terça-feira, 6 de maio de 2025

Depressão, ansiedade e narcisismo


Vamos meditar juntos e trazer alguns assuntos para você colocar na sua balança e fazer uso dos seus raciocínios. Estamos acostumados a receber informações sem filtrá-las pela verdade, sem consultar a Palavra de Deus, ou sem pedir ao Espírito Santo que nos ilumine, nos dê prudência, sabedoria e coerência na compreensão daquilo que recebemos.

Precisamos aprender a discernir o que são nossos próprios pensamentos e o que são os pensamentos de Deus, que vêm através do Espírito para a nossa mente. Uma das recomendações para sua vida espiritual é que você seja constante na oração e no jejum. Se você não consegue fazer jejuns longos, pode jejuar até o horário do almoço por um período de tempo — 10, 15 dias. Durante esse tempo, dedique-se à meditação na Palavra e à oração no Espírito. Tenho certeza de que isso trará crescimento em sabedoria e fé, resultando na transformação do seu caráter pelo fruto do Espírito: amor, alegria, paz, domínio próprio, longanimidade, bondade e generosidade.

As pessoas introspectivas tendem a ser mais reflexivas, enquanto as extrovertidas são mais impulsivas, agindo muitas vezes sem pensar. Eu me considero introspectivo e sempre fui mais reflexivo. Quando somos mais jovens, é comum sermos aprisionados pelas emoções e sentimentos, o que nos torna impulsivos. Mas com o tempo, buscamos sabedoria para entender melhor nossas ações e reações.

Se você é extrovertido, não há problema nisso, mas é necessário buscar sabedoria em suas ações, para que não viva se arrependendo de palavras ou atitudes precipitadas. Ao longo da minha vida, tive que lidar com as consequências de ações impensadas. Por isso, um bom conselho é pedir sabedoria a Deus. A sabedoria permite interpretar as situações da vida de forma semelhante à maneira como Deus as vê.

Por exemplo, alguns filósofos dizem que não existe verdade absoluta, como Nietzsche. Mas se essa afirmação fosse verdade, ela mesma se invalidaria. Para nós, cristãos, existe sim uma verdade absoluta: Jesus. Ele é a Verdade. Logo, tudo deve passar pelo filtro de Cristo.

Quando você examina suas ideias à luz da Palavra, você consegue filtrar o que é verdade e o que não é. Se cremos que Jesus é a Verdade, então temos um referencial absoluto. Assim, ao longo dos anos, procuramos entender a realidade como Deus a vê e reagir a ela como Cristo reagiria.

Deus colocou o Seu Espírito em nós para que o nosso espírito, unido ao d'Ele, governe sobre a alma, e nossas ações e reações sejam coerentes com o caráter de Cristo. Esse é o objetivo.

Hoje, vamos falar sobre temas como depressão, narcisismo, honra e desonra, submissão e autoridade. A Bíblia diz que a Palavra é provada no fogo e comparada ao ouro, que representa Cristo. Assim, o fogo revela o que em nós é de Cristo e o que é motivação humana.

Algumas teologias dizem que Deus envia tribulações; outras, que elas são parte natural da vida. O fato é que vivemos em um mundo onde ações geram reações: se você se expõe ao sol, queima; se fala de forma imprudente, sofre consequências. Mas Deus nos deu fé para vencer o mundo e sabedoria para lidar com as situações.

A fé se edifica no quarto de oração, mas é nas situações da vida que ela é testada. Cada desafio aperfeiçoa a nossa fé e sabedoria. Se você evita os problemas, não amadurece. Muitos homens hoje têm mais de 40 anos, mas agem como adolescentes, porque não aprenderam a lidar com circunstâncias além do seu controle.

É nesse ponto que Deus deseja nos transformar à imagem de Cristo. Em situações que você não compreende ou controla — como emoções desordenadas como a depressão —, é a fé edificada e a sabedoria do Espírito que te ajudam a vencer.

Você poderá então dizer, com verdade interior, que é mais que vencedor em Cristo. Não apenas da boca para fora, mas como alguém que desfruta dessa realidade em seu interior.

Por exemplo, vi hoje uma postagem de Provérbios dizendo: "Apresente seus planos a Deus e Ele os abençoará." Mas isso, por si só, está incompleto. Deus abençoa o que está alinhado com Sua vontade, não tudo que queremos. Quando apresentamos nossos planos, Ele testifica o que está de acordo com Sua vontade e nos direciona.

Deus não é nosso servo para abençoar tudo o que fazemos, somente por compreendermos que Ele é bom. A Bíblia mostra que Deus criou primeiro um propósito, depois criou o homem para cumprir esse propósito. Antes de criar você, Ele já tinha um plano perfeito e desejava usar sua vida para cumpri-lo.

Se você se alinha com esse propósito, como diz Romanos 12, sua mente é transformada e você passa a viver a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. É nela que somos verdadeiramente abençoados.

Romanos 12:1-2 (NVI): Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus, que se ofereçam como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o seu culto racional. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

A fé é, sim, algo irracional aos olhos humanos. Crer na morte e ressurreição de Cristo não é lógico, é espiritual. Por isso, precisa de fé.

Se você parar para pensar, em alguns momentos teremos que usar lógica para fazer alguns questionamentos sobre como nossa mente interpreta as coisas.

Por exemplo: se você fizer tudo ao contrário do que Deus propôs, você espera que no final dê certo? Isso não faz sentido, nem para a mente humana e nem para a verdade de Deus. Ou seja, Deus fala para você virar à esquerda, e você vira à direita. A graça, a misericórdia e o amor de Deus podem sim te alcançar num caminho errado — porque somos salvos justamente quando estamos no caminho errado. Mas o que estou falando aqui são das consequências dessa caminhada desordenada.

Você pode chegar ao fim da vida com 90 anos e Deus te salvar. Pronto, resolveu o problema da salvação. Mas qual foi a vida que você viveu? Você andou no propósito que Deus construiu para você? Viveu ele? Produziu galardão? Desenvolveu uma vida que glorificou a Deus e gerou recompensa eterna? Não?

Então, há consequências! Pense nisso!

Palavras Como Sementes

As palavras que lançamos sempre geram alguma coisa. Se eu falo algo bom, isso vai produzir fruto, porque a palavra é uma semente. Se falo algo ruim, isso também vai frutificar.

A ciência tem explicado muita coisa que já entendíamos pela fé. A Bíblia diz que “a língua tem poder de vida e morte”. Um cientista japonês, por exemplo, fez um experimento com amostras de água. Ele falou palavras boas para uma, e palavras negativas para a outra. Ao analisar, viu que as moléculas da amostra abençoada estavam organizadas com perfeição, enquanto as da outra estavam deformadas.

