segunda-feira, 29 de abril de 2024

Depois de perdoar, vire a página!

(Trollstingen, Noruega)

Quero convidar meus irmãos a refletirem sobre algo que tem me incomodado profundamente, algo que tem despertado em mim tanto tristeza quanto indignação em diversos momentos. Trata-se do crescente debate em torno do abuso religioso e do narcisismo, temas que tenho abordado em alguns dos meus textos com o objetivo de esclarecer as pessoas. Embora eu e minha esposa já tenhamos passado por experiências negativas e dolorosas, enfrentando situações de abuso religioso em alguns ministérios que participamos e lidando com indivíduos de caráter duvidoso, é importante reconhecer que a nossa própria escolha e busca por determinados ambientes também desempenha um papel nesse cenário.

É fundamental compreender que, muitas vezes, somos atraídos para esses ambientes por nossos próprios desejos, ambições e carências, que nos levam a lugares onde as promessas são feitas com segundas intenções. Portanto, é preciso assumir nossa parcela de responsabilidade ao nos envolvermos nessas congregações ou denominações. Não podemos simplesmente culpar os líderes abusivos sem antes avaliar nossas próprias motivações e expectativas.

A verdade é que os abusadores muitas vezes se aproveitam das feridas emocionais e da carência das vítimas. Eles podem identificar e explorar as vulnerabilidades das pessoas para manipulá-las e controlá-las. Muitas vezes, as vítimas de abuso podem ter experimentado traumas emocionais ou dificuldades pessoais que as deixam mais suscetíveis à manipulação por parte dos abusadores.

Os abusadores podem oferecer falsas promessas de amor, segurança ou conforto para atrair suas vítimas e ganhar sua confiança. Eles podem usar táticas como elogios excessivos, presentes ou atenção intensa para criar um vínculo emocional com a vítima e mantê-la sob seu controle. Ao explorar as necessidades emocionais não atendidas das vítimas, os abusadores podem exercer poder e controle sobre elas de maneira insidiosa e prejudicial.

As feridas mais comuns em pessoas que sofrem de abusos espirituais podem incluir:

Trauma emocional: O abuso espiritual pode causar danos emocionais profundos, incluindo sentimentos de culpa, vergonha, medo, ansiedade e depressão.

Perda de confiança: As vítimas de abuso espiritual muitas vezes perdem a confiança em si mesmas, nos outros e até mesmo na espiritualidade ou na religião que foram usadas como meio de abuso.

Confusão espiritual: O abuso espiritual pode causar confusão sobre questões espirituais e religiosas, levando a uma crise de fé ou a uma sensação de desconexão com a espiritualidade.

Manipulação da identidade: Os abusadores podem manipular a identidade das vítimas, distorcendo sua percepção de si mesmas, de Deus e do mundo ao seu redor.

Isolamento social: Muitas vezes, as vítimas de abuso espiritual são isoladas de amigos, familiares e comunidades de apoio, o que pode aumentar seu senso de solidão e desamparo.

Danos à autoestima: O abuso espiritual pode minar a autoestima das vítimas, levando a sentimentos de desvalorização, inadequação e autocondenação.

Culpa excessiva: As vítimas muitas vezes carregam uma carga de culpa injustificada, atribuindo a si mesmas a responsabilidade pelo abuso que sofreram.

Medo do julgamento divino: O abuso espiritual pode levar as vítimas a temerem o julgamento divino ou acreditarem que estão sendo punidas por seus supostos pecados ou falhas espirituais.

Portanto, é importante que as pessoas estejam cientes dessas dinâmicas e reconheçam os sinais de manipulação e abuso emocional. Buscar apoio e ajuda de pessoas confiáveis ​​e buscar recursos profissionais pode ser crucial para romper o ciclo de abuso e iniciar o processo de cura emocional.

Tenho observado, com tristeza, que muitas pessoas que saem feridas desses ambientes têm uma tendência marcante de reagir pulando para o extremo oposto. Em primeiro lugar, elas não refletem sobre como chegaram a esses lugares. Nossos próprios desejos, ambições e expectativas muitas vezes nos conduzem a esses ambientes onde as promessas são feitas com segundas intenções. Por isso, é essencial reconhecermos nossa parte nesse processo, o que facilita nossa libertação e cura.

