quarta-feira, 1 de abril de 2020

Afinal de contas, existem ou não pais espirituais?

 

(Frankfurt, Alemanha) 

"Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou não podeis vós ir; eu vo-lo digo também agora." (João 13:33) (Jesus)

"Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora." (1João 2:18)

"1 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo." (1Joao 2:1)

"E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos confundidos por ele na sua vinda." (1João 2:28)

"Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo." (1João 4:4) (Ap. João)

"Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós;" (Gálatas 4:4) (Ap. Paulo) 

"Mas bem sabeis qual a sua experiência, e que serviu comigo no evangelho, como filho ao pai." (Filipenses 2:22) 

"A Timóteo, meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, o nosso Senhor." (1Timóteo 1:2)

"A Tito, meu verdadeiro filho na fé que compartilhamos: Graça e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, o nosso Salvador." (Tito 1:4) 

Todos esses textos nos mostram uma existência de ligação paternal entre os Apóstolos e prováveis filhos na fé

Porém, bem antes, enquanto Jesus andava na terra como homem ele afirmou, em um dialogo com os fariseus, o seguinte:

 Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.

"9 E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. 10 Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. 11 O maior dentre vós será vosso servo. 12 E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado. 13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando. (Mateus 23:9-13)

Se pegarmos algumas bíblias como a Bíblia arqueológica, Nova versão Internacional, podemos verificar no título do capítulo a seguinte descrição: "Jesus condena a hipocrisia dos fariseus e dos mestres da lei". Os fariseus que a todo momento buscavam colocar Jesus em contradição haviam dito o seguinte que tinham por pai, Abrãao. 

E Jesus disse:

 6 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.

37 Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós.

38 Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.

39 Responderam, e disseram-lhe: NOSSO PAI É| ABRAÃO. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.

40 Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isto.

41 Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe, pois: Nós não somos nascidos de fornicação; TEMOS UM PAI QUE È DEUS.

42 Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.

43 Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.

44 VÓS TENDES POR PAI O DIABO, e quereis satisfazer os desejos de vosso PAI. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.

45 Mas, porque vos digo a verdade, não me credes.

46 Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?

47 Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus.

Temos aqui dois fatores:

1 - Jesus chama os fariseus de filhos do diabo: 

(44 VÓS TENDES POR PAI O DIABO, e quereis satisfazer os desejos de vosso PAI. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.)

2 - Eles tinham por ídolo o seu EU e sua doutrina (Religião), vejamos esse texto onde novamente eles são repreendidos pela hipocrisia: 

"E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito:Este povo honra-me com os lábios,Mas o seu coração está longe de mim;

7 Em vão, porém, me honram,Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens.

8 Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas.

9 E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.

10 Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente morrerá.

11 Vós, porém, dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor;

12 Nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe,

13 Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas." (Marcos 7:6-13)

Consegue notar como Jesus repreende os fariseus, e não os ensina. É diferente o objetivo e ele toca sempre na hipocrisia. Note que os fariseus refutavam Jesus se colocando como filhos de Abraão, e exaltando Moisés em outras situações. 

As pessoas pensam que o ensino de Jesus em Mateus 23:8-13 é para nós, e por isso criam uma nova doutrina, se colocando assim em uma posição de falsa humildade, semelhante a dos fariseus, que não se reportavam ao Cristo encarnado com a desculpa de serem filhos de Abrãao e discípulos de Moisés. 

Conheci muitos irmãos amados e bem intencionados que estão tendo dificuldades em entender paternidade espiritual e governo eclesiástico por causa desse texto, porém, precisamos de todo o contexto bíblico para entender um fundamento. 

Se a realidade apostólica fosse segundo Mateus 23:8-13, Paulo estria criando uma nova doutrina contrária aos ensinos de Jesus, veja o que ele diz a Timóteo: 

"A Timóteo meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor." (1Timóteo 1:2) 

"Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão." (Gálatas 3:7)

Se a bíblia chama de filhos de Abraão todos que creram em Cristo, então Abraão é pai na fé. 

E ainda mais:

"Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo." (1Co 4:15) 

Jesus em outra ocasião repreendendo novamente os fariseus diz:

"Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas." (Mateus 23:31)

"Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.

32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.

