quarta-feira, 14 de junho de 2023

A exposição das motivações complementam os objetivos.

(Roma, Itália) 

Quando você foi chamado por Deus, quando Ele te salvou, no momento que você creu e se batizou, a primeira coisa que Ele fez, foi uma troca. Uma troca de realidades e de naturezas. O antigo homem que tinha a mente de Adão, uma mente natural e limitada dentro dos padrões do mundo, esse homem, essa natureza foi crucificada. 

"Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?

De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.

Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.

Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele.

Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus."
(Romanos 6:3-10)

Podemos ver nas palavras de Paulo que sua antiga natureza foi crucificada. Ela foi enterrada. E no mesmo instante o Espírito Santo vivifica e sela seu espírito. É uma ressurreição, pois seu espírito estava morto por causa do pecado. 

E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), (Efésios 2:1-5)

Então agora você tem uma nova vida, uma nova natureza, você recebe junto com o novo nascimento a mente de Cristo, uma nova formatação de entendimento, a realidade de eternidade. É uma realidade completamente diferente da antiga, que era temporal, e limitada. Uma chave é virada quando você recebe o novo nascimento. Sendo assim:

Antes você tinha sonhos pessoais, relativos a sua vida social e profissional por exemplo, tinha um conceito natural de ser bem sucedido segundo os padrões do mundo. 

E isso, não era errado, era simplesmente o padrão da realidade que você vivia antes dessa nova realidade. Porém, Deus tem sonhos específicos, que Ele "sonhou" desde a fundação do mundo para sua vida, é o que nós chamamos de propósitos.

"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Romanos 8:28)

Deus criador pensou em você antes mesmo de criar o mundo. Ele te criou exatamente adequado a um propósito. Você foi criado com as características adequadas a um propósito pré estabelecido. Criando esse propósito, Ele também criou esse propósito para que você andasse nele. 

Quando você recebe o nascimento, a partir dali, é introduzido de forma eterna ao seu propósito, nasce como um bebê espiritual. Você não tem maturidade, ainda não compreende essa nova realidade. É um Reino completamente novo. Você já tem a nova natureza, mas, ainda não tem uma compreensão madura e clara dessa realidade, por isso a necessidade de crescer em fé. Agora, o processo de amadurecimento não é mais na mente, mas no espírito. 

"Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo." (1 Coríntios 2:14-16)

Nesse processo de amadurecimento, você começa a compreender os "sonhos" de Deus, os pensamentos do Senhor, a mente de Cristo e o seu caráter. O que acontece é que uma parcela das pessoas, por causa da ansiedade humana, e do seu intelecto muitas vezes avantajado, procura acelerar os processos do propósito, e acabam por exercer um ministério natural, com a mente, e não com o espírito. E tudo que é feito pela mente não vem da fé, mas da inteligência da alma, e por isso, não produz frutos eternos e galardão. 

A ansiedade vem da alma, e cria um comportamento religioso, ela se transfigura de espírito, mas, não pode produzir nada de eterno. Só a fé, que vem do Espírito, pois é um dom de Deus, pode produzir um fruto eterno, e um relacionamento com Deus, pois Deus é Espírito. 

Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.

Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. (1 Coríntios 3:11-15)

Como alguém pode dizer que algo vem do espírito se aquilo é fruto da ansiedade da pessoa, se o que ela faz é fruto da necessidade da alma, do fazer, ao invés do fruto de quem nós somos em Deus. Algo que a revelação do Espírito produziu em nós. As pessoas comem do fruto que o espírito produz, elas não podem comer o que fazemos da alma, ou da carne. 

"Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o paciente de espírito do que o altivo de espírito. (Eclesiastes 7:8)

Portanto fazer as coisas de Deus, sem o consentimento e a direção Dele, conduzido pela fé que é espiritual, é uma tolice. Muitas vezes, o Senhor tem meios diferentes para chegar a um fim determinado, e nem sempre, compreendemos esse meio, o caminho e o modo que Ele usa para chegar nesse fim. O Senhor tem uma vontade perfeita para nossa vida:

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
(Romanos 12:1,2)

E por causa das nossas limitações e incapacidades, o poder Dele, Sua soberania, infinita sabedoria e a perfeição de sua natureza criam meios para que no meio de minha jornada eu me ajuste a essa condição, mesmo com minhas falhas e erros, eu posso me apoiar na graça de forma a progressivamente poder ser aperfeiçoado ao seu caráter. 

"Perfeito serás, como o Senhor teu Deus. (Deuteronômio 18:13)

"Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados," (Efésios 4:1)

"E assim cada um ande como Deus lhe repartiu, cada um como o Senhor o chamou. É o que ordeno em todas as igrejas. (1 Coríntios 7:17)

"Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito. (Gênesis 17:1)

Então, é através da minha sujeição ao "modus operandi" de Deus é que poderá ser cumprido o meu propósito, e a excelência da minha chamada e vocação. Podemos concluir então, que são o orgulho e a obstinação intelectual do homem as maiores barreiras para o cumprimento do propósito especifico de cada um, pois, em muitas situações, utilizamos "nosso entendimento, para andar no chamado do Senhor. 

"Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento."
(Provérbios 3:5)

Tem algo especifico que coloquei como parâmetro em minha vida, eu não recebo ensino de alguém que não se sujeita a ninguém, pois, esse ensino vem de um espírito orgulhoso, e o orgulho é venenoso e contagioso. 

"Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
(Tiago 4:6)

Se o próprio Deus resiste a soberba, porque faríamos diferente? 

"Que todos estejam sujeitos às autoridades superiores. Porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas.
Assim, aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus, e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. (Romanos 13:1,2)

"Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina;" (1 Timóteo 5:17)

"E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui." 
(Gálatas 6:6)

Estamos aqui falando de pessoas que se colocam em posição de liderança, de condução de vidas, mas, não tem sobre elas o cuidado de ninguém que as possa instruir ou corrigir de forma aberta e sujeita. 
Irmãos, a coerência é clara e nos auxilia a andar com bom sendo. A coerência nos livra da hipocrisia. 

E dessa forma, muitos justificando pelos resultados do fim, acabam por corromper os meios. No Reino de Deus não funciona assim, pois o fim é produzido por Deus, justamente por como fizemos no meio. No mundo, as coisas são diferentes, e as pessoas podem criar métodos alternativos para tudo, e mesmo assim produzir resultados satisfatórios, porém, para Deus, o alvo não é o resultado, mas o coração do homem sendo transformado, e isso acontece no meio, pelos processos, pois é ai que são reveladas e expostas as motivações, se são motivadas pela fé e a revelação do amor, ou a vaidade e o orgulho humano. 

Vamos meditar nessa instrução orando no Espirito e crescer em entendimento. 

Deus vos abençoe. 

Leonardo Lima Ribeiro 

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