(Innsbruck, Áustria)
"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim." (João 15:1-4)
A nossa vida cristã produz frutos, e esses frutos são visíveis, de forma que as pessoas podem vivenciar conosco dessa produtividade.
"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. (Gálatas 5:22-24)
A palavra é muito clara sobre o que Jesus chama de fruto, e você pode ver isso em Gálatas 5:22-24), claro que esses frutos, mesmo sendo expressos em atitudes, não podem ser produzidos pelo homem, porque são do Espirito, gerados dentro do espírito do homem e manifesto em sua alma, através de suas atitudes. Porém, fica claro que meu ativismo moral não pode ser chamado de fruto, pois a moral e ética pode ser produzida por aquele que não é nascido de novo, e portanto não tem o espírito vivificado.
O que as pessoas tem feito usando a bandeira do evangelho é um ajuntamento de pessoas lutando por uma causa institucional, lutando por causas de expansão denominacional, levantando bandeiras ministeriais, quando não levantando e apontando nome ou imagem de homens, colocando Jesus em segundo plano, como um avalizador do bezerro de ouro criado por eles.
Vide: "Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão.
E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.
E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao Senhor.
E no dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantou-se a folgar.
Então disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido,
E depressa se tem desviado do caminho que eu lhe tinha ordenado; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.
Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura cerviz. (Êxodo 32:3-9)
A junção de pessoas precisa de uma estrutura para organizar a ministração do evangelho e o trabalho de salvação, o envio de missionários e o apascentar e edificação dos salvos, porém, a estrutura não é o reino, e não é o evangelho, a estrutura é só uma ferramenta. Jesus Cristo deve ser o centro da vida do crente, e o fruto produzido não é consequência de obrigações ou persuasão, mas, consequência de um coração transformado.
Eu não tenho direito de controlar ou manipular uma pessoa que não compreende o que Deus fez em sua vida através de Jesus, ou que ainda não foi transformada pelo Espírito santo a ponto do fruto do Espírito levá-la a servir por amor e gratidão a sua salvação. Temos formado exércitos de pessoas motivadas por interesses e arrastadas por manipulação de seus desejos, colocando em seus ombros a divida que foi paga por Jesus e não pela igreja. E Jesus que pagou essa dívida não age em nossa vida como cobrador.
A pureza do Evangelho tem sido transformada em uma franquia, uma marca registrada, onde as pessoas recebem o beneficio eterno através de Jesus, mas não são levadas ao conhecimento da verdade, pois, precisam ser massa de manobra para uma expansão terrestre. São grandes desvios que começam com pequenos detalhes, pessoas que não tiveram seus caráter transformados trazem para dentro da instituição valores do mundo não regenerado, acrescentam estratégias equivalentes ao caráter ainda não restaurado, e ajuda de técnicas de manipulação e persuasão para arrastar multidões que estão muito mais servindo por culpa do que por gratidão.
"Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?
Será em vão que tenhais padecido tanto? Se é que isso também foi em vão.
Aquele, pois, que vos dá o Espírito, e que opera maravilhas entre vós, o faz pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?
Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.
Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.
(Gálatas 3:3-11)
Não falo aqui de uma igreja, nem do Evangelho contemporâneo, mas de um comportamento que ocorre desde a época da igreja primitiva, onde Paulo teve que lidar com isso, exortando o povo da Galácia a voltar para o Evangelho genuíno, aquele que os havia salvado, pois estavam sendo seduzidos pelo fermento da lei, derramado pelos judaizantes, que queriam ter primazia e controle daquele rebanho.
A lei foi cumprida por Jesus, porque o homem não podia cumpri-la, a lei serviu para apontar a incapacidade do homem de salvar a si mesmo. Ela cumpriu sua função sendo perfeita e apontando a imperfeição do homem. E Jesus o perfeito, cumpri-a e nos deu um novo coração regenerado pela fé em sua pessoa como Salvador.
Aqueles que não confiam na liberdade do amor, usam da lei para manipular pessoas, e colocam jugos (sujeição imposta pela força ou autoridade; opressão.), para que as pessoas se tornem prisioneiros de seus esquemas, porque o Espirito liberta, esclarece, e conduz a uma sujeição em amor e gratidão. Nesses ambientes de lei, o espirito que governa é o medo e a condenação, as pessoas serve por culpa, e a alegria não é verdadeira. Porque a alegria é um fruto do Espírito e só pode ser produzida por Ele.
Hoje, quero te fazer um convite:
Se você ainda não é salvo, procure alguém que possa te batizar,
Se você já é batizado, portanto salvo, procure uma igreja que ensine a verdadeira graça, e que ensine a liberdade do amor, e não a prisão da lei.
Quem ama liberta!! Jesus nos libertou, dando sua própria vida, e essa é a maior prova do seu amor por nós.
Ore em todo tempo no Espírito para que seja edificada a sua fé, e manifesto o fruto do Espírito que está em Gálatas 5:18 "Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei."
Tenha uma vida plena, abundante e radiante da Glória de Deus.
"Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós;"
Deus te abençoe
Leonardo Lima Ribeiro