Entendo que seja normal passar por um período de desilusão e desânimo após vivenciar situações de abuso, mas é importante darmos a nós mesmos o tempo necessário para a cura e, em seguida, seguirmos adiante. No entanto, tenho percebido uma tendência preocupante de algumas pessoas se fixarem no papel de vítima, alimentando a mágoa e a indignação, ao invés de buscarem a verdadeira cura e libertação em Cristo.

Essa postura de vitimismo não nos leva a lugar algum. Não podemos delegar a responsabilidade pela nossa vida a terceiros, sejam eles líderes abusivos, instituições religiosas ou qualquer outra pessoa. É necessário assumirmos a responsabilidade pela nossa própria jornada espiritual, perdoarmos a nós mesmos e aos outros, e buscarmos a cura em Cristo.

Entendo a profundidade das feridas e das dores que podem ser causadas por experiências de abuso religioso, pois eu mesmo as vivenciei. No entanto, decidi que meu foco será sempre em Cristo. Não vou permitir que as dores do passado me impeçam de prosseguir com o chamado que Deus tem para a minha vida. Por isso, quando compartilho sobre essas questões, meu objetivo é sempre apontar para Cristo como fonte de cura, perdão e libertação.

Hoje tenho disponibilidade para ajudar pessoas que passaram por esse tipo de abuso, acompanhamos e apascentamos essas pessoas e as conduzimos a cura através do amor de Cristo. 

Perdão e cura em Cristo:

Mateus 6:14-15: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas."

1 João 1:9: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça."

Responsabilidade pessoal:

Gálatas 6:5: "Porque cada um levará a sua própria carga."

Tiago 1:14-15: "Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte."

Confiança em Deus:

Provérbios 3:5-6: "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas."

Filipenses 4:6-7: "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus."

Precisamos expressar nossos sentimentos, mas após um período de reflexão, é importante mudar o foco e voltar a abordar assuntos mais positivos, como a fé em Jesus e os planos que Deus tem para nós. Devemos fazer isso com sensibilidade, entendendo que algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis quando discutimos tópicos delicados. Reconheço as dores alheias, mas não devemos nos prender a elas de forma a alimentar um ciclo de vitimismo. Nosso país precisa evoluir em diversos aspectos, incluindo o espiritual, que naturalmente influencia os demais. 

No entanto, culpar terceiros não resolve os problemas. Eu também tive dificuldades em minha criação, problemas familiares e falta de referências positivas em casa. Entretanto, aprendi que é possível superar essas adversidades. Conectei-me com um pastor que inicialmente parecia disposto a ajudar, mas logo começou a criticar minha jornada espiritual. Ao perceber que não concordaria com tal postura, ele se afastou. É lamentável, mas é importante reconhecer que existem indivíduos mal-intencionados, muitos dos quais ocupam posições de liderança. 

Sendo assim, isso não invalida a importância da autoridade legítima. Por exemplo, a Bíblia exorta a honrar os presbíteros e compartilhar com aqueles que nos instruem. Precisamos discernir entre líderes verdadeiros e falsos, pois isso afeta nossa jornada espiritual. No entanto, alguns líderes afirmam que a liderança não é mais necessária, o que é preocupante, pois as pessoas ainda precisam de orientação. Muitas buscam consolo em líderes populares, mas isso não substitui uma liderança autêntica. Infelizmente, algumas pessoas continuam presas em ciclos de dor e ressentimento. 

Elas se juntam a grupos que compartilham suas mágoas, mas isso não promove cura. Ao contrário, perpetua o ciclo de sofrimento. Devemos aprender com nossas experiências, mas não permitir que elas nos definam. Pessoas maduras enfrentam seus desafios com coragem e perdão, em vez de alimentar mágoas. É importante reconhecer que o perdão não significa aceitar o comportamento abusivo, mas libertar-se do ciclo de ressentimento. Homens, em particular, precisam assumir responsabilidade por suas famílias e tomar decisões sábias. Ser passivo e procrastinar só agrava os problemas. Devemos aprender com nossos erros e buscar orientação para crescermos e nos tornarmos pessoas melhores.

2 Timóteo 2:15: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade."

Efésios 4:14-15: "Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo."

Hebreus 13:17: "Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil."

1 Pedro 5:2-3: "Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho."

Mateus 18:15: "Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão."

Colossenses 3:13: "Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também."

