quinta-feira, 26 de setembro de 2024

A Armadilha da Força: Como as Maiores Qualidades de um Líder Podem se Tornar Suas Maiores Vulnerabilidades(L9)

 

(Schweinfurt, Alemanha)

O orgulho é uma armadilha insidiosa para o líder desavisado, pois se infiltra de maneira sutil e subversiva em sua vida, enredando sua mente e coração sem que ele perceba imediatamente o perigo. Quando não é confrontado, o orgulho pode levar ao endurecimento do coração, à cegueira espiritual e, finalmente, à queda. A Bíblia adverte repetidamente sobre os perigos do orgulho, pois ele coloca o indivíduo em oposição a Deus, que resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.

Provérbios 16:18: "O orgulho precede a destruição, e a altivez de espírito precede a queda."

Tiago 4:6: "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes."

A oposição de Deus ao orgulho é clara. Um líder que se torna orgulhoso se coloca em uma posição contrária à vontade divina, bloqueando a graça que poderia sustentá-lo e guiá-lo.

O orgulho não apenas precede a queda, mas também traz consigo desgraça. Em contraste, a verdadeira sabedoria é encontrada na humildade.

Provérbios 11:2: "Quando vem o orgulho, chega a desgraça, mas a sabedoria está com os humildes."

1 Pedro 5:5-6: "Revesti-vos, todos, de humildade no trato uns com os outros, porque 'Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes'. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte."

O orgulho, por ser tão enganador, pode facilmente se instalar na vida de um líder, especialmente quando o sucesso e a autoridade o envolvem. É por isso que a vigilância e a humildade são essenciais. O líder sábio reconhece suas fraquezas e se submete continuamente à correção divina, sabendo que o verdadeiro poder e liderança vêm da dependência de Deus e não de si mesmo. Ao manter o coração humilde, o líder não só se protege da queda, mas também se torna um canal através do qual a graça de Deus pode fluir abundantemente.

O líder autêntico compreende que a responsabilidade pelo desempenho do grupo recai sobre seus ombros, e com humildade, ele aceita as falhas do coletivo como suas próprias. Por outro lado, o líder verdadeiramente sábio vai além: ele não apenas assume responsabilidades, mas também reconhece e valoriza os esforços individuais e coletivos de seus seguidores, entendendo que o sucesso do ministério é fruto da colaboração e dedicação de todos. A sabedoria desse líder reside em sua capacidade de inspirar, motivar e exaltar os talentos daqueles que o cercam, criando um ambiente onde cada membro se sente valorizado e incentivado a dar o seu melhor.

Filipenses 2:3-4: "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros."

1 Tessalonicenses 5:11: "Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo."

O líder sábio entende a importância de edificar e encorajar seus seguidores. Ele reconhece que o sucesso do ministério depende do apoio mútuo e da valorização dos esforços individuais.

O amor fraternal e a honra mútua são pilares de uma liderança sábia. Um líder que honra os esforços de seus seguidores fortalece o grupo e contribui para o sucesso coletivo.

Romanos 12:10: "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros."

Provérbios 27:17: "Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro."

Hebreus 10:24: "Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras."

A liderança sábia estimula os outros ao amor e às boas obras, reconhecendo que o sucesso não é um esforço solitário, mas o resultado da contribuição coletiva.

A liderança autêntica e sábia envolve não apenas a aceitação da responsabilidade pelas falhas, mas também a celebração e valorização dos sucessos que surgem do trabalho em equipe. O líder sábio entende que o verdadeiro sucesso no ministério é um reflexo do esforço conjunto, e por isso ele dedica tempo para reconhecer e agradecer cada contribuição. Ao agir assim, ele não apenas fortalece os laços dentro do grupo, mas também cria um ambiente de apoio, confiança e incentivo mútuo, onde cada membro se sente parte vital do corpo de Cristo.

O orgulho é uma força insidiosa que leva o líder a constantemente buscar os holofotes, ansioso por reconhecimento e aplausos. Em vez de servir de maneira humilde e altruísta, o líder orgulhoso é atraído pela necessidade de ser visto, admirado e exaltado. Essa busca incessante por validação pessoal não apenas enfraquece sua liderança, mas também o afasta do verdadeiro propósito de sua posição: glorificar a Deus e servir aos outros com integridade e humildade.

Mateus 23:12: "Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado."

Jesus nos adverte que aqueles que buscam exaltação para si mesmos acabarão humilhados. O líder que busca os holofotes está, na verdade, cavando sua própria queda, enquanto aquele que pratica a humildade é exaltado no tempo certo por Deus.

Provérbios 16:18: "O orgulho precede a destruição, e a altivez de espírito precede a queda."

Filipenses 2:3: "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo."

Paulo exorta os líderes a evitarem ações motivadas pela vaidade ou vanglória. A verdadeira liderança é caracterizada pela humildade e pela consideração dos outros como mais importantes do que a própria posição ou fama.

Provérbios 29:23: "A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra."

João 3:30: "Convém que ele cresça e que eu diminua."

João Batista expressa aqui o verdadeiro coração de um líder humilde. Ele reconhece que seu papel é diminuir para que Cristo seja exaltado. O líder que compreende essa verdade não busca os holofotes, mas direciona toda a glória a Deus.

O orgulho distorce a perspectiva de liderança, transformando o serviço em uma busca egoísta por reconhecimento. O líder que cai nessa armadilha perde de vista a verdadeira essência da liderança cristã, que é o serviço abnegado e a glorificação de Deus. A Bíblia nos ensina que aqueles que se exaltam, buscando os holofotes, eventualmente enfrentam humilhação. Em contraste, o líder humilde, que serve com um coração puro e coloca os outros antes de si, será exaltado por Deus. Para liderar com eficácia e propósito, é essencial que o líder renuncie ao orgulho, optando pela humildade e buscando sempre refletir a luz de Cristo, em vez de sua própria glória.

O líder espiritual é chamado para ser um humilde servo de Deus, comprometido em cumprir a vontade divina acima de seus próprios desejos. No entanto, quando o orgulho se infiltra em seu coração, ele corre o risco de inverter essa relação sagrada, passando a agir como se Deus fosse seu servo, obrigado a atender suas orações egoístas e a abençoar seus planos ambiciosos. Esse desvio de postura não apenas distorce a verdadeira natureza da liderança espiritual, mas também coloca o líder em oposição ao propósito de Deus, pois transforma a oração e a fé em ferramentas de manipulação ao invés de expressões de devoção e submissão à vontade divina.

Tiago 4:3: "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites."

Deus não responde a orações motivadas por desejos egoístas. Quando um líder ora com orgulho, buscando apenas satisfazer suas próprias ambições, suas orações se tornam infrutíferas.

Provérbios 16:2: "Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito."

O líder orgulhoso pode acreditar que seus planos são justos e merecedores da bênção de Deus, mas é o Senhor quem examina as verdadeiras intenções do coração. Deus não se deixa enganar por aparências; Ele busca a pureza de espírito e a verdadeira submissão.

Salmo 66:18: "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido."

O orgulho e a vaidade bloqueiam nossa comunhão com Deus. Um líder que nutre essas atitudes verá suas orações desconsideradas, pois Deus não responde àqueles que se aproximam dEle com motivos egoístas.

Isaías 42:8: "Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem o meu louvor às imagens de escultura."

Deus é zeloso de Sua glória e não permitirá que Sua honra seja usurpada por líderes orgulhosos que tentam utilizá-Lo para promover seus próprios interesses. Ele não compartilha Sua glória com ninguém.

Lucas 18:14: "Porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado."

Jesus ensina que aqueles que se exaltam, acreditando que podem manipular Deus para alcançar seus objetivos, acabarão humilhados. Em contraste, o líder que se humilha diante de Deus será exaltado no tempo certo.

A verdadeira liderança espiritual se fundamenta na humildade e na submissão total à vontade de Deus. O líder é um servo de Deus, chamado a guiar os outros com um coração puro e desinteressado. No entanto, quando o orgulho toma o lugar da humildade, o líder começa a agir como se Deus estivesse a serviço de seus próprios desejos, tratando a oração como uma ferramenta para alcançar fins pessoais. Essa atitude não só corrompe a essência da oração, mas também coloca o líder em uma posição perigosa de desobediência e arrogância diante de Deus. A Bíblia é clara ao ensinar que Deus não é manipulado por orações egoístas e que Ele resiste aos soberbos. O líder espiritual deve, portanto, buscar constantemente a humildade, lembrando-se de que é um servo chamado a cumprir a vontade de Deus, e não a impor a sua própria.

O orgulho é um pecado sutil e corrosivo que, quando se infiltra no coração do líder, pode envenenar sua alma e cegá-lo para a orientação de Deus, afastá-lo do conselho sábio e isolá-lo do apoio do povo. Um líder orgulhoso começa a confiar excessivamente em sua própria sabedoria e habilidades, desprezando as direções divinas e as vozes daqueles que Deus colocou ao seu redor para ajudá-lo. Esse isolamento espiritual e emocional não apenas compromete a eficácia de sua liderança, mas também o coloca em uma trajetória perigosa que pode levar à sua queda.

Provérbios 12:15: "O caminho do insensato é reto aos seus próprios olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio."

O líder orgulhoso se considera sempre certo, rejeitando o conselho dos outros. Este versículo nos lembra que a verdadeira sabedoria reside em ouvir e considerar os conselhos, especialmente os que vêm de Deus e de pessoas piedosas.

Provérbios 16:18: "O orgulho precede a destruição, e a altivez de espírito precede a queda."

Há um fim trágico que aguarda o líder que se deixa dominar pelo orgulho. A destruição e a queda são consequências inevitáveis da arrogância e da recusa em se submeter à orientação divina.

1 Coríntios 10:12: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia."

O apóstolo Paulo adverte contra a confiança excessiva em si mesmo. O líder que se considera invulnerável ao erro por causa de seu orgulho está, na verdade, à beira de uma queda.

Provérbios 29:1: "O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura."

Este versículo descreve o destino daqueles que, por orgulho, rejeitam repetidamente a correção e o conselho. O líder que endurece seu coração contra a orientação de Deus e a sabedoria dos outros acaba por encontrar um desastre irreversível.

Isaías 5:21: "Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes diante de si mesmos!"

Deus pronuncia um "ai" contra aqueles que confiam em sua própria sabedoria e prudência. O líder que se torna sábio aos seus próprios olhos, desconsiderando a sabedoria divina e o apoio dos outros, coloca-se em grande perigo.

O orgulho, embora muitas vezes despercebido, é um pecado devastador que pode destruir a eficácia de um líder espiritual. Ao impregnar o coração, ele torna o líder surdo à orientação de Deus, cego ao valor do conselho sábio e indiferente ao apoio e necessidades do povo que ele foi chamado a servir. Este isolamento e autossuficiência resultam em decisões erradas, em uma liderança desastrosa e, eventualmente, em uma queda. A Bíblia repetidamente nos adverte sobre os perigos do orgulho e exorta os líderes a manterem um espírito humilde, disposto a ouvir e a seguir a orientação de Deus e o conselho dos outros. Somente assim, um líder pode permanecer no caminho da justiça e conduzir eficazmente aqueles que lhe foram confiados.

