quarta-feira, 29 de abril de 2020

A visão da igreja que se une pelo Espírito

(Innsbruck, Áustria)

Vou fazer um breve resumo do texto que escrevi em agosto de 2013, quando fazia parte da Igreja Presbiteriana do Pina em Recife. Estávamos produzindo um folder sobre missões na igreja, e eu fui encarregado de escrever um texto. Ao reler esse texto no ano passado, percebi que o que escrevi na época era exatamente o que Deus queria que eu entendesse sobre missões e igreja nas casas.

Naquela época, eu era parte de um grupo no WhatsApp da igreja e costumava compartilhar muitas ideias. Eu tinha uma mistura de boa intenção e imaturidade. Acreditava em certas coisas e tentava chamar a atenção das pessoas para minha espiritualidade. Por um lado, era uma atitude ousada, mas também revelava minha imaturidade.

Um dos pontos que eu enfatizava era sobre a liberdade no contexto das células da igreja. Eu acreditava que a igreja em células permitia uma comunhão mais autêntica e uma ministração do Espírito Santo mais livre. No entanto, percebia que muitas vezes essa liberdade era limitada pelos moldes preestabelecidos.

Eu mencionava minha visão de um dia discipular grupos na Europa, ter um grupo em cada país. Era uma visão audaciosa, mas ainda não era o momento certo para que isso se concretizasse. Eu aprendi que o reconhecimento vem quando Deus autentica nossa mensagem, não quando tentamos nos promover.

Assim como Jesus esperou o momento certo para ser autenticado por Deus, nós também precisamos confiar na soberania divina. Desenvolvemos nossa mensagem com integridade, confiando que Deus abrirá os corações das pessoas no tempo certo.

Então, se você está lutando para ser ouvido ou reconhecido, lembre-se de confiar na soberania de Deus. Desenvolva sua mensagem com humildade e integridade, sabendo que no tempo certo, Deus fará com que sua voz seja ouvida e sua mensagem seja recebida por aqueles que Ele deseja alcançar.

Atos 2:42-47: Este trecho descreve a prática da igreja primitiva, onde os crentes se reuniam em casas, compartilhavam suas posses e desfrutavam de comunhão genuína.

Romanos 12:4-8: Paulo fala sobre os diferentes dons concedidos aos membros do corpo de Cristo, destacando a importância da diversidade de funções e o serviço mútuo entre os crentes.

1 Coríntios 12:12-27: Neste texto, Paulo usa a analogia do corpo humano para descrever a unidade e a interdependência dos membros da igreja.

Hebreus 10:24-25: O autor de Hebreus exorta os crentes a não abandonarem a reunião regular, mas a encorajarem uns aos outros, especialmente à medida que veem o Dia do Senhor se aproximando.

1 Pedro 4:10-11: Pedro fala sobre o uso dos dons espirituais para servir uns aos outros, enfatizando que devemos usá-los para a glória de Deus.

Ah, que fascinante é mergulhar nas profundezas da fé e da verdade, navegando pelas águas tranquilas da espiritualidade, ancorado nas sólidas rochas das Escrituras Sagradas.

Ao refletir sobre as palavras de Paulo em 2 Tessalonicenses 2:10-12, somos confrontados com a complexidade da relação entre a vontade divina e a escolha humana. A imagem de Deus permitindo que um espírito de engano envolva aqueles que rejeitam a verdade é como um eco do livre-arbítrio concedido ao homem, coexistindo em harmonia com o plano divino, mesmo quando parece obscuro aos nossos olhos finitos.

E então, surge a imagem reconfortante da oração íntima, como ensinada por Jesus em Mateus 6:6. É como se Ele nos convidasse a nos refugiar em Seus braços, longe do tumulto do mundo, onde podemos compartilhar nossos anseios mais profundos, sabendo que Ele, que vê em secreto, nos recompensará abundantemente.

Mas, em meio a essa jornada espiritual, também somos lembrados das advertências sábias de Salomão em Provérbios 29:12, sobre os perigos daqueles que se deixam seduzir pela mentira, trazendo consigo um cortejo de iniquidade e corrupção. Essas palavras ressoam como um farol, iluminando o caminho estreito da verdade em meio à escuridão do engano.

