Ressignificando a Paternidade (Pt2)

 

(Osthofen, Alemanha)

Então se você comer a Palavra de Deus e ela não estiver sendo transformada em amor na sua vida, e

ela estiver se transformando apenas em conhecimento, você não vai ser alguém que conhece o amor

de Jesus, vai ser alguém que tem o intelecto muito avançado, conhecimento avançado, mas 

você se torna alguém soberbo, é a escritura que está dizendo isso, porque você vai se apoiar no seu 

próprio conhecimento. 

Em (Pv 3: 5) diz: Confia no Senhor de todos seu entendimento. O seu entendimento você tem que usar para se apoiar em Cristo, você pega todo seu conhecimento, sua intelectualidade, aquilo que Deus te deu, de mentalidade, inteligência, e aponta para Jesus, deixa ele fazer essa transformação na sua vida. Se você começar a ler a palavra desse jeito, não se apoiando no seu próprio entendimento, mas se apoiando no amor de Deus, buscando conhecer a verdade, rendendo seu coração, dizendo assim:

- Senhor fala comigo, aquilo que está escrito, não aquilo que eu quero entender, não aquilo que a 

minha justiça própria quer entender, não aquilo que a minha ganância quer aprender, não aquilo que

a minha cabeça, minha inveja, meu ciúmes entendem.

A nossa natureza antiga foi morta lá no batismo, mas ela ainda exerce influência sobre nós, 

por causa da nossa mente, da nossa alma. Por isso que você precisa batalhar pela sua fé 

diariamente (Judas 1:3) porque a sua alma ainda vive resquícios da doutrinação que ela recebeu desde 

que você nasceu. Por isso que é tão difícil falar sobre batismo, oração em línguas, e principalmente 

paternidade, porque a paternidade envolve sujeição, mexe com referência de autoridade.

As pessoas às vezes chegam para mim e falam: 

- A oração em línguas nem sempre é de Deus, porque o diabo imita.

O diabo imita tudo que Deus criou, mas o diabo imita porque quando ele imita, consegue distorcer a visão que as pessoas têm da verdade. Ele cria um falso e faz você acreditar que o falso é 

o verdadeiro, só que o fato de existir o falso, já prova que existe o verdadeiro.

Sobre essa questão de paternidade, por existirem os falsos pais, os falsos pastores, os falsos apóstolos, podemos saber que existe os verdadeiros, Paulo fala sobre apóstolos e fala sobre falso apóstolos. Paulo fala sobre mestres, e fala sobre falsos mestres, Paulo fala sobre doutrina e fala sobre falsas doutrinas. 

Então você precisa entender que o falso não anula verdadeiro, o principio da paternidade tem sido 

muito utilizado de forma carnal, de forma manipuladora e mal intencionada mesmo, diabólica, e destruiu o coração de pessoas que já estavam destruídas, destruiu o conceito e referência paterna de muitas pessoas que já tinham isso destruído. 

Mas o fato das pessoas usarem de má-fé, usarem de forma manipuladora, usar de forma carnal, não anula o princípio que é verdadeiro. Então quando uma pessoa nasce do relacionamento do pai e da mãe, aquela criança já nasce numa condição de não nascida de novo do Espírito, ou seja, ela nasce de 

uma natureza que é pecaminosa, ela está desligada da paternidade de Deus naquele momento.

Quando ela cresce, e adquire condições de decidir o que é certo e errado, começa a ter consciência e

bom senso, ela pode reconhecer Jesus como o Senhor e Salvador, pode receber o novo nascimento, e o Espírito Santo passa a habitar nela. Quando o Espírito Santo passa a habitar dentro dela, ela é religada a paternidade de Deus.

No Éden Adão caiu e o que que aconteceu com Adão? Ele foi desligado da paternidade de Deus, ele

passou a ser órfão, a natureza humana por si só é órfã. Nós não somos filhos antes de nascer de 

novo, somos apenas criação de Deus (Jo 1: 12). Quando Deus coloca o Espírito Santo dentro de nós,

Ele reaviva o nosso espírito, e ele nos religa a um relacionamento de pai e filho. Então o único pai 

que existe para nós é Deus? Sim! Ele é o único pai, Deus é pai. Mas porque então que Ele constrói 

essa relação biológica? Pai, mãe e filho? Porque quando o filho nasce, o que ele precisa receber 

para se tornar alguém mais semelhante à Cristo é a figura paterna, em algumas situações, o homem casa com uma mulher, e ele tem essa configuração paterna isso destruída dentro dele, então se ele não tem essa imagem ou figura construída em sua identidade, então o que ele vai passar para o seu filho é o formato que está dentro dele, a figura de orfandade, a carência e o medo.

Ele vai passar isso através de todos os distúrbios que ele carrega por não ter essa figura paterna na vida dele formulada em sua identidade ainda não definida de filho. Quando Jesus curou o cego dentro do templo, e todo mundo ficou tentando explicar se tinha sido Deus que tinha curado, se tinha sido Jesus, quem eles foram chamar? Os pais dele! Para perguntar se ele era cego de verdade. E o que o até então cego falou: Não sei de nada, só sei de uma coisa; eu era cego e agora eu enxergo. É o que eu falo para as pessoas, você está lutando e se debatendo numa teologia que não está resolvendo nem a sua condição. Então porquê que você luta tanto por algo que você não consegue provar com um fruto de realidade; (não estou falando de resultado nem de números) estou falando de transformação, Por exemplo: Algumas pessoa dizem: Eu não acredito em paternidade! E quando você vai ver essa pessoa tem distúrbios emocionais, tem problemas com autoridade. 

No casamento o marido é uma autoridade, então se a esposa tem problema com autoridade, ela não vai conseguir constituir um casamento equilibrado, não adianta porque existe um governo que Deus estabeleceu, ele deu o governo para o homem, a mulher se sujeita ao homem, se sujeita pelo amor, a Bíblia diz que: o homem ame sua mulher como Cristo amou a igreja, então é um governo de amor. 

- Ah pastor, meu marido fala que eu tenho que me sujeitar a ele, mas ele é opressor, ele coloca um 

julgo sobre mim!! Isso acontece porque ele não conhece o governo do amor, então como um marido pode dar algo que ele não tem? Ele não tem a submissão e o governo que estão pautadas numa realidade que Deus deseja para nós. A realidade do governo de Deus é o amor, a paz, e por isso que nós temos que buscar em Deus, na palavra de Deus a reforma do nosso caráter, da nossa personalidade, para que a gente possa viver essas realidades. 

Então se eu for anular a questão de reconstrução da paternidade eu tenho que anular também a 

reconstrução do casamento, a reconstrução do conceito de filho. Mas alguém pode falar:

- Os falsos apóstolos, falsos pais, machucaram muitas pessoas, oprimiram, manipularam ou 

tentaram controlar pessoas, e agora não pode mais se falar em paternidade, não pode mais falar em 

autoridade, não pode mais falar em honra, não pode falar mais nada, porque isso é um conceito que 

machuca as pessoas.

Mas elas já estão machucadas, e nós temos que andar no amor de Deus para falar sobre coisas que 

vão entrar na vida das pessoas através do amor por isso que todos os dons de Deus precisam andar 

embaixo de uma unção poderosa de amor. O ensino, se não for no amor, não é ensino. 

Quando você ensina no amor, por mais ferido que esteja a pessoa, o amor é aquela habilidade de um médico de um enfermeiro de cuidar de uma ferida, de uma forma suportável, ele vai colocar algo ali que vai doer, mas ele anestesiou antes, ele tomou cuidado com aquela ferida.

(continua...) 

Leonardo Lima Ribeiro