A diferença entre ser pecador e ser perverso tem raízes profundas tanto na linguagem comum quanto na visão bíblica e teológica, e ambas as condições estão relacionadas ao comportamento moral, mas carregam significados distintos.
1. Pecador: Na perspectiva bíblica, todos os seres humanos são pecadores, uma vez que o pecado original de Adão trouxe a corrupção para toda a humanidade (Romanos 3:23: "Todos pecaram e carecem da glória de Deus"). Ser pecador, no entanto, pode ser entendido como uma condição comum à humanidade, uma vez que o pecado envolve a inclinação humana a desobedecer a Deus. Essa desobediência pode ocorrer por ignorância, fraqueza, ou até circunstâncias. O pecado é, portanto, a falha de viver de acordo com os mandamentos e o propósito de Deus.
Pecado como incredulidade: Na visão teológica, o pecado também é visto como incredulidade — a falta de fé em Jesus e em quem Ele é, o que impede o ser humano de alcançar a plenitude de sua verdadeira identidade em Deus (João 16:9: "Do pecado, porque não creem em mim"). A incredulidade não é apenas uma violação moral, mas uma recusa de aceitar e confiar na revelação de Deus por meio de Cristo. Jesus Cristo veio não apenas para perdoar os pecados, mas para transformar a natureza humana, tornando-nos semelhantes a Ele (Romanos 8:29). Contudo, a incredulidade impede essa transformação, mantendo a pessoa presa a seus erros e falhas, longe da vida em Jesus.
Em essência, o pecado não é apenas ações más, mas a ausência de fé em Jesus e a recusa de viver segundo a verdade que Ele revela.
2. Perverso: Enquanto o pecador pode ser redimido por meio do arrependimento e da fé, o perverso é aquele que deliberadamente e constantemente rejeita o bem e a verdade de Deus, praticando o mal com consciência e prazer. A perversidade envolve uma corrupção profunda e intencional do coração, sem desejo de arrependimento ou de transformação.
No livro de Provérbios 6:12-14, o perverso é descrito como alguém que trama o mal: “O homem vil, o homem perverso, anda com a falsidade na boca... tramar coisas perversas continuamente, e semear contendas." O perverso não apenas vive no pecado, mas é ativo na sua intenção de causar dano e corromper outros. Ele se opõe ao plano de Deus de maneira constante, sendo um obstáculo à luz.
Diferença central: Pecador: É aquele que, por natureza, falha em seguir a Deus, mas tem o potencial de se arrepender e ser transformado. O pecado pode ser fruto de fraqueza humana e, na visão cristã, o pecado é muitas vezes relacionado à incredulidade — a rejeição de Jesus como o caminho para a vida plena e eterna.
Perverso: A perversidade, por outro lado, é caracterizada por uma atitude contínua e intencional de praticar o mal, sem arrependimento ou busca por redenção. O perverso opta conscientemente por rejeitar a verdade e se opor à vontade de Deus.
Transformação em Cristo: Jesus oferece a libertação do pecado e da incredulidade, permitindo que a pessoa se torne como Ele. O caminho para essa transformação envolve fé genuína e contínua em Cristo. Em João 8:36, Jesus diz: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” Essa liberdade envolve não apenas a libertação das ações pecaminosas, mas também da incredulidade que nos mantém distantes de sermos como Ele.
Dessa forma, a maior diferença entre o pecador e o perverso é que o pecador tem a possibilidade de mudança e salvação por meio da fé em Cristo, enquanto o perverso, na sua rejeição contínua, está endurecido em seus caminhos.
O conceito de perversidade está relacionado a pessoas que vivem de maneira deliberada e constante no pecado, com práticas de maldade e rejeição da verdade de Deus. Vejamos alguns princípios bíblicos sobre como agir em relação aos perversos:
1. Evitar a companhia e suas influências
Provérbios 4:14-15: "Não entre na vereda dos ímpios, nem ande no caminho dos maus. Evite-o, não passe por ele; desvie-se dele e passe de largo."
O conselho aqui é claro: evite os perversos e seus caminhos. Os cristãos são chamados a manter distância daqueles que vivem em constante maldade, aqueles que vivem no ambiente da igreja, mas insistem em permanecer resistentes a graça transformadora. Devemos nos afastar para não sermos influenciados ou se tornar cumplices de suas ações.