E, enquanto contemplamos esses ensinamentos, não podemos ignorar a promessa reconfortante de Paulo em Romanos 8:28, de que todas as coisas, mesmo aquelas que parecem obscuras e desconcertantes, trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus. É como se essas palavras nos lembrassem que, mesmo nos momentos de maior incerteza, podemos confiar no plano divino que se desenrola diante de nós.

Assim, em meio a essa tapeçaria complexa de fé e discernimento, somos convidados a mergulhar mais fundo, a buscar uma compreensão mais profunda da vontade de Deus e a encontrar paz em Sua promessa inabalável de cuidado e orientação.

Parece que a "igreja nas casas" é mais do que um simples conceito físico ou organizacional; é uma expressão vibrante da essência da comunidade de fé. Baseada na compreensão das Escrituras e na experiência espiritual, essa abordagem transcende a ideia convencional de igreja como um edifício ou instituição para se tornar um movimento dinâmico de pessoas que compartilham a vida e a fé em ambientes familiares e íntimos.

Essa igreja nas casas é um lugar de encontro genuíno, onde as pessoas se reúnem não apenas para participar de um culto, mas para compartilhar suas vidas, suas lutas e suas alegrias. É um espaço onde a Palavra de Deus é estudada e discutida de maneira aberta e colaborativa, onde as necessidades espirituais e práticas são atendidas com amor e cuidado mútuo.

Além disso, a igreja nas casas representa uma abordagem mais flexível e adaptável ao ministério, permitindo que a comunidade de fé responda de maneira mais eficaz às necessidades específicas de seus membros e de sua vizinhança. Não está limitada por estruturas rígidas ou tradições estabelecidas, mas está aberta à orientação do Espírito Santo e à inovação criativa.

Em suma, a igreja nas casas é um reflexo vivo do corpo de Cristo, onde cada membro desempenha um papel vital na edificação mútua e no cumprimento da Grande Comissão. É um lugar onde a presença de Deus é experimentada de forma autêntica e transformadora, e onde a comunhão cristã se torna uma expressão tangível do amor divino.

Com base na compreensão e visão expressa, aqui estão alguns versículos bíblicos que podem apoiar e embasar sua compreensão da igreja nas casas:

Atos 2:46-47: "E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar."

Este versículo destaca a prática dos primeiros cristãos de se reunirem não apenas no templo, mas também em suas casas, compartilhando comunhão e louvor.

Romanos 16:5: "Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Acaia em Cristo."

Paulo saúda a igreja que se reúne na casa de um crente, indicando que as reuniões de igreja ocorriam em ambientes domésticos.

1 Coríntios 16:19: "As igrejas da Ásia vos saúdam. Aquila e Priscila, com a igreja que está em sua casa, vos saúdam muito no Senhor."

Novamente, vemos Paulo mencionando uma igreja que se reúne na casa de um casal, Aquila e Priscila, indicando a prática comum de reuniões de igreja em lares.

Colossenses 4:15: "Saudai aos irmãos que estão em Laodiceia, e a Ninfa e à igreja que está em sua casa."

Este versículo também menciona uma igreja que se reúne na casa de um crente chamado Ninfa, destacando a natureza doméstica das reuniões de igreja.

Esses versículos mostram que a prática de se reunir em casas para adoração, comunhão e estudo da Palavra de Deus não era apenas uma ocorrência ocasional, mas uma parte significativa da vida da igreja primitiva. Isso sustenta a ideia de que a igreja nas casas é uma expressão autêntica e bíblica da comunidade de fé.

No meu discurso, destaco a importância de preservar a pureza e a simplicidade do Evangelho. Para mim, o Evangelho é suficiente para alcançar as pessoas, e não precisamos recorrer a entretenimento excessivo ou adições artificiais para atrair atenção. Acredito firmemente que devemos confiar na obra transformadora do Espírito Santo nas vidas das pessoas.

