sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O Equilíbrio Entre Estrutura e Missão: Servir ao Próximo na Vida da Igreja(L8)

(Trollstingen, Noruega)

Em muitas igrejas, a organização e a estrutura são essenciais para manter o funcionamento adequado da comunidade. Funções como tesoureiros, presbíteros e outros cargos administrativos são necessárias para garantir que as decisões sejam tomadas de maneira responsável e que os recursos sejam bem geridos. No entanto, há um perigo sutil quando essas estruturas, em vez de servirem ao corpo de Cristo, começam a se transformar em sistemas que beneficiam apenas um pequeno grupo. Quando isso acontece, a verdadeira missão da Igreja, que é servir e edificar as pessoas, pode ser comprometida.

Olha, Fulano é tesoureiro, temos os presbíteros, e essas funções são necessárias em qualquer situação. Mesmo que você forme um clube de amigos em sua casa, precisará de alguém que decida o que pode ou não ser feito. Isso é normal e faz parte de qualquer organização. No entanto, o problema começa quando a estrutura se torna injusta, onde todos contribuem, mas apenas um pequeno grupo de pessoas se beneficia dos recursos. Esse tipo de situação vai contra o espírito do Evangelho.

A Bíblia nos ensina que a liderança na Igreja deve ser exercida com humildade e serviço, não para ganho pessoal. Em Marcos 10:44-45, Jesus disse: "E quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos." Isso mostra que o foco de qualquer liderança cristã deve ser o serviço à comunidade e não o benefício próprio.

Além disso, em 1 Pedro 5:2-3, Pedro instrui os líderes da igreja: "Pastoreiem o rebanho de Deus que está entre vocês, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho." Aqui, Pedro destaca que a liderança deve ser exercida de forma voluntária e sem o desejo de ganho pessoal, mas com o objetivo de servir e ser um exemplo para os outros.

Quando uma igreja ou organização se desvia do seu propósito original, utilizando os recursos de muitos para o benefício de poucos, ela se distancia dos princípios bíblicos de justiça, amor ao próximo e serviço comunitário. A verdadeira missão da Igreja é refletir o coração de Cristo, que veio "não para ser servido, mas para servir" (Marcos 10:45). Quando os recursos são usados de forma desigual, beneficiando apenas um pequeno grupo, a essência do evangelho—que nos chama a compartilhar com generosidade e a cuidar dos necessitados—é comprometida. As Escrituras nos ensinam a "levar as cargas uns dos outros" (Gálatas 6:2) e a "fazer o bem a todos, especialmente aos da família da fé" (Gálatas 6:10). Portanto, é vital que as igrejas mantenham o foco em servir a comunidade como um todo, honrando os princípios de equidade e justiça que Cristo exemplificou.

Por exemplo, algumas pessoas dizem: "Eu orei e a pessoa foi curada; quanto isso vale?" Como se estivessem cobrando por algo que receberam de Deus gratuitamente. No entanto, Jesus nos ensinou: "De graça recebestes, de graça dai" (Mateus 10:8). O que recebemos de Deus deve ser compartilhado com a mesma generosidade com que nos foi dado. Se alguém se sentir tocado a ponto de querer retribuir financeiramente, isso é aceitável e pode ser uma bênção. Porém, é essencial que nossas ações não sejam motivadas por ganho pessoal ou para construir uma instituição que apenas exalta o sucesso individual. Nosso foco deve ser sempre no serviço ao próximo e na glorificação de Deus, não na autopromoção. Como Paulo escreveu: "Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens" (Colossenses 3:23).

Esse é o ponto central da questão. E de onde tiro respaldo para afirmar isso? Não se trata apenas de uma opinião pessoal, mas de um entendimento fundamentado nas Escrituras e na própria vivência cristã. Jesus nos ensinou que tudo o que fazemos deve ser para a glória de Deus e para o serviço ao próximo, não para o engrandecimento pessoal. Ele nos instruiu a "amar o próximo como a nós mesmos" (Mateus 22:39) e a "buscar em primeiro lugar o Reino de Deus" (Mateus 6:33). Quando desvirtuamos esses princípios, usando os dons que recebemos de Deus para promover apenas nossos próprios interesses, nos afastamos do verdadeiro propósito do Evangelho. É com base nesse entendimento bíblico que faço essa afirmação, não como uma mera opinião, mas como uma reflexão ancorada na Palavra de Deus e na prática de uma fé genuína.