Eu sempre vou tentar trazer você para entender o seguinte: você tem que olhar para Jesus e procurar pessoas espiritualmente saudáveis para ter comunhão. As doentes, você ajuda a levantar; as saudáveis, você tem comunhão para crescer. Procure líderes. Conheça o caráter do seu pastor. Não ande com pessoas que não são idôneas. Não ande com líderes que não são idôneos, porque a sua figura - não estou falando de reputação, estou falando de postura, de princípios, de valores - vão ser os seus valores, seus princípios vão ser comparados com os líderes que você diz estar junto.

Por exemplo, se você diz que eu sou seu pastor e as pessoas verem que eu sou uma pessoa de mau caráter, que não sou idôneo nas coisas que eu faço, elas vão dizer que você também não é, porque se vocês sabem daquilo que eu sou, daquilo que eu vivo, do meu mau-caratismo, da minha má fé, da minha falta de idoneidade e mesmo assim você compactua com a comunhão e com a minha liderança, mesmo que você até seja contra o que eu faço, você vai ser mal vista. 

E aquilo que a Bíblia diz sobre amizade. Minha esposa sempre fala que 'as más companhias corrompem os bons costumes'. Então é difícil a gente falar isso porque minha intenção não é atacar ninguém, mas pessoas realmente de má índole estão liderando igrejas, estão cometendo imoralidades sexuais, enganos, abusos religiosos, abusos espirituais, todo tipo de situação, e elas estão recebendo apoio, elas estão recebendo recursos, as pessoas estão investindo financeiramente porque elas estão oferecendo aquilo que elas estão procurando. 

Muitas vezes, os discursos sobre dinheiro se apoiam na ganância das pessoas. Dizem: 'Olha, se você der, você vai ficar mais rico'. Então eu estou apelando para a ganância da pessoa e não para a generosidade. Na maioria das vezes, as pessoas são enganadas por aquilo que elas mesmas desejam. Você pode ver esse apelo nas pessoas que são golpistas. Já li há uns 20 anos atrás um livro que falava sobre a mentalidade dos maiores golpistas do mundo. Eles dizem que o mais fácil de ser enganado é o ganancioso, porque ele fica cego quando vê uma oportunidade de ganho. 

Então todas essas coisas, hoje em dia, nos livros que leio, na meditação da palavra, estamos sempre buscando sabedoria para viver uma vida saudável na mente, na alma, e na espiritualidade. Para que a gente passe 10, 15, 20 anos buscando viver uma vida idônea e não jogue tudo na lata do lixo por causa de companhias. Quantas vezes eu falei para amigos meus: 'Você está insistindo em andar com determinadas pessoas e está se tornando como elas, sem perceber'. Aquilo que para você antes era errado, você começa a achar certo porque está todos os dias naquele meio. Então você começa a achar que o adultério não é tão ruim assim. Em alguns casos, ele é justificável. 

Depois você começa a perceber que, olha, não é tão assim, isso também não é tão fora e aquilo de repente se torna cauterizado na sua mente por causa do grupo de pessoas que você anda e insiste que aquilo é uma amizade. Na verdade, pode ser só uma conveniência, e em algumas situações, ainda pode ser dó, né? Tem pessoas que falam assim: 'Ah, mas eu tenho pena de fulano, ele está tão sozinho, eu ando com ele, mas é por pena, por dó'. É um sentimento ruim, a pena e a dó estão prejudicando a sua vida e não estão resolvendo a vida do outro, que está de repente numa condição que ele insiste em estar, porque na maioria das vezes são pessoas obstinadas com suas convicções erradas. 

Não ignore os princípios que você aprendeu antes de ser ferido, por causa das feridas. Trate as suas feridas, cuide do seu coração. Se for necessário, procure um terapeuta, procure um pastor, procure uma congregação, congregue. Vá para lugares onde tem pessoas saudáveis. Na maioria das vezes, as congregações que não são saudáveis, elas não são porque a congregação tem o perfil do líder. Então, se você encontrar uma igreja que tem um líder saudável, mesmo que tenha pessoas difíceis ali, provavelmente, a grande chance daquele grupo de pessoas ali serem pessoas saudáveis, pessoas que não são de uma má índole, perversas, competitivas, invejosas, ciumentas, porque tem a ver com a liderança. Falo isso relativo a liderança, porque os novos na fé provavelmente vão ter todo tipo de deformidade. 