Ou seja, palavras têm poder. Quando você acorda e declara, por exemplo: "Senhor, eu te rendo graças porque o Senhor é bom, e o seu amor dura para sempre", você está plantando uma semente de adoração, de fé e verdade no seu coração. E como seu coração é a terra, aquilo germina, cresce e transborda.

A Realidade do Coração Refletida no Mundo

Isso influencia diretamente sua perspectiva. Se você está sempre confessando a bondade de Deus, você passa a percebê-la em todas as coisas.

Por outro lado, se você acorda e fala mal do vizinho, consome notícias negativas, reclama do clima, da política, da vida… você está plantando e colhendo amargura. Essa semente frutifica, e aos poucos, você se torna uma pessoa amarga. Isso muda o ambiente à sua volta. Palavras carregam energia, criam atmosferas.

E a Bíblia comprova: Deus disse "Haja luz" — e houve luz. Deus criou uma realidade com palavras. E Ele nos deu essa mesma capacidade. Quando somos reconectados com Ele pelo Espírito Santo, nossas palavras também criam, constroem.

Gênesis 1:3 (NVI): "E disse Deus: ‘Haja luz’, e houve luz."

Companhias, Atmosferas e Corações Amargos

Observe suas companhias. Às vezes, tem gente que carrega uma nuvem negra. Só de chegar, o ambiente muda. Isso acontece porque ela irradia o que está plantado no coração.

Uma pessoa amarga sempre vai ver o lado ruim: se está calor, reclama; se esfria, reclama também. Essa perspectiva negativa vira um ciclo: ela planta, colhe, e planta de novo, até o ponto de ser insuportável conviver com ela. Quando mais nova, essa pessoa pode até se virar sozinha. Mas, ao envelhecer e perder essa autossuficiência, o que resta é o fruto daquilo que ela mesma plantou durante a vida.

A Boca Fala do Que Está Cheio o Coração

Depressão, ansiedade, narcisismo, desonra — tudo isso está conectado com o que está no coração. A boca fala do que o coração está cheio, e o comportamento revela a realidade interior.

Você até pode mascarar sentimentos com palavras educadas, mas suas ações vão sempre trair o que está dentro de você. E é aí que entra o “fogo” que prova tudo.

O Fogo Revela o Caráter

O fogo revela o verdadeiro caráter — ele testa os materiais com que construímos nossa vida. Em Provérbios e também em 1 Coríntios 3, vemos que o fogo prova o ouro, e Cristo é representado por esse ouro.

Provérbios 17:3: "O crisol é para a prata, e o forno, para o ouro; mas o Senhor prova os corações."

Provérbios 3:11-12: "Filho meu, não rejeites a correção do Senhor, nem te enerves com a sua repreensão, porque o Senhor corrige a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem."

Embora o fogo não seja mencionado explicitamente, a ideia de correção divina, como um processo de refinamento e purificação, é central. A correção de Deus purifica o coração e a mente, assim como o fogo purifica os metais.

Essa analogia com o fogo no processo de purificação pode ser entendida como um processo de disciplina espiritual que, apesar de ser doloroso no momento, traz um resultado de refinamento e maturidade. Em Cristo, o fogo da purificação não é apenas uma ferramenta de correção, mas também um meio de transformação e renovação interior.

Esta passagem faz alusão ao processo de purificação do ouro e da prata, que são refinados pelo fogo. Da mesma forma, Deus purifica os corações das pessoas, permitindo que elas passem por provações para que o que é impuro seja removido e o caráter seja fortalecido.

Quer saber se alguém tem Cristo construído dentro de si? Espere uma tribulação. É ali que você descobre se ela é de verdade. O amor verdadeiro — descrito em 1 Coríntios 13 — não se abala com circunstâncias, porque é o caráter de Cristo.

Sabedoria Verdadeira

Hoje, me considero uma pessoa sábia. Por quê? Porque me aproprio da sabedoria de Deus. Eu confio no Senhor de todo o meu coração. Não me apoio no meu próprio entendimento. Tudo deve passar pela lente de Cristo.

1. Provérbios 2:6-7: "Porque o Senhor dá a sabedoria, da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os justos; é um escudo para os que caminham na sinceridade."

2. Provérbios 3:5-6: "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento; reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas."

3. Provérbios 4:5-7: "Adquire a sabedoria, adquire o entendimento, e não te esqueças, nem te apartes das palavras da minha boca. Não a desampares, e ela te guardará; ama-a, e ela te conservará. A sabedoria é a principal coisa; adquire a sabedoria, sim, com todos os bens adquiridos, adquire o entendimento."

4. Provérbios 8:10-11: "Aceitai a minha correção, e não a prata; o conhecimento, mais do que o ouro refinado. Pois a sabedoria é melhor do que as pérolas; e tudo o que podes desejar não se pode comparar a ela."

5. Provérbios 9:10: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento."

6. Provérbios 16:16: "Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! E adquirir a inteligência é mais excelente do que a prata."

Provérbios 23:23 na versão A Mensagem: "Compre a verdade, não a venda. Compre sabedoria, instrução e discernimento."

Se você está interpretando algo, pare e observe. Não tire conclusões precipitadas. Leve para Cristo e deixe Ele mostrar o que é verdade e o que é só sua interpretação.

Quero incluir algo aqui que talvez você precise entender:

A Licitude de Pagar para Aprender Sabedoria Cristã: Reflexão a partir de Provérbios 23:23

Em Provérbios 23:23, encontramos uma instrução clara e preciosa: "Compre a verdade, não a venda. Compre sabedoria, instrução e discernimento" (A Mensagem). Esse versículo destaca a sabedoria e o discernimento como algo de valor imensurável, algo que devemos buscar e preservar a todo custo. A palavra "comprar" aqui pode parecer estranha, mas ela nos convida a refletir sobre o esforço, o investimento e o valor que devemos dar à sabedoria, que é um dos maiores tesouros que podemos possuir na vida cristã.

Na vida cristã, o aprendizado não é algo que se limite apenas ao ensino gratuito das Escrituras. Embora o ensino das verdades de Deus seja um dever e um privilégio compartilhado por todos, a própria Bíblia nos dá exemplos de situações em que o esforço e o investimento são necessários para adquirir conhecimento e sabedoria. A sabedoria não é um bem banal ou superficial, mas um bem profundo, que exige que investimos não apenas tempo e energia, mas também, em muitos casos, recursos financeiros.

Pagar para aprender com alguém não é algo proibido ou reprovável, desde que seja feito com discernimento. Ao longo da história, Deus levantou mestres, pastores, teólogos e sábios que, através de suas vidas e ensinamentos, ajudam a conduzir os cristãos à maturidade espiritual. Em muitas situações, o aprendizado especializado — como cursos de teologia, mentoria, e aconselhamento — envolve custos, e investir nesses recursos pode ser uma forma legítima de buscar a sabedoria de Deus.

