Palavra da semana (8)

 

(Trem de Oslo para Estocolmo)

Depois do dia que nascemos em Cristo, pelas águas do batismo, a trajetória de crescimento é semelhante a jornada natural da nossa vida mortal, nos alimentamos do que nos dão, sem ter condições de escolher, depois vamos tomando preferência por alimentos específicos até que temos consciência e maturidade de vida para escolher o que é melhor para nossa saúde dentre o equilíbrio de carboidratos, proteínas e gorduras junto com vitaminas e minerais. 

Quando nascemos do espirito, no inicio comemos o alimento que nos dão, sem ter condições de escolher, porque não sabemos discernir o que é bom ou adequado, e ao longo do nosso crescimento, vamos entendendo o que favorece a carne, o que favorece a alma e o que realmente alimenta o Espírito, e com a maturidade podemos equilibrar essa dieta, temos no Evangelho o objetivo de negar a si mesmo, e por muito tempo pensei que esse alvo não tinha limites, mas com o andar e a experiência da jornada enxerguei através de Jesus, que a renuncia é específica ao alvo que Deus tem para nosso propósito. 

Simplificando, não precisamos matar em nós aquilo que Deus não está matando, Jesus não cedeu aos fariseus, a não ser no momento em que precisava deles para ser crucificado e cumprir seu propósito salvífico, Jesus não renunciou o que não precisava ser renunciado. Ele andou com sua mãe e seus amigos até o fim, sem colocá-los acima de Deus ou do propósito, então, com isso podemos entender que a renuncia em nossas vidas deve ser especifica aos propósitos de Deus e não à vontade de outras pessoas para nós. 

Quem não entende sua caminhada, vai exigir de você coisas que Deus não esta te exigindo, e isso aconteceu com Jesus, quando a todo momento os fariseus perguntavam a ele: "por que não  faz isso? por que não faz aquilo? os discípulos diziam: Jesus vá para tal lugar!! não vá para tal lugar!!! Mas, a resposta de Jesus era sempre a mesma, não me convém que..., essa não é a vontade do Pai... não é chegada a minha hora e outras afirmações desse tipo. 

Existe uma trajetória especifica para cada pessoa, que vai sendo revelada pelo Espirito Santo, dai a necessidade de um relacionamento intimo. A paternidade Espiritual nos conduz a essa maturidade enquanto não sabemos lidar com o alimento e com a condução do Espirito. O pai espiritual cuida de você quando nasce, cresce até que amadurece, e isso não significa estar pronto ou alcançado a perfeição, mas quando temos condição de começar a jornada pela condução do Espirito Santo, precisamos passar para esse outro nível. 

"Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus. 

(Lucas 10:20)

Jesus, nesse versículo mostra alguns aspectos dessa jornada de maturidade. Os discípulos ainda se impressionavam com os dons e o poder de Deus, que são essenciais, mas não são o objetivo final, nem o fim da obra, mas apenas ferramentas para o fim, que é a salvação de todo aquele que crê. Ali Jesus aponta um caminho de entendimento, um alvo, que é a maturidade do relacionamento, Ele diz: Alegrai-vos antes por estarem vossos nomes escritos nos céus. Jesus está dizendo o seguinte: "A alegria de vocês deve estar no fato de que foram salvos da orfandade, agora foi restabelecido um relacionamento entre pai e filhos, Deus pai resgatou os filhos, vocês agora são a família de Deus" 

A jornada é longa para alguns, mais curta para outros, mas o alvo é sempre o mesmo, conhecer Jesus como único mediador entre Deus e os homens, os mestres dão alimento, o Pai na fé da destino, mas só chegamos ao Deus pai, através de Jesus, que completou a obra para que fossemos salvos, redimidos da queda e restabelecidos na origem que é o Pai. 

Continue orando no Espirito, em todo tempo, até que seja revelado o Filho que é o caminho, a verdade e a vida, Jesus Cristo. 

Leonardo Lima Ribeiro