33 Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?

34 Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade; (Mateus 23:31-34)

No meu terceiro livro tem um capítulo que fala sobre Mateus 23:31-34, é interessante como a hipocrisia é severamente repreendida por Jesus, ele chega a chamar os fariseus de Raça de víboras, por causa da semelhança deles com a natureza instintiva desse animal.

Geralmente, as víboras não comem seus próprios filhotes. Na maioria das espécies de serpentes, incluindo as víboras, NÃO HÀ CUIDADO PARENTAL após o nascimento ou a eclosão dos ovos. As crias nascem ou eclodem INDEPENDENTES e são responsáveis por encontrar sua própria comida e abrigo desde o início.

No entanto, pode haver casos raros em que ocorre CANIBALISMO entre as serpentes, incluindo as VIBORAS. Esses casos podem ocorrer quando há uma COMPETIÇÂO intensa por recursos, como comida e espaço, ou quando as condições ambientais são extremamente desfavoráveis, levando à escassez de alimentos. Em tais circunstâncias, serpentes ADULTAS podem se ALIMENTAR D|E FILHOTES, mas isso não é comum na maioria das espécies de víboras.

Jesus sempre usa analogias, assim como nós também usamos hoje, inclusive quando colocamos apelidos em nossos amigos. 

Precisamos deixar o Espírito Santo ministrar em nossos corações antes de usarmos versículos e contextos isolados para formular uma doutrina ou fundamento. Podemos ir mais além: 

"Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?" (Mateus 23:33)

"Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. (Mateus 12:3)

"Dizia, pois, João à multidão que saía para ser batizada por ele: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?" (Lucas 3:7)

"E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?" (Mateus 3:7)

A analogia entre os fariseus e víboras é encontrada em várias passagens dos Evangelhos no Novo Testamento da Bíblia. Jesus usou essa comparação como uma metáfora para enfatizar a hipocrisia e a maldade dos fariseus, líderes religiosos judeus da época.

Os fariseus eram conhecidos por sua rigidez na observância da lei religiosa e por seu desejo de exibir sua piedade e superioridade espiritual aos outros. No entanto, Jesus frequentemente os criticava por seu comportamento hipócrita, sua falta de compaixão e sua preocupação excessiva com as tradições externas em detrimento do amor e da justiça verdadeira.

Comparar os fariseus a víboras era uma maneira vívida de expressar a seriedade de seus pecados e a natureza enganosa de sua aparência externa de piedade. Assim como as víboras podem ser venenosas e perigosas por fora, os fariseus eram venenosos espiritualmente por dentro, apesar de sua aparência de piedade externa.

Essa analogia serve como um aviso contra a hipocrisia e a falsidade religiosa, destacando a importância do coração e da verdadeira retidão interior em oposição à observância meramente externa das regras religiosas.

Agora sobre a paternidade espiritual: as afirmações de Paulo são suficientes para entendermos a função apostólica e sua posição de gerar filhos para Deus, pois os filhos que instruímos e apascentamos são ovelhas de Jesus, O bom e único pastor e filhos de Deus através de Cristo. Nesse contexto entendemos nossa função apenas de pais temporários que trazem os crentes imaturos a maturidade do relacionamento direto com Deus pai através do Espírito Santo. 

Em várias passagens dos Evangelhos, Jesus se refere aos seus discípulos, incluindo os apóstolos, como "filhos" ou "filhos meus". Essa linguagem é usada para transmitir um sentido de proximidade, amor, cuidado e relacionamento familiar entre Jesus e aqueles que o seguiam.

Por exemplo, em Mateus 12:49-50 (NVI), Jesus diz: "E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, irmã e mãe."

Uma passagem em que Jesus se refere aos seus discípulos como "filhos" está em João 13:33 (NVI), durante a Última Ceia. Neste momento, Jesus está falando com os discípulos e se preparando para partir:

"Meus filhos, eu estarei com vocês apenas por um pouco mais de tempo. Vocês vão me procurar, mas, como eu disse aos judeus, agora digo a vocês: para onde eu vou, vocês não podem ir."

Nesta passagem, Jesus usa a expressão "meus filhos" para se dirigir aos seus discípulos, demonstrando uma relação de cuidado e afeto, mesmo que esteja prestes a partir. 