Se você, por exemplo, for ver as pessoas que se aproximam de mim para que sejam pastoreadas, vai perceber que elas podem ter diferenças de personalidade. Cada um vem de um contexto. Mas, no geral, apesar do foco da mensagem ser o evangelho, elas vão se aproximar por causa do perfil. Então, se você chegar numa igreja, conheça a liderança, vá lá, conheça o pastor, peça para ele fazer uma visita na sua casa, participe dos primeiros eventos, converse com eles, conte de onde você vem, por que você veio e você vai perceber ali, eu acho que todos nós temos condição de, depois de tudo que passamos, as experiências negativas e positivas, de não cair nos mesmos erros.

Provérbios 13:20: "Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal."

1 Coríntios 15:33: "Não se deixem enganar: 'As más companhias corrompem os bons costumes'."

Tiago 4:4: "Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade contra Deus? Se alguém quiser ser amigo do mundo, torna-se inimigo de Deus."

1 Coríntios 5:11: "Mas agora estou escrevendo a vocês que não devem associar-se com qualquer que, dizendo-se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem comer."

2 Timóteo 2:22: "Fuja das paixões da juventude e busque a justiça, a fé, o amor e a paz, juntamente com os que, de coração puro, invocam o Senhor."

2 Coríntios 6:14: "Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois que sociedade pode ter a justiça com a injustiça? Ou que comunhão a luz tem com as trevas?"

Diante do exposto, concluímos que a escolha das nossas companhias e líderes espirituais desempenha um papel fundamental em nossa jornada de fé e crescimento espiritual. A Palavra de Deus nos adverte sobre os perigos de nos associarmos com aqueles que não compartilham dos mesmos valores e princípios éticos, pois isso pode nos desviar do caminho da verdade e da santidade.

É essencial buscarmos comunhão com pessoas que nos ajudem a crescer espiritualmente, que nos inspirem a buscar a Deus de todo o coração e que nos desafiem a viver uma vida de retidão e santidade. Ao nos cercarmos de líderes e irmãos em Cristo que são íntegros e comprometidos com a Palavra de Deus, estaremos fortalecendo nossa fé e resistindo aos enganos e tentações que podem nos levar ao afastamento de Deus.

Portanto, que possamos ser sábios na escolha das nossas amizades e líderes espirituais, buscando sempre aqueles que nos conduzam mais perto de Deus e nos ajudem a viver uma vida que glorifique o Seu nome. Que possamos permanecer firmes na fé, vigilantes contra as artimanhas do inimigo, e comprometidos em seguir os ensinamentos de Jesus Cristo em todos os aspectos de nossas vidas.

Leonardo Lima Ribeiro 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Materiais de construção (Vida no Espírito) Pt 5

 

(Schweinfurt, Alemanha)

É necessário que coloquemos tudo aquilo que entendemos em fase de experimentação. Precisamos ter uma confirmação prática de tudo que acreditamos. Sem isso, poderemos passar a vida cauterizados em convicções sem frutos. Eu já tive muitas coisas, imóveis, já fiquei sem nada também. Já tive carros, e já fiquei a pé por bom tempo. Já viajei 13 países, fiquei 6 meses no Canadá e 6 meses na Nova Zelândia, 3 meses na Albânia e 3 meses na Alemanha. Tive uma casa de 4 suítes e já fiquei sem ter onde morar. Já tive muito dinheiro na conta e também fiquei sem nenhum centavo. Já li em torno de 500 livros, já cursei 4 faculdades, 2 terminadas e 2 cursadas até o ultimo ano. Temos que pautar nossas convicções em experiências reais de erros e acertos. Experimentar a graça que dizemos acreditar e entender. 

Falo isso, para entrar na insensatez de alguns, como Paulo teve que fazer com os coríntios:

Versículos 4-6 de Filipenses 3 (Nova Versão Internacional):

"4. Embora eu mesmo tenha motivos para confiar na carne. Se alguém pensa que tem motivos para confiar na carne, eu ainda mais:
5. circuncidado ao oitavo dia, sou do povo de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível."
Nesses versículos, Paulo lista suas credenciais judaicas tradicionais, incluindo sua linhagem da tribo de Benjamim. No entanto, ele rapidamente prossegue argumentando que todas essas coisas que ele considerava vantagens antes de encontrar Cristo são, na verdade, sem valor em comparação com o conhecimento de Cristo e a justiça que vem pela fé nele (Filipenses 3:7-9). 

É importante entendermos que as vantagens humanas na maioria das vezes são atrapalho para a operação de Deus nos crentes. Muitas das vezes o fato de confiarmos em nossas próprias capacidades é o que nos impede de experimentarmos a poderosa graça de Deus, e Paulo sabia bem disso. Ele experimentou todo tipo de situação em que suas credenciais humanas não mais podiam fazer nada por ele. Dessa forma, ele aprendeu a confiar completamente em Deus. 