Os líderes são mais vulneráveis justamente nas áreas em que se destacam, pois o que é considerado sua maior força pode, paradoxalmente, tornar-se sua maior fraqueza se não for acompanhado de humildade e vigilância. Quando um líder confia excessivamente em suas habilidades ou dons, ele pode baixar a guarda, tornando-se complacente e menos dependente da graça e da orientação de Deus. Essa confiança mal colocada pode abrir portas para o orgulho, a autossuficiência e, eventualmente, a queda, pois a força sem humildade se transforma em vulnerabilidade.

2 Coríntios 12:9: "E ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo."

Paulo reconhece que é na fraqueza que o poder de Cristo se manifesta plenamente. Os líderes que dependem exclusivamente de suas forças podem perder de vista essa verdade, tornando-se vulneráveis onde se consideram mais fortes.

1 Coríntios 10:12: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia."

Aqui temos um lembrete poderoso de que a autossuficiência é perigosa. Um líder que acredita estar seguro em sua força particular deve estar vigilante, pois é justamente aí que pode ocorrer a queda.

Provérbios 16:18: "O orgulho precede a destruição, e a altivez de espírito precede a queda."

O orgulho frequentemente nasce da confiança excessiva em nossas forças. Quando um líder se torna orgulhoso de sua habilidade em uma determinada área, ele está se dirigindo para a destruição, pois se torna cego à necessidade contínua de depender de Deus.

1 Reis 19:4: "Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, dizendo: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais."

Elias, um profeta poderoso que havia demonstrado grande força ao confrontar os profetas de Baal, se tornou vulnerável logo após seu triunfo. Sua força em um momento se tornou sua vulnerabilidade no outro, mostrando como os líderes podem se esgotar e se tornar fracos onde antes eram fortes.

Filipenses 4:13: "Tudo posso naquele que me fortalece."

Qualquer força que temos vem de Cristo. Se um líder começar a acreditar que pode "tudo" por si mesmo, sem depender de Cristo, essa força se torna uma vulnerabilidade.

As áreas de maior força de um líder podem facilmente se transformar em seus pontos mais vulneráveis se ele não estiver continuamente ciente de sua dependência de Deus. Um líder que se destaca em uma habilidade particular pode, inadvertidamente, começar a confiar mais em si mesmo do que na providência divina. Isso abre a porta para o orgulho, que é o prelúdio da queda. As Escrituras nos advertem repetidamente sobre os perigos da autossuficiência e nos lembram que é na fraqueza que o poder de Deus se manifesta plenamente. Para manter a verdadeira força, os líderes devem sempre se lembrar de que suas habilidades são dons de Deus e que, sem Ele, até mesmo suas maiores forças podem falhar. A vigilância constante e a humildade são essenciais para que um líder continue a ser eficaz e para que suas forças permaneçam uma bênção, e não uma armadilha.

O pecado sexual possui um poder devastador capaz de arruinar, em um único golpe, a carreira, a família e a reputação de uma pessoa. Esse tipo de pecado é especialmente perigoso porque, além de suas consequências espirituais, ele gera um rastro de destruição nas esferas pessoal e pública, afetando não apenas o indivíduo envolvido, mas também todos ao seu redor. A tentação sexual, quando cedida, pode rapidamente desmantelar anos de trabalho árduo, comprometer relacionamentos valiosos e manchar uma reputação construída com dificuldade, trazendo vergonha e dor irreparáveis.

Provérbios 6:32-33: "O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói a sua alma quem tal faz. Achará castigo e ignomínia, e o seu opróbrio nunca se apagará."

Além de destruir a alma, o pecado sexual traz vergonha e desonra que podem manchar a reputação de uma pessoa para sempre.

1 Coríntios 6:18: "Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo."

Paulo adverte que o pecado sexual é particularmente grave porque atinge o próprio corpo, o templo do Espírito Santo. Esse pecado não só afeta a alma, mas também tem profundas repercussões físicas, emocionais e sociais.

Hebreus 13:4: "Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito conjugal, sem mácula; pois Deus julgará os impuros e os adúlteros."

Provérbios 7:22-23: "De repente, segue-o, como o boi que vai ao matadouro, e como o insensato às prisões, para ser castigado, até que uma flecha lhe atravesse o fígado; como a ave que se apressa para o laço, sem saber que está armada contra a sua vida."

O autor compara o envolvimento no pecado sexual à cegueira que leva à destruição. A pessoa envolvida está, muitas vezes, inconsciente das consequências fatais até que seja tarde demais.

2 Samuel 12:10-12: "Agora, pois, jamais se apartará a espada da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti e tomarei tuas mulheres perante teus olhos e as darei a teu próximo, o qual se deitará com elas à luz deste sol."

O pecado de Davi com Bate-Seba trouxe calamidade sobre sua família e reinado. Deus deixou claro que suas ações secretas teriam consequências públicas e duradouras, afetando sua linhagem e governo.

O pecado sexual não é apenas uma transgressão privada; ele é um veneno que contamina todos os aspectos da vida de uma pessoa. As Escrituras nos mostram que tal pecado tem o poder de destruir a carreira, minar a família e arruinar a reputação de uma maneira que poucos outros pecados conseguem. A imoralidade sexual pode desmoronar aquilo que levou anos para ser construído, deixando cicatrizes profundas e vergonha duradoura. A sabedoria bíblica nos exorta a fugir da impureza, reconhecer a seriedade do pecado sexual e manter a pureza como uma prioridade inegociável. O líder que deseja preservar sua integridade e impacto deve estar continuamente vigilante, evitando as armadilhas da tentação e lembrando-se das graves consequências que esse pecado acarreta.

Os líderes devem ser os primeiros a seguir os próprios conselhos, pois a verdadeira liderança é modelada pelo exemplo. Muitas vezes, os líderes têm sabedoria para oferecer diretrizes e instruções valiosas, mas podem falhar em aplicá-las a si mesmos. Quando um líder não vive de acordo com os princípios que prega, ele perde a credibilidade e a confiança daqueles que o seguem. Por outro lado, quando ele pratica o que ensina, demonstra integridade e autenticidade, refletindo a sabedoria bíblica de viver com coerência.

Romanos 2:21: "Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu que pregas que não se deve furtar, furtas?"

Paulo adverte contra a hipocrisia, desafiando aqueles que ensinam a praticarem o que pregam. O líder que aconselha os outros deve ser o primeiro a aplicar seus ensinamentos em sua própria vida.

Mateus 7:3-5: "Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens uma trave no teu?"

Jesus alerta contra a hipocrisia de julgar os outros enquanto negligenciamos nossos próprios erros. O líder que oferece conselhos deve primeiro examinar sua própria vida e remover qualquer inconsistência ou pecado.

Tiago 1:22: "E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos."

Tiago enfatiza a importância de praticar o que se ouve e ensina. Um líder não deve apenas aconselhar, mas ser um "cumpridor" da palavra, vivendo de acordo com os princípios que compartilha com os outros.

1 Timóteo 4:16: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem."

Paulo instrui Timóteo a ter cuidado com sua própria vida e ensino. A verdadeira liderança exige que os líderes cuidem de si mesmos espiritualmente, para que possam conduzir os outros de maneira eficaz.

Lucas 6:46: "Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?"

Jesus aponta a incoerência entre chamar-lhe Senhor e não obedecer seus mandamentos. Da mesma forma, um líder que aconselha sem seguir suas próprias palavras está agindo de forma inconsistente com a autoridade que recebeu.

Um líder eficaz é aquele que não apenas dá conselhos sábios, mas também vive de acordo com os princípios que ensina. A liderança espiritual não é meramente sobre transmitir sabedoria, mas sobre modelar um caminho de vida que reflete a verdade de Deus. Quando os líderes falham em aplicar seus próprios ensinamentos, eles arriscam perder a confiança e o respeito de seus seguidores, além de comprometer seu próprio crescimento espiritual. A Bíblia é clara sobre a importância de não ser apenas um ouvinte ou professor da Palavra, mas um praticante fiel dela. Quando os líderes vivem de acordo com o que pregam, eles demonstram integridade, inspiram os outros e honram a Deus com suas vidas.

A verdadeira liderança envolve trabalhar com pessoas, e como seres humanos imperfeitos, elas inevitavelmente nos desapontam em algum momento. Liderar é assumir a responsabilidade por indivíduos que são falhos, imprevisíveis e, muitas vezes, frustrantes. No entanto, é justamente nessas falhas que a liderança cristã deve brilhar com paciência, perdão e amor. Um líder espiritual eficaz compreende que sua missão é servir, orientar e restaurar, mesmo quando aqueles a quem ele lidera erram ou traem sua confiança. Isso reflete o coração de Deus, que, apesar das constantes falhas humanas, continua a amar e a guiar seu povo.

Romanos 3:23: "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus."

Todos somos imperfeitos e falhamos. Um líder deve ter essa perspectiva clara, entendendo que as pessoas com quem trabalha, inclusive ele mesmo, falharão em algum momento. Saber disso permite que o líder aja com misericórdia e graça.

Salmos 146:3: "Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação."

A liderança não pode colocar sua confiança total em homens, pois até os mais influentes falham. A confiança deve ser colocada primeiramente em Deus, que nunca decepciona. Esse entendimento ajuda o líder a lidar com as decepções com uma visão divina.

Mateus 18:21-22: "Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete."

Jesus ensina o valor do perdão contínuo. Para o líder, é essencial perdoar repetidamente aqueles que falham, refletindo a mesma graça que Jesus demonstrou. A liderança cristã se define pela disposição de perdoar, mesmo diante de muitas decepções.

Gálatas 6:1: "Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado."

Um líder deve ser restaurador. Quando as pessoas erram, ele deve agir com mansidão e não com condenação, sempre consciente de sua própria vulnerabilidade ao pecado. Este versículo destaca a importância da compaixão e da sabedoria ao lidar com as falhas dos outros.

1 Coríntios 13:7: "Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

O amor cristão, que deve guiar todo líder, é paciente e perseverante. Um líder, portanto, deve estar preparado para enfrentar as decepções com uma atitude de fé, esperança e resiliência, suportando as falhas humanas com um coração cheio de amor.

Liderar é lidar com as imperfeições humanas. Todos falhamos em algum momento, e é inevitável que aqueles que lideramos nos decepcionem. No entanto, a liderança cristã é chamada a refletir o amor e a paciência de Deus, respondendo às falhas com misericórdia, perdão e uma disposição para restaurar. Líderes espirituais não podem colocar suas expectativas e esperanças no comportamento perfeito das pessoas, mas devem olhar para Deus, que é a única fonte de verdadeira fidelidade. Ao compreender que o papel do líder é guiar com compaixão e sabedoria, mesmo diante de decepções, ele será capaz de criar um ambiente onde a restauração e o crescimento podem acontecer, tanto para ele quanto para aqueles que o seguem.

