vos digo às escuras, dizei-o em plena luz; e o que escutais ao ouvido, proclamai-o sobre os telhados."

"Não depositamos nossa confiança na eloquência das palavras ou na sofisticação da teologia, mas no poder transformador de Deus que atua através de corações contritos e dispostos. Pois é na humildade e na entrega total a Ele que encontramos a verdadeira força para proclamar Sua mensagem ao mundo, impactando vidas e transformando realidades. Assim como os discípulos simples, porém cheios do Espírito Santo, ousaram desafiar as normas estabelecidas e anunciaram o Evangelho com ousadia e convicção, que nós também possamos confiar na graça de Deus e proclamar Sua verdade com autenticidade e coragem."

Em um diálogo recente com um missionário brasileiro nos Balcãs, foram abordadas questões profundas sobre a vida, a verdade e os desafios enfrentados ao proclamar o Evangelho em um contexto culturalmente diversificado, como a Albânia. É interessante notar como a mensagem central do Evangelho, que afirma que Jesus é "o caminho, a verdade e a vida", muitas vezes é obscurecida por medo de ofender ou parecer intolerante.

O debate sobre a abordagem evangélica do mundo revela uma luta constante entre a verdade bíblica e o desejo de ser politicamente correto. Muitas vezes, os cristãos hesitam em proclamar a mensagem completa do Evangelho, com receio de serem mal interpretados ou rejeitados. No entanto, a essência do Evangelho é clara: a salvação é encontrada somente em Jesus Cristo.

Essa hesitação em proclamar a verdade completa do Evangelho pode ser atribuída a várias razões, incluindo pressões sociais, preocupações com aceitação e a busca por evitar conflitos. No entanto, como discípulos de Cristo, somos chamados a uma fidelidade radical à verdade, independentemente das circunstâncias ao nosso redor.

Em um mundo cada vez mais seduzido pela retórica vazia e pela busca desenfreada por validação social, somos chamados a nos desviar do brilho superficial das palavras e mergulhar nas profundezas do poder transformador de Deus. Não é pela eloquência dos discursos ou pela erudição teológica que encontramos a verdadeira essência do Evangelho, mas sim na simplicidade de corações quebrantados diante do Senhor.

Nossa confiança não reside na habilidade humana de persuadir ou convencer, mas sim na irresistível graça de Deus que opera em meio à nossa fragilidade e limitação. É através da humildade genuína, do reconhecimento de nossa dependência absoluta do Pai Celestial, que nos tornamos verdadeiros instrumentos de Sua mensagem de amor e redenção.

Assim como os discípulos simples, porém revestidos do Espírito Santo, desafiaram as estruturas religiosas de seu tempo e proclamaram a verdade do Evangelho com ousadia e convicção, somos chamados a seguir o mesmo exemplo. É na entrega total ao poder de Deus, na renúncia de nossas próprias habilidades e na confiança absoluta em Sua direção que encontramos a coragem necessária para enfrentar as adversidades do mundo e proclamar a verdade com autenticidade e fervor.

"O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda. Meu coração exulta de alegria, e com o meu cântico lhe darei graças." - Salmo 28:7

"Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas." - Provérbios 3:5-6

"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas." - 2 Coríntios 10:4

"Posso todas as coisas naquele que me fortalece." - Filipenses 4:13

Em meio a esses desafios, é vital lembrar que nossa confiança não está em nós mesmos, mas em Deus, que nos capacita a permanecer fiéis à sua verdade. Ele nos prometeu sua graça e seu poder para enfrentar qualquer desafio que possamos encontrar. Portanto, que possamos nos apoiar nessa promessa e continuar proclamando a verdade do Evangelho com coragem e convicção, independentemente das circunstâncias ao nosso redor.

João 14:6 (NVI): "Jesus respondeu: 'Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.'"

Romanos 1:16 (NVI): "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego."

2 Timóteo 1:7 (NVI): "Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio."

Filipenses 1:20 (NVI): "A minha expectativa e esperança é que em nada serei envergonhado; mas que com toda a ousadia, Cristo seja agora, como sempre, engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte."

Romanos 12:2 (NVI): "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."

Efésios 6:13 (NVI): "Portanto, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo."

Mateus 28:19-20 (NVI): "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos."

Ao longo de minha jornada missionária, tenho aprendido lições preciosas sobre a natureza humana e a fé. Na Albânia, onde visitei com intenções à propagação do evangelho, mas também como forma de adquirir experiência transcultural, enfrentei desafios que vão além das barreiras culturais e religiosas. Em nossas conversas francas, eu e meus companheiros de missão discutimos abertamente as nuances e os dilemas do evangelismo em um contexto tão diversificado como o daquele país. 