Além disso, enfatizo que missões não se limitam a enviar pessoas para outros lugares, mas também envolvem viver uma vida transformada onde quer que estejamos. Isso inclui compartilhar testemunhos pessoais, viver de acordo com os princípios do Evangelho e permitir que o Espírito Santo atraia outros para Cristo através de nós.

Quanto à busca por bênçãos materiais, alerto contra o perigo de seduzir as pessoas pela cobiça. É crucial não colocar as bênçãos materiais como foco principal da pregação do Evangelho, mas sim priorizar o Reino de Deus e a transformação interior que ele proporciona.

Em resumo, defendo uma visão de igreja que valoriza a autenticidade, a simplicidade e a centralidade do Evangelho. Busco viver uma vida transformada e compartilhar o amor de Cristo com os outros, independentemente do contexto em que estejamos.

Alguns versículos bíblicos que enfatizam a integridade de caráter do cristão são:

Provérbios 10:9: "O que anda em sinceridade anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos será conhecido."

Provérbios 11:3: "A integridade dos retos os guia; mas a falsidade dos aleivosos os destrói."

Mateus 5:8: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus."

Efésios 4:25: "Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros."

Colossenses 3:9-10: "Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou."

Esses versículos destacam a importância da sinceridade, retidão e verdade no caráter do cristão, refletindo a imagem de Cristo em suas vidas.

A dinâmica da igreja nas casas se alinha com esses versículos ao enfatizar a importância da integridade de caráter dos cristãos. Quando os crentes se reúnem nas casas para adoração, comunhão e estudo da Palavra de Deus, eles têm a oportunidade de desenvolver relacionamentos autênticos baseados na verdade e na sinceridade.

Proximidade e Transparência: Nas reuniões em casa, as pessoas têm a chance de se conhecerem profundamente, compartilhando suas experiências de vida, lutando juntas em oração e apoiando umas às outras. Isso incentiva a transparência e a honestidade, conforme descrito em Efésios 4:25.

Cuidado Mútuo e Responsabilidade: A dinâmica da igreja nas casas promove uma atmosfera de cuidado mútuo, onde os irmãos estão dispostos a se confrontarem amorosamente quando necessário, incentivando-se ao crescimento espiritual e à santidade. Isso reflete a integridade destacada em Provérbios 11:3.

Relacionamentos Genuínos: A proximidade e a comunhão íntima na igreja nas casas ajudam os crentes a cultivarem relacionamentos genuínos, onde a hipocrisia e a falsidade são confrontadas e superadas pela verdade e autenticidade, conforme ensinado em Mateus 5:8.

Testemunho Efetivo: A vida comunitária baseada na integridade de caráter fortalece o testemunho dos cristãos diante do mundo. Ao viverem de acordo com os princípios da Palavra de Deus e mostrarem amor uns aos outros, eles refletem a imagem de Cristo e atraem outros para o Reino de Deus, como mencionado em Colossenses 3:9-10.

Portanto, a dinâmica da igreja nas casas não apenas proporciona um ambiente de crescimento espiritual e comunhão genuína, mas também fortalece a integridade de caráter dos cristãos, capacitando-os a serem luzes brilhantes em meio à escuridão do mundo.

A  prática da igreja nas casas não exclui a importância de frequentar um prédio ou templo para adoração e comunhão. Ambas as formas de reunião têm seu valor e podem ser complementares na vida do cristão. Aqui estão alguns pontos para considerar:

Variedade na Expressão da Fé: A diversidade na expressão da fé é uma característica saudável da comunidade cristã. Enquanto a igreja nas casas enfatiza a intimidade, o compartilhamento e o discipulado em um ambiente familiar, a reunião em um prédio proporciona uma experiência coletiva de louvor, ensino e adoração em larga escala.

Flexibilidade e Contextualização: A igreja nas casas pode ser mais flexível e adaptável às necessidades específicas de um grupo de crentes, permitindo uma abordagem mais contextualizada da fé. Por outro lado, as reuniões em prédios podem oferecer recursos e infraestrutura que facilitam a adoração em grande escala, como equipamentos de som, espaços para crianças e salas de estudo.