A Bíblia nos ensina a valorizar a sabedoria, como lemos também em Provérbios 4:7: "A sabedoria é a principal coisa; adquire a sabedoria, e com todos os teus bens adquire o entendimento". Essa instrução reforça a ideia de que a sabedoria não é algo que vem facilmente, e o processo de adquiri-la pode exigir um sacrifício de recursos materiais. Quando alguém dedica tempo, esforço e dinheiro para aprender de um mestre que oferece uma sabedoria baseada na Palavra de Deus, isso está em linha com a instrução bíblica de "comprar" a sabedoria.

Jesus, por exemplo, muitas vezes usou recursos para ensinar, e Ele também enviou Seus discípulos com o comando de pregar e ensinar, e em muitas culturas, os mestres cobravam pela transmissão de conhecimento. O próprio apóstolo Paulo, em sua carta a Timóteo, fala sobre o valor do ensino e da aprendizagem.

2 Timóteo 2:2 na versão Almeida: "E o que de minha parte ouviste, mediante muitas testemunhas, isso transmite a homens fiéis que sejam idôneos para também ensinarem os outros."

Contudo, ao investir financeiramente para aprender, é importante lembrar que o foco deve sempre ser a sabedoria que vem de Deus e não a ganância ou o ego. A motivação para pagar por um curso, uma mentoria ou qualquer outro tipo de aprendizado deve ser sempre a busca pela verdade divina, pela maturidade espiritual e pelo crescimento no conhecimento de Cristo, e não apenas o desejo de se destacar ou se beneficiar pessoalmente.

Em suma, é lícito, sim, investir para aprender sabedoria de pessoas que Deus levanta para ensinar, desde que o objetivo seja edificar a vida cristã e crescer na verdade que vem d'Ele. Isso não contraria o princípio de que a sabedoria vem de Deus, mas reconhece que Ele usa meios humanos para transmitir esse conhecimento, e, em muitas situações, esse processo envolve investimentos de tempo, esforço e recursos financeiros.

A Depressão e Suas Causas

A depressão pode ter três causas, e é importante avaliá-las:

Fisiológica: carência nutricional, desequilíbrios hormonais, falta de exercício, luz solar. Tudo isso pode causar depressão. Nesses casos, tratamento médico e hábitos saudáveis resolvem.

Alma desalinhada: quando as emoções e sentimentos estão fora do alinhamento com a verdade de Cristo. O fruto do Espírito é alegria — e se a alma não reflete isso, há um desalinhamento.

A terceira causa, de natureza espiritual, envolve o campo das questões invisíveis que afetam diretamente a vida interior do indivíduo. Isso inclui ações e escolhas que se afastam dos princípios de Deus, resultando em pecados que geram afastamento da Sua presença e proteção. Além disso, podem haver opressões espirituais, como influências malignas ou ataques do inimigo, que trazem peso emocional, mental e até físico. Esses fatores espirituais, muitas vezes, se manifestam de forma sutil, mas afetam de maneira profunda o equilíbrio e a saúde do ser humano, sendo necessários discernimento e intervenção divina para restaurar e purificar a alma.

Depressão, drogas e restauração espiritual

Eu lutei muitos anos com a depressão. Um dos fatores que contribuíram para ela foi o uso abusivo de drogas. Existe uma parte fisiológica nisso: quando você usa uma droga, ela provoca picos de liberação de neurotransmissores, causando prazer e euforia. Mas, depois que o efeito passa, você entra numa curva descendente, que nunca volta ao nível anterior — sempre cai mais. Ou seja, você vai do pico da euforia para um estado ainda mais profundo de depressão.

Além disso, vem todo o desajuste: você dorme de dia, fica acordado à noite, não toma sol, dorme mal, enche o corpo de substâncias. Isso afeta suas emoções, seus sentimentos, seu raciocínio — porque o cérebro é afetado. A mente é afetada, e com isso, a alma é atingida. E por fim, o espírito também, porque esse ambiente totalmente disfuncional — um corpo dopado, sem coerência e discernimento — acaba abrindo portas para a atuação de espíritos malignos.

A depressão, então, passou a ter raízes em todas as áreas do meu ser: na fisiologia, na área emocional/psicológica e na espiritual. Somos uma só pessoa, mas temos essas três realidades.

A restauração em Cristo

Quando você nasce de novo em Cristo, seu espírito é vivificado. A questão espiritual é resolvida. Você se torna uma nova criação, filho de Deus, e começa a crer em verdades que vão libertando sua mente. Muitos dos nossos pensamentos estão aprisionados em trevas — sem luz. E a verdade é a luz que dissipa essas trevas na nossa mentalidade.

Depois de nascer do espírito, eu precisei cuidar da parte física: tomar vitaminas, fazer exercícios, sair no sol. Comecei a tratar meu corpo.

E a parte emocional é, na minha opinião, a mais demorada, porque você tem que lidar com lacunas emocionais que foram produzidas ao longo de anos — os chamados traumas. Trauma é um impacto que gera uma deformação na sua capacidade de interpretar a realidade.

A cura da alma: o martelinho de ouro do Espírito Santo

Imagine uma linha reta. Cada trauma é como um amassado nessa linha. Quando você ora no Espírito, medita na Palavra e conhece a verdade (que é Jesus), é como se o Espírito Santo fosse um martelinho de ouro, trabalhando nesses amassados da sua alma: alinhando emoções, sentimentos, interpretações, reações. Vai equilibrando sua razão, seu senso de justiça, seu entendimento do que é certo e errado. E isso te dá domínio próprio.

A depressão é um estado que pode flutuar. Você pode estar bem hoje, mas amanhã pode se ver de volta à luta. Se começar a se expor a conteúdos negativos, conviver com pessoas que só propagam palavras destrutivas, ou ceder novamente ao uso de substâncias, e não tomar controle sobre sua mente e emoções, você se tornará vulnerável a essas influências. A falta de vigilância sobre o que você permite em sua vida pode fazer com que você perca o equilíbrio e se deixe afetar novamente.

Discernir ambientes espirituais

Você precisa aprender a interpretar o que está enfrentando. Quando conversa com alguém, é possível perceber a energia dela, sem misticismo. Como? Pelo que ela fala. “A boca fala do que o coração está cheio.” (Lucas 6:45)

Se uma pessoa diz "eu amo a Deus", mas o dia todo fala coisas contrárias à verdade de Deus, ela pode ter até uma intenção de amar, mas não ama de verdade. Suas ações vão te denunciar. É como o torcedor infiltrado: se diz flamenguista, mas quando o Botafogo faz gol, ele grita “gol” sem perceber — e se revela.