O verdadeiro líder foca no que é justo e no que traz esperança, ao invés de se fixar no que está errado. Enquanto é fácil ser consumido pelas falhas e problemas ao redor, o líder espiritual maduro escolhe manter seus olhos no que é bom, edificante e promissor. Ele não nega a existência de desafios e dificuldades, mas sua perspectiva está ancorada na esperança que vem de Deus, e ele direciona sua energia para o que pode gerar transformação e crescimento. O líder inspirado por Deus é aquele que, em meio às dificuldades, fala palavras de vida e encorajamento, levando os outros a enxergarem o potencial e as promessas de Deus em vez de ficarem presos às circunstâncias negativas.

Filipenses 4:8: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai."

Uma poderosa exortação para que líderes e crentes em geral mantenham o foco nas coisas nobres, dignas e inspiradoras. O verdadeiro líder não se deixa dominar pelo negativo, mas sempre direciona sua mente e ações para o que é virtuoso e encorajador.

Hebreus 12:2: "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e está assentado à direita do trono de Deus."

Jesus é o exemplo supremo de um líder que, apesar das dificuldades, focou no objetivo final – a redenção da humanidade. Da mesma forma, o líder deve concentrar-se no propósito maior, na esperança e no bem que Deus está realizando, mesmo quando há sofrimento e adversidade no presente.

Romanos 15:13: "Ora, o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que sejais abundantes em esperança, pelo poder do Espírito Santo."

A verdadeira liderança é cheia de esperança e otimismo, não baseado em circunstâncias externas, mas no poder do Espírito Santo. Um líder cheio de esperança transmite paz e alegria, e sua influência traz renovação e encorajamento aos outros.

Colossenses 3:1-2: "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra."

O líder deve manter sua mente nas coisas celestiais, acima dos problemas terrenos. Isso o capacita a não ficar paralisado pelo que está errado, mas a se concentrar no que é eterno e justo, guiando os outros com uma perspectiva celestial.

2 Coríntios 4:16-18: "Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que não se veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas."

Paulo nos lembra que as dificuldades são temporárias e nos exorta a focar no que é eterno. O líder que entende isso não se deixa consumir pelo que está errado ou pelo sofrimento presente, mas olha para a glória futura e encoraja os outros a fazer o mesmo.

O verdadeiro líder tem a habilidade de ver além das circunstâncias imediatas e negativas, concentrando-se no que é justo e edificante. Ele compreende que, embora haja desafios e imperfeições, o poder de Deus é maior e há sempre esperança em Cristo. Ao focar no que é certo, o líder inspira seus seguidores a manterem a fé, a esperança e a determinação, mesmo quando as coisas parecem difíceis. Ele sabe que a transformação começa com uma mentalidade centrada nas promessas de Deus e não nas falhas humanas. Como Paulo aconselha em Filipenses, o líder deve continuamente dirigir sua mente para o que é puro, amável e de boa fama, e guiar os outros nessa mesma direção, levando todos a uma vida mais elevada e cheia de esperança.

Muitos líderes cristãos enfrentam a tentação de aceitar cargos apenas por conta de um salário mais alto, e esse sofisma precisa ser desfeito. A prosperidade em si não é negativa, nem condenável — na verdade, ela é uma bênção de Deus, desde que vista sob a ótica correta. O erro está no amor ao dinheiro, que pode desviar o coração do líder de sua verdadeira missão e comprometer sua lealdade a Deus. A Bíblia nunca condena a prosperidade, mas adverte sobre o perigo de colocá-la como prioridade na vida. O verdadeiro líder deve ser governado pelo propósito divino, e não pela busca de riquezas.

1 Timóteo 6:10: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores."

O dinheiro, em si, não é o problema; o problema é o amor ao dinheiro. Quando líderes cristãos buscam posições com o coração voltado para o salário e não para o chamado de Deus, eles correm o risco de cair em armadilhas espirituais e se afastar da fé.

Mateus 6:33: "Buscai, pois, em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."

Jesus ensina que, ao colocar o Reino de Deus em primeiro lugar, todas as outras necessidades — incluindo as financeiras — serão supridas. A prosperidade não deve ser o objetivo do líder, mas um resultado de sua fidelidade e obediência a Deus.

Provérbios 10:22: "A bênção do Senhor é que enriquece; e ele não acrescenta dores com ela."

A verdadeira prosperidade é uma bênção de Deus e não está associada ao sofrimento ou à exploração. Líderes que colocam sua confiança em Deus em vez de no dinheiro experimentam uma prosperidade saudável, livre das dores associadas à ganância.

Eclesiastes 5:10: "Quem ama o dinheiro jamais se fartará de dinheiro, e quem ama a abundância nunca se fartará da renda; também isso é vaidade."

O desejo insaciável por mais dinheiro nunca traz satisfação verdadeira. Quando líderes cristãos caem no erro de seguir a lógica do "quanto mais, melhor", eles se afastam do contentamento que vem da verdadeira prosperidade em Cristo.

Lucas 16:13: "Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas."

Este ensinamento de Jesus deixa claro que o coração do líder deve ser inteiramente dedicado a Deus. Servir a Deus e ao dinheiro é impossível, pois um sempre dominará o outro. A missão do líder é servir a Deus de todo o coração, sabendo que Ele é a fonte de toda prosperidade.

A prosperidade do cristão é, de fato, uma bênção de Deus. Contudo, o problema surge quando o dinheiro se torna o foco principal ou a motivação por trás de suas decisões. O líder cristão deve ter sabedoria para discernir entre o uso correto da prosperidade e a tentação de amar o dinheiro, o que o desvia da fidelidade a Deus. Prosperidade bíblica não é acúmulo desmedido de bens materiais, mas a capacidade de viver abençoado e abençoar os outros de acordo com os propósitos de Deus.

O líder que entende essa perspectiva vê as oportunidades de liderança não como meios de obter maiores salários, mas como formas de expandir o Reino de Deus. Ele confia que o Senhor proverá todas as suas necessidades conforme ele busca, em primeiro lugar, a vontade de Deus. A verdadeira prosperidade vem com paz e alegria, pois é uma bênção divina que se manifesta quando o coração está completamente entregue ao Senhor, e não ao ganho material.

O líder sábio não parte imediatamente para conclusões precipitadas. Ele pondera cuidadosamente os fatos, buscando discernir a verdade em cada situação. Ao invés de agir impulsivamente ou com base em suposições, o líder espiritual entende a importância de investigar, orar e refletir antes de tomar decisões. Ele sabe que decisões apressadas, sem um exame adequado da realidade, podem levar a erros que afetam tanto sua vida quanto a daqueles que o seguem. O discernimento é uma marca essencial de um líder, e ele deve se alinhar com a sabedoria que vem de Deus, buscando a orientação do Espírito Santo em todas as suas decisões.

Provérbios 18:13: "Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha."

É imprudência tirar conclusões sem antes ouvir e entender os fatos completamente. Um bom líder deve primeiro ouvir, avaliar e discernir, para então agir com sabedoria.

Tiago 1:19: "Sabei, meus amados irmãos: todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar."

Tiago exorta à paciência e ao cuidado no falar. O líder deve ser rápido em ouvir e lento em tomar decisões, especialmente em situações desafiadoras. Ele processa a informação com calma e discernimento, garantindo que sua resposta seja equilibrada e justa.

Provérbios 3:5-6: "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas."

Em vez de confiar apenas na sua própria análise, o líder deve buscar a direção divina em cada situação. Somente com a sabedoria de Deus é possível enxergar a realidade completa e tomar decisões justas e acertadas.

Provérbios 15:28: "O coração do justo medita no que há de responder, mas a boca dos ímpios derrama coisas más."

O líder justo reflete antes de responder, buscando a sabedoria e a verdade. Ele não age impulsivamente, mas processa os fatos e avalia a situação à luz da verdade de Deus, a fim de dar uma resposta sábia e ponderada.

Isaías 11:2-3: "E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor. E deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos."

Assim como o Espírito de Deus repousava sobre Jesus, trazendo sabedoria e discernimento, o líder espiritual também deve buscar esse Espírito para não julgar pelas aparências, mas sim pela verdade que vem de Deus.

O líder espiritual entende que as aparências podem enganar e que as primeiras impressões muitas vezes não revelam toda a verdade. Ele resiste à tentação de tirar conclusões rápidas, optando por processar os fatos com cuidado, reflexão e oração. Assim, ele toma decisões baseadas na realidade e não em suposições, evitando erros que podem prejudicar tanto seu ministério quanto aqueles que confiam em sua liderança.

Esse tipo de discernimento só é possível quando o líder se submete à orientação de Deus, como vemos em Provérbios 3. Ele confia no Senhor em vez de depender exclusivamente de sua própria percepção. Ao agir dessa maneira, o líder constrói uma base sólida para a tomada de decisões, garantindo que suas escolhas sejam justas, equilibradas e em conformidade com a vontade de Deus.

Os líderes e seus entes queridos estão muito mais seguros quando são criticados por obedecer à vontade de Deus do que ao serem elogiados por desobedecer. A verdadeira liderança espiritual não busca a aprovação humana, mas sim a aprovação de Deus. Muitas vezes, fazer o que é certo diante de Deus pode resultar em críticas, rejeições ou perseguições, mas esse é o caminho da fidelidade. A tentação de agradar às pessoas, especialmente em momentos de pressão, pode levar o líder a comprometer sua integridade e desobedecer a Deus. No entanto, a obediência à vontade divina sempre traz proteção, mesmo que resulte em críticas terrenas. É melhor ser reprovado pelos homens por fazer o que é certo do que ser elogiado por fazer o que desagrada a Deus.

Atos 5:29: "Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens."

Quando confrontados com a escolha entre agradar aos homens e obedecer a Deus, os apóstolos escolheram claramente a obediência a Deus. Da mesma forma, líderes espirituais são chamados a colocar a vontade de Deus acima de qualquer pressão externa, mesmo que isso os leve a serem criticados ou perseguidos.

1 Pedro 3:17: "Porque é melhor que padeçais fazendo o bem, se a vontade de Deus assim o quer, do que fazendo o mal."

Pedro encoraja os crentes a permanecerem firmes na obediência a Deus, mesmo que isso traga sofrimento. O sofrimento por fazer o bem é muito mais honroso do que ser elogiado por agir contrariamente à vontade de Deus.

Mateus 5:11-12: "Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e mentindo disserem todo mal contra vós por minha causa. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus."

Jesus ensina que aqueles que sofrem críticas e perseguições por causa de sua fidelidade a Deus são abençoados. A verdadeira recompensa não está na aprovação humana, mas na aprovação divina e na promessa de um galardão eterno.

Gálatas 1:10: "Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo."

Paulo deixa claro que seu serviço é a Cristo, e não aos homens. O líder espiritual, portanto, não deve se deixar guiar pelo desejo de agradar aos outros, mas sim pelo desejo de agradar a Deus, mesmo que isso traga críticas.

