É importante entendermos o próprio texto das Escrituras Sagradas. Talvez o comentário Jesuíta esteja correto e realmente devemos nos preparar para encontrar o anticristo como uma pessoa literal no futuro. Então, vamos voltar à Segunda Carta aos Tessalonicenses. Além dos textos já lidos, vamos ler mais um trecho:
"Que ninguém, de forma alguma, vos engane, pois aquele dia não virá, a menos que venha primeiro a apostasia e se revele o homem do pecado, o filho da perdição, que se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de culto, de modo que se assenta no templo de Deus, apresentando-se como Deus."
A frase "no templo de Deus, ele se assentará como Deus" originou uma das teorias escatológicas mais difundidas hoje: a teoria da construção do Terceiro Templo em Jerusalém. Segundo essa teoria, Cristo não retornará até que todos os judeus se reúnam em Israel, vençam todos os árabes, reconstruam o templo e somente então o anticristo surgirá. No entanto, os próprios judeus ficam perplexos ao ouvir essas teorias cristãs. Para eles, é difícil entender como pessoas nos Estados Unidos ou em outros países podem clamar pela luta contra os árabes pela terra em Israel. Afinal, seriam os filhos dos judeus que estariam em risco. Em outras palavras, os cristãos estariam usando os judeus para realizar suas expectativas escatológicas, enquanto estes últimos acabam fazendo o trabalho difícil e perigoso.
A frase "no templo de Deus, ele se assentará como Deus" é especialmente notável, baseando-se nos livros do Antigo Testamento, onde no templo de Deus, seja no Tabernáculo construído por Moisés ou no templo construído por Salomão, existe um lugar destinado para uma pessoa. Vamos deixar que a própria Bíblia responda. Nos capítulos 39 e 40 do livro de Êxodo, é descrito como Moisés, após terminar a construção do Tabernáculo, coloca todos os objetos necessários em seus lugares. Quando ele terminou, está escrito: "Então a nuvem cobriu a Tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. E Moisés não podia entrar na Tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor enchia o Tabernáculo." Como podemos ver, mesmo Moisés, que conhecia a Deus, era fiel a Ele e, segundo a Bíblia, conversava com Ele face a face, não podia entrar no templo. É aqui que começam as inconsistências na interpretação Jesuíta. Francisco Ribeira, ao apresentar o texto de Tessalonicenses 2, assume que os cristãos que leem seu comentário não conhecem bem o Velho Testamento ou a Torá, mas possuem uma ideia de templo que foi inculcada no Cristianismo ao longo dos séculos. Desde o século V, essa ideia de templo é vista como um lugar onde ocorrem falsos sacrifícios, como a Eucaristia, onde a confissão é feita diante de um sacerdote e onde bispos supremos têm um poder de onde não apenas os plebeus, mas até mesmo reis e nobres se curvam. Ao entrar em um templo, o visitante geralmente vê um majestoso púlpito, uma elevação quadrangular no centro do templo, destinada aos hierarcas importantes.
Quando Ribera abordou o tema do "homem do pecado, o filho da perdição" sentado no templo do Senhor, sua intenção era que os leitores imaginassem um vilão anticristo ocupando um púlpito sagrado. No entanto, muitos cristãos se confundem nesse ponto crucial. Eles se esquecem do verdadeiro significado do templo de Deus e da impossibilidade de qualquer ser humano ocupar esse lugar, ao menos segundo a compreensão dos próprios autores bíblicos. Portanto, essa teoria não se sustenta, e interpretar literalmente essa passagem específica não é adequado. Além disso, não podemos adotar uma abordagem seletiva, optando por interpretações literais apenas quando nos convém, enquanto aplicamos interpretações simbólicas em outras partes das Escrituras. É crucial manter consistência. A interpretação literal dessa passagem seria descabida, especialmente se considerarmos a expectativa de que os judeus reconstruam o Terceiro Templo. Esse processo demandaria um tempo considerável, e qualquer templo construído seguiria as diretrizes da Torá e do Talmude, que enfatizam que a glória de Deus se manifesta em uma nuvem, não em um ser humano.