Salmos 1:1: "Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores."
2. Confrontar o mal, mas com sabedoria
Efésios 5:11: "E não vos associeis às obras infrutíferas das trevas; antes, porém, condenai-as."
Os cristãos não devem compactuar com as obras más, mas devem expor e condenar essas práticas. Isso envolve confrontar o pecado com discernimento e sabedoria, sem se corromper ou comprometer com o mal.
Mateus 18:15-17: Este trecho fala sobre como confrontar o pecado, começando em particular, depois com testemunhas, e finalmente trazendo o assunto à igreja. Se a pessoa permanecer obstinada, deve ser tratada como "gentio e publicano" — indicando que, após várias tentativas de correção, a separação pode ser necessária.
3. Não retribuir o mal com o mal
Romanos 12:17-21: "A ninguém torneis mal por mal... Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens... Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem."
Embora os perversos possam agir com maldade, os cristãos são chamados a não retribuir na mesma medida. O princípio é o de vencer o mal com o bem, mostrando a diferença que o caráter de Cristo faz em suas vidas.
4. Deus é o justo juiz
Romanos 12:19: "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor."
A vingança e a retribuição aos perversos pertencem a Deus. Os cristãos devem confiar que Deus, como juiz justo, trará a justiça em seu devido tempo.
5. Orar pelos perversos e seus corações endurecidos
Mateus 5:44: "Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem."
Jesus ensina que, mesmo diante de pessoas perversas, os cristãos devem orar por elas. Isso não significa aprovar seu comportamento, mas pedir a Deus que transforme seus corações.
6. Separar-se, se necessário, para proteger a fé
2 Coríntios 6:14: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"
Os cristãos são instruídos a evitar associações íntimas com aqueles que vivem na perversidade, a fim de preservar sua fé e integridade.
Esses princípios mostram que a atitude dos cristãos em relação aos perversos deve ser equilibrada: evitar sua influência, confrontar o pecado, confiar na justiça divina, orar por sua transformação e, quando necessário, se afastar para proteger a fé.
Muitas vezes, as pessoas hesitam em tomar atitudes objetivas com relação aos perversos por medo de não estar agindo com amor, especialmente quando se trata de confrontar ou corrigir comportamentos. Esse conflito surge da preocupação de que agir com firmeza pode ser visto como falta de compaixão ou julgamento.
Contudo, a Bíblia ensina que o amor verdadeiro não ignora o pecado ou a perversidade, mas corrige com responsabilidade e sabedoria. Vamos explorar alguns princípios que esclarecem essa tensão:
1. O amor bíblico inclui correção
Provérbios 3:12: "Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem."
O amor não é passivo. Repreender ou corrigir uma pessoa que está errando faz parte de cuidar dela. Deus, por amor, corrige Seus filhos, e esse princípio se aplica à vida cristã.
Hebreus 12:6: "Pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele que recebe como filho."
A disciplina é um sinal de amor. Quando uma atitude firme e objetiva é necessária para corrigir o perverso, isso pode ser um ato de amor verdadeiro, não de julgamento ou rejeição.
2. Amar é também proteger os outros
Efésios 5:11: "E não vos associeis às obras infrutíferas das trevas; antes, porém, condenai-as."
Proteger a comunidade ou as pessoas que podem ser influenciadas ou prejudicadas por atos perversos também é uma forma de amar. Ignorar ou tolerar o mal por medo de parecer "não amoroso" pode, na verdade, prejudicar mais pessoas, incluindo a própria pessoa envolvida na perversidade.
3. Falar a verdade em amor
Efésios 4:15: "Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo."
A Bíblia nos encoraja a falar a verdade, mas sempre com uma atitude amorosa. Confrontar alguém sobre sua perversidade não é falta de amor, mas deve ser feito com o coração certo — visando a restauração e não a condenação.
4. Separar-se, se necessário, também pode ser amor
2 Tessalonicenses 3:14-15: "Mas, se alguém não obedecer às nossas instruções, por meio desta carta, notem-no, e não se associem com ele, para que fique envergonhado. Contudo, não o considerem como inimigo, mas advirtam-no como a um irmão."
