Existe uma grande divisão entre as denominações devido ao desequilíbrio no entendimento entre graça e lei. Algumas interpretam a Bíblia de forma literal, sem compreender plenamente sua mensagem e revelação. Por exemplo, o livro de Levítico é muitas vezes mal interpretado, levando a uma aplicação distorcida de suas leis e confundindo as pessoas. Por outro lado, há aqueles que abraçam uma visão de "graça libertina", interpretando erroneamente o perdão de Jesus como uma licença para viver em pecado sem consequências.
Entender a justiça de Deus requer compreender tanto a sua graça quanto a sua lei. Jesus veio para cumprir a lei, mas também veio para revelar o amor e a graça de Deus, oferecendo perdão e reconciliação aos pecadores. A justiça de Deus não se baseia apenas na observância da lei, mas também na graça e na misericórdia demonstradas através de Jesus Cristo. Em Cristo, somos justificados pela fé, não pelas obras da lei. É esse entendimento da justiça de Deus que nos liberta do legalismo e nos capacita a viver uma vida de fé, amor e obediência a Ele.
A história do Éden ilustra essa dinâmica entre a liberdade de escolha dada por Deus e a consequência da desobediência humana. No jardim, Deus deu ao homem a opção de obedecer ou desobedecer, demonstrando assim seu amor e respeito pela liberdade humana. No entanto, quando Adão e Eva escolheram desobedecer, eles experimentaram as consequências da separação de Deus e da introdução do pecado no mundo.
A lei foi dada por Deus para mostrar ao homem sua necessidade de um Salvador, não para justificá-lo. Ao observar a lei, o homem percebe sua própria imperfeição e a necessidade de redenção. A lei, portanto, aponta para Jesus Cristo como o único que pode justificar o homem diante de Deus.
Entender a justiça de Deus envolve reconhecer tanto sua graça quanto sua lei e compreender o papel de Jesus Cristo como o cumprimento da lei e o mediador da graça. É através de Cristo que somos reconciliados com Deus e justificados pela fé.
Em muitos aspectos, podemos dizer que conhecemos mais profundamente a graça de Deus à medida que amadurecemos espiritualmente. Aqui estão algumas maneiras pelas quais isso pode ser percebido:
Percepção da necessidade: À medida que crescemos espiritualmente, nossa percepção da nossa própria necessidade de graça se aprofunda. Reconhecemos mais claramente nossas fraquezas, pecados e limitações, o que nos leva a valorizar e buscar a graça de Deus de maneira mais profunda e sincera.
Experiência pessoal: Ao longo da vida, passamos por diferentes desafios, provações e momentos de arrependimento. Cada uma dessas experiências nos permite experimentar de maneira mais tangível a graça de Deus em nossas vidas. À medida que amadurecemos, acumulamos mais dessas experiências e podemos testemunhar como a graça de Deus tem sido fiel em todas as circunstâncias.
Compreensão da Palavra de Deus: À medida que estudamos e meditamos na Palavra de Deus ao longo dos anos, nossa compreensão da graça divina se aprofunda. Descobrimos novas camadas de significado nos ensinamentos bíblicos sobre a graça, e percebemos como ela permeia toda a história da redenção e transformação.
Resposta à graça: Conforme amadurecemos espiritualmente, nossa resposta à graça de Deus tende a se tornar mais madura e transformadora. Em vez de apenas aceitar a graça como um presente gratuito, começamos a responder com gratidão, adoração e um desejo renovado de viver de acordo com os princípios do Reino de Deus.
À medida que amadurecemos espiritualmente, nossa compreensão, apreciação e resposta à graça de Deus tendem a se aprofundar e se desenvolver. A graça de Deus é um oceano infinito de amor e misericórdia, e cada estágio do nosso crescimento espiritual nos permite mergulhar mais profundamente nesse oceano e experimentar mais plenamente suas maravilhas.
Romanos 3:20 - "Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseado na obediência à lei, pois pela lei vem o pleno conhecimento do pecado."