Paulo aborda suas vantagens como homem em sua carta aos Coríntios, especialmente em 2 Coríntios 11:21-33. Nesse trecho, ele discute sua experiência e sofrimentos como um apóstolo de Cristo, contrastando sua própria conduta com a dos "super-apóstolos" que estavam influenciando a igreja de Corinto. Aqui está um resumo desses versículos:

Versículos 21-33 de 2 Coríntios 11 (Nova Versão Internacional):

"21. Faço um desabafo, como quem está envergonhado. Mas, se estão dispostos a me ouvir, vou me orgulhar um pouco. 22. Será que estou louco? É claro que não! Mas, mesmo que fosse, vocês me suportariam. Eu mereço respeito? Tenho trabalhado muito mais do que eles. Tenho sido encarcerado mais vezes, fui açoitado mais severamente e exposto à morte repetidas vezes.
Cinco vezes recebi dos judeus quarenta açoites menos um.

Três vezes fui golpeado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia nas águas. Tenho sido constantemente viajando, enfrentei perigos dos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos dos falsos irmãos.

Tenho trabalhado arduamente e me esforçado demais. Muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei sem comida. Passei frio e nudez. Além disso, diariamente sinto a pressão da preocupação com todas as igrejas. Quem está fraco, que eu também não me sinta fraco? Quem está em perigo, que eu também não me sinta em perigo?

Se eu tenho que me orgulhar, quero me orgulhar do que mostra a minha fraqueza. O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é para sempre digno de louvor, sabe que não estou mentindo. Em Damasco, o governador sob o rei Aretas guardava a cidade dos damascenos para prender-me. Mas fui baixado num cesto por uma janela na muralha e escapei das mãos dele."

Nesses versículos, Paulo lista uma série de dificuldades e sofrimentos que enfrentou em seu serviço a Cristo, destacando que essas experiências demonstram sua autenticidade como apóstolo, em contraste com aqueles que se orgulham em suas próprias realizações. Ele argumenta que suas provações e fraquezas são evidências de seu verdadeiro chamado e serviço a Cristo, em vez de serem motivos de vergonha ou inferioridade.

Versículos 10-14 de Filipenses 4 (Nova Versão Internacional):

"10. Alegro-me grandemente no Senhor porque, finalmente, vocês renovaram o seu interesse por mim. De fato, vocês sempre tiveram esse interesse, mas não tinham oportunidade para demonstrá-lo.
11. Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece. Contudo, foi bom de sua parte participarem na minha aflição."

Paulo está escrevendo esta carta aos Filipenses enquanto estava na prisão. Ele expressa sua gratidão pela ajuda financeira que eles enviaram, mas também enfatiza que aprendeu a viver contente em qualquer situação, seja na fartura ou na escassez, porque ele confia no poder de Cristo que o fortalece. Essa confiança na força de Deus permite a Paulo enfrentar as dificuldades com coragem e esperança, independente das circunstâncias.

Convicções teológicas baseadas simplesmente em academicismo de nada podem aperfeiçoar a vida do crente. A experiência fundamentada na verdade é o que produz o fruto do espírito. Todas as cartas de Paulo demonstram essa afirmação. Infelizmente existem todos tipos de teologias teóricas, incapazes de produzir frutos na vida das pessoas que se apoiam nelas. Vemos isso pelo tipo de vida que as pessoas vivem quando colocam suas convicções em julgamentos vazios e especulações interpretativas, quando não apenas repetidores de escritos antigos. 

Quantas vezes vejo pessoas lutando arduamente para provar suas convicções teológicas sem frutos nenhum em suas vidas, nem em suas congregações. Exatamente por isso que não vale a pena você discutir ou debater com pessoas que não apresentam frutos de suas convicções acadêmicas. 

Versículos 1-5 de 1 Coríntios 2 (Nova Versão Internacional):

"1. Quando fui até vocês, irmãos, anunciando-lhes o testemunho de Deus, não fui com discurso eloquente ou com muita sabedoria,
2. pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado.

E foi com fraqueza, temor e com muito tremor que estive entre vocês.
Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus."

Nesses versículos, Paulo reconhece que não utilizou palavras de sabedoria humana ou retórica persuasiva ao pregar o evangelho em Corinto. Em vez disso, ele