Nós, cristãos, muitas vezes fazemos uma salada mista de entendimento. Cheios de jargões, julgamos com base no nosso próprio filtro de justiça — que vem da nossa criação, contexto, experiências — e não passamos as coisas pelo filtro de Jesus. Um exemplo: muitos dizem que "pastor é ladrão". Baseado em quê? Em experiências negativas. Existem pastores desonestos? Sim. Mas também existem muitos íntegros. O problema é que o filtro da pessoa é sua dor, não a verdade.

Por isso eu digo: nossas interpretações muitas vezes estão enraizadas nas experiências negativas, não na verdade. E se não houver disposição para apresentar isso a Deus, você seguirá julgando, falando e atraindo problemas para si — porque tudo que você fala primeiro te afeta, para o bem ou para o mal.

A boca como instrumento de vida ou prisão

Muita gente vive uma vida mediana — não rompe em sabedoria, entendimento ou alegria. Por quê? Porque constroem sua própria cela com a própria boca. A boca está dizendo o que tem no coração. E se você quer mudar seu coração, tem que começar a plantar coisas diferentes nele. Mesmo que você ainda não sinta, comece a confessar a verdade. Comece a jogar nutrientes nessa terra (sua alma), que hoje pode estar seca. Em vez de plantar sementes ruins, comece a declarar a Palavra, começar a mudar o que sai da sua boca.

Mesmo que a pessoa não entenda tudo que ouve, ela precisa ouvir a verdade da palavra. Talvez ela acorde, olhe ao redor e pense: “Estou prosperando, conquistei uma casa, um carro, minha profissão está indo bem.” Mas, se não confessou Jesus como Senhor e Salvador, pergunte-se: “Se eu morrer hoje, sei para onde vou?”

Muitos vão dizer: “Acredito em reencarnação” ou em outras crenças. Mas só os cristãos verdadeiros têm essa certeza, a certeza de serem salvos, porque é o Espírito Santo quem dá essa convicção. Não é uma opinião intelectual ou religiosa. É convicção espiritual.

A orfandade do mundo e a cura em Cristo: Muitos vivem como órfãos, inclusive dentro de religiões que não veem Deus como Pai. A orfandade gera rebelião, rejeição, agressividade. As pessoas mais agressivas são, muitas vezes, as mais rejeitadas. Quando alguém te ofende e você não tem complexo de rejeição, pode até ficar chateado, mas não reage com agressividade. A reação violenta vem da dor da rejeição. Homens resolvidos no coração são pacíficos. Porque o Evangelho é o ministério da reconciliação (2 Coríntios 5:18). Jesus preenche as lacunas do nosso coração. Ele nos torna reconciliadores, pacificadores, redentores nas situações em que temos controle.

Você que simpatiza com o Evangelho, mas ainda não é convertido, pense nisso. Talvez você tenha vergonha de se dizer evangélico, porque a mídia só mostra escândalos. Mas saiba: o mal prevalece quando o bem se omite. Toda vez que você deixa de expressar que ama Jesus, que a Palavra de Deus é prioridade na sua vida, você está ajudando a oposição, esta sendo agente das trevas. A oposição não mede esforços para propagar mentira, engano e violência. Nós também não podemos medir esforços para propagar a verdade, a reconciliação e a vida.

Desunião e Inversão de Valores

É desunião... é a inversão de valores. Você pode ver: existem perfis hoje no Instagram, no Brasil, que são financiados com milhões e milhões de reais. São pagos para espalharem mentiras, inversão de valores e ideologias contrárias aos nossos princípios. E nós, cristãos, muitas vezes temos um pouco de receio, né? “Ah, eu não quero que as pessoas me vejam como evangélico”, porque essa imagem do evangélico é tão estereotipada — um povo meio alienado, ou sei lá… cada um tem a sua visão deformada dos evangélicos. Só que a gente precisa se lembrar que: a visão do evangelho é Jesus.

Quando eu aceito ser chamado de evangélico ou de cristão — embora “evangélico” às vezes possa ser apenas um rótulo — você, toda vez que aceita isso com orgulho, dizendo “eu sou”, você está honrando Jesus.

Ansiedade, Narcisismo e a Falta de Paz: Uma das coisas que eu falei no começo foi sobre depressão. Agora, vamos pular para a questão da honra, do narcisismo e da ansiedade. Por um período da minha vida, eu consegui realizar muitas coisas que desejei antes de ser cristão. Eram desejos antigos, e eu os realizei. Minha família tinha certa condição, e eu vivi aquilo. Quando percebia que estava vivendo exatamente o que sonhei, eu pensava: “Nossa, eu tive tanta certeza que ia viver isso, e estou vivendo!”

Depois que me converti, comecei a experimentar coisas maravilhosas pela fé. Mas havia algo dentro de mim que eu não sabia explicar. Por muitos anos, eu dizia: “Eu amo Jesus, eu leio a Palavra, eu medito, eu faço o que entendo que Deus quer que eu faça... mas tem algo dentro de mim que é muito ruim”. Era como se não houvesse paz plena. Uma ansiedade, uma inquietação — e até hoje eu não sei explicar o que era. Eu pensava: “Como posso viver assim? Eu creio em Jesus, leio a Palavra, prego a Palavra… mas tem algo que não faz sentido.”

Até que, depois de muitos anos, o Espírito Santo me mostrou que a gente cria na nossa cabeça protocolos que Ele não criou.

Por exemplo: quem criou pai e mãe? Deus. Quem colocou a parte masculina e feminina para se unirem e gerarem você? Foi Deus. Essas outras coisas — inseminação artificial, in vitro — não vou entrar nessas questões, mas não foi assim que Deus estabeleceu. Nós quebramos os princípios de Deus e isso gera consequências muito ruins em nossa vida. 

A desonra aos pais pode gerar ansiedade e depressão por várias razões que envolvem aspectos psicológicos, espirituais e relacionais. Aqui estão algumas explicações:

1. Conflito interno e culpa: Mesmo quando há razão para se afastar ou discordar dos pais (como em casos de abuso ou negligência), a desonra — ou o ressentimento mantido — pode gerar culpa inconsciente. Essa culpa pode se manifestar como ansiedade, inquietação e até sintomas físicos.

2. Ruptura da ordem emocional e espiritual: No cristianismo (e também em muitas tradições culturais), honrar pai e mãe é visto como uma ordem divina ou princípio fundamental da vida (Êxodo 20:12). Quando essa ordem é violada — mesmo que por razões legítimas — pode haver um senso de desalinhamento espiritual, trazendo ansiedade, insegurança e até autossabotagem.

3. Identidade e raízes: Pais representam nossa origem. Quando há desprezo, ódio ou desonra ativa, isso pode afetar nossa autoimagem e sensação de pertencimento. Essa desconexão com as raízes pode se traduzir em uma sensação crônica de vazio ou instabilidade emocional, que frequentemente se manifesta como ansiedade.