Romanos 3:21-22 - "Mas agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, testemunhada pela Lei e pelos Profetas, isto é, a justiça de Deus por meio da fé em Jesus Cristo para todos os que crêem, pois não há distinção."
Romanos 6:14 - "Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça."
Gálatas 2:16 - "No entanto, sabendo que uma pessoa não é justificada pelas obras da lei, mas sim pela fé em Jesus Cristo, também temos crido em Cristo Jesus, a fim de sermos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da lei, porque pelas obras da lei ninguém será justificado."
Gálatas 3:24-25 - "Assim, a lei foi nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Agora, porém, que a fé veio, já não estamos mais sob o controle do tutor."
Efésios 2:8-9 - "Pois pela graça vocês foram salvos, por meio da fé, e isso não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie."
Esses versículos destacam a relação entre a lei, a graça e a justificação pela fé em Jesus Cristo, que são temas abordados no texto.
Santificar as pessoas significa que elas precisam cumprir toda a Lei para serem justificadas e santas. No entanto, a própria Lei revela a incapacidade do homem de cumpri-la, pois é perfeita e o homem é imperfeito. Assim, Deus apontou para Jesus instruindo o sacerdócio levítico a sacrificar animais. O sangue desses animais era usado como justificação para o povo, simbolizando o sacrifício futuro de Jesus.
O sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos e colocava o sangue dos animais como forma de justificação, prenunciando o sacrifício de Jesus que nos justificaria. O sangue do cordeiro, que precisava ser perfeito, era sacrificado, levado ao Santo dos Santos e usado para justificar o sumo sacerdote e o povo.
Deus sempre apontou para Jesus Cristo através da Lei, dos sacrifícios e do sangue. Isso levou o povo a entender o amor de Deus, pois a Lei mostrava a incapacidade humana de ser justo. O sacerdócio levítico não era suficiente para transformar ou salvar o homem, apenas para apontar o pecado e justificar temporariamente através dos sacrifícios de animais.
Quando Jesus veio, Ele cumpriu a justiça de Deus ao ser entregue como sacrifício. Seu sacrifício perfeito nos liberta do pecado. Deus, sendo justo e amando, ofereceu Seu próprio Filho para pagar a pena do pecado, proporcionando uma oportunidade de salvação através da fé em Jesus.
Por meio da fé em Jesus, somos justificados e libertados da condenação. Assim como Jesus assumiu nossa culpa, recebemos Sua justiça pela fé Nele. Portanto, quando cremos em Jesus como nosso Senhor e Salvador, somos salvos e justificados, trocando nossa condenação por Sua inocência e justiça."
Romanos 3:22 - "Esta justiça de Deus, pela fé em Jesus Cristo, é para todos e sobre todos os que creem; porque não há distinção."
Romanos 5:1 - "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo,"
Romanos 8:1 - "Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus."
Gálatas 3:13 - "Cristo nos redimiu da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;"
2 Coríntios 5:21 - "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus."
Agora vamos para o Batismo:
Romanos 6:4 (NVI), que diz: "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova."
É uma figura da justiça de Deus, quando representa a morte e ressureição.
Ao sermos batizados, profeticamente compartilhamos da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Nesse sentido, podemos interpretar o batismo como um ato de fé da justiça de Deus, em que Ele nos concede a oportunidade de participar espiritualmente da morte de Cristo para que possamos ter uma nova vida em comunhão com Ele.
O batismo não apenas representa uma figura, mas também uma realidade espiritual. É um ato de fé que resulta em uma transformação espiritual. Por exemplo, em muitos vídeos que já assisti, as pessoas tendem a justificar sua falta de crença em certas práticas, como o dízimo ou a frequência à igreja. No entanto, para mim, o evangelho é algo simples. À medida que nos relacionamos com Deus, compreendemos que tudo se resume a um relacionamento.
Marcos 16:16 (NVI) - "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado."
Gálatas 3:27 (NVI) - "Pois todos vocês que foram batizados em Cristo se revestiram de Cristo."
Colossenses 2:12 (NVI) - "Fomos sepultados com ele na ocasião do batismo na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova."