Quando uma pessoa se recusa a abandonar seu comportamento perverso, pode ser necessário se afastar. Esse afastamento não é falta de amor, mas pode ser uma maneira de levar a pessoa a refletir sobre seus atos e buscar a correção.
5. Não confundir tolerância com amor
Muitas vezes, as pessoas confundem tolerância com amor. No entanto, tolerar ações de maldade ou perversidade sem corrigi-lo ou confrontá-lo pode ser prejudicial. O amor verdadeiro é ativo e busca o bem do outro, o que às vezes significa tomar atitudes firmes e objetivas para conduzir a pessoa ao arrependimento.
O medo de não estar "amando" ao tomar uma atitude firme contra a perversidade é comum, mas o verdadeiro amor não é complacente com o mal. O amor bíblico é ativo, inclui correção, disciplina e busca o bem maior, tanto da pessoa quanto da comunidade. Agir com firmeza não significa ausência de amor, mas sim uma forma madura de expressá-lo, buscando a restauração e a proteção de todos.
Os cristãos são instruídos a evitar associações íntimas com aqueles que vivem na perversidade para preservar sua fé e integridade, um princípio que é fundamentado em diversas passagens bíblicas e na compreensão do impacto que as relações têm sobre a vida espiritual.
1. Princípios Bíblicos
2 Coríntios 6:14: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"
Há incompatibilidade entre aqueles que seguem a justiça de Deus e aqueles que vivem em desobediência e injustiça. A ideia é que as influências malignas podem comprometer a vida espiritual dos cristãos, tornando-se uma distração ou até mesmo um obstáculo ao crescimento na fé.
1 Coríntios 15:33: "Não vos enganeis: as más companhias corrompem os bons costumes."
Aqui, Paulo alerta os crentes sobre o perigo das más companhias, enfatizando que as influências negativas podem levar à corrupção dos valores e comportamentos que um cristão deve cultivar. As relações íntimas com pessoas que não compartilham a mesma fé ou que vivem em práticas de perversidade podem enfraquecer a integridade moral e espiritual.
2. A Influência das Relações
As associações que formamos têm um impacto profundo em nosso comportamento e em nossa forma de pensar. Quando um cristão se associa de maneira íntima com pessoas que praticam a perversidade, há o risco de:
Comprometimento da Fé: As crenças e valores podem ser questionados ou diluídos ao conviver continuamente com aqueles que têm uma mentalidade contrária. Isso pode levar à conformidade com padrões que não são bíblicos, conforme mencionado em Romanos 12:2, que exorta os cristãos a não se conformarem com este mundo, mas a serem transformados pela renovação da mente.
Exposição à Tentação: Relações íntimas com indivíduos que vivem em pecado podem expor o cristão a tentações que, de outra forma, poderiam ser evitadas. Em Tiago 1:14-15, lemos que cada um é tentado pela sua própria concupiscência, e a convivência com o pecado pode alimentar esses desejos.
3. Desenvolvimento da Comunidade Cristã
A comunidade cristã é chamada a edificar-se mutuamente em amor e fé. Em Hebreus 10:24-25, somos encorajados a nos reunir e estimular uns aos outros ao amor e às boas obras. Ao evitar associações com os perversos, os cristãos criam um ambiente saudável e de apoio que promove a integridade e a santidade.
4. Ação e Testemunho
O ministério de Jesus é um exemplo claro disso; Ele se envolveu com pecadores e marginalizados com a intenção de trazer luz e verdade, como ilustrado em Lucas 19:10: "Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido."
Além disso, a realidade de que alguns dos perversos podem estar dentro da própria Igreja é uma preocupação legítima. O apóstolo João aborda essa questão em suas cartas, onde menciona os "anticristos" e alerta sobre aqueles que se afastam da verdade da fé. Por exemplo, em 1 João 2:18-19, ele escreve: "Filhinhos, já é a última hora; e, como já ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos anticristos têm surgido; por isso sabemos que é a última hora. Saíram de nosso meio, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas saíram, para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos."