4. Falta de reconciliação emocional: Desonrar os pais muitas vezes está ligado a ressentimento não resolvido. E emoções não tratadas — como mágoa, raiva ou tristeza — ficam "presas" no corpo e na mente, causando agitação e ansiedade. A honra, nesse caso, não significa concordar ou aprovar, mas liberar o perdão e permitir a cura interior.

5. Relacionamentos refletidos: Nossa forma de nos relacionar com os pais muitas vezes reflete como nos relacionamos com Deus, com figuras de autoridade e até com nós mesmos. Se tratamos os pais com desprezo, é comum desenvolver um padrão ansioso em outras áreas da vida — seja no trabalho, casamento ou vida espiritual.

Uma pessoa me perguntou: “Pastor, e se a mulher quer ter filho e não consegue, você é contra esses procedimentos científicos?” Eu disse: sou. Por quê? Porque no ministério que eu fiz parte, eu vi várias — não foi uma só — várias mulheres receberem orações de fé, crerem, e Deus operou milagres. Algumas eram estéreis, outras tinham dificuldades. Eu conheci essas pessoas e seus filhos que forma gerados por intervenção divina. 

Vamos abordar essa questão:

1. Deus é um Deus de gerações: Desde o início da Bíblia, Deus se revela como o "Deus de Abraão, Isaque e Jacó". Ou seja, Ele trabalha através de gerações, e valoriza profundamente linhagem, herança e continuidade familiar.

“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra...” (Êxodo 20:12)

A honra gera continuidade. A desonra pode gerar bloqueios — inclusive nos frutos do ventre, ou na “frutificação” em geral (ministerial, emocional, profissional).

2. Mulheres estéreis que geraram: o padrão da restauração

Na Bíblia, várias mulheres estéreis deram à luz por milagre divino:

Sara (mãe de Isaque)

Rebeca (mãe de Esaú e Jacó)

Raquel (mãe de José e Benjamim)

Ana (mãe de Samuel)

Isabel (mãe de João Batista)

Essas histórias apontam para o fato de que Deus restaura o que foi fechado, especialmente quando há redenção, fé, honra e submissão a Ele.

3. Fertilidade não é só biológica — é espiritual

A esterilidade, na Bíblia, muitas vezes é símbolo de algo mais profundo:

Falta de frutificação espiritual

Bloqueios emocionais e familiares

Quebra de alianças geracionais

Quando alguém vive em desonra, pode haver uma esterilidade invisível: projetos não avançam, relacionamentos não duram, ministérios não frutificam. A cura da esterilidade começa, muitas vezes, na reconciliação com as raízes.

4. Deus libera o milagre quando há cura na alma

Ana (mãe de Samuel) foi estéril por anos, mas o milagre veio quando ela derramou a alma diante de Deus e entregou seu filho antes mesmo de concebê-lo. Essa entrega é um ato de rendição, honra e confiança — o oposto da ansiedade, da amargura ou da autodefesa.

5. Honra abre o ventre — espiritual e literal

O princípio espiritual é claro: A honra abre portas. A desonra fecha ciclos.

Quando há arrependimento, perdão e restauração dos laços familiares (mesmo que a convivência não seja possível), o céu se abre novamente.

Deus pode fazer o impossível — abrir o ventre de uma mulher estéril, ou abrir caminhos onde tudo parecia estagnado. Mas muitas vezes, Ele espera corações curados e relações restauradas. A desonra bloqueia. A honra libera. E onde há honra, há herança, milagre e continuidade.

Deus é completo. Ontem mesmo uma irmã me disse que ouviu alguém falar que Deus criou a ciência para provar ao mundo que Ele existe. Eu disse a ela: “Não vou contestar a sua opinião, mas eu não vejo assim. Deus não precisa ser provado. Ou você crê ou não crê.” Paulo mesmo disse: “Deus se revela na criação.” Tem gente que olha pro sol e crê. Tem gente que viu Jesus em carne e não creu. Tem gente que vê milagre e crê; tem gente que crê sem ver milagre. Nós não vimos Jesus, mas cremos. Isso é fé. Claro que Deus pode usar a ciência. Às vezes a pessoa está buscando a verdade, estuda e encontra Deus. Mas a ciência é só uma ferramenta. Deus não depende dela. Ele é soberano.

O Propósito do Sofrimento e da Origem

Deus mostrou pra mim: se Ele criou o pai e a mãe de alguém, Ele não errou. Mesmo que seu pai tenha te abandonado, abusado, ou tenha sido um bêbado — o plano de Deus continua perfeito. A geografia, o momento, a genética — tudo tem um propósito. A glória de Deus se manifesta quando você, pela fé, perdoa, se reconcilia e ama quem não merece.

1. Deus não errou na sua origem

Você não nasceu por acaso. Mesmo que a sua história comece com dor, abandono, abuso ou negligência, Deus não se enganou com sua origem.

“Antes que te formasse no ventre, eu te conheci...” (Jeremias 1:5)

Deus não criou o pecado, mas permite certos cenários para formar o caráter, revelar a glória e manifestar o Seu poder. O ambiente pode ter sido quebrado — mas o propósito permanece intacto.

2. A dor da origem não invalida o destino

Muitos pensam: “se Deus fosse bom, eu teria nascido em uma família melhor”. Mas a Bíblia está cheia de pessoas que vieram de contextos difíceis e se tornaram instrumentos de redenção:

José foi traído por seus irmãos e vendido como escravo — mas Deus o usou para salvar nações.

Moisés foi separado de sua família ao nascer e criado longe dos pais — mas se tornou libertador.

Jesus nasceu em um estábulo, foi rejeitado pelos seus — e ainda assim, é o Salvador.

“O que para o homem é rejeição, para Deus é preparação.”

3. A glória de Deus se revela quando você ama quem não merece

O maior sinal de maturidade espiritual não é orar muito — é amar muito. A natureza de Cristo se manifesta quando você perdoa quem te feriu, honra quem te esqueceu, abençoa quem te amaldiçoou.

“Amai os vossos inimigos... para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:44-45)

A honra, nesses casos, não significa convivência cega ou tolerância ao mal, mas significa liberar perdão, não carregar ódio, orar por cura e deixar Deus ser juiz.

4. Quando você honra, mesmo em meio à dor, o ciclo é quebrado

Pais feridos muitas vezes geram filhos feridos. Mas filhos curados, curam gerações inteiras.

Quando você decide, pela fé, honrar seus pais — mesmo que isso pareça impossível — você interrompe ciclos de dor, rejeição e maldição familiar.

“A bênção do Senhor está sobre a geração dos justos.” (Salmo 112:2)

Você não está apenas curando sua alma. Você está curando o futuro.

5. O perdão libera a geografia do milagre

Lembra de Ana, a estéril? Ela só concebeu Samuel quando se libertou da amargura. O mesmo acontece com você: a libertação da alma precede o milagre do céu.