Com base em tudo o que vivi, percebo que essa não é apenas uma questão de opinião pessoal. Se você ler a Bíblia com um coração sincero, especialmente o livro de Atos e as cartas de Paulo, sem isolar versículos para justificar uma doutrina específica, poderá ver o quadro completo e entender o propósito maior do Evangelho.

Por exemplo, ao falar sobre riqueza, não podemos simplesmente selecionar dois versículos fora de contexto para defender uma visão particular sobre o assunto. Esse tipo de abordagem ignora o contexto mais amplo das Escrituras e pode distorcer o verdadeiro ensino bíblico. Para compreender o que a Bíblia realmente diz sobre riqueza, devemos considerar a história dos apóstolos, a vida e os ensinamentos de Jesus, e como essas lições foram aplicadas nas primeiras comunidades cristãs.

Jesus nos ensinou sobre o perigo de confiar nas riquezas materiais ao invés de confiar em Deus, como vemos na parábola do jovem rico (Mateus 19:21-24). Ele também nos instruiu a ser generosos e a usar nossos recursos para ajudar os necessitados, como refletido em Lucas 12:33, onde Ele diz: "Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós bolsas que não se envelheçam, tesouro nos céus que nunca falta".

As cartas de Paulo reforçam essa visão, lembrando-nos que "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" (1 Timóteo 6:10) e que devemos estar contentes com o que temos, sendo generosos em compartilhar com os outros (1 Timóteo 6:17-19). A vida dos apóstolos, conforme descrita no livro de Atos, mostra uma comunidade comprometida com a partilha, onde "ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma das coisas que possuía, mas todas as coisas lhes eram comuns" (Atos 4:32).

Portanto, a verdadeira compreensão da riqueza, conforme ensinada nas Escrituras, vai além de uma simples acumulação de bens. Trata-se de um chamado à generosidade, ao serviço, e a viver com um foco no Reino de Deus e no bem-estar do próximo. Ao nos afastarmos dessa visão e usarmos a Bíblia para justificar doutrinas que promovem a acumulação pessoal, nos distanciamos da essência do que Jesus e os apóstolos nos ensinaram. É por isso que digo que essa não é apenas uma opinião, mas uma convicção fundamentada no estudo sincero e no entendimento profundo das Escrituras.

O Novo Testamento realmente tem seu início pleno após a cruz e a ressurreição de Jesus, pois é nesse momento que a Nova Aliança é estabelecida. Antes disso, o povo ainda estava sob o sistema da Lei Mosaica, que Jesus veio cumprir e transcender, como Ele próprio afirmou em Mateus 5:17: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, mas para cumprir."

Com a ressurreição de Cristo, uma nova era foi inaugurada, e o foco da fé passou a estar na graça e na obra redentora de Jesus, ao invés da obediência estrita à Lei. Para compreender plenamente o Novo Testamento, é fundamental mergulhar nos ensinamentos presentes nas cartas de Paulo e no livro de Atos. Esses textos não apenas narram a vida e os primeiros passos da igreja, mas também fornecem diretrizes práticas e teológicas para a comunidade cristã.

Ao observar o livro de Atos e as cartas de Paulo, percebemos que em nenhum momento os apóstolos se preocuparam em construir grandes instituições ou estruturas religiosas. Em vez disso, o foco era sempre nas pessoas, na propagação do Evangelho e no fortalecimento da comunidade de crentes. A igreja primitiva se reunia nas casas, compartilhava seus bens, e vivia de forma comunitária, conforme Atos 2:44-45: "Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade."

Esse modelo não era fruto de uma simples escolha econômica ou política, mas sim uma expressão prática do amor e da unidade que o Evangelho promovia. O contexto político e econômico da época era, de fato, muito diferente do nosso, mas a essência do cristianismo sempre foi centrada nas pessoas e nas relações, e não na construção de instituições grandiosas.

As cartas de Paulo reforçam essa visão. Em 1 Coríntios 3:16-17, ele lembra aos crentes que "vós sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós". A ênfase está na comunidade como o templo vivo de Deus, não em edifícios físicos ou estruturas organizacionais. Além disso, Paulo admoesta contra qualquer divisão ou facção dentro da igreja que pudesse desviar o foco da unidade em Cristo (1 Coríntios 1:10-13).