Fortalecimento e Edificação: Ambas as formas de reunião têm o potencial de fortalecer e edificar os crentes. A igreja nas casas promove relacionamentos íntimos e discipulado pessoal, enquanto as reuniões em prédios oferecem oportunidades para receber ensinamentos bíblicos sólidos, participar de momentos de adoração corporativa e receber ministrações que desafiam e inspiram.

Complementaridade e Unidade: Em vez de competir, a igreja nas casas e as reuniões em prédios podem ser vistas como complementares, cada uma contribuindo de maneira única para a vida espiritual dos crentes e para o testemunho da igreja no mundo. Quando os crentes participam de ambas as formas de reunião, eles experimentam uma variedade de expressões da fé e contribuem para a unidade e diversidade do corpo de Cristo.

Portanto, a igreja nas casas não anula a ida a um prédio, mas oferece uma abordagem diferente e valiosa para a vivência da fé cristã, que pode coexistir harmoniosamente com outras formas de adoração e comunhão na igreja.

Em países onde o evangelho é perseguido ou até mesmo proibido, a dinâmica da igreja nas casas desempenha um papel crucial na sobrevivência e no crescimento da fé cristã. Aqui estão algumas maneiras pelas quais essa dinâmica é especialmente relevante nesses contextos desafiadores:

Discrição e Segurança: Reunir-se em casas oferece um nível maior de discrição e segurança para os crentes. Em ambientes onde o cristianismo é perseguido, reuniões em locais públicos ou em prédios podem atrair a atenção indesejada das autoridades ou de grupos hostis. Reunir-se em casas particulares permite que os crentes pratiquem sua fé de forma mais segura e discreta.

Flexibilidade e Adaptabilidade: A igreja nas casas é altamente adaptável às circunstâncias em constante mudança. Se as reuniões em prédios se tornam impossíveis devido à perseguição ou restrições governamentais, os crentes podem continuar se reunindo em casas sem interrupção. Essa flexibilidade permite que a fé cristã continue a ser praticada e compartilhada, mesmo sob pressão externa.

Comunhão e Encorajamento Mútuo: Em contextos de perseguição, a comunhão entre os crentes assume uma importância ainda maior. Reunir-se em casas proporciona um ambiente íntimo e acolhedor onde os crentes podem se fortalecer mutuamente, encorajar uns aos outros na fé e compartilhar experiências de vida. Essa comunhão é vital para manter a perseverança e a esperança em meio às dificuldades.

Evangelismo e Discipulado: A igreja nas casas também é uma plataforma eficaz para o evangelismo e o discipulado. Em muitos lugares onde o evangelho é proibido, o acesso a recursos cristãos e a oportunidades de ensino formal pode ser limitado. Reunir-se em casas permite que os crentes compartilhem o evangelho com amigos, familiares e vizinhos de forma discreta e pessoal, enquanto também fornecem um ambiente propício para o discipulado e o crescimento espiritual.

Resistência Criativa: Em face da perseguição, a igreja nas casas muitas vezes demonstra uma resistência criativa e resiliente. Os crentes podem desenvolver estratégias inovadoras para evitar a detecção, como reuniões secretas, comunicação codificada e rotação de locais de encontro. Essa adaptabilidade e criatividade permitem que a fé cristã continue a florescer, mesmo em meio a desafios significativos.

Em resumo, a dinâmica da igreja nas casas desempenha um papel vital na preservação e no avanço da fé cristã em contextos onde o evangelho é perseguido ou proibido. Ela oferece um refúgio seguro para os crentes se reunirem, crescerem na fé e compartilharem o evangelho, demonstrando a resiliência e a vitalidade da igreja mesmo em face da adversidades.

Países onde o evangelho é proibido são geralmente aqueles onde o governo ou as autoridades locais impõem restrições severas à prática e propagação do cristianismo. Essas restrições podem variar desde a proibição total da expressão pública da fé cristã até a imposição de medidas discriminatórias, como restrições à construção de igrejas, distribuição de literatura religiosa e realização de atividades religiosas.

Alguns exemplos de países onde o evangelho é proibido ou enfrenta sérias restrições incluem:

Coreia do Norte: O governo norte-coreano é conhecido por impor uma política de controle total sobre a religião, promovendo a adoração do líder do país e suprimindo qualquer forma de expressão religiosa, incluindo o cristianismo.