Com base nisso, é razoável considerar que o apóstolo Paulo, ao escrever aos Tessalonicenses, estava se referindo não a um templo físico na terra, mas a algo simbólico. Portanto, os textos mencionados devem ser interpretados de forma simbólica, não afirmando que o "homem do pecado" e o "transgressor" são necessariamente uma única pessoa que surgirá antes da segunda vinda de Cristo.
Mas se estamos falando de simbolismo, qual é o templo em questão? Existem duas interpretações interessantes que se complementam. Primeiramente, muitos leitores da Bíblia lembrarão do texto que fala sobre o nosso corpo como o templo do Espírito Santo, mencionado por Paulo em outras cartas. O trecho mais notável a esse respeito está em Coríntios 2, versículo 6, que diz: "Não se prendam ao jugo desigual com os incrédulos, pois que comunhão tem a justiça com a injustiça? Que harmonia há entre a luz e as trevas? Que acordo há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso há entre o templo de Deus e os ídolos? Porque vocês são o templo do Deus vivo, como Deus disse: 'Habitarei neles e andarei entre eles; serei o seu Deus e eles serão o meu povo'. Portanto, saiam do meio deles e separem-se, diz o Senhor, e não toquem no que é impuro; e eu os receberei. E serei seu pai, e vocês serão meus filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso." Este trecho destaca claramente a incompatibilidade entre certos aspectos espirituais: justiça e injustiça, Cristo e Belial, o fiel e o infiel, e o templo de Deus e os ídolos. Em seguida, Paulo diz: "Vocês são o templo do Deus vivo."
Com isso, ele simbolicamente chama os próprios cristãos de templo de Deus, afirmando que Deus habitará neles e andará entre eles. Por fim, há um chamado para os cristãos se separarem dos incrédulos e não tocarem no que é impuro. Isso é muito interessante quando comparado com o que conhecemos das duas cartas aos Tessalonicenses.
Se o templo de Deus são os verdadeiros cristãos, em cujos corações Deus habita, então o "homem do pecado", o filho da perdição, simboliza a iniquidade que se instala nos corações dos cristãos que se tornaram infiéis devido a uma espécie de adultério espiritual. Ou seja, a mistura do justo com o pecador. Portanto, é provável que Paulo estivesse tentando alertar os Tessalonicenses de que antes da segunda vinda de Cristo, haverá uma terrível subversão dos valores espirituais e um grande engano teológico. Pessoas que se identificam como cristãs e se veem como justas e salvas podem eventualmente permitir que a injustiça penetre em seus corações, afastando Deus, que antes habitava neles, desse espaço simbolicamente. O transgressor, representando a infidelidade espiritual, toma lugar.
Mas como é possível que justiça e iniquidade, o templo de Deus e ídolos e todo esse trecho possam estar tão escuros?
Justiça e Iniquidade: A mistura de justiça e iniquidade refere-se à coexistência de práticas e valores opostos dentro da comunidade cristã. A justiça representa a retidão, a verdadeira adoração e a fidelidade a Deus, enquanto a iniquidade simboliza a injustiça, a falsidade espiritual e a rebelião contra os ensinamentos de Cristo. Paulo alerta que essa mistura pode ocorrer quando os cristãos se desviam da verdadeira fé e permitem que práticas contrárias aos princípios cristãos se infiltram na comunidade.
O Templo de Deus e Ídolos
O conceito de templo de Deus refere-se não apenas a um edifício físico, mas principalmente aos próprios crentes, cujos corações são o lugar onde Deus habita através do Espírito Santo. Quando Paulo menciona o templo de Deus e ídolos, ele está contrastando a pureza espiritual do templo (os verdadeiros crentes) com a impureza espiritual introduzida pela idolatria e pela corrupção moral. A idolatria pode se manifestar não apenas em práticas religiosas falsas, mas também em ambições mundanas, pecados pessoais e desvios doutrinários que desviam a adoração de Deus para outros objetos ou ideais.