1 Pedro 3:21 (NVI) - "E isso, simbolizado pelo batismo, agora também salva vocês, não sendo a remoção da sujeira do corpo, mas o compromisso de uma boa consciência diante de Deus. Ela salva vocês pela ressurreição de Jesus Cristo."
Falando sobre o dízimo, por exemplo, eu o pratico como um ato de reconhecimento e gratidão. Não por obrigação legalista, mas como uma expressão sincera de minha fé. Dizimar é um ato de fé porque demonstra confiança na provisão de Deus e obediência à Sua Palavra, mesmo quando não podemos ver imediatamente os resultados. Ao dar o dízimo, os crentes demonstram sua fé de que Deus suprirá todas as suas necessidades e abençoará suas vidas abundantemente.
Embora o Novo Testamento não fale especificamente sobre o dízimo da mesma forma que o Antigo Testamento, Jesus menciona a prática da justiça, da misericórdia e da fé como princípios importantes. No entanto, podemos relacionar o ato de dizimar com princípios do Novo Testamento, como a generosidade, a contribuição para a obra do Senhor e o sustento da comunidade cristã. Aqui estão algumas maneiras de relacionar o ato de dizimar com o Novo Testamento:
2 Coríntios 9:6-7 (NVI) - "Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. "Neste versículo, Paulo fala sobre a importância da generosidade no dar. Embora não mencione especificamente o dízimo, o princípio de dar com alegria e generosidade pode ser aplicado ao ato de dizimar no Novo Testamento.
1 Coríntios 16:2 (NVI) - "No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, conforme a sua renda, reservando-a para que não seja necessário fazer coletas quando eu chegar." Aqui, Paulo instrui os coríntios a reservarem uma quantia de sua renda no primeiro dia da semana para a obra do Senhor. Embora não seja explicitamente sobre dízimo, demonstra a prática regular de contribuir financeiramente para a comunidade cristã.
Lucas 6:38 (NVI) - "Deem, e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês." Jesus enfatiza o princípio da generosidade e da recompensa ao dar. Ao dar com generosidade, podemos esperar que Deus nos abençoe abundantemente.
Embora o Novo Testamento não enfatize o dízimo da mesma maneira que o Antigo Testamento, esses princípios de generosidade, contribuição e fé podem ser aplicados ao ato de dizimar, demonstrando nossa confiança na provisão e fidelidade de Deus.
Da mesma forma, acredito na importância de sujeitar-se à autoridade espiritual. Reconhecer a autoridade de alguém é essencial para o crescimento espiritual. Pessoas que ofertaram em minha vida fizeram isso porque reconheceram minha autoridade espiritual e meu papel em guiá-las na jornada de fé, por um período de crescimento.
O Evangelho também nos ensina sobre a importância da humildade. A jornada espiritual envolve aprender a servir e sujeitar-se a uma autoridade legítima. Isso não implica em submissão cega, mas em reconhecer que todos nós temos muito a aprender. Eu mesmo passei por diversas igrejas e ministérios, buscando paternidade espiritual e aprendizado. A hierarquia de serviço não é sobre exercer poder, mas sobre orientação e liderança para ajudar os outros a crescerem.
Minha experiência pessoal me ensinou que confiar em uma autoridade espiritual é essencial para o crescimento espiritual. Aqueles que se recusam a se sujeitar geralmente têm dificuldade em admitir seus erros e em crescer espiritualmente. Por isso, acredito firmemente na importância de ter um pastor e uma comunidade de fé que nos oriente e nos ajude em nossa jornada espiritual.
1 Tessalonicenses 5:12-13 (NVI): "Agora, irmãos, rogamos que acolham com respeito os que se esforçam entre vocês para administrar as coisas do Senhor e que os estimem muito, com amor, por causa do trabalho que realizam. Vivam em paz uns com os outros."
Hebreus 13:17 (NVI): "Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês."