Você pode estar estagnado, ansioso, travado — não porque Deus te esqueceu, mas porque a mágoa ainda grita mais alto do que a fé.

“Se perdoardes... também vosso Pai vos perdoará.” (Mateus 6:14)

Deus não errou ao permitir sua história

Ele sabe de tudo. Conhece suas lágrimas, sua dor, sua revolta. Mas Ele também sabe que quando você decide amar pela fé, perdoar com maturidade, honrar com consciência — a glória dEle brilha.

E é nesse lugar que Deus transforma esterilidade em fertilidade, rejeição em destino, trauma em testemunho.

Honrar Pai e Mãe Liberta a Alma

Aquela angústia que eu carregava dentro de mim começou a se dissipar quando compreendi algo simples e profundo: um dos Dez Mandamentos é “Honra teu pai e tua mãe.”

Esse mandamento não é apenas uma ordem — ele vem com uma promessa.

Deus diz: “...para que se prolonguem os teus dias na terra.”

Percebi que não era apenas sobre obediência, mas sobre destino.

A desonra me prendia, mas a honra me libertou.

Quando honramos, mesmo sem que o outro mereça, Deus nos recompensa.

A cura começou quando decidi obedecer pela fé, não pela lógica.

E a paz que eu buscava, veio com a restauração dessa verdade.

Mesmo que sua história familiar tenha sido marcada por dor, Deus quer ser glorificado na restauração, no perdão, na reconciliação. Jesus, sendo inocente, foi crucificado. E é justamente quando estamos certos — e mesmo assim sofremos — que Deus é glorificado. Porque o mundo vê justiça própria, mas Deus vê amor sacrificial.

Amor Real e Justiça de Deus

Como você vai amar alguém desconhecido — ao ponto de levar uma cesta básica à casa dela e dizer “Jesus te ama” — se não ama seu pai e sua mãe incondicionalmente?

Jesus resumiu toda a lei em dois mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como Ele nos amou. E como Ele nos amou? Sendo inocente e morrendo por nós. Isso é ser cristão.

Relacionamentos Difíceis Aperfeiçoam: Eu sou uma pessoa introspectiva. Se dependesse de mim, eu só sairia para o mercado, academia ou visitar alguém uma vez ou outra. Mas não é assim que eu vivo. Eu sou aperfeiçoado pelas circunstâncias, pelas pessoas difíceis. Deus usa isso para nos moldar.

Rejeição, Inconsciente e Narcisismo

O problema da rejeição não estava nos outros — estava dentro de mim. Eu absorvia palavras e atitudes como se definissem meu valor. Mas o que as pessoas falam ou fazem não muda quem eu sou em Deus. A raiz da dor estava no meu inconsciente ferido, não na crítica em si. Muitas vezes, quem mais nos fere também carrega traumas não resolvidos. O narcisismo de alguns pais ou líderes, por exemplo, projeta culpa nos filhos. Mas a verdade é: minha identidade não depende da aprovação de ninguém.

Quando entendi isso, comecei a me libertar do ciclo de autodefesa e ansiedade. Perdoar não é aceitar o abuso, mas recusar ser moldado por ele. A cura começou quando deixei de reagir e passei a discernir.

Mesmo que seu pai seja narcisista, ou sua mãe, você não vai se realizar se os “riscar” da sua vida. Porque Deus mandou honrar pai e mãe. A psicanálise — que estou estudando, estou terminando minha pós-graduação agora — me ensinou muito sobre o inconsciente. Muitas reações vêm de lá. Mas nenhuma ciência anula a Palavra. Ela apenas confirma a necessidade do perdão, da reconciliação, da transformação interna.

Deus é honrado quando honramos aquilo que Ele disse que deve ser honrado.

Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda (Provérbios 3:9). Essa é uma forma de honrar a Deus. Ou seja, honra tem a ver com finanças. Aqui entra um princípio espiritual: dinheiro é espiritual. Por isso Jesus diz: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mateus 6:24). Ou você vai honrar a Deus com o seu dinheiro, ou vai honrar a mamon. Mamon é o espírito que controla o sistema do mundo, que cega o entendimento das pessoas e que escraviza a humanidade com o amor ao dinheiro.

A cura da sua alma começa por honrar a Deus com o seu dinheiro. É por isso que existem dízimos e ofertas — não porque Deus precise, mas porque você precisa ser livre. Então, a primeira coisa que a Bíblia diz para honrar é a Deus, com os teus bens e com as primícias da tua renda (Provérbios 3:9 novamente). 

1. Primícias revelam quem está em primeiro lugar

Dar a primícia é dizer com atitudes: “Antes de mim, antes das contas, antes das urgências, está Deus.”

É um ato concreto de amar a Deus acima do dinheiro, da segurança e do controle.

Quem entrega a primícia não apenas diz que ama a Deus — demonstra esse amor com fé.

2. Deus não precisa do valor — Ele olha o coração

Amar a Deus sobre todas as coisas é viver com o coração voltado para Ele.

Quando oferecemos a primícia, estamos dizendo: “Tudo que tenho vem de Ti — e é a Ti que eu devolvo primeiro.”

Esse gesto quebra a idolatria ao dinheiro e ajusta a ordem do coração.

3. A primícia consagra o restante

Provérbios 3:9-10 diz: “Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda;

e se encherão os teus celeiros...” Dar a primícia é uma forma de santificar o todo — colocar Deus no centro da administração, não só na adoração. Amar a Deus sobre todas as coisas inclui confiar, honrar e entregar. A primícia é um termômetro do coração: quem Deus é para mim vale mais do que aquilo que Ele me dá.

É amor em forma de entrega. É fé em forma de prioridade.

A segunda coisa que a Bíblia diz para honrar é pai e mãe: “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Êxodo 20:12). Por quê? Porque Deus se revela como Pai. E a figura paterna é a primeira referência de autoridade e proteção. Então, se você não sabe honrar pai e mãe, não vai conseguir honrar a Deus. Ah, mas meu pai me abandonou, minha mãe foi abusiva. Tudo bem. Honrar pai e mãe não é necessariamente conviver com eles. Tem pais que você precisa honrar à distância. Tem pai que é abusador, tóxico, violento, narcisista. Mas, ainda assim, você precisa honrá-lo. E como você honra? Reconhecendo que Deus o usou como canal para você nascer, perdoando e orando por ele.

Se estiver ao seu alcance, abençoe seu pai financeiramente. Muitas pessoas perguntam: “Pastor, eu devo dar dinheiro para meu pai, mesmo ele sendo tóxico?” Se você consegue fazer isso sem se prejudicar, faça. Isso é honra.

Pastor, eu preciso conviver com ele? Não.