A Escuridão Espiritual
A referência à escuridão espiritual sugere um estado de afastamento de Deus e da verdade espiritual. Isso pode ocorrer quando os cristãos permitem que falsas doutrinas, cobiças pessoais ou conformidade com valores mundanos obscureçam sua visão espiritual. Paulo alerta que essa escuridão espiritual pode resultar na aceitação de falsos mestres, líderes carismáticos enganosos ou ideologias que contradizem os ensinamentos de Cristo
O alerta de Paulo aos Tessalonicenses sobre a apostasia e o "homem do pecado" não é apenas uma advertência histórica, mas uma aplicação atemporal para os crentes em todas as épocas. Ele nos lembra da importância de manter a pureza espiritual, defender a verdadeira fé e permanecer vigilantes contra a influência do mal e do erro. A escuridão espiritual pode se infiltrar sorrateiramente, mas os cristãos são chamados a permanecer firmes na fé, buscando constantemente a verdade e a justiça em suas vidas.
Essa reflexão nos convida a examinar nossos próprios corações e comunidades, buscando viver em conformidade com os ensinamentos de Cristo e afastando qualquer iniquidade que possa obscurecer a presença de Deus em nossas vidas.
"Eles serão o meu povo, portanto saiam do meio deles e separem-se, diz o Senhor. Não toquem no que é impuro, e Eu os receberei. Serei seu pai, e vocês serão meus filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso."
Este trecho enfatiza a clara incompatibilidade entre certos princípios espirituais: justiça versus injustiça, Cristo versus Belial, o fiel versus o infiel, e o templo de Deus versus os ídolos. Em seguida, Paulo proclama: "Vocês são o templo do Deus vivo". Com isso, ele simbolicamente identifica os próprios cristãos como o templo de Deus, onde Deus habita e caminha entre eles. Por fim, há um apelo aos cristãos para que se separem dos incrédulos e evitem o que é impuro.
Isso é muito interessante quando comparado com o que conhecemos das duas cartas aos Tessalonicenses. Se o templo de Deus são os verdadeiros cristãos, em cujos corações Deus habita, então o "homem do pecado", o "filho da perdição", simboliza a iniquidade que se instala nos corações dos cristãos que se tornaram infiéis devido a uma espécie de adultério espiritual. Ou seja, a mistura do justo com o pecador.
Portanto, é provável que Paulo estivesse tentando alertar os Tessalonicenses de que antes da segunda vinda de Cristo, haverá uma terrível subversão dos valores espirituais e um grande engano teológico. Pessoas que se identificam como cristãs e se veem como justas e salvas podem eventualmente permitir que a injustiça penetre em seus corações, afastando Deus que antes habitava neles. Nesse espaço, simbolicamente, o transgressor, representando a infidelidade espiritual, toma lugar.
Mas como é possível que justiça e iniquidade, o templo de Deus e ídolos, possam se misturar? Como essas profundas subversões aconteceram dentro do cristianismo? Para entender isso, precisamos explorar uma interpretação bíblica dos textos que estamos analisando.
A Verdadeira Natureza do Anticristo: Simbolismo e Realidade
Um trecho das escrituras que nos leva a um templo no contexto profético dessa questão está em Daniel, capítulo 8. Este capítulo descreve um pequeno chifre que cresceu até os exércitos do céu, lançou por terra parte do exército e das estrelas, e as pisou. Ele se engrandeceu até que o príncipe do exército teve o sacrifício diário tirado, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra.
O que este pequeno chifre fez na descrição simbólica dessa profecia? Ele se exaltou até os céus, tocando o aspecto celestial e pisoteando o santuário celestial. Como isso acontece? Ao retirar o sacrifício diário, ou seja, interrompendo o serviço diário do sumo sacerdote. Todas essas palavras contêm um simbolismo profundo que reflete processos históricos e a distorção da verdade de Deus ao longo dos séculos.
Esses eventos tiveram início no século V, quando a igreja começou a assumir as funções que pertenciam ao templo do Antigo Testamento. Os rituais do templo foram cumpridos com o sacrifício de Cristo no Gólgota, tornando os serviços do templo desnecessários. Após esse acontecimento, apenas aqueles que não aceitaram Jesus como Salvador e não compreenderam o simbolismo dos rituais do templo continuaram a realizar sacrifícios e outros serviços no templo. Isso era considerado abominável, e em 70 d.C., o Templo de Jerusalém foi destruído pelos Romanos.