2 Timóteo 3:12: "E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições."

Paulo adverte que aqueles que seguem fielmente a Cristo inevitavelmente enfrentarão críticas e perseguições. A segurança verdadeira do líder e daqueles que o cercam não está na aceitação dos homens, mas na firmeza em fazer a vontade de Deus.

Ser criticado por obedecer a Deus é uma honra e uma marca de fidelidade na vida de um líder. A liderança espiritual genuína é desafiada por um mundo que frequentemente valoriza o oposto dos princípios de Deus. Muitos líderes podem se sentir tentados a buscar elogios e reconhecimento, mesmo que isso signifique comprometimentos com a verdade, mas a segurança real está em permanecer firme na obediência à vontade de Deus.

Os líderes que priorizam agradar a Deus experimentam uma paz que transcende a opinião dos homens. Mesmo que sejam criticados por suas decisões, eles sabem que estão do lado da justiça divina. Esse tipo de liderança, centrada na vontade de Deus, protege não apenas o líder, mas também aqueles que o seguem, pois os coloca debaixo da bênção e proteção do Senhor. É melhor ser elogiado no céu e criticado na terra do que o contrário.

Líderes mais experientes, em muitos casos, enfrentam desafios para abençoar e apoiar a geração emergente. À medida que envelhecem, alguns líderes podem sentir insegurança ao verem uma nova geração surgindo com novas ideias, métodos e energia. Esse sentimento pode ser motivado por medo de perder relevância, falta de confiança nos mais jovens ou simplesmente dificuldade em aceitar mudanças. No entanto, o verdadeiro líder deve ver a nova geração como uma continuidade do propósito de Deus e estar disposto a discipular, guiar e abençoar esses novos líderes. A liderança saudável envolve passar o bastão, confiando que Deus continuará a obra através dos sucessores.

Números 27:18-20: "Disse o Senhor a Moisés: Toma Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe as mãos. E põe da tua honra sobre ele, para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos de Israel."

Deus instruiu Moisés a abençoar Josué como seu sucessor, passando parte de sua autoridade para ele. Moisés, mesmo sendo um grande líder, não hesitou em reconhecer o chamado de Deus na vida de Josué e o abençoou para continuar a missão. Da mesma forma, líderes mais velhos devem reconhecer e abençoar aqueles que Deus está levantando.

1 Timóteo 4:12: "Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, sê exemplo dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza."

Paulo encoraja Timóteo, um jovem líder, a não ser intimidado por sua idade. Os líderes mais velhos devem ter o cuidado de não subestimar o potencial dos mais jovens, mas, ao contrário, incentivá-los a serem exemplos de fé e pureza.

2 Timóteo 2:2: "E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros."

Paulo instrui Timóteo a transmitir seu conhecimento a outros homens fiéis. A verdadeira liderança é multiplicadora. Os líderes mais velhos têm a responsabilidade de investir na nova geração, preparando-a para assumir papéis de liderança no futuro.

Deuteronômio 31:7-8: "Chamou Moisés a Josué e lhe disse na presença de todo o Israel: Sê forte e corajoso, porque com este povo entrarás na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a teus pais; e tu os farás herdá-la."

Antes de sua morte, Moisés publicamente abençoou e encorajou Josué. Ele reconheceu que o futuro de Israel estava nas mãos da nova geração de líderes e que Deus estaria com eles. Esse exemplo serve de modelo para líderes mais velhos que devem encorajar a nova geração em suas missões.

Salmos 145:4: "Uma geração louvará as tuas obras à outra geração e anunciará os teus poderosos feitos."

Este versículo destaca a importância de uma geração transmitir as obras e o conhecimento de Deus à próxima. Os líderes mais velhos devem ser intencionais em passar sua sabedoria e experiência à geração emergente, assegurando que o legado de fé continue.

A verdadeira liderança não é medida apenas pelo sucesso pessoal, mas pela disposição em formar e abençoar a próxima geração. Líderes mais experientes têm um papel fundamental em discipular, treinar e apoiar os jovens que estão assumindo posições de liderança. Isso exige humildade, visão e confiança em Deus. Moisés abençoou Josué publicamente, sabendo que o futuro do povo de Israel dependeria do sucesso da liderança emergente. Da mesma forma, líderes espirituais maduros devem estar dispostos a ver a continuidade da obra de Deus através de novos líderes, passando o bastão de autoridade com alegria e encorajamento.

A geração emergente não deve ser vista como uma ameaça, mas como uma oportunidade de expandir o Reino de Deus de maneiras inovadoras. Os líderes mais velhos, quando reconhecem e abençoam os mais jovens, ajudam a assegurar uma transição suave e fortalecida para o futuro, onde a obra de Deus prospera por meio de diferentes gerações trabalhando em conjunto.

Seu Pai tem tudo que Você precisa...

Jesus é o caminho que te guia ao Pai

O Espirito Santo te conduz

Leonardo Lima Ribeiro 

domingo, 22 de setembro de 2024

Não vemos o Espírito com a mentalidade terrena(L9)


A conversa entre Jesus e Nicodemos, registrada em João 3, é um dos diálogos mais profundos do Evangelho, revelando o contraste entre o conhecimento humano e a sabedoria celestial. Nicodemos, sendo um fariseu e membro do Sinédrio, era um homem profundamente instruído nas Escrituras e nas tradições judaicas. Ele era, sem dúvida, um mestre respeitado da lei, com um vasto conhecimento das coisas naturais e religiosas. No entanto, ao encontrar-se com Jesus, o Mestre do universo, ele descobre as limitações de seu entendimento espiritual. Jesus, com autoridade divina, revela a Nicodemos uma verdade que transcende seu conhecimento: para ver e entrar no Reino de Deus, é necessário nascer de novo, um nascimento que não é físico, mas espiritual.

Jesus diz a Nicodemos: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus" (João 3:3). Aqui, Jesus toca no ponto central da fé cristã: o novo nascimento. Nicodemos, em sua sabedoria terrena, não consegue compreender como alguém poderia nascer novamente fisicamente, e responde de forma natural: "Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?" (João 3:4). Esse questionamento revela que, apesar de todo o conhecimento que possuía, ele ainda estava preso às limitações da compreensão humana. Ele sabia muito sobre as coisas terrenas, mas não compreendia as verdades espirituais, pois seu espírito ainda não havia sido vivificado.

Jesus, então, aprofunda a explicação, destacando a diferença entre o nascimento físico e o espiritual: "Aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito" (João 3:5-6). Jesus está explicando que o nascimento físico nos introduz à vida terrena, mas o nascimento espiritual, pelo Espírito Santo, é o que nos dá acesso à vida eterna e ao Reino de Deus. Nicodemos, apesar de seu vasto conhecimento, não havia experimentado esse renascimento espiritual, e é por isso que sua compreensão das coisas celestiais era limitada.

O diálogo entre Jesus e Nicodemos também nos ensina uma verdade profunda: conhecimento das Escrituras e das tradições religiosas, por si só, não é suficiente para se experimentar o Reino de Deus. É necessária uma transformação interior, uma regeneração do espírito. Em 1 Coríntios 2:14, Paulo reforça essa ideia ao dizer: "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." Nicodemos era um "homem natural", conhecedor das leis e das tradições, mas incapaz de discernir as verdades espirituais mais profundas porque seu espírito ainda não havia sido regenerado.

Quando Jesus diz: "Se vos falei de coisas terrenas, e não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?" (João 3:12), Ele revela que a compreensão espiritual não pode ser alcançada por esforço humano ou conhecimento intelectual. As coisas celestiais só podem ser entendidas por aqueles que nasceram do Espírito, pois é o Espírito quem ilumina o entendimento humano para as verdades de Deus (1 Coríntios 2:10-12).

Nicodemos, um mestre da lei, estava diante do Mestre da vida, o único capaz de revelar os segredos do Reino de Deus. Jesus não rejeita o conhecimento que Nicodemos possuía, mas o convida a ir além, a deixar a letra que mata e abraçar o Espírito que vivifica (2 Coríntios 3:6). O novo nascimento é a porta de entrada para essa realidade espiritual, e sem ele, todo o conhecimento religioso ou natural será insuficiente para compreender as coisas de Deus.

No final do diálogo, Jesus revela o plano de salvação com uma profundidade que ecoa até hoje: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16). O convite de Jesus a Nicodemos, e a todos nós, é claro: somente através da fé nEle e do novo nascimento pelo Espírito Santo podemos participar da vida eterna e compreender as verdades divinas. Sem essa transformação, como Nicodemos, permanecemos com um entendimento limitado, incapazes de ver o Reino de Deus.

Esse encontro é um lembrete poderoso de que a verdadeira sabedoria não está na acumulação de conhecimento humano, mas na submissão ao Espírito de Deus, que nos conduz à nova vida em Cristo.

Quando Jesus disse a Pedro: "O que eu faço, não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois" (João 13:7), Ele estava revelando uma verdade profunda sobre a limitação da nossa compreensão humana em relação aos propósitos eternos de Deus. Naquele momento, Pedro não podia entender o gesto de Jesus ao lavar os pés dos discípulos, um ato de humildade e serviço que simbolizava algo muito maior: a purificação espiritual e o exemplo de amor sacrificial que Jesus estava prestes a demonstrar na cruz. Pedro, assim como muitos de nós hoje, era guiado por uma mentalidade limitada, buscando resultados imediatos e compreensão lógica, quando na verdade Deus estava operando em dimensões muito além do que ele podia ver ou entender.

Essa declaração de Jesus a Pedro não se aplica apenas àquele momento específico, mas também reflete a maneira como o Senhor frequentemente trabalha em nossas vidas. Muitas vezes, o Espírito Santo nos diz algo semelhante: "Acalma-te, obedeça, pois você ainda não pode compreender o que estou fazendo". Nós, em nossa humanidade, tendemos a buscar explicações claras, resultados visíveis, e tentamos medir o progresso de nossas vidas e de nossas orações por meios tangíveis. Esse impulso é muitas vezes alimentado pela mentalidade do "mundo", simbolizado por sistemas como Babilônia, que se fundamentam em números, poder, controle e resultados visíveis (Apocalipse 18:2-3). No entanto, o Reino de Deus opera de maneira completamente diferente, baseado em fé, confiança e obediência a um plano que, muitas vezes, está oculto aos nossos olhos.

Em Isaías 55:8-9, o Senhor declara: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos". Esta passagem nos lembra que Deus, em Sua sabedoria infinita, está operando em níveis que transcendem nossa compreensão imediata. Ele vê o panorama completo da nossa vida, enquanto nós enxergamos apenas fragmentos. Assim como Pedro não pôde compreender os propósitos eternos nas ações de Jesus naquele momento, muitas vezes somos chamados a confiar no processo divino, mesmo quando ele parece ilógico ou inexplicável aos nossos olhos.

Esse chamado à obediência, mesmo sem total compreensão, é uma marca da vida de fé. Em Provérbios 3:5-6, somos exortados: "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas". Isso significa que nossa confiança em Deus não deve estar baseada no que conseguimos entender ou medir, mas em quem Ele é e na certeza de que Seus planos são sempre bons, perfeitos e justos (Romanos 8:28).