Portanto, ao olharmos para o Novo Testamento como um todo, percebemos que o chamado dos apóstolos não era para a construção de instituições complexas ou hierárquicas, mas para a edificação do Corpo de Cristo, que é composto por pessoas, e para o avanço do Reino de Deus na terra através do amor, do serviço, e da pregação fiel do Evangelho. Este é o modelo que devemos buscar, um modelo onde o foco está sempre nas pessoas, na comunhão, e na missão de levar a mensagem de Jesus a todos os povos.

Quando alguém tenta justificar a existência de múltiplas denominações religiosas usando a analogia das 12 tribos de Israel, é importante notar que esse argumento carece de fundamento bíblico no contexto da Nova Aliança. O apóstolo Paulo, em suas cartas, deixa claro que, em Cristo, todas as barreiras culturais, sociais e étnicas são superadas. Em Gálatas 3:28, ele afirma categoricamente: "Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; pois todos vós sois um em Cristo Jesus."

Este versículo destaca a unidade fundamental que deve existir entre todos os crentes, independentemente de suas diferenças exteriores. A mensagem do Evangelho transcende culturas, raças, gêneros e classes sociais, e se fundamenta na nova identidade que todos recebemos em Cristo. A fé em Jesus não é fragmentada por características externas ou contextos culturais; ela é universal e aplicável a todos os que creem.

A ideia de que Deus criou várias denominações para acomodar as diferenças entre as pessoas é, portanto, equivocada. A multiplicidade de denominações que vemos hoje muitas vezes reflete mais as divisões humanas do que um desígnio divino. Em vez de unir, essas divisões podem criar barreiras desnecessárias que contrariam o chamado à unidade no Corpo de Cristo. Na mesma cidade, é comum encontrar várias igrejas de diferentes denominações, cada uma com suas próprias práticas e doutrinas. No entanto, o essencial, que é a fé em Jesus Cristo, deve permanecer o mesmo em todas.

Essa uniformidade na fé é uma expressão do princípio de que Cristo é o centro de tudo. Independentemente da denominação ou tradição, todos os cristãos são chamados a seguir Jesus e a viver de acordo com Seus ensinamentos. Paulo, ao escrever para diferentes comunidades em suas epístolas, como em 1 Coríntios 1:10, exorta os crentes a viverem em harmonia: "Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa, e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer."

As divisões denominacionais muitas vezes surgem de preferências humanas, interpretações doutrinárias particulares ou até mesmo questões culturais. Contudo, essas diferenças não devem obscurecer o fato de que a verdadeira fé cristã é centrada na pessoa e obra de Jesus Cristo. Ele é o fundamento, e é em Sua unidade que devemos nos apoiar.

Portanto, em vez de usar as diferenças entre denominações como justificativa para a fragmentação, devemos buscar a unidade que Paulo prega, lembrando que todos somos um em Cristo. A diversidade de tradições pode enriquecer a experiência cristã, mas nunca deve ser usada para justificar a divisão. A verdadeira medida da fé em uma comunidade não é sua afiliação denominacional, mas sua fidelidade a Cristo e ao Evangelho.

Se você está envolvido na plantação de uma igreja e já estabeleceu um CNPJ, isso por si só não constitui um problema. A formalização jurídica é muitas vezes necessária para questões administrativas e fiscais, e pode facilitar a organização e o funcionamento da igreja. No entanto, o verdadeiro desafio não está na estrutura legal em si, mas na mentalidade que permeia a gestão e a operação da instituição.

O perigo surge quando a energia, o tempo e os recursos financeiros são direcionados predominantemente para manter a estrutura da igreja funcionando, ao invés de se concentrar em sua missão fundamental de servir às pessoas. Se você percebe que a maior parte dos recursos está sendo gasta em manutenção de instalações, administração e formalidades, em detrimento da ação direta em benefício da comunidade e dos membros, é um sinal claro de que é preciso repensar a abordagem.

O propósito essencial de uma igreja é servir e edificar o corpo de Cristo. Isso envolve apoiar os membros espiritualmente, proporcionar assistência às necessidades físicas e emocionais, e engajar-se ativamente em obras de serviço e missão. A estrutura organizacional deve ser um meio para atingir esses objetivos, e não um fim em si mesmo. Em vez de se tornar um fim, a estrutura deve facilitar e apoiar a missão da igreja de maneira eficaz e centrada nas pessoas.