Hoje, infelizmente, muitos crentes são ensinados a ler apenas o Novo Testamento, negligenciando a Torá e os escritos. Essas práticas foram artificialmente promovidas, o resultado é uma interpretação errônea de muitas profecias e símbolos. Por exemplo, poucos lembram que o santuário terrestre foi construído à imagem do celestial. Poucos compreendem que cada elemento do santuário, desde o átrio exterior até os utensílios no Santo e no Santo dos Santos, carrega um simbolismo profundo que reflete o plano de salvação da humanidade. E quase ninguém nota que, após sua morte e ressurreição, Jesus assentou-se à direita do Trono da Majestade nos céus, sendo ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem.
Após a diminuição da relevância dos rituais do templo terrestre, Jesus Cristo assumiu um papel contínuo no santuário celestial, sendo nosso único sumo sacerdote e mediador. Embora os detalhes exatos desse ministério sejam desconhecidos para nós, a essência está claramente revelada nas Escrituras: Cristo exerce seu papel sacerdotal no verdadeiro templo celestial. Este conceito é reiterado várias vezes no livro de Apocalipse, que menciona o templo celestial e seus componentes, destacando a centralidade de Cristo como nosso intercessor perante Deus.
Segundo a Bíblia, Deus não queria que novos templos fossem construídos na terra seguindo o modelo celestial. Os apóstolos continuaram a se reunir e ensinar em sinagogas, que eram casas de oração ou de reunião. Esses lugares não tinham qualquer semelhança com o templo, onde os rituais eram realizados. Até os anos 70, os seguidores de Jesus iam ao templo com o objetivo de falar aos judeus sobre Ele. Eles ensinavam que, agora, de maneira simbólica, os cristãos eram o único templo na terra, enquanto o verdadeiro templo estava nos céus, juntamente com o sumo sacerdote.
No entanto, com o tempo, sob a influência da cultura e da política pagãs, a igreja começou a perder sua pureza e misturou justiça com iniquidade e o templo de Deus com idolatria. A partir do terceiro século, os católicos, abandonando a verdade bíblica, começaram a construir templos terrestres. Com o passar do tempo, esses templos passaram a ser governados por falsos sacerdotes que, alegando sucessão apostólica, se proclamaram intermediários entre Deus e os homens. Eventualmente, surgiu o cargo de falso sumo sacerdote, o papa de Roma, que se intitulava representante do Filho de Deus na Terra.
Voltando à profecia de Daniel sobre o pequeno chifre que pisoteia o santuário celestial, entendemos que isso não aconteceu literalmente, mas simbolicamente, com a criação de um santuário falso na terra que substituiu as funções do verdadeiro. Esse mesmo pequeno chifre, conforme descrito no capítulo 7 do livro de Daniel, faz outras ações significativas: ele proferirá palavras contra o Altíssimo e perseguirá os santos do Altíssimo. Intentará mudar os tempos e a lei. Essas são profecias já cumpridas sobre o sistema papal.
O princípio de Martinho Lutero, "sola scriptura", não é apenas citar textos bíblicos fora de contexto. "Sola scriptura" significa estudar as escrituras de maneira consistente, refletindo sobre o princípio de interpretação que estamos aplicando. Se identificamos simbolismo em um trecho, devemos aplicar esse simbolismo a todos os versículos daquele trecho. Da mesma forma, se algo deve ser interpretado literalmente, aplicamos essa literalidade a todos os versículos.
Envolve um método rigoroso de estudo e interpretação. Em primeiro lugar, "sola scriptura" enfatiza a autoridade suprema da Bíblia como única fonte de doutrina cristã. Isso implica que todas as crenças e práticas devem estar fundamentadas nos ensinamentos claros das Escrituras. Para aplicar corretamente esse princípio, é essencial entender o contexto histórico, cultural e literário dos textos bíblicos. Isso inclui considerar os diferentes gêneros literários presentes na Bíblia, como narrativas históricas, poesia, profecias e epístolas.
Além disso, quando se trata de interpretação, é crucial reconhecer e aplicar o simbolismo quando ele está presente nos textos. Muitas passagens bíblicas utilizam simbolismo para transmitir verdades espirituais profundas. Por exemplo, imagens como o cordeiro (Jesus Cristo), a videira (o povo de Deus), ou as águas vivas (o Espírito Santo) têm significados simbólicos que devem ser compreendidos dentro do contexto das Escrituras.
Ao aplicar o simbolismo, o princípio de "sola scriptura" exige consistência. Isso significa que se identificamos simbolismo em um trecho específico, devemos aplicar essa interpretação simbólica de forma coerente em todos os versículos desse trecho. Isso ajuda a evitar interpretações arbitrárias ou seletivas que distorceriam o significado original do texto.
Por outro lado, quando uma passagem deve ser interpretada literalmente, também devemos aplicar essa literalidade de maneira consistente em todos os versículos pertinentes. Isso garante uma abordagem equilibrada e responsável à interpretação das Escrituras, respeitando sua integridade e mensagem.
Portanto, "sola scriptura" não apenas define a Bíblia como a única autoridade final para a fé cristã, mas também estabelece um método interpretativo que busca compreender e aplicar fielmente os ensinamentos divinos contidos nas Escrituras, tanto em seu sentido literal quanto simbólico. Essa abordagem não apenas fortalece a base teológica dos crentes, mas também promove uma compreensão mais profunda e coerente da Palavra de Deus.
Portanto, se entendermos que a restauração do templo e a presença de um homem literal sentado nele não é uma concepção bíblica, devemos pensar de forma simbólica. O simbolismo nos leva a crer que em Tessalonicenses 2, o "homem do pecado" ou "filho da perdição", que se assentará no templo de Deus, é uma referência figurativa à profecia do pequeno chifre. Isso simboliza o sistema de autoridade religiosa do papado, que distorce as escrituras sagradas, mistura o justo com o pecaminoso e expulsa o verdadeiro Deus do templo dos corações dos crentes, colocando a iniquidade em seu lugar.
De forma simbólica, este anticristo é muito mais perigoso do que o homem literal promovido pela teologia jesuíta, que se tornou parte das crenças de quase 2 bilhões de cristãos no mundo. Enquanto os crentes aguardam a construção de um terceiro templo, o diabo lentamente, mas seguramente, sob a cobertura de falsas doutrinas, está plantando sementes de iniquidade em seus corações. Essas sementes podem incluir ideias errôneas, como acreditar que a salvação vem através de nossas boas obras, penitências, confissões a um sacerdote, ou missas fúnebres.
No entanto, a Bíblia afirma claramente que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei. Hoje, vemos distorções opostas das escrituras, como a doutrina da chamada "graça abrangente", que sugere que a pessoa é justificada mesmo continuando a pecar. Pecar sem alinhar a vida aos princípios da palavra de Deus é um erro. A Bíblia nos dá um antídoto contra essa falsa ideia, afirmando que "a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma".
Embora o lema dos jesuítas, "ad maiorem Dei gloriam", que significa "para a maior glória de Deus", pareça nobre, eles juraram lealdade incondicional ao papa, fazendo tudo para proteger sua autoridade e poder. Os objetivos e motivos da Contrarreforma são claros, mas sua essência é sombria. Essa escuridão ofuscou astutamente os ensinamentos dos reformadores que enfrentaram a morte para trazer luz ao mundo.
Atualmente, em todas as correntes e grupos religiosos, encontramos indivíduos sinceramente dedicados à sua fé. Portanto, meu objetivo não é criticar pessoas específicas, mas sim questionar certos sistemas religiosos que considero equivocados como um todo. Também não estou proclamando que temos uma interpretação perfeita das Escrituras, nem estou negando a possibilidade de que um terceiro templo possa ser construído fisicamente. Minha sugestão é que não devemos nos fixar demais em eventos hipotéticos como esse, tentando forçar conexões com profecias bíblicas. Para os cristãos, o mais crucial é cultivar um relacionamento pessoal com Deus e manter a integridade espiritual de seus corações.
Portanto, é fundamental dedicar-se ao estudo das Escrituras com cuidado e discernimento, sempre questionando as motivações por trás das teorias que nos são apresentadas. Neste mundo complexo e repleto de interpretações variadas, é crucial discernir entre o que é genuinamente fundamentado nas Escrituras e o que pode ser influenciado por interpretações errôneas ou agendas pessoais. Ao fazer isso, protegemo-nos contra enganos e manipulações que possam distorcer a verdade espiritual. Afinal, todos buscamos a verdade e a orientação divina, e é através de um estudo diligente, reflexivo das Escrituras que podemos discernir o caminho correto a seguir em nossa jornada de fé.
(Texto formulado através de conteúdo do Canal O poder da mente)
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