Um aspecto crucial que temos abordado é a necessidade de quebrar os estereótipos e preconceitos religiosos. Na Albânia, assim como em muitos outros países, o orgulho é uma barreira significativa para o acolhimento da fé cristã. Muitos nascem em tradições religiosas arraigadas, como o islamismo, sem questionar ou compreender verdadeiramente sua fé. O desafio de evangelizar essas pessoas não reside apenas em transmitir a mensagem do evangelho, mas também em superar o orgulho e a indiferença que muitas vezes acompanham essas crenças arraigadas.

Além disso, tenho refletido sobre a importância de testemunhar o amor de Cristo por meio de nossas ações e relacionamentos. Acredito firmemente que é através do amor genuíno e desinteressado que as pessoas podem ser tocadas e transformadas pela mensagem do evangelho. Não se trata apenas de distribuir cestas básicas ou realizar eventos assistenciais, mas sim de demonstrar o amor de Deus de uma forma que ressoe profundamente nos corações das pessoas.

Nossas conversas também têm destacado a importância de permanecermos fiéis à nossa missão, apesar dos desafios e das pressões externas. Como pai de dois filhos, reconheço a necessidade de adaptar minha abordagem à medida que eles amadurecem e enfrentam novos desafios. Da mesma forma, percebo a importância de permanecer firme em minha fé e compromisso com a missão, mesmo diante das adversidades.

É por meio de conversas honestas e reflexões profundas como essas que encontramos força e inspiração para continuar nossa jornada missionária. Reconhecemos que servimos a um Deus vivo e ativo, que nos guia e nos fortalece a cada passo do caminho. Com essa certeza em mente, continuamos a perseverar em nossa missão de compartilhar o amor de Cristo com o mundo ao nosso redor.

Em nossa jornada de fé e serviço, amigos maduros com o mesmo coração desempenham um papel crucial. São eles que nos desafiam a crescer, nos apoiam nos momentos de dificuldade e nos incentivam a permanecer firmes em nossa missão. Esses amigos são como âncoras em meio às tempestades da vida, oferecendo sabedoria, discernimento e encorajamento quando mais precisamos. Sua presença nos lembra da importância de permanecer fiéis aos princípios e valores que nos foram confiados, mesmo quando enfrentamos desafios aparentemente insuperáveis.

Eduardo, meu amigo e dedicado missionário na Albânia, é uma presença fundamental em minha jornada espiritual. Apesar de não morarmos no mesmo lugar, nossos encontros nas duas vezes que visitei a Albânia foram marcados por uma conexão profunda e uma comunhão de propósitos. Sua determinação em viver a fé de forma autêntica e corajosa tem sido um exemplo inspirador para mim. Juntos, enfrentamos desafios e celebramos vitórias, sempre confiando no poder transformador do amor de Cristo. Sua amizade é um tesouro inestimável em minha caminhada de fé.

Além disso, compartilhar experiências e reflexões com amigos maduros nos ajuda a ganhar uma perspectiva mais ampla e profunda sobre as questões da vida e da fé. Suas histórias e testemunhos inspiram e fortalecem nossa própria jornada, incentivando-nos a continuar avançando com coragem e determinação.

Em um mundo repleto de incertezas e adversidades, ter amigos maduros com o mesmo coração é um presente inestimável. Eles nos desafiam a crescer em amor, graça e compaixão, capacitando-nos a impactar positivamente o mundo ao nosso redor. Com sua orientação e apoio, somos capacitados a enfrentar os desafios da vida com fé, esperança e confiança no poder transformador de Deus.

Estou consciente de que tudo o que absorvo vem de Deus, que usa pessoas para transmitir sua mensagem em minha vida. O que está sendo discutido é de extrema importância, especialmente para aqueles que foram ensinados de uma certa maneira, mas que cresceram de forma diferente. Muitos de nós, após várias experiências, começamos a compreender que não podemos interpretar as coisas de maneira rígida, como alguns nos ensinaram. Jesus falou de amor e compaixão, e é isso que devemos transmitir.

"Porque tudo o que foi escrito no passado foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo vindos das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança." - Romanos 15:4

"Que o Deus que dá perseverança e ânimo dê a vocês um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus." - Romanos 15:5

"Agora, portanto, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." - 1 Coríntios 13:13

Enfrentamos uma grande barreira quando nos deparamos com o orgulho e a divisão dentro da igreja. Jesus nos instruiu a sermos um, para que o mundo saiba quem Ele é, mas às vezes parece que as pequenas diferenças nos impedem de alcançar essa unidade. Em vez de brigar por denominações, devemos buscar a harmonia e a comunhão, mostrando ao mundo o amor de Cristo através de nossas vidas.