Pedro, como todos nós, teve que aprender essa lição ao longo de sua caminhada com Cristo. Ele precisou deixar de lado seu desejo de controle e entendimento imediato e simplesmente seguir em fé. Um exemplo claro disso é encontrado em Mateus 16:21-23, quando Jesus começa a explicar aos discípulos que Ele deveria sofrer e morrer, e Pedro, incapaz de compreender o plano de redenção de Deus, tenta repreender o Senhor. A resposta de Jesus a Pedro foi severa: "Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo, porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens" (Mateus 16:23). Aqui, mais uma vez, vemos que Pedro, confiando em sua própria lógica, falhou em entender o propósito maior de Deus.

Essa falha em compreender os planos de Deus não é algo exclusivo de Pedro. Assim como ele, somos frequentemente tentados a medir o progresso espiritual ou o sucesso ministerial por padrões humanos, buscando resultados visíveis, números ou controle. Essa é a armadilha de Babilônia, um sistema que valoriza aquilo que pode ser quantificado e compreendido pela mente humana. No entanto, o Reino de Deus exige uma mentalidade diferente, uma que esteja disposta a confiar em Deus, mesmo quando os resultados não são imediatos ou visíveis.

Hebreus 11:1 nos ensina que "a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem". Viver pela fé significa confiar no invisível, descansar na promessa de Deus, mesmo quando não entendemos os caminhos pelos quais Ele nos está conduzindo. Assim como Pedro precisou aprender que o lavar de pés simbolizava algo muito maior do que ele podia compreender naquele momento, também nós precisamos entender que Deus está sempre agindo para cumprir Seus propósitos eternos em nossas vidas, mesmo quando não conseguimos enxergar o quadro completo.

Portanto, ao enfrentarmos momentos de incerteza, em que nossas mentes se agitam buscando explicações, precisamos lembrar das palavras de Jesus: "O que faço agora, não podes compreender, mas o compreenderás depois". Nossa resposta deve ser de obediência, confiança e fé, sabendo que o Mestre dos mestres está no controle de todas as coisas.

No Céu, não há limites dimensionais, temporais ou espaciais. A realidade celestial transcende completamente os conceitos de tempo, espaço e matéria que conhecemos na Terra. Por essa razão, os resultados e os propósitos de Deus muitas vezes não podem ser compreendidos pela mente humana limitada. Como seres finitos, tendemos a interpretar o mundo e as ações de Deus por meio dos nossos sentidos e da lógica natural, mas as obras divinas operam em uma esfera além do nosso entendimento. Somente o espírito humano, vivificado pelo Espírito Santo, é capaz de discernir e compreender os mistérios de Deus. Em 1 Coríntios 2:14-15, Paulo nos ensina: "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente."

A sabedoria divina não é algo que se adquire por meio do esforço humano ou do intelecto; ela é uma revelação do Espírito Santo. Paulo explica que "o Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus" (1 Coríntios 2:10). Ele é quem nos dá a capacidade de enxergar além das limitações terrenas e compreender os propósitos eternos. Assim, o andar no Espírito transcende todos os parâmetros dimensionais e visuais com os quais estamos acostumados. Isso significa que a vida no Espírito não pode ser medida ou controlada pelos padrões deste mundo ou pelos métodos religiosos estabelecidos, os quais muitas vezes estão presos a expectativas humanas, fórmulas e rituais.

O sistema religioso, muitas vezes repleto de regras e técnicas, busca controlar o relacionamento com Deus por meio de práticas visíveis e tangíveis. Contudo, o Reino de Deus opera de maneira oposta. Jesus, ao falar sobre o novo nascimento a Nicodemos, disse: "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito" (João 3:8). Essa metáfora do vento ilustra como o mover do Espírito Santo é soberano, imprevisível e impossível de ser encaixado em padrões ou métodos humanos. O Espírito age conforme a vontade de Deus, sem se submeter às expectativas ou aos limites estabelecidos pela lógica terrena.

O andar no Espírito exige uma completa confiança em Deus, uma entrega ao Seu direcionamento que muitas vezes desafia nossa lógica ou nossa visão limitada de tempo e resultados. Em Romanos 8:14, somos lembrados de que "todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus". Viver no Espírito é estar constantemente aberto à direção divina, independentemente de podermos ver ou entender o próximo passo. Não se trata de seguir uma série de métodos ou práticas religiosas para obter determinados resultados, mas de uma caminhada dinâmica, relacional e cheia de fé, onde o Espírito Santo nos guia para além do que podemos ver ou controlar.

Em Gálatas 5:25, Paulo nos exorta: "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito." Andar no Espírito significa que nossas ações, decisões e direções são conduzidas por aquilo que o Espírito nos revela, e não pelo que os nossos olhos ou o entendimento natural podem captar. Assim, nossas escolhas e passos não se baseiam em critérios humanos, mas em uma sabedoria que vem de Deus (Tiago 3:17), uma sabedoria que é pura, pacífica, gentil e cheia de misericórdia, revelada a nós à medida que vivemos em plena comunhão com o Espírito Santo.

Portanto, a vida no Espírito não se encaixa no sistema religioso que busca métodos controláveis e resultados previsíveis. O Reino de Deus opera em outra esfera, uma dimensão onde o propósito divino transcende as fronteiras humanas de entendimento e percepção. O convite de Deus é para que abandonemos a dependência de fórmulas e métodos religiosos e entremos em uma relação viva e dinâmica com o Espírito Santo, permitindo que Ele nos conduza, dia a dia, para além das nossas expectativas limitadas. Como disse Isaías: "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti" (Isaías 26:3). É na confiança plena em Deus, e não em nossos próprios métodos, que experimentamos a verdadeira vida no Espírito.

Confiar no Espírito Santo e viver na dimensão celestial, onde os propósitos de Deus se desenrolam, significa aceitar que nem sempre teremos todas as respostas visíveis, mas que, ao seguirmos o Seu direcionamento, estamos sendo guiados em segurança. Assim, como Paulo afirmou em 2 Coríntios 5:7: "Porque andamos por fé, e não pelo que vemos." Andar no Espírito é, portanto, uma jornada de fé, onde os limites da nossa compreensão são superados pela sabedoria e revelação divina.

A missão de Deus, cumprida plenamente em Jesus Cristo, foi a revelação máxima de Seu amor pelos Seus filhos e a oferta de redenção por meio do perdão dos pecados. Desde a queda de Adão, o plano divino sempre foi restaurar a humanidade ao Seu coração, reconciliando-nos consigo por meio de um sacrifício perfeito e definitivo. Esse plano culminou na encarnação, morte e ressurreição de Jesus, o Filho de Deus. Como João 3:16 expressa: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." O amor de Deus foi manifestado de forma plena em Cristo, que se tornou o mediador entre Deus e os homens, reconciliando-nos com o Pai ao perdoar nossos pecados e nos dar uma nova vida.

No entanto, a missão de Deus não terminou na cruz. Ao ressuscitar e ascender ao Céu, Jesus comissionou a Igreja, Seu corpo na terra, para continuar essa obra de revelar o amor do Pai ao mundo. Assim como Cristo foi a manifestação visível do amor de Deus, agora a Igreja é chamada a ser essa manifestação. Paulo escreve em Efésios 1:22-23: "E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos." Jesus é a cabeça, e nós, como Igreja, somos Seu corpo, chamados a continuar Sua obra de revelar o Pai e demonstrar o amor de Deus através de nossas vidas.

Nossa missão, portanto, é andar nesse amor que Jesus nos revelou, vivendo de maneira que o Pai continue sendo manifestado ao mundo por meio de nossas ações, palavras e atitudes. O amor ágape, que é a essência do caráter de Deus, é também o chamado supremo de nossa vida cristã. Em João 13:34-35, Jesus nos deu um mandamento claro: "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." O amor que demonstramos uns pelos outros e pelo mundo é o testemunho mais poderoso de que Cristo vive em nós, e através de nós, Ele continua a revelar o Pai ao mundo.

Somos chamados a ser a luz do mundo e o sal da terra, como Jesus afirmou no Sermão do Monte: "Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte... Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mateus 5:14-16). Ser luz significa refletir a glória de Deus, levando esperança e verdade onde há escuridão e confusão. Como discípulos de Cristo, somos capacitados a brilhar em meio às trevas do pecado e da desesperança, trazendo a presença do Reino de Deus aos que estão perdidos e cegos espiritualmente.

Além disso, somos o sal da terra, chamados a preservar e restaurar aquilo que foi corrompido pelo pecado. O sal, na cultura bíblica, tinha um papel preservador e purificador. De maneira semelhante, a Igreja é chamada a preservar os valores do Reino de Deus e a atuar como um agente de restauração e cura em um mundo caído. Quando Jesus diz: "Vós sois o sal da terra; ora, se o sal se tornar insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens" (Mateus 5:13), Ele nos lembra da nossa responsabilidade de manter nossa eficácia espiritual. O sal traz sabor, da mesma forma que nós, como seguidores de Cristo, devemos trazer o sabor da restauração, da verdade e do amor de Deus ao mundo.

Essa missão de ser luz e sal só é possível quando permanecemos conectados a Cristo, nossa cabeça. Jesus afirmou em João 15:5: "Eu sou a videira, vós as varas; quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." Através dessa união espiritual, a Igreja se torna o canal pelo qual Deus continua a agir e a se revelar. O Espírito Santo, que habita em nós, nos capacita a cumprir essa missão com poder e graça, levando a mensagem da cruz e da ressurreição ao mundo.

Portanto, a missão de Deus hoje é continuar sendo revelada através de Seu povo, a Igreja. Somos chamados a andar no amor de Cristo, refletir Sua luz em um mundo que está em trevas, e ser agentes de restauração, como o sal, trazendo cura e preservando os valores do Reino de Deus. Nossa obediência a essa missão não apenas glorifica a Deus, mas também cumpre o propósito eterno de revelar o Pai a todas as nações, até que Cristo volte para restaurar todas as coisas.

Orando em todo tempo no Espírito renovamos a nossa mente
Jesus seja louvado na vida de todos

Leonardo Lima Ribeiro 

As Línguas Cessarão(L9)


O propósito supremo da vida cristã é manifestar o amor ágape, o amor incondicional e divino, e a jornada para alcançar a maturidade espiritual necessária para viver nesse amor envolve o uso da oração em línguas, que contribui para a edificação pessoal. O apóstolo Paulo aborda essa questão de forma clara em 1 Coríntios 13:8, quando declara: "O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo conhecimento, desaparecerá."

Embora o amor de Deus, expresso no amor ágape, seja eterno e imutável, as línguas e outras manifestações espirituais são temporárias. Elas cumprem um propósito específico enquanto estamos nesta Terra, mas não serão necessárias na eternidade. Quando Paulo diz que as línguas cessarão, ele está apontando para o fato de que esses dons espirituais, embora poderosos e essenciais para a vida cristã hoje, não terão lugar no Reino eterno, pois, no Céu, a plenitude do conhecimento e da comunhão com Deus substituirá qualquer necessidade de comunicação sobrenatural.