1 Timóteo 5:17 (NVI): "Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino."
Filipenses 2:29-30 (NVI): "Portanto, recebam-no no Senhor com grande alegria e honrem todos os que são assim. Pois ele quase perdeu a vida pelo trabalho de Cristo, arriscando a própria vida para suprir o que faltava no serviço que vocês me prestaram."
Sobre ser instruído por meus líderes:
"Quando discordava do que acabara de ouvir, preferia ponderar em silêncio, refletindo para chegar às minhas próprias conclusões. Se julgasse que estava equivocado, confiava na minha própria convicção. Então, escolhia outro momento para discutir de maneira tranquila, consciente de que não estava lidando com qualquer pessoa. Essa é uma questão que toca o âmago de cada um.
O propósito das minhas palavras é incitar a reflexão. Dificilmente alguém assistiria a um dos meus vídeos e concluiria: 'Ah, ele está impondo o que é correto'. Tenho opiniões pessoais, algumas baseadas na fé, mas meu objetivo é estimular a reflexão. Muitos líderes hipócritas carecem de liderança. Desejam influenciar os outros, serem reconhecidos como autoridades, demonstrar experiência e sabedoria, mas falham em ouvir.
É simples assistir a um vídeo no YouTube, ouvir uma pregação, anotar os pontos concordantes e discordantes, e seguir em frente. No entanto, quando nos submetemos, o verdadeiro beneficiado não é o líder, que já está em sua jornada; somos nós. A mentalidade arrogante, a queda da soberba, confronta-se com a jornada de Jesus. Ele abdicou de toda glória, não reivindicou ser Deus, humilhou-se e morreu na cruz, recebendo, por isso, o nome acima de todos.
A humilhação foi o caminho que Jesus nos mostrou, descendo até o ponto mais baixo, onde nós não poderíamos ir. Sem passarmos por esse processo, permaneceremos como filhos de Deus, mas não alcançaremos a maturidade. Deus fala com todos que creem, mas Sua comunicação conosco não indica maturidade; significa apenas que Ele está presente. As pessoas têm dificuldade em se submeter. Embora tenha saído do ministério, o que vivi lá contribuiu para minha vida e ministério. O que não contribuiu, não merece ser mencionado. Tudo o que passei foi enriquecedor para minha jornada.
Jamais seria quem sou hoje se não tivesse passado por isso, aprendendo a me submeter e a enfrentar desafios. Conheço pessoas que nunca frequentaram uma congregação e aspiram à liderança, que nunca se submeteram a ninguém. Isso é incoerente, injusto. Muitas igrejas se intitulam missionárias, mas não têm missões. Se uma igreja realiza atividades missionárias, deveria refletir esse propósito em seu nome, apoiando ou enviando missionários. Muitas vezes, falta bom senso.
Precisamos buscar o equilíbrio, mesmo que não compreendamos completamente. Existem igrejas que focam apenas em questões internas, outras que exigem o dízimo e a oferta, mas não praticam a doação. Isso demonstra falta de sensatez. É essencial agir com coerência. Mesmo sem pastor de uma congregação física hoje, auxilio pessoas que me consideram sua autoridade espiritual, contribuindo para suas vidas, enquanto as aconselho. Reconheço a autoridade dos líderes que Deus colocou em minha vida, pois apenas quem possui autoridade reconhece a unção da autoridade. Quem respeita, é respeitado. Sempre me coloquei em uma posição de humildade genuína, buscando compreender o coração de Deus. Toda graça que recebemos decorre da nossa fé, que resulta em uma transformação comportamental. Deus nos torna humildes quando nos submetemos."
Mateus 23:12 (NVI): "Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado."
Filipenses 2:3-4 (NVI): "Não façam nada por partidarismo ou vaidade, mas com humildade considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros."
Tiago 4:6 (NVI): "Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: ‘Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes’."
1 Pedro 5:5-6 (NVI): "Semelhantemente, jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque ‘Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes’. Humilhem-se, portanto, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido."
Provérbios 22:4 (NVI): "A recompensa da humildade e do temor do Senhor é a riqueza, a honra e a vida."
Leonardo Lima Ribeiro
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