Pastor, eu preciso perdoar ele? Sim.

Preciso honrar? Sim.

Preciso estar debaixo da manipulação dele? Não.

E aí entra um outro princípio espiritual: a libertação da dependência emocional. O que aprisiona você a pessoas tóxicas é a sua dependência emocional. E esse é o ponto de sustentação de pais narcisistas. Um pai narcisista se alimenta da dependência emocional do filho. Se o filho for curado da dependência emocional, o narcisista perde o poder.

Então, muitos de vocês estão aqui emocionalmente doentes, deprimidos, ansiosos, esgotados emocionalmente, por ignorar princípios básicos da Palavra. Por exemplo: honrar pai e mãe. Às vezes, a pessoa que você mais julga é a que você mais depende emocionalmente. E aí, como você depende, você não consegue se afastar. E como não consegue se afastar, você permanece sendo ferido.

A cura da sua alma é a cura da sua dependência emocional. E essa cura vai te liberar da prisão. Vai fazer você sair da cela emocional em que você está há anos. A cura da sua alma passa por honrar pessoas.

A Bíblia diz para honrar pai e mãe (Êxodo 20:12). E a Bíblia também diz que, nos últimos dias, os filhos seriam desobedientes aos pais, ingratos, desonrados, desleais: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis... os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes” (2 Timóteo 3:1-2). Então, a desonra é fruto da ingratidão. E quem é ingrato é desleal. Quem é desleal, está caminhando para a destruição. Pessoas ingratas são perigosas, porque elas só estão com você enquanto são beneficiadas. Se não receberem nada em troca, vão embora.

Então, tem gente que se afasta dos pais por princípio, e tem gente que se afasta por conveniência. Se você se afasta por princípio — por proteção emocional — amém. Agora, se você se afasta por conveniência, você é ingrato. E a ingratidão é o início da desgraça. A ingratidão abre portas para a desgraça. Por isso, você deve manter um coração grato, mesmo em relação a quem te feriu. Grato não pela dor, mas pela origem. Deus usou aquela pessoa como canal para sua existência. Isso é honra.

A Bíblia diz para honrar o profeta: “Quem recebe um profeta no caráter de profeta receberá o galardão de profeta” (Mateus 10:41).

A Bíblia diz para honrar o pastor e os presbíteros: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1 Timóteo 5:17).

Mas o que mais se vê hoje? Pessoas desonrando líderes espirituais. Eu não estou dizendo para você bajular ninguém. Nem para você idolatrar alguém. Estou dizendo para você ter um coração curado. Porque se você tiver um coração curado, você vai conseguir honrar as pessoas certas. Mas se você tem um coração ferido, você vai colocar todo mundo no mesmo pacote.

Tem gente que, porque viu um pastor corrupto, agora acha que todo pastor é corrupto. Porque viu um líder abusivo, agora acha que todo líder é abusivo. E esse tipo de mentalidade gera um espírito de desonra. E o espírito de desonra fecha portas. Porque o que você desonra se afasta de você. O que você honra é atraído.

Quer atrair a presença de Deus? Honre a presença de Deus.

Quer atrair prosperidade? Honre os princípios de prosperidade.

Quer atrair a bênção? Honre os canais da bênção.

Porque bênção não vem do nada — bênção vem através de pessoas. E se você não honra as pessoas, você perde o acesso à bênção.

Então, honre pai e mãe. Honre seu pastor. Honre seu discipulador. Honre seu líder. Honre pessoas que te abençoaram na caminhada. Honre pessoas que foram canais de Deus na sua vida.

Sabe aquele chefe que te deu uma oportunidade lá atrás? Honre.

Sabe aquele amigo que acreditou em você quando ninguém mais acreditava? Honre.

Sabe aquela tia que te acolheu quando seus pais te abandonaram? Honre.

Porque quem honra tem vida longa. “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Êxodo 20:12).

A honra prolonga a vida. A honra atrai bênção. A honra gera favor. A honra abre portas.

Mas tem gente que é tão amarga, tão doente emocionalmente, que não consegue ver ninguém prosperar. Basta ver um pastor comprando uma casa de dois milhões e já fica escandalizado. “Com dinheiro da igreja, né?” Como você sabe? Você conhece a vida do cara? Sabe dos investimentos dele? Sabe das ofertas que ele já fez? Você não sabe de nada. Você julga o que não conhece. E, ao fazer isso, você revela que não tem fé para prosperar. Porque quem não consegue celebrar a prosperidade dos outros não tem estrutura emocional para receber a sua.

Honrar a Deus com fé e generosidade

Como é que eu honro a Deus? Pela fé! Fé é certeza de que Ele existe e que Ele é galardoador daqueles que O buscam. Você honra a Deus quando acredita que Ele vai cuidar de você, mesmo que você dê R$ 1.000,00 e fique com R$ 100,00. Você honra a Deus quando dá com alegria dízimos e ofertas. Você honra a Deus quando confia que, mesmo devolvendo aquilo você deve devolver, você não vai passar fome, pelo contrário, vai ver multiplicação sobrenatural. 

Tem gente que não devolve o dízimo por medo. Então você teme mais a fome do que teme a Deus? Quando você teme mais a fome do que a Deus, a fome se torna o seu deus. Quando você teme mais a falta de dinheiro do que a Deus, o dinheiro é o seu deus. Quando você teme mais ficar sozinho do que a Deus, o relacionamento é o seu deus.

Honrar pai e mãe não é só obedecer. Honrar é valorizar, é reconhecer, é agradecer. A maior parte das pessoas que têm problemas emocionais é por conta da relação com os pais. Se você honra, você cura.

E às vezes os pais não foram bons. Então, honrar não é concordar, honrar não é acobertar, honrar não é repetir os erros deles. Honrar é entender que eles foram instrumentos de Deus para me colocar neste mundo. E se Deus me deu eles, então, por eles eu vou agradecer e, por fé, eu vou honrar.

A gente só cresce na vida depois que honra pai e mãe. Isso é mandamento com promessa. E talvez seus pais tenham feito muito mal a você. Mas se você não os perdoa, você continua conectado com a dor que eles geraram. Perdoar é cortar esse vínculo emocional com a dor.

Integridade cristã e julgamento de líderes

Quando a gente expõe líderes religiosos nas redes sociais, a gente está desonrando. E o diabo se alimenta disso. Ele sabe: se a gente desonra um líder religioso, o povo perde a fé, e ele (o diabo) destrói. A Bíblia diz: “Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu senhor ele está em pé ou cai.”

Não é você quem vai julgar um pastor. Não é você quem vai julgar um profeta. É assim que você julga o profeta: você olha para a profecia. Cumpriu? É de Deus. Não cumpriu? Caiu por terra. Agora, você não tem que ficar expondo, porque quando você expõe, você se torna juiz. E só há um juiz: Deus.