O dom das línguas é uma ferramenta concedida para fortalecer o crente em sua caminhada espiritual (1 Coríntios 14:4: "O que fala em língua edifica-se a si mesmo"). É um meio pelo qual o espírito humano pode se comunicar diretamente com Deus, muitas vezes de forma que a mente humana não consegue compreender, mas que resulta em edificação espiritual. No entanto, como Paulo ensina, o amor é superior a esses dons, pois ele não apenas edifica o indivíduo, mas também abrange e transforma os outros ao nosso redor. O amor transcende o tempo e a eternidade, enquanto as línguas, por sua natureza, são temporais e limitadas ao período de nossa vida terrena.

Paulo enfatiza ainda mais a preeminência do amor em 1 Coríntios 13:13: "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor." Aqui, ele destaca que, mesmo entre virtudes eternas como a fé e a esperança, o amor ocupa o lugar mais alto, pois é a essência do caráter divino (1 João 4:8: "Deus é amor"). Quando chegarmos à presença de Deus, a fé se transformará em visão, e a esperança será realizada. No entanto, o amor permanecerá eternamente, pois ele reflete a natureza de Deus e é a base de nosso relacionamento com Ele e com os outros.

Portanto, as línguas, enquanto um dom extraordinário de edificação, um dia cessarão, como Paulo ensina. Mas o amor, que é o alicerce da vida cristã, "nunca perece" (1 Coríntios 13:8). É esse amor que atravessa a barreira da morte e nos acompanha para a eternidade, onde a comunicação com Deus será perfeita, sem necessidade das expressões terrenas de línguas ou profecias. A oração em línguas, portanto, é um meio de crescimento espiritual que aponta para um fim maior: o amor eterno, que perdurará para sempre.

No Céu, haverá uma linguagem universal, a qual todos os redimidos falarão. Será uma língua celestial, que permitirá a comunicação perfeita e a compreensão plena entre todos. Você poderá se aproximar de qualquer pessoa e conversar sem qualquer barreira de idioma ou entendimento. Haverá uma unidade profunda, tanto em palavras quanto em espírito, refletindo a harmonia divina da eternidade. Esse conceito nos lembra da promessa de Apocalipse 7:9, onde João descreve uma multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas diante do trono de Deus, adorando em uníssono, algo que só será plenamente possível através dessa linguagem celestial.

Dave Roberson em seu livro "Andando no Espírito, andando em poder" relata ter ouvido o testemunho de um renomado ministro que teve uma experiência sobrenatural na qual foi visitado pelo próprio Jesus. As pessoas presentes no culto disseram que, em certo momento, o ministro parecia estar interagindo com algo invisível para os outros. Ele falava em uma língua que ninguém conseguia entender, mas fazia pausas, como se estivesse ouvindo alguém responder. Aqueles que estavam ali perceberam que ele estava envolvido em uma conversa que transcendia o plano natural, e mais tarde descobriram que o ministro havia tido uma visão poderosa, na qual Jesus comunicava com ele.

Essas experiências nos fazem refletir sobre a realidade das línguas espirituais e o papel que elas desempenham na comunicação com Deus. O apóstolo Paulo menciona em 1 Coríntios 14:2: "Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende, e em espírito fala mistérios." As línguas são um meio sobrenatural de interação com o Criador, uma forma de transcendermos as limitações da mente natural e entrarmos em sintonia com o mundo espiritual.

No entanto, enquanto estamos aqui na Terra, ainda vemos "como em espelho, de forma obscura" (1 Coríntios 13:12), mas no Céu, conheceremos a Deus plenamente, assim como somos conhecidos por Ele. Lá, as barreiras serão removidas, e falaremos com Jesus e com os outros santos em uma língua que trará perfeita clareza e compreensão.

A experiência desse ministro nos lembra que, através do dom das línguas, já podemos experimentar um vislumbre dessa comunicação celestial enquanto estamos na Terra. O Espírito Santo intercede por nós "com gemidos inexprimíveis" (Romanos 8:26), e as línguas nos permitem acessar realidades espirituais que estão além da nossa compreensão natural.

Essa comunicação sobrenatural, que muitas vezes nos parece misteriosa, é um prelúdio para o que vivenciaremos na eternidade. E, no Céu, não haverá necessidade de interpretação ou barreiras de entendimento. A união entre os crentes será perfeita, e a comunicação com Deus será direta e plena, livre de qualquer limitação terrena.

Assim como as línguas terrenas cessarão (1 Coríntios 13:8), também a comunicação limitada pela carne dará lugar à comunicação direta e clara entre Deus e seu povo. E assim como aquele ministro experimentou um momento de conversa com o próprio Senhor, todos nós um dia desfrutaremos dessa comunhão plena e direta, onde falaremos a língua eterna do Céu, na presença do próprio Jesus.

O pregador, em sua experiência sobrenatural, ouvia Jesus falando em uma língua celestial, mas para ele soava como se fosse inglês. Em resposta, ele falava em línguas, e ambos se envolviam em uma conversa fluente na língua do Céu. Esse evento revela uma realidade profunda: no Reino celestial, haverá uma comunicação direta e perfeita entre nós e o Senhor, e já podemos vislumbrar isso por meio do dom das línguas aqui na Terra.

O momento para receber e usufruir dos benefícios da oração em línguas é agora, durante nossa caminhada terrena, e não depois da morte, quando estivermos na presença de Deus. Este é um presente divino que o Senhor nos confiou para que possamos crescer espiritualmente e sermos edificados enquanto ainda vivemos nesta dimensão. O apóstolo Paulo é claro sobre isso em 1 Coríntios 14:4, onde afirma: "O que fala em língua edifica-se a si mesmo." Ou seja, a oração em línguas é uma ferramenta dada por Deus para a edificação pessoal, um meio de nos conectarmos com o Espírito Santo de maneira íntima e sobrenatural.

No entanto, esse dom extraordinário não gerará frutos em sua vida a menos que você permita que o Espírito Santo opere em você, gerando essa linguagem celestial em seu espírito e levando-o a pronunciá-la com sua própria voz. Paulo também destaca em Romanos 8:26 que o Espírito nos assiste em nossa fraqueza, intercedendo "com gemidos inexprimíveis". Essa intercessão acontece além da capacidade de compreensão humana, e o dom de línguas nos dá acesso a essa profundidade espiritual.

É importante entender que o dom de línguas não é apenas um símbolo de poder espiritual, mas um canal direto para a comunicação com o próprio Deus. Conforme Paulo explica em 1 Coríntios 14:2: "Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende, e em espírito fala mistérios." Por meio das línguas, somos capacitados a nos comunicar com o Pai em uma linguagem sobrenatural, uma linguagem que transcende nossa mente e nossos limites naturais.

A oração em línguas é um dom que, quando utilizado regularmente, fortalece nosso espírito, permitindo-nos acessar níveis mais profundos de intimidade com Deus e discernimento espiritual. Judas 1:20 nos exorta: "Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo." Orar no Espírito Santo, por meio das línguas, é uma das maneiras pelas quais podemos crescer e nos edificar espiritualmente, preparando-nos para enfrentar as batalhas desta vida com mais força e sabedoria.

Portanto, o tempo para usufruir desse dom é o presente. Quando estivermos no Céu, não haverá mais necessidade de línguas, pois veremos face a face e falaremos diretamente com o Senhor em perfeita clareza (1 Coríntios 13:12). Mas enquanto estamos aqui, Deus nos deu essa ferramenta para que possamos experimentar uma conexão profunda com Ele e sermos fortalecidos em nossa caminhada espiritual.

Se você ainda não utiliza o dom de línguas, peça a Deus que o Espírito Santo flua em sua vida. Abra seu coração para esse presente celestial e permita que a linguagem sobrenatural de Deus se manifeste através de você. O poder desse dom reside na ação, na prática constante e na disposição de ser um vaso através do qual o Espírito fala e age. Ao permitir que o Espírito Santo gere essa linguagem em seu espírito e declare-a com seus lábios, você experimentará uma nova dimensão de intimidade com Deus e edificação pessoal.

É essencial que você se entregue completamente à oração em línguas, permitindo que o Espírito Santo opere profundamente em seu ser, purificando-o e edificando-o na sua fé mais santa. Através dessa prática, o Espírito não apenas fortalece sua vida espiritual, mas também o mantém firmemente estabelecido no amor ágape, o amor incondicional e perfeito de Deus. O apóstolo Judas nos instrui claramente sobre a importância desse ato espiritual quando escreve: "Edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos no amor de Deus" (Judas 1:20-21). Esse é um chamado direto para usar o dom das línguas como um meio de crescimento e preservação espiritual.

A oração em línguas é um dos mais poderosos instrumentos de edificação que Deus deu ao crente. Em 1 Coríntios 14:4, Paulo nos ensina: "O que fala em língua edifica-se a si mesmo". Isso significa que, ao orarmos em línguas, estamos sendo espiritualmente fortalecidos, nossas fraquezas estão sendo tratadas, e nosso espírito está sendo renovado. Esse tipo de oração vai além do entendimento natural, pois ela opera nas profundezas do nosso ser, onde o Espírito Santo intercede por nós de acordo com a vontade de Deus (Romanos 8:26-27). É nessa profundidade que somos moldados, purificados e ajustados à imagem de Cristo.

A purificação que ocorre através da oração em línguas não é meramente uma questão de remover impurezas, mas de nos alinhar cada vez mais com a santidade de Deus. Quando você ora no Espírito, está se conectando diretamente à fonte da pureza divina, e, dessa maneira, o Espírito Santo começa a trabalhar em áreas da sua vida que você talvez nem perceba. Ele purifica não apenas suas ações exteriores, mas também suas motivações, seus pensamentos e seu coração. Conforme Paulo disse em 2 Coríntios 7:1: "Purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus." A oração em línguas é uma ferramenta que o Espírito usa para realizar essa purificação interna, levando-o a um nível mais elevado de santidade.

Além disso, ao se entregar à oração em línguas, você é mantido no amor ágape de Deus, o amor que é a essência da natureza divina (1 João 4:8). O Espírito Santo, por meio dessa oração, renova constantemente seu amor por Deus e pelos outros, tornando-o cada vez mais capaz de refletir esse amor incondicional em sua vida diária. Como Paulo descreve em Romanos 5:5: "Porque o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." Esse derramamento do amor divino é intensificado e nutrido à medida que oramos em línguas, pois estamos nos conectando diretamente à fonte desse amor, que é o próprio Deus.

Orar em línguas também nos mantém no caminho da fé, firmando-nos em nossas convicções e nos capacitando a resistir às tentações e às dificuldades que surgem em nossa caminhada. Conforme Efésios 6:18 nos exorta: "Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito, e vigiando nisso com toda perseverança." A oração em línguas nos ajuda a permanecer vigilantes, atentos ao que o Espírito está fazendo e nos capacitando a permanecer firmes em meio aos desafios espirituais.