É fundamental revisar periodicamente a forma como os recursos são alocados e o foco das atividades da igreja. Se a estrutura organizacional começa a dominar o propósito e a missão da igreja, é necessário fazer ajustes. A verdadeira eficácia de uma igreja é medida pelo impacto positivo que tem na vida das pessoas e na comunidade, e não apenas pela eficiência administrativa ou pelo tamanho da sua estrutura.

Jesus mesmo destacou que o propósito da igreja é servir e amar aos outros. Em Mateus 20:28, Ele afirma: “Pois o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Esse princípio deve guiar todas as decisões e ações dentro da igreja. A estrutura deve, portanto, ser uma ferramenta que permite à igreja cumprir sua missão de forma mais eficaz, não uma barreira que limita a capacidade de servir.

Assim, a chave para uma plantação de igreja bem-sucedida é garantir que a mentalidade e a prática estejam alinhadas com o propósito de servir às pessoas. O CNPJ e a estrutura organizacional devem apoiar, e não obstruir, a missão da igreja. Se você perceber que a instituição está se tornando um fim em si mesma, é crucial ajustar a abordagem para garantir que a missão de servir e edificar o corpo de Cristo permaneça no centro de todas as atividades.

A Igreja Não É Jesus
A afirmação de que "a igreja não é Jesus" é crucial para uma compreensão equilibrada e bíblica da função e propósito da igreja. Embora a igreja desempenhe um papel essencial no plano de Deus, ela não deve ser confundida com Cristo, que é o centro da fé cristã. Aqui estão algumas razões para aprofundar essa distinção:

1. Cristo é o Fundamento da Fé
Jesus Cristo é o fundamento e a pedra angular da fé cristã. Ele afirmou em Mateus 16:18: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." Jesus é o centro da nossa adoração e a fonte da nossa salvação, conforme João 14:6, onde Ele declara: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." A igreja, por outro lado, é uma instituição estabelecida para promover o evangelho e edificar os crentes, mas não é o objeto de nossa adoração.

2. A Igreja é um Instrumento, Não um Fim em Si Mesma
A igreja existe para cumprir a missão de Cristo na Terra. Em 2 Coríntios 5:18-19, Paulo descreve a igreja como "o ministério da reconciliação", que é a missão de levar as pessoas a Cristo e promover a reconciliação entre Deus e a humanidade. A igreja é chamada a ser o corpo de Cristo, mas isso não a torna Cristo. O papel da igreja é de servir e refletir a missão de Jesus, mas não substituí-lo ou colocá-lo em segundo plano.

3. Evitar a Idolatria Institucional
Quando a igreja começa a ser vista como a figura central da fé em vez de Cristo, isso pode levar à idolatria institucional. Em 1 Coríntios 1:12-13, Paulo aborda divisões dentro da igreja, dizendo: "Cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós, ou fostes vós batizados em nome de Paulo?" Este trecho ressalta que a lealdade à igreja ou ao líder da igreja não deve substituir a lealdade a Cristo.

4. A Igreja Como Corpo de Cristo
A igreja é descrita na Bíblia como o corpo de Cristo, com Ele sendo a cabeça (Efésios 1:22-23). Isso significa que a igreja deve funcionar em harmonia com a vontade e os ensinamentos de Cristo, sendo um reflexo do Seu caráter e missão. Em Colossenses 1:18, Paulo escreve: "Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja." A cabeça é responsável por dirigir e governar o corpo, e a igreja deve sempre se submeter a essa liderança divina.

5. Foco na Missão, Não na Instituição
Quando a igreja coloca a sua própria estrutura e operação acima da missão de Cristo, pode ocorrer uma desvirtuamento do propósito original. A missão da igreja é fazer discípulos de todas as nações, conforme Mateus 28:19-20: "Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho mandado." O foco deve estar em cumprir esta missão e não em manter ou promover a instituição em si.

Em resumo, é essencial reconhecer que a igreja, embora vital para a vida cristã e para a realização da missão de Cristo, não é um substituto para Jesus. A igreja deve sempre manter seu foco em Cristo como a cabeça e o centro de sua adoração e serviço, garantindo que todas as suas atividades estejam alinhadas com a missão e os ensinamentos de Jesus.

Deus abençoe sua vida e te dê clareza na sua vocação

Leonardo Lima Ribeiro 

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Meu Testemunho

Nasci em Ribeirão Preto, São Paulo, no dia 1º de fevereiro de 1980. No entanto, minha chegada ao mundo não foi motivo de celebração familiar...