A Necessidade de Discernimento
Este alerta de João enfatiza a importância do discernimento dentro da comunidade de fé. Não se pode simplesmente aceitar qualquer pessoa que afirme ser cristã; é essencial examinar o fruto de suas vidas, conforme Mateus 7:15-20, onde Jesus ensina sobre a identificação dos falsos profetas. A presença de indivíduos com comportamentos perversos dentro da Igreja exige que os cristãos permaneçam vigilantes e firmes em sua fé.
Os cristãos são chamados a ser luz e sal do mundo (Mateus 5:13-16), o que implica uma interação saudável e influente com a cultura ao seu redor. Isso não significa conformar-se aos padrões do mundo, mas sim irradiar a verdade de Cristo em todos os relacionamentos. Essa luz é um chamado à integridade e à santidade, permitindo que as ações e comportamentos dos cristãos reflitam os valores de Cristo.
Portanto, a interação com o mundo e com aqueles que não compartilham a fé é não apenas permitida, mas necessária para o testemunho do cristão. No entanto, essa interação deve ser feita com discernimento, firmeza e a intenção de promover a verdade e a luz de Cristo. É fundamental que os cristãos se mantenham firmes em sua fé, mesmo quando confrontados com a perversidade, quer dentro, quer fora da Igreja.
Quando se trata de lidar com pessoas que resistem à verdade e, subsequentemente, à correção, a Bíblia oferece várias orientações e princípios que podem ajudar a guiar a atitude e a abordagem dos cristãos nessa situação. Algumas diretrizes práticas e bíblicas:
1. A Confrontação Amorosa
Gálatas 6:1: "Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-lo com espírito de mansidão; e olha por ti mesmo, para que não sejas também tentado."
Quando alguém resiste à verdade, a primeira abordagem deve ser uma confrontação amorosa. A correção deve ser feita com mansidão, visando a restauração, não a condenação.
2. Estabelecer Limites
Tito 3:10-11: "Ao homem que causa divisões, depois de uma e outra admoestação, rejeita; sabendo que tal é pervertido e peca, e já está condenado por seu próprio juízo."
Se a resistência à verdade persistir, é importante estabelecer limites. Paulo aconselha a rejeitar aqueles que causam divisões após repetidas admoestações. Isso não significa ignorar a pessoa, mas sim reconhecer que ela não está disposta a ouvir.
3. Oração e Intercessão
Tiago 5:16: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração do justo pode muito em seus efeitos."
Orar pela pessoa que resiste à verdade é fundamental. A intercessão pode trazer transformação e abertura para que ela escute a correção. É um ato de amor que pode mudar corações.
4. Buscar a Sabedoria de Outros
Provérbios 15:22: "Onde não há conselho, os planos se frustram, mas na multidão de conselheiros há segurança."
Buscar a orientação de líderes espirituais ou conselheiros pode ser útil. Eles podem oferecer sabedoria e apoio ao lidar com a situação.
5. Demonstração de Amor e Compaixão
Romanos 12:21: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem."
Mesmo que a pessoa resista, demonstrar amor e compaixão pode ser uma poderosa testemunha da verdade. O amor genuíno pode eventualmente quebrar a resistência.
6. Ação de Separação, se Necessário
Mateus 18:15-17: "Se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se não ouvir, toma contigo ainda um ou dois, para que, pela boca de duas ou três testemunhas, toda a palavra se estabeleça."
O processo de correção inclui a possibilidade de se afastar da pessoa se a resistência persistir. O objetivo é proteger a comunidade e manter a integridade da fé.
Ao lidar com alguém que resiste à verdade e à correção, os cristãos devem abordar a situação com amor, mansidão e discernimento. Através de confrontação amorosa, oração e, se necessário, separação, pode-se buscar restaurar o relacionamento e preservar a verdade. O amor e a compaixão são sempre fundamentais no processo de correção e restauração.
Na Bíblia, existem várias passagens que falam sobre a exclusão ou disciplina de um membro da comunidade de fé. Essas passagens abordam a importância da pureza e da santidade dentro da Igreja, bem como a necessidade de manter a integridade da fé. Aqui estão alguns versículos que refletem esse conceito:
1. Mateus 18:15-17
Texto: Jesus ensina sobre a disciplina e resolução de conflitos. Ele instrui a ir até o irmão que pecou e, se não ouvir, levar testemunhas e, se necessário, contar à Igreja. Se a pessoa não ouvir a Igreja, deve ser considerada como um "gentio e publicano."