Essa maneira de se dirigir aos discípulos reflete a ideia de que eles não eram apenas seguidores ou aprendizes, mas também faziam parte de uma comunidade espiritual íntima com Jesus, compartilhando um relacionamento especial com ele e uns com os outros. Essa relação de filiação espiritual destaca a importância do vínculo de fé e compromisso com Jesus Cristo e seus ensinamentos.

De acordo com a tradição cristã, os apóstolos são considerados pais espirituais devido ao papel fundamental que desempenharam na disseminação do cristianismo e na edificação da igreja primitiva. Eles foram os principais líderes e ensinadores da fé cristã nascente e foram encarregados por Jesus de espalhar seu evangelho pelo mundo.

Os apóstolos são vistos como figuras de autoridade espiritual e exemplos de fé e dedicação ao serviço de Deus. Eles não apenas pregaram e ensinaram as doutrinas cristãs, mas também fundaram igrejas, ordenaram líderes e transmitiram os ensinamentos e tradições de Jesus Cristo às gerações futuras.

Além disso, ao longo da história da igreja cristã, muitos dos primeiros líderes e pais da igreja reconheceram a autoridade e a influência dos apóstolos, referindo-se a eles como "pais espirituais" em suas próprias escrituras e ensinamentos. Essa ideia reflete a crença de que os apóstolos desempenharam um papel crucial na formação da identidade e da fé cristãs e, como tal, são vistos como pais espirituais para os cristãos.

Sendo assim, para quem não acredita na existência do ministério apostólico até os dias de hoje como os cessacionistas, esse meu texto pode ser todo desconsiderado, pois eles afirmam a existência nos dias de hoje somente do ministério pastoral e de mestre. Mas, aos meus irmãos que acreditam que Efésios 4:7-16, sugiro que considerem meus escritos com carinho. 

7 E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo.

8 Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens.

9 Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra?

10 Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.

11 E ele mesmo concedeu uns para APÓSTOLOS, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,

12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,

13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,

14 para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.

15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,

16 de quem todo o corpo, bem-ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

Espero que eu tenha ajudado meus irmãos. 

Quanto a autoridade apostólica:

Lucas 10:16 (NVI): "Quem os ouve, a mim me ouve; quem os rejeita, a mim me rejeita; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou." Jesus fala isso aos setenta discípulos que ele enviou à frente para preparar o caminho para sua chegada. Essa passagem destaca a autoridade dos discípulos/apóstolos de Jesus como seus representantes. 

Atos 2:42 (NVI): "Eles se dedicavam ao ENSINO dos APÓSTOLOS e à comunhão, ao partir do pão e às orações." Esta passagem mostra que a igreja primitiva reconhecia a autoridade dos ensinamentos dos apóstolos e os seguia. 

Essas são apenas algumas das passagens que indicam a autoridade apostólica na Bíblia. Através dessas escrituras, vemos que os apóstolos foram investidos com autoridade divina para liderar e ensinar a igreja nascente, estabelecendo as bases para a fé cristã.

"Então, Jesus aproximou-se deles e disse: 'Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.'"

Nesta passagem, Jesus afirma sua autoridade suprema sobre o céu e a terra e, em seguida, comissiona seus discípulos (incluindo os apóstolos) a irem e fazerem discípulos de todas as nações, batizando-os e ensinando-os a obedecer a seus ensinamentos. Essa é uma das declarações finais de Jesus antes de sua ascensão ao céu e é vista como uma comissão para a missão da igreja cristã na terra. Isso implica que os discípulos, incluindo os apóstolos, agiriam com a autoridade e o poder de Jesus ao espalhar o evangelho e fazer discípulos em todo o mundo.

A segunda geração: Paulo comissiona discípulos...

Paulo comissionou discípulos em várias ocasiões ao longo de seus ministérios missionários registrados nos Atos dos Apóstolos e em suas epístolas. Duas das ocasiões mais notáveis em que Paulo comissionou discípulos estão registradas em Atos 14:21-23 e 2 Timóteo 2:2:

Atos 14:21-23 (NVI): Após pregarem o evangelho em Derbe e fazerem muitos discípulos, Paulo e Barnabé retornaram às cidades onde tinham pregado anteriormente, fortalecendo e encorajando os discípulos. Eles também "ordenaram presbíteros em cada igreja, e com orações e jejuns os encomendaram ao Senhor, em quem haviam crido."