Lembro-me de uma vez em que um colega questionou por que todos nós, cristãos, não conseguíamos nos unir, mesmo compartilhando a mesma fé. Essa separação é uma barreira significativa para aqueles que estão procurando por algo mais do que letras e doutrinas. É apenas quando demonstramos o amor transformador de Cristo que as pessoas começam a buscar algo além das tradições religiosas.

No campo missionário, a jornada vai além da simples aprendizagem da língua e da cultura local; exige uma profunda mentalidade de humildade e abertura para o aprendizado constante. É fundamental não apenas dominar as nuances linguísticas e os costumes cotidianos, mas também mergulhar na cosmovisão das pessoas, compreendendo suas crenças, valores e perspectivas de mundo. Nesse processo, somos desafiados a adaptar nossa mensagem de acordo, não para diluí-la, mas para torná-la acessível e relevante para aqueles que desejamos alcançar. Essa abordagem, fundamentada na empatia e no respeito mútuo, não só fortalece os laços com as comunidades locais, mas também abre portas para uma comunicação autêntica e significativa do amor de Cristo.

Essas reflexões são cruciais, não apenas para missionários, mas para todos os cristãos que desejam compartilhar o amor de Cristo de uma maneira que ressoe verdadeiramente com aqueles ao seu redor.

Eu estava lá, então esse tipo de coisa é importante. Você está imerso em uma cultura, pois quer se integrar à comunidade evangélica. Não pode se recusar a ser corrigido, pois é através das correções que você aprimora sua comunicação. Lá em Tirana, na capital, existem escolas onde se aprende várias línguas, como italiano. A professora do Eduardo era italiana e falava inglês e um pouco de turco. Às vezes ela falava em italiano, outras vezes em inglês, por isso ele sempre era chamados para promover a integração cultural.

É muito necessário pelo menos ter o domínio do inglês, incentivado pelos missionários que saem para o exterior. A maioria das línguas que eles aprendem, mesmo que não seja o inglês, tem como base o inglês, o que torna essa língua essencial. Não há tradução direta de albanês para português, então é crucial ter pelo menos uma língua comum, e o inglês é a secundária, o que é fundamental para a comunicação.

Eles frequentaram a escola assim que chegaram, no início do ano, em fevereiro ou março de 2012. Passaram três meses no primeiro nível e, em seguida, tiveram um intensivo de um mês no segundo nível, com aulas todos os dias de manhã e à tarde. Essa foi a rotina deles enquanto estudavam para aprender o idioma. Em cerca de sete meses, pela graça de Deus, começaram a se comunicar. Após nove meses, já estavam assumindo o trabalho lá no bairro em Valias. Eduardo, claro, falava muito bem. Aprenderam a língua em sete meses e já estavam trabalhando e pregando.

Eles receberam esse aprendizado como um sinal de Deus. Não era apenas uma absorção passiva; eles compreenderam que nunca se tornariam iguais a alguém, pois cada missão é única. Era uma questão de chamado específico e direção de Deus. Eles testemunharam pessoas que, apesar de serem excelentes teólogos, lutavam para aprender o idioma e desenvolver o ministério.

Enquanto os missionários se empenham em aprender novas línguas e se adaptar a diferentes culturas para compartilhar a mensagem do evangelho, enfrentam não apenas desafios linguísticos, mas também dilemas sociais, como a pressão do politicamente correto. Assim como eles buscam a verdade absoluta para guiar sua missão, muitas vezes se deparam com a necessidade de discernir entre as convenções sociais e a autenticidade de sua fé.

Nesse contexto, a jornada dos missionários para aprender o idioma pode ser vista como um exemplo de comprometimento com a verdade, mesmo quando isso significa desafiar as normas estabelecidas. Enquanto se esforçam para compreender a cosmovisão das pessoas locais e adaptar sua mensagem, eles também enfrentam a tentação de ceder ao politicamente correto, que pode restringir sua liberdade de expressão.

Portanto, a busca pela verdade absoluta e a coragem de proclamá-la, apesar das pressões externas, refletem não apenas a missão dos missionários, mas também a jornada espiritual de todos nós. Enquanto nos esforçamos para crescer em amor e compreensão, devemos lembrar que a verdade não é definida pelo que é politicamente aceitável, mas sim pelo poder transformador de Deus em nossas vidas e em nossa comunicação com os outros.

"Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." - João 8:32

"O amor seja sem hipocrisia. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem." - Romanos 12:9

"Se alguém falar, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém." - 1 Pedro 4:11

Leonardo Lima Ribeiro 

Geopolítica e Justiça Social: Analisando o papel das nações e das organizações internacionais(6)

  (Antônio Carlos, Santa Catarina) Geopolítica e Justiça Social: Analisando o papel das nações e das organizações internacionais na promoção...