Portanto, entregar-se à oração em línguas é uma prática fundamental para o crescimento espiritual, purificação e fortalecimento no amor de Deus. Ela não é apenas uma expressão de fé, mas uma fonte constante de renovação, alinhando-nos com a vontade de Deus e mantendo-nos no caminho da santidade. Permita que o Espírito Santo flua livremente em sua vida por meio dessa oração, e você verá como ela o transformará, edificará e purificará continuamente, mantendo-o ancorado no amor eterno de Deus.

Leonardo Lima Ribeiro 

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

O Evangelho trouxe Deus até nós, e nos fez filhos Dele(L8)


O Evangelho é verdadeiramente simples em sua essência e ao mesmo tempo extraordinário em profundidade. Ele reflete a mensagem de boas novas de salvação, uma oferta de redenção que parte de um Pai celestial apaixonado, cujo desejo é restaurar a comunhão perdida com Seus filhos. É a expressão máxima de um amor que ultrapassa o entendimento humano, um amor sacrificial que deu tudo para resgatar os que estavam perdidos e trazê-los de volta para a vida e a comunhão com Deus.

No cerne do Evangelho está a redenção. A humanidade, separada de Deus pelo pecado, foi reconciliada através do sacrifício de Jesus Cristo. Este é o plano divino que revela o coração de um Deus que não só criou a humanidade, mas que busca incessantemente restaurar e renovar essa criação, mesmo quando ela se afasta.

1. O Amor de Deus é a Fonte da Redenção
A base do Evangelho é o amor incompreensível de Deus, um amor que se revela de forma suprema em Cristo. O versículo mais famoso das Escrituras capta essa realidade:

João 3:16-17: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por meio dele."

Este amor incondicional impulsionou o ato redentor de enviar Jesus ao mundo. Não é um amor que depende de méritos humanos, mas é oferecido gratuitamente, como um dom.

2. A Redenção Através de Cristo
O preço da redenção foi pago pela morte de Cristo na cruz, que removeu a barreira do pecado que separava o homem de Deus.

Romanos 5:8: "Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores."

Mesmo em nosso estado de rebeldia e afastamento, Deus nos amou primeiro e nos ofereceu reconciliação através do sangue de Seu Filho. Este é o coração do Evangelho: Cristo morreu por pecadores, não por justos.

Efésios 1:7: "Nele temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça."

Aqui, vemos que a redenção não é baseada nos nossos esforços, mas unicamente na graça de Deus. O sangue de Cristo, derramado na cruz, é o que torna possível o perdão e a restauração da nossa comunhão com Deus.

3. A Simplicidade da Fé
O Evangelho é simples o suficiente para que qualquer pessoa possa compreendê-lo e aceitá-lo. A salvação não é conquistada por obras ou méritos humanos, mas por fé em Jesus Cristo.

Efésios 2:8-9: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie."

A salvação é um presente gratuito de Deus, que recebemos ao crermos em Cristo. O simples ato de fé é suficiente para nos ligar à redenção oferecida por Deus.

Romanos 10:9-10: "Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se faz confissão para a salvação."

Este versículo destaca a simplicidade do Evangelho: crer e confessar. A salvação é acessível a todos aqueles que colocam sua confiança em Jesus Cristo e o reconhecem como Senhor.

4. A Transformação pela Redenção
Embora o Evangelho seja simples em sua aceitação, ele traz uma transformação profunda na vida daqueles que creem. A redenção nos liberta da escravidão do pecado e nos traz a vida nova em Cristo.

2 Coríntios 5:17: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."

Através da redenção, nos tornamos novas criações. O antigo passou, e recebemos uma nova vida, capacitada pelo Espírito Santo, para viver de acordo com o plano e o propósito de Deus.

5. A Paternidade de Deus
O Evangelho revela que Deus não é apenas um criador distante, mas um Pai amoroso que busca Seus filhos. Ele nos adotou em Sua família através de Cristo.

Romanos 8:15: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai."

Esta adoção é um aspecto profundo do Evangelho. Deus nos chama para sermos Seus filhos, e, como filhos, temos uma intimidade e um relacionamento com Ele que vai além de qualquer outra relação.

A Expressão Máxima de Amor
A cruz é o ponto culminante da história redentora de Deus. O sacrifício de Jesus na cruz é a maior expressão do amor divino. A cruz não apenas representa a morte de Cristo, mas também a vitória sobre o pecado e a morte.

1 João 4:9-10: "Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados."

O amor de Deus foi expresso de forma concreta e tangível na obra de Cristo. É um amor que se deu completamente, sem reservas, para resgatar a humanidade perdida.

O Evangelho é, ao mesmo tempo, simples e profundamente poderoso. Ele nos revela um Pai apaixonado que, em Seu amor insondável, deu Seu Filho para salvar Seus filhos perdidos. A confissão e a fé em Cristo trazem a redenção e a reconciliação com Deus. E, ao aceitar esse presente de graça, somos transformados, adotados como filhos e capacitados para viver uma vida nova, guiada pelo Espírito Santo.

Romanos 8:38-39: "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor."

Nada pode nos separar do amor de Deus que foi revelado e manifestado através do Evangelho de Jesus Cristo. O Pai, apaixonado por Seus filhos, não descansará até que todos tenham a oportunidade de experimentar a redenção e a restauração que Ele oferece.

Esse amor, insondável e inexplicável, é o maior mistério do Evangelho. Não é algo que podemos explicar completamente ou ensinar de maneira humana, pois transcende nossa compreensão limitada. Este amor só pode ser plenamente vivido e espalhado pelo mundo quando somos incorporados àquele que nos amou primeiro – Jesus Cristo, o qual é, ao mesmo tempo, a oferta e o ofertante. Ele se esvaziou de Sua glória celestial, abdicando de Sua condição divina, para habitar entre nós, para nos resgatar e nos conduzir a uma nova condição – a Sua própria, uma condição de filiação, reconciliação e comunhão eterna com Deus.

Jesus, a Oferta e o Ofertante
A missão de Jesus na Terra reflete uma verdade sublime: Ele foi tanto o sacrifício oferecido quanto o sacerdote que o ofereceu. Ele se entregou voluntariamente, em um ato de amor supremo, para nos reconciliar com o Pai.

Filipenses 2:5-8: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz."

Este é o coração do Evangelho: o próprio Deus se fez carne em Jesus Cristo, esvaziando-se de Sua glória para viver entre nós como servo. Ele não apenas habitou entre nós, mas se identificou com nossas fraquezas, nossos sofrimentos, e, finalmente, tomou sobre Si os nossos pecados.

1. O Esvaziamento de Cristo
O ato de Jesus "se esvaziar" (no grego, kenosis) revela a profundidade de Seu amor sacrificial. Ele abriu mão de Suas prerrogativas divinas para nos alcançar, para que pudéssemos experimentar a redenção e a filiação com Deus.

Hebreus 2:14-17: "Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, também ele, igualmente, participou das mesmas coisas, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida."

Aqui, vemos que Cristo se fez carne para nos resgatar, assumindo nossa humanidade em todos os seus aspectos, exceto o pecado. Ele desceu ao nível mais baixo da condição humana para nos elevar à Sua condição de filhos de Deus.

2. A Humildade e a Obediência de Cristo
A humildade e a obediência de Cristo são a expressão máxima de Seu amor. Ele não apenas desceu do céu para nos salvar, mas foi obediente até à morte, e não uma morte qualquer, mas a morte de cruz – a forma mais humilhante e dolorosa de execução da época.

Isaías 53:5: "Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados."

Cristo carregou em Si mesmo o peso do pecado do mundo. Ele se ofereceu como sacrifício perfeito, para que, através de Seu sofrimento, pudéssemos ser curados e reconciliados com Deus.

Incorporados em Cristo
Para que possamos espalhar este amor ao mundo, precisamos estar incorporados n’Aquele que nos amou primeiro. Isso significa que nossa vida deve ser totalmente unida à vida de Cristo, nossa identidade deve ser transformada por Sua obra redentora. Estar em Cristo é mais do que acreditar n’Ele – é viver em comunhão com Ele, sendo transformados à Sua imagem.

Gálatas 2:20: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim."

Esse versículo encapsula a realidade de estar incorporado em Cristo. A vida cristã é a vida de Cristo em nós. Fomos crucificados com Ele, e agora vivemos não mais por nossa própria força, mas pela fé n’Ele, que nos amou e Se deu por nós.

Um Chamado à Nova Condição: A Vida de Cristo em Nós
Através da morte e ressurreição de Jesus, somos chamados a uma nova condição. Não somos apenas resgatados do pecado, mas somos elevados à posição de filhos e filhas de Deus, coerdeiros com Cristo. Ele nos trouxe de volta à presença de Deus, não na condição em que estávamos, mas numa nova condição – a d’Ele.

Romanos 8:29: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos."

Somos chamados a ser conformados à imagem de Cristo. Isso significa que nossa vida deve refletir a vida de Cristo em tudo. A obra redentora de Jesus nos restaura para a comunhão com Deus, mas também nos transforma para que sejamos como Ele.

O Caminho para a Glória: Seguindo o Exemplo de Cristo
Jesus não apenas nos trouxe de volta à presença do Pai, mas também nos deu o exemplo de como viver. Sua vida foi marcada por humildade, obediência e serviço. Ele nos chama a seguir Seus passos, tomando nossa cruz e vivendo em amor sacrificial.

1 João 4:9-11: "Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros."

O amor de Cristo nos transforma e nos chama a amar de maneira semelhante. O mundo verá esse amor quando refletirmos a vida de Cristo em nós – um amor sacrificial, humilde e que busca o bem do outro acima de tudo.

Por meio de Cristo, não apenas somos reconciliados com Deus, mas também recebemos a adoção como filhos e filhas de Deus. Ele nos leva a essa nova condição de filiação, na qual compartilhamos de Sua própria herança.

Efésios 1:5: "Nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade."

Deus nos chama, em Cristo, a uma intimidade com Ele, a sermos Seus filhos, não mais separados, mas incorporados em Sua família. Como filhos de Deus, temos acesso a todas as bênçãos espirituais, mas também à responsabilidade de refletir o caráter de Cristo no mundo.

O amor que não conseguimos explicar plenamente só pode ser verdadeiramente vivido quando estamos unidos com Cristo. Ele é a fonte e o modelo desse amor. Jesus, que se esvaziou e se entregou em nosso lugar, nos chama a uma nova vida – uma vida que não é mais definida pelo pecado e pela morte, mas pela Sua própria condição de filho de Deus. Incorporados em Cristo, vivemos agora uma vida nova, uma vida que reflete o amor de Deus ao mundo, um amor que transforma e restaura.

João 15:5: "Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."

Ao permanecermos em Cristo, somos capacitados a viver e espalhar este amor inexplicável. Sem Ele, nada podemos fazer, mas, Nele, nos tornamos canais vivos da graça e do amor de Deus para o mundo.