2 Timóteo 2:2 (NVI): Nesta passagem, Paulo instrui Timóteo, seu discípulo e colaborador, a transmitir o que aprendeu a outros, que por sua vez ensinariam a outros também. Isso ilustra o princípio de multiplicação de discípulos que Paulo enfatizava em seu ministério.

Essas são apenas duas das ocasiões em que Paulo comissionou discípulos. Ao longo de seus escritos e atividades missionárias, Paulo enfatizou a importância de fazer discípulos e de passar adiante o ensinamento e o evangelho que ele próprio recebeu de Jesus Cristo.

Pedro comissiona também, mesmo que na Bíblia seja apresentado de forma diferente da clareza que apresentou essa ação na vida de Paulo:

Embora as Escrituras não detalhem extensivamente esse processo como fazem com Paulo, há indícios de Pedro envolvido no treinamento e envio de discípulos. Por exemplo:

Atos 1:15-26 (NVI): Após a ascensão de Jesus e antes do Pentecostes, Pedro lidera a escolha de um substituto para Judas Iscariotes, que traiu Jesus e se matou. Matias é escolhido para ocupar o lugar de Judas, e é provável que, como um dos doze apóstolos originais, ele também tenha desempenhado um papel em comissionar outros discípulos.

1 Pedro 5:1-4 (NVI): Embora não descreva explicitamente Pedro comissionando discípulos, nessa passagem, Pedro se identifica como um "ancião" e exorta outros líderes da igreja a pastorear o rebanho de Deus. Isso sugere que Pedro estava envolvido no treinamento e na liderança de outros líderes na igreja primitiva.

Enquanto os Evangelhos e os Atos dos Apóstolos se concentram principalmente nas atividades de Pedro em termos de pregação e liderança, é razoável supor que, como líder da igreja primitiva, ele também estivesse envolvido no treinamento e comissionamento de discípulos para a propagação do evangelho.

E Barnabé, por exemplo?

Sim, Barnabé também desempenhou um papel importante no treinamento e envio de discípulos. Ele é mencionado em várias passagens do Novo Testamento, principalmente nos Atos dos Apóstolos, onde seu ministério é destacado.


Um exemplo notável está em Atos 11:22-26 (NVI), onde Barnabé é enviado pela igreja em Jerusalém para verificar o que estava acontecendo em Antioquia. Quando ele chega lá e vê a graça de Deus em ação, ele encoraja a comunidade e os exorta a permanecerem fiéis ao Senhor. Barnabé então vai até Tarso para encontrar Saulo (que mais tarde se tornaria o apóstolo Paulo) e o leva de volta para Antioquia, onde juntos ensinam e discipulam os novos convertidos por um ano.

Outro exemplo está em Atos 13:1-3, onde Barnabé é descrito como um dos profetas e mestres da igreja em Antioquia. Juntamente com Saulo (Paulo) e outros, ele é enviado pelo Espírito Santo em uma missão de pregação e plantação de igrejas. Esse evento marca o início do primeiro ministério missionário de Paulo e Barnabé, no qual eles comissionam discípulos e estabelecem novas comunidades cristãs.

Esses exemplos mostram que Barnabé desempenhou um papel significativo na comissão e no envio de discípulos para espalhar o evangelho e estabelecer igrejas em várias partes do mundo conhecido na época.

Além de todos os outros como João que formou Inácio, Bispo de Antioquia e Policarpo, Bispo de Esmirna, portanto, temos por mais claro essa questão de paternidade, autoridade e governo eclesiástico. 

Gostaria que você que está lendo continuasse a meditar nesse assunto e se aprofunde cada vez mais, afim de tornar convicta e revelada a sua consciência sobre esse fundamento, que tem sido refutado por muitos também devido aos abusos de alguns que aprisionam pessoas em contextos de controle e manipulação se apropriando da deturpação dos ensinos de autoridade, honra e paternidade. 

Deus vos abençoe 

Um comentário:

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