Arábia Saudita: O Islã é a religião oficial e única permitida no país, e a prática pública de qualquer outra religião, incluindo o cristianismo, é estritamente proibida. Os cristãos enfrentam perseguição e discriminação, e a posse de Bíblias e a realização de reuniões de adoração são proibidas.

Afeganistão: A maioria da população é muçulmana e o governo é baseado na lei islâmica. Os cristãos enfrentam perseguição severa e correm o risco de violência e punição legal por sua fé.

China: Embora a China tenha experimentado um crescimento significativo do cristianismo nas últimas décadas, o governo chinês impõe restrições à prática religiosa, incluindo a regulamentação de igrejas e a perseguição de líderes religiosos e congregações consideradas uma ameaça ao controle do Estado.

Além dos países onde o evangelho é explicitamente proibido, há também aqueles onde, embora não haja uma proibição oficial, os cristãos enfrentam perseguição e discriminação na prática. Aqui estão alguns exemplos:

Irã: Embora a liberdade religiosa esteja garantida pela Constituição iraniana, na prática os cristãos enfrentam discriminação e perseguição. As igrejas cristãs são monitoradas de perto e os convertidos do Islã enfrentam ameaças, prisões e assédio por parte das autoridades.

Paquistão: A blasfêmia contra o Islã é punível com a pena de morte, e os cristãos frequentemente enfrentam acusações falsas de blasfêmia como resultado de disputas locais ou perseguição religiosa. Além disso, os cristãos são frequentemente alvo de discriminação e violência por parte de grupos extremistas.

Nigéria: Os cristãos na Nigéria enfrentam perseguição por parte de grupos extremistas islâmicos, como o Boko Haram e os pastores Fulani. Esses grupos frequentemente atacam igrejas, sequestram cristãos e realizam ataques violentos contra comunidades cristãs.

Índia: Embora a Índia seja oficialmente um estado secular, os cristãos enfrentam crescente discriminação e perseguição, especialmente em estados onde o nacionalismo hindu é forte. Os ataques a igrejas e líderes cristãos são comuns, e as leis anti-conversão são usadas para restringir a liberdade religiosa.

Eritreia: O governo eritreu impõe um regime autoritário e controla rigidamente todas as formas de expressão religiosa. Os cristãos enfrentam perseguição severa, incluindo detenções arbitrárias, tortura e restrições à prática da fé.

Esses são apenas alguns exemplos de países onde os cristãos enfrentam perseguição e discriminação, seja por meio de leis discriminatórias, violência de grupos extremistas ou repressão governamental. Em muitos casos, os cristãos nessas regiões praticam sua fé clandestinamente e enfrentam riscos significativos por causa de sua crença.

É crucial reconhecer e respeitar a diversidade de contextos de vida entre os cristãos ao redor do mundo para evitar padronizar o entendimento da fé, e o contexto fisico-estrutural da igreja. Cada pessoa traz consigo uma bagagem cultural, social e histórica que molda sua compreensão e prática da religião. O que pode ser considerado importante ou relevante em um contexto específico pode não ter a mesma importância em outro.

Ao considerar o contexto de outros cristãos, podemos promover uma abordagem mais inclusiva e empática da fé. Isso significa estar aberto a diferentes interpretações das Escrituras, reconhecendo que diferentes culturas e tradições podem oferecer perspectivas valiosas sobre a fé cristã. Além disso, respeitar o contexto dos outros significa não impor nossas próprias experiências e convicções como um padrão universal, mas sim estar disposto a aprender e crescer com a diversidade dentro do corpo de Cristo.

Ao fazermos isso, podemos promover a unidade na diversidade, valorizando as diferentes expressões da fé e reconhecendo a riqueza que surge da interação entre diferentes contextos culturais e teológicos. Isso nos permite construir pontes de entendimento e colaboração, fortalecendo a comunidade cristã global e testemunhando o amor de Cristo de maneira autêntica e relevante em todos os contextos de vida.

Leonardo Lima Ribeiro 


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