Gratidão, caráter e verdade

Julgar a profecia sem julgar o profeta é uma prática bíblica e saudável, que exige discernimento espiritual, maturidade emocional e temor de Deus. A Bíblia nos orienta a "julgar todas as coisas" (1 Tessalonicenses 5:21), mas também a "não julgar segundo a aparência" (João 7:24). Aqui está como fazer isso com equilíbrio:

1. Julgue a mensagem — não o mensageiro

Deus pode usar até uma jumenta para falar (Números 22), então o foco não deve ser quem falou, mas o que foi dito.

Analise se a profecia: Está de acordo com as Escrituras

Exalta a Cristo (Apocalipse 19:10)

Produz edificação, exortação e consolo (1 Coríntios 14:3)

2. Separe o dom da pessoa

Um profeta pode ser imaturo, ferido ou até carnal — e ainda assim entregar algo verdadeiro.

Por isso, não invalide a profecia por causa das falhas humanas do profeta.

Julgue o conteúdo à luz da Palavra, não com base em simpatia, fama ou aparência.

3. Rejeite o erro sem ferir a pessoa

Se a profecia for falsa, manipuladora ou antibíblica, você deve rejeitá-la com firmeza.

Mas isso não autoriza ataques, exposição pública ou desprezo ao profeta.

Lide com respeito, temor e, se necessário, correção em amor (Gálatas 6:1).

4. Busque confirmação em Deus, não em emoções

Muitas profecias mexem com expectativas e sentimentos — mas nem tudo que emociona vem de Deus.

Ore, espere, teste os frutos e observe se há paz no espírito.

Julgar a profecia é prudência espiritual. Julgar o profeta é presunção carnal.

Deus nos chamou para discernir, não para condenar. Quando há maturidade, conseguimos ouvir Deus mesmo por vasos imperfeitos, e honrar o que é verdadeiro sem idolatrar quem fala.

Honrar também é agradecer. A gente precisa aprender a agradecer. A gente precisa aprender a ver o que há de bom. A gente precisa aprender a perceber que as pessoas erram, sim, mas isso não anula tudo que elas fizeram de certo.

Não deixe a sua vida ser guiada pelo sensacionalismo gospel. Tem gente que vive só de escândalo. Vive só procurando pecado dos outros. Vive só se alimentando daquilo que há de errado. Isso contamina a alma, contamina a mente, contamina o espírito.

Deus está chamando a igreja para um lugar de honra. Honra é você ter caráter quando ninguém está olhando. Honra é você devolver o troco quando vier errado. Honra é você não aceitar propina. Honra é você dizer a verdade mesmo quando dói. Honra é você ser fiel mesmo quando não tem ninguém vendo. Honra é você pagar o que deve. Honra é você fazer o que é certo, ainda que te custe.

Uma história fictícia para refletir:

Enquanto Clara refletia sobre os eventos que haviam se desenrolado, ela começava a perceber algo mais profundo em sua jornada emocional. O fogo interno, que antes ela temia e tentava controlar, agora parecia estar queimando algo muito mais profundo dentro dela: sua necessidade de cura e redenção. Ela sabia que as palavras educadas, os sorrisos forçados e até as ações controladas eram apenas uma fachada para algo que, de fato, não estava resolvido. Algo que ela, em sua humanidade, não poderia solucionar sozinha.

Foi então que Clara se lembrou das palavras de Jesus: “Venham a mim, todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” (Mateus 11:28). Ela sempre ouvira essas palavras, mas naquele momento, elas tomaram um significado mais profundo. Ela estava sobrecarregada, não apenas com o peso das suas emoções não resolvidas, mas também com a pressão de tentar manter uma imagem perfeita e controlada para o mundo.

Ela sentiu a necessidade de um refúgio, de algo mais profundo do que suas tentativas de autossuficiência. O fogo, que até então ela acreditava ser um sinal de falha, de fraqueza, agora parecia uma oportunidade de ser transformada. As emoções e os sentimentos que ela havia reprimido por tanto tempo estavam agora sendo revelados, e, embora isso fosse doloroso, ela sabia que havia algo poderoso na vulnerabilidade.

Clara se retirou para um lugar quieto, longe das distrações. Sozinha com seus pensamentos e com Deus, ela começou a orar. Não com palavras polidas ou ensaiadas, mas com o coração aberto, pedindo ao Senhor para curar suas feridas e dar-lhe a força para enfrentar as emoções que a consumiam. Ela entregou a Deus sua frustração, sua raiva, seu medo e sua dor. Aquelas coisas que ela nunca havia se permitido sentir plenamente agora se derramavam diante de Cristo.

Foi nesse momento que Clara experimentou a graça que só Jesus pode oferecer. Em seu coração, ela sentiu uma paz que não podia ser explicada, uma paz que envolvia suas emoções tumultuadas e trazia a calma que ela tanto precisava. Cristo não a rejeitou por suas falhas e por sua humanidade; ao contrário, Ele a acolheu em meio ao seu fogo, oferecendo-lhe o perdão e a cura.

A transformação que Cristo trazia para sua vida não significava suprimir ou esconder suas emoções, mas, sim, permitir que Ele as tocasse, purificasse e as redirecionasse. O fogo, que antes representava uma ameaça, agora se tornava um processo de purificação. Clara entendeu que Cristo, por meio da cruz, não apenas havia levado seus pecados, mas também suas feridas emocionais, seus ressentimentos e sua carga pesada.

A partir de então, ela não buscaria mais esconder o que sentia com palavras educadas ou ações controladas. Em Cristo, ela poderia ser verdadeira e vulnerável, sem medo de julgamento, porque sabia que Ele a via como ela realmente era e, ainda assim, a amava incondicionalmente. Suas ações poderiam refletir a mudança interna que estava acontecendo. O fogo interior não seria mais um inimigo, mas um catalisador para a transformação que só Cristo pode oferecer.

E assim, Clara começou a entender o poder da regeneração em Cristo. Ele não só a ajudava a enfrentar o fogo da sua alma, mas também a transformava, refinando-a e permitindo que ela fosse mais autêntica, verdadeira e cheia de Sua paz. Em Cristo, o fogo que antes parecia destruidor agora era uma oportunidade de ser restaurada. Ela não precisava mais mascarar ou esconder nada. Ao contrário, ela podia entregar tudo a Ele, confiar em Sua graça e viver livre das amarras do controle e da autossuficiência.

A jornada de Clara estava apenas começando, mas ela já sabia que, com Cristo, ela não precisava mais temer o fogo. Ele estava com ela, guiando-a através das chamas e transformando-a de dentro para fora, para que, ao final, ela pudesse refletir Sua luz no mundo de uma forma verdadeira e livre.

Deus abençoe Sua vida

Leonardo Lima Ribeiro 

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