Interpretação: Essa passagem descreve um processo de correção que pode levar à exclusão se a pessoa persistir no pecado.
2. 1 Coríntios 5:1-13
Texto: Paulo aborda um caso de imoralidade sexual na igreja de Corinto e ordena a exclusão do membro envolvido. Ele diz: "Expelí de entre vós o iníquo."
O contexto dessa instrução é crucial para entender a visão de Paulo sobre a pureza da comunidade cristã. Abaixo, segue uma análise do versículo e seu contexto:
Contexto de 1 Coríntios 5: Imoralidade na Igreja: Paulo aborda um caso de imoralidade sexual que era amplamente conhecido, enfatizando que tal comportamento não deveria ser tolerado entre os membros da igreja.
Necessidade de Disciplina: A disciplina, conforme Paulo instrui, é um ato de proteção à comunidade. Ele argumenta que a presença de tal iniquidade pode contaminar todo o corpo da Igreja, similar ao efeito do fermento na massa (1 Coríntios 5:6).
Objetivo da Exclusão: O objetivo da exclusão não é simplesmente punir, mas levar à reflexão e ao arrependimento do indivíduo. Paulo esperava que a disciplina resultasse em restauração (2 Coríntios 2:5-8).
Relevância da Exclusão: A abordagem de Paulo destaca a importância de manter a santidade e a integridade dentro da Igreja. Ele não incentiva a exclusão como um ato de desprezo, mas como um meio de preservar a pureza do corpo de Cristo.
A instrução de Paulo sobre a expulsão do iníquo serve como um chamado para os cristãos a se manterem firmes na verdade e a cuidarem da saúde espiritual da comunidade. Essa prática de disciplina é, portanto, um elemento importante na vida da Igreja, sempre com um foco na restauração e no amor.
3. Tito 3:10-11
Texto: Paulo instrui a rejeitar o homem que causa divisões após uma ou duas advertências, pois tal pessoa é pervertida e já está condenada por seu próprio juízo.
Interpretação: A exclusão é vista como uma ação necessária para proteger a comunidade de divisões e falsos ensinamentos.
4. 2 Tessalonicenses 3:14-15
Texto: Paulo instrui a se afastar de qualquer irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que receberam, mas ainda a tratá-lo como um irmão.
Interpretação: Embora haja uma exclusão em termos de comunhão, ainda existe um chamado ao amor e ao cuidado, indicando que a disciplina deve ser feita com o objetivo de restauração.
5. 1 Timóteo 1:19-20
Texto: Paulo menciona a necessidade de entregar à Satanás alguns que se desviaram da fé, para que aprendam a não blasfemar.
Interpretação: A entrega a Satanás é uma forma severa de disciplina, indicando que a exclusão pode ser necessária para proteger a integridade da Igreja e levar à reflexão e arrependimento.
Esses versículos ilustram que a exclusão ou disciplina dentro da Igreja é uma prática reconhecida na Bíblia, visando a preservação da santidade e integridade da comunidade de fé. A abordagem deve sempre ser feita com amor e o objetivo de restauração, mesmo quando a disciplina é necessária.
Portanto, os cristãos são instruídos a evitar associações íntimas com aqueles que vivem na perversidade não apenas para preservar sua fé e integridade, mas também para promover um testemunho eficaz do amor e da verdade de Cristo no mundo. A prudência nas relações é essencial para manter a santidade e a missão que Deus confiou a cada um de nós.
Leonardo Lima Ribeiro
Nesse texto podemos compreender claramente a diferença entre o pecador e o perverso.
ResponderExcluirNós muitas vezes convivemos com pessoas perversas durante anos sem discernir o quanto ele rejeita o bem e a verdade de Deus praticando o mal com consciência e prazer.
Glória a Deus por essa palavra 🙌🏻
Enquanto o pecador pode ser redimido por meio do arrependimento e da fé
ResponderExcluirO perverso constantemente rejeita o bem. Pv;6:12-14