É verdade que, para sermos ouvidos, não basta apenas falarmos sobre o amor de Cristo; precisamos ser a mensagem. Nosso amor humano, racional e limitado, nossa filosofia ou mesmo nossa teologia, por mais corretas que possam ser, jamais conseguirão manifestar o amor de Cristo em toda a sua plenitude. Ele é o Amor (1 João 4:8), e somente quando estivermos completamente imersos, ou encharcados, na Sua presença e na Sua essência, poderemos ser confundidos com Ele e verdadeiramente refletir esse amor ao mundo. Não é pelas nossas palavras ou esforços, mas pela vida de Cristo em nós que Sua mensagem será manifesta e reconhecida.

O Chamado para Ser a Mensagem
Jesus não nos chama apenas para falar ou pregar sobre Ele, mas para sermos Suas testemunhas, para encarnar Sua vida e Seu amor em tudo o que fazemos. Ele nos convida a um relacionamento de união tão profunda com Ele que o mundo não nos veja mais, mas veja Cristo em nós.

Gálatas 2:20: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim."

Aqui, Paulo expressa a realidade de estar tão profundamente identificado com Cristo que sua própria vida se torna secundária à vida de Cristo nele. Não é Paulo quem vive, mas Cristo que vive através dele. Essa é a essência de "ser a mensagem": deixar de lado o "eu" para que o próprio Cristo se manifeste através de nós.

O Amor de Cristo é Sobrenatural
Nosso amor humano, por mais sincero que seja, é insuficiente para manifestar o amor de Cristo. O amor de Deus é sobrenatural. Ele vai além de qualquer compreensão ou esforço humano. A verdadeira manifestação do amor de Cristo só pode acontecer quando estamos totalmente imersos em Sua presença.

1 João 4:7-8: "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor."

Esses versículos nos mostram que o amor verdadeiro só pode vir de Deus, porque Deus é amor. Não podemos gerar esse amor sozinhos; ele só pode fluir de nós quando estamos profundamente conectados com Deus. Quando experimentamos e conhecemos a Deus, o resultado natural é que o amor Dele se manifesta através de nós.

O Enchimento do Espírito Santo: A Fonte do Amor de Cristo
Para que possamos ser confundidos com Cristo, precisamos estar cheios do Espírito Santo. É o Espírito que nos enche com o amor de Deus, nos capacita a amar como Cristo amou, e nos transforma à Sua imagem.

Romanos 5:5: "E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado."

Este versículo nos ensina que o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. Não é algo que podemos produzir sozinhos. É um dom divino, uma graça sobrenatural que só recebemos quando nos submetemos e nos deixamos encharcar pela presença do Espírito Santo. Sem esse derramamento, nossos esforços de amar serão sempre insuficientes.

Sermos Confundidos com Cristo: A Reflexão do Seu Amor
A grande chamada para cada cristão é ser tão cheio de Cristo que o mundo não consiga distinguir onde terminamos e onde Cristo começa. O verdadeiro testemunho não é apenas dizer que amamos a Jesus, mas viver de tal forma que outros vejam Jesus em nós.

Colossenses 3:3-4: "Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele em glória."

Nossa vida está "oculta" em Cristo. Isso significa que nossa identidade, nossas ambições e até mesmo nossas expressões de amor são agora subjugadas pela vida de Cristo em nós. Quando as pessoas olharem para nós, deveriam ver Cristo, e não nossa própria vontade ou natureza.

O Amor Não Pode Ser Somente Conceitual
Amar como Cristo amou não é um conceito teológico ou filosófico abstrato. É uma realidade vivida, algo prático, tangível e concreto. Jesus não apenas falou sobre o amor – Ele demonstrou amor, através de Suas ações, de Seu sacrifício e de Sua presença constante com os necessitados, os marginalizados e os pecadores.

1 João 3:18: "Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade."

Aqui, o apóstolo João nos chama para um amor que vai além de palavras ou teorias. Ele nos chama para um amor que é visto e experimentado por aqueles ao nosso redor. Esse amor só é possível quando estamos completamente cheios de Cristo, porque somente Ele pode nos capacitar a amar de maneira tão profunda e verdadeira.

A União com Cristo: O Segredo do Amor Verdadeiro
Para manifestarmos o amor de Cristo, devemos estar em união íntima com Ele. Jesus deixou claro que a única maneira de produzirmos fruto verdadeiro é permanecendo Nele.

João 15:4-5: "Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."

Sem Cristo, nada podemos fazer – nem mesmo amar verdadeiramente. O fruto que o mundo precisa ver não é fruto dos nossos esforços humanos, mas o fruto que vem de uma vida conectada, encharcada e submersa em Cristo.

Para sermos ouvidos e, mais importante, para sermos a verdadeira manifestação do amor de Cristo ao mundo, precisamos estar completamente unidos a Ele, de tal forma que o amor Dele flua naturalmente de nós. Nossas palavras, por mais eloquentes que sejam, não podem substituir a vida de Cristo em nós. Somente ao estarmos "encharcados" de Sua presença – cheios do Espírito Santo, vivendo em completa dependência e união com Ele – podemos amar como Ele amou e sermos confundidos com Ele.

Efésios 3:17-19: "Que Cristo habite pela fé nos vossos corações, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus."

Esse é o chamado: estar tão cheio da plenitude de Deus que o amor de Cristo transborde em nós. Quando somos incorporados e transformados por esse amor, o mundo verá em nós a verdadeira mensagem do Evangelho – Cristo, que é o Amor encarnado.

Nós somos a expressão viva desse amor divino, uma manifestação visível do caráter de Deus. Não fomos chamados para uma simples adesão a dogmas ou rituais, mas para viver em íntima união com o Pai, que, ao invés de esperar que o homem encontrasse um caminho até Ele, trouxe Jesus até nós. Diferente da religião, que muitas vezes tenta construir pontes com base em obras e regras, o Pai quebrou todas as barreiras, enviando o próprio Filho como caminho e reconciliação. A graça de Deus nos convida a abandonar os protocolos e as regras humanas que nos mantêm distantes, e a mergulhar profundamente nesse amor que transcende toda lógica e razão.

Deus Trouxe Jesus a Nós
Enquanto a religião tenta incessantemente construir uma ponte para alcançar a Deus, o Evangelho nos revela algo radicalmente diferente: Deus veio até nós. Ele não esperou que a humanidade O encontrasse, mas, em Seu infinito amor, enviou Seu Filho para nos alcançar onde estávamos. Isso vai além de qualquer conceito religioso que o homem possa criar.

João 1:14: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai."

Aqui vemos a profunda revelação de Deus se fazendo carne em Jesus Cristo, caminhando em nosso meio. A iniciativa foi inteiramente de Deus – Ele tomou o primeiro passo ao nos enviar Seu Filho, não como resposta a obras humanas, mas como expressão de Sua graça imensurável.

Romanos 5:8: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores."

Antes de qualquer esforço ou mérito da nossa parte, Cristo morreu por nós. Ele nos encontrou na nossa condição de pecado e nos resgatou.

Quebrando as Regras da Babilônia
As "regras da Babilônia" podem ser entendidas como sistemas humanos de pensamento e religiosidade que tentam impor barreiras, controlar o acesso a Deus, e definir o que é aceitável ou não na relação com o divino. Estes sistemas se baseiam em mérito humano, sacrifícios, e tentativas de controle, mas o amor de Deus quebrou todos esses protocolos. Deus nunca esteve preso a essas regras; Ele é soberano e age conforme Sua graça e amor.

Isaías 55:8-9: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos."

Deus opera além das nossas expectativas, sistemas e "regras". Ele convida a todos, não com base em méritos ou sistemas religiosos, mas simplesmente pelo Seu amor.

A Superação da Religião: O Amor de Deus
A religião, muitas vezes, se ocupa em levar o homem até Jesus através de suas normas, tradições e rituais. Mas o Evangelho não é um convite para seguir rituais; é um convite para relacionamento. O Pai não nos deixou à mercê de sistemas religiosos – Ele enviou Jesus para se relacionar conosco diretamente.

Mateus 11:28: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei."

Jesus não exige que sigamos uma série de rituais para nos aproximarmos Dele. Ele convida, com amor, todos aqueles que estão cansados do fardo da religião e das regras humanas. O chamado é para uma vida em liberdade e amor, centrada em Cristo.

O Convite para Mergulhar no Amor de Deus
A graça de Deus é um oceano sem fim, e o convite é claro: não apenas tocar a superfície, mas mergulhar profundamente nesse amor. É um chamado para deixar de lado a religiosidade superficial e permitir que o amor de Cristo nos consuma por completo.

Efésios 3:17-19: "Que Cristo habite pela fé nos vossos corações, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus."

Este é o tipo de amor ao qual somos chamados: um amor que excede todo entendimento. Não podemos compreendê-lo plenamente com nossa mente humana, mas podemos experimentá-lo e ser transformados por ele. Esse amor não pode ser reduzido a fórmulas ou regras; ele nos chama a uma experiência viva e profunda com Deus.

O Relacionamento Direto com o Pai
Jesus não apenas quebrou os protocolos humanos e religiosos; Ele abriu um caminho direto ao Pai. Em Cristo, temos acesso pleno a Deus, sem necessidade de mediadores humanos, sem rituais complicados. Somos chamados a uma relação íntima e pessoal com Deus.

Hebreus 10:19-20: "Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne."

Jesus abriu um novo e vivo caminho para que possamos nos aproximar de Deus com confiança e liberdade. Não precisamos seguir as complexas tradições da religião para alcançar o Pai; Cristo já abriu o caminho por meio de Sua morte e ressurreição. Agora, somos convidados a nos achegar a Deus com ousadia e mergulhar em Seu amor sem reservas.

A Liberdade no Espírito
Onde quer que o Espírito de Deus esteja, há liberdade. Mergulhar no amor de Deus também significa viver na liberdade que Ele oferece, livre das amarras da religiosidade e dos sistemas humanos.

2 Coríntios 3:17: "Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade."

A liberdade do Espírito é um convite para uma vida guiada pelo amor, não por regras humanas. Essa liberdade nos permite ser quem Deus nos chamou para ser – não presos a formalidades, mas livres para amar, servir e viver de acordo com o propósito de Deus.

Nós somos, de fato, a expressão do amor de Deus no mundo. Mas para que isso aconteça, precisamos abandonar as tentativas humanas de tentar alcançar a Deus por meio de protocolos, rituais e regras. O Pai já trouxe Jesus a nós – Ele fez o caminho até nós, e agora nos convida a mergulhar profundamente nesse amor transformador. Quebremos as barreiras da religião, das regras impostas pela "Babilônia" moderna, e nos entreguemos a uma vida de relacionamento íntimo com o Pai. Somente quando estivermos completamente encharcados no amor de Cristo poderemos ser verdadeiramente confundidos com Ele e manifestar Seu amor ao mundo.

Romanos 8:15: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai."

O Espírito de adoção nos leva a um relacionamento íntimo com Deus como nosso Pai amoroso. Este é o clamor que vem de nossos corações quando entendemos a profundidade do Seu amor: Aba, Pai.

Deus te abençoe.
Leonardo Lima Ribeiro

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