sexta-feira, 15 de março de 2024

A besta e a imagem da besta

(Innsbruck, Áustria) 


A "imagem da besta" é uma expressão encontrada no livro do Apocalipse, no Novo Testamento da Bíblia. Ela está associada ao poder do "falso profeta" e ao reinado do Anticristo durante os últimos dias, conforme descrito na escatologia cristã.

A imagem da besta é mencionada em Apocalipse 13:14-15 (NVI), que diz o seguinte:

"E, por causa dos sinais que lhe foi permitido fazer em presença da besta, ela enganou os habitantes da terra. Ordenou-lhes que fizessem uma imagem em honra à besta que fora ferida pela espada e depois revivera. Foi-lhe concedido dar fôlego à imagem da primeira besta, de forma que ela podia falar e fazer que fossem mortos todos os que não a adorassem."

Embora o termo não seja explicado detalhadamente na Bíblia, muitos estudiosos e teólogos entendem que a "imagem da besta" pode ser interpretada simbolicamente como uma representação ou manifestação do poder e autoridade do Anticristo. Pode ser uma instituição, um sistema, uma ideologia ou até mesmo uma pessoa que exige adoração e lealdade, em oposição a Deus.

Essa imagem pode ser interpretada como uma falsa representação da divindade, exigindo devoção e adoração por parte da humanidade. Aqueles que se recusam a adorar ou prestar homenagem à imagem da besta são sujeitos a perseguição e até mesmo à morte, de acordo com a narrativa apocalíptica.

No entanto, é importante ressaltar que as interpretações específicas do significado da imagem da besta podem variar entre diferentes tradições teológicas e escolas de pensamento escatológico dentro do Cristianismo.

O pensamento denominacional é a expressão do homem tentando forjar o Evangelho. É o caráter de domínio, controle, manipulação e por consequência a escravidão. 

Quando você enxerga as pessoas pela lente da sua bandeira, não é o evangelho de Cristo. No final, muito daquilo que hoje chamamos protestantismo se unirá ao governo mundial, e perseguirá os verdadeiros Cristãos. 

O Reino dos céus é a expressão de Deus pai revelando seu amor através de seu filho para salvar TODOS aqueles que creem. 

O homem constrói a denominação espelhada no seu ego, e usa as pessoas para exaltar aquilo que ele construiu, a imagem do ego. O Homem sem a revelação de Reino, produz um falso evangelho através de um sistema de regras pautadas na lei do medo e condenação afim de aprisionar as pessoas.

O Ego se alimenta da alto exaltação. O homem deseja ser adorado e o ego trabalha para isso.  

O desejo do homem de ser adorado pode ter várias raízes, muitas das quais estão ligadas à natureza humana e às motivações individuais. Aqui estão algumas razões possíveis:

Insegurança e Necessidade de Validade: Para algumas pessoas, o desejo de ser adorado pode surgir de uma profunda insegurança e necessidade de validação. Elas buscam a adoração e elogios dos outros como uma forma de confirmar sua própria autoestima e valor.

Sede de Poder e Controle: O desejo de ser adorado pode estar relacionado à busca por poder e controle sobre os outros. Algumas pessoas veem a adoração como uma forma de afirmar sua autoridade e influência sobre aqueles ao seu redor.

Narcisismo e Egoísmo: Para os narcisistas e indivíduos excessivamente auto-centrados, o desejo de ser adorado pode ser uma manifestação de seu próprio egoísmo e senso inflado de importância. Eles buscam a adoração como uma confirmação de sua superioridade e grandiosidade.

Fama e Reconhecimento: Muitas vezes, o desejo de ser adorado está ligado à busca por fama, reconhecimento e prestígio. Algumas pessoas anseiam pela adulação do público como uma forma de alcançar status social e sucesso.

Falta de Consciência Espiritual: Em um nível espiritual, o desejo de ser adorado pode ser uma expressão da idolatria e afastamento de Deus. Quando as pessoas buscam ser adoradas como deuses, estão colocando-se no lugar de Deus e perdendo de vista Sua soberania e autoridade.

É importante notar que o desejo de ser adorado pode ser prejudicial e tóxico, levando a comportamentos egocêntricos e prejudiciais aos outros. O verdadeiro contentamento e realização vêm de um senso saudável de autoestima e propósito, encontrados em relacionamentos significativos e em viver de acordo com valores altruístas e espirituais.

Em Gálatas 5:19-21, o apóstolo Paulo lista as "obras da carne", que são comportamentos e atitudes que estão em desacordo com os princípios do Reino de Deus, e que descrevem características da natyreza caída do homem, onde encontramos a raiz dos comportamentos decadentes da humanidade. Aqui estão as obras da carne conforme descritas nesses versículos:

Prostituição: Refere-se à imoralidade sexual em geral, incluindo fornicação, adultério e outras formas de comportamento sexualmente imoral.

Impureza: Isso inclui pensamentos, palavras e ações impuras que violam os padrões de pureza moral e espiritual.

Lascívia: Refere-se a desejos e comportamentos excessivamente luxuriosos ou indulgentes, muitas vezes associados à falta de autocontrole e moderação.

Idolatria: Isso envolve a adoração de ídolos ou a colocação de qualquer coisa acima de Deus em termos de prioridade e devoção.

Feitiçarias: Este termo pode ser traduzido como "práticas ocultistas" ou "magia", e se refere à manipulação de poderes sobrenaturais para obter resultados desejados, geralmente em desafio à vontade de Deus. Oração da própria vontade. 

Inimizades: Refere-se a sentimentos hostis ou antagonismo em relação aos outros, que são contrários ao amor e à reconciliação ensinados por Jesus.

Porfias: Isso se refere a conflitos constantes e contendas, buscando argumentos e discordâncias por motivos egoístas ou maliciosos.

Iras: Refere-se a acessos de raiva, cólera e temperamento explosivo, que são prejudiciais aos relacionamentos e à paz.

Discórdias: Isso inclui a promoção da divisão e dissensão entre as pessoas, muitas vezes alimentando contendas e hostilidades.

Facções: Isso se refere à formação de grupos ou facções dentro da comunidade, muitas vezes motivados por ambição, orgulho ou desejo de poder.

Invejas: Isso envolve sentimentos de ressentimento ou ciúme em relação aos outros, desejando o que pertence a eles e experimentando insatisfação com o sucesso alheio.

Homicídios: Refere-se ao ato de tirar a vida de outra pessoa, seja fisicamente ou através de ações que causam dano e destruição.

Bebedices: Isso inclui o abuso de álcool e outras substâncias intoxicantes, que podem levar a comportamentos imprudentes e prejudiciais.

Glutonarias: Isso se refere ao excesso e indulgência na comida e na bebida, mostrando falta de autocontrole e moderação.

Essas obras da carne são contrastadas com os frutos do Espírito descritos por Paulo em seguida, destacando a importância de viver uma vida caracterizada pelo amor, alegria, paz, paciência, bondade, bondade, fé, mansidão e autocontrole.

Isso tipifica o anticristo (homem), a besta (ego) e a imagem da besta (império denominacional, sistema religioso mundial).

⁴ E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? (Apocalipse 13:4)

¹⁴ E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.

¹⁵ E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.              (Apocalipse 13:14,15)

¹³ Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. (Apocalipse 17:13)

¹² E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. (Apocalipse 13:12)

¹³ E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. (Apocalipse 16:13)

²⁰ E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. (Apocalipse 19:20)

No fim, quando o fogo vier no seu extremo, e tudo for queimado, só restará aquilo que é Cristo. Todas obras humanas de justiça própria serão queimadas.

Seremos julgados pelo que construímos fundamentado em nosso ego usando o nome de Jesus Cristo.

Se oferecemos um evangelho que não apresenta Jesus como o centro e a expressão exclusiva da verdade, o único a ser adorado e exaltado, estamos fora da revelação de Cristo. 

Quando o ego vê algo que pode trazer mais poder e influência, logo quer colocar o selo denominacional para chamar de meu. Quanto mais pessoas aos pés do líder, ou da denominação, mais exaltação e alimento para o ego. A denominação é a maquina de capturar pessoas para o ego. A imagem da besta. 

mEU, EU, EGO. O falso profeta é o espírito de engano que exalta o ego, e se faz de voz de Deus. 

E o Ego reproduz sua imagem nas denominações

A besta e a imagem da besta

Então, No final dos tempos não vai ser o sistema do MUNDO que vai manifestar o Anticristo, a Besta e a imagem da Besta. Tudo isso já está dentro do homem. E as denominações se prostituem por poder e influência afim de controlar e dominar as pessoas. Se não formos livres disso por Cristo seremos aqueles que Jesus dirá: "Afasta-se de mim, vocês que praticam a iniquidade"

Mateus 7:22-23 ARA‬‬

[22] Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? [23] Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.

Sejamos vigilantes para que nosso ego não produza sua imagem em uma bandeira denominacional, e nos tornemos captores de pessoas como foi Ninrode, o primeiro tirano que escravizou pessoas para construírem a torre de Babel.

Ninrode é mais conhecido por sua associação com a construção da Torre de Babel e por ser um "poderoso caçador diante do Senhor", de acordo com Gênesis 10:8-12. Algumas tradições judaicas e cristãs posteriores também o associaram à promoção da idolatria e da rebelião contra Deus. No entanto, essas associações geralmente não são feitas com base em uma identificação direta como um Anticristo, mas sim como uma figura que representa a arrogância e a desobediência humana.

A relação entre sistemas denominacionais e um espírito de controle pode variar significativamente de acordo com as práticas e a cultura de cada denominação específica. Aqui estão algumas considerações sobre como sistemas denominacionais podem estar relacionados a um espírito de controle:

Hierarquia e Estrutura Organizacional: Muitas denominações possuem uma estrutura hierárquica com líderes, como bispos, superintendentes ou conselhos, que exercem autoridade sobre as igrejas locais e os membros. Em alguns casos, essa estrutura pode levar a um sistema de controle mais rígido, onde as decisões são tomadas de cima para baixo e a liberdade das congregações individuais pode ser limitada.

Doutrina e Ortodoxia: Algumas denominações têm sistemas doutrinários e credos muito definidos, nos quais os líderes são encarregados de manter a ortodoxia e a conformidade com as crenças estabelecidas. Isso pode levar a um ambiente onde o questionamento ou a divergência das crenças aceitas são desencorajados e até mesmo punidos, contribuindo para um espírito de controle.

Controle Financeiro: Em algumas denominações, há um alto nível de controle sobre os aspectos financeiros das igrejas locais, incluindo a cobrança de dízimos e ofertas, o financiamento de projetos e o orçamento. Isso pode criar uma dinâmica em que as igrejas locais se sintam pressionadas a se conformar com as políticas financeiras estabelecidas pela denominação central.

Autoridade dos Líderes Centrais: Em certas denominações, os líderes centrais têm autoridade significativa sobre as igrejas locais e os pastores. Isso pode incluir a designação de pastores para igrejas específicas, a imposição de políticas e práticas, e até mesmo a remoção de pastores que não se conformam às expectativas da denominação.

Cultura Institucional: A cultura institucional de uma denominação também desempenha um papel importante na dinâmica de controle. Se uma denominação promove uma cultura de conformidade, obediência e submissão inquestionável à liderança, isso pode contribuir para um espírito de controle dentro da denominação.

As vezes a gente sai da jaula do sistema, mas o sistema não sai de dentro de nós, e reproduzimos nosso cativeiro achando que estamos livres.

Deus vos abençoe

Medite sobre esse assunto e como você tem encarado a realidade de ser e viver igreja.

Esse é um ministério que atinge vidas em todos os estados e alguns países do globo. 

Temos a missão de anunciar a mensagem de boas novas da salvação através de Cristo e edificar o corpo através do ensino. 

Se você é abençoado por esse ministério ou deseja que outras pessoas sejam, tornar-se um ofertante e atue diretamente na salvação de pessoas e edificação do corpo.  (Gálatas 6:6 ARA‬‬)

[6] Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui. (Gálatas 6:6 ARA‬‬)

[10] Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, (‭‭2Coríntios 9:10 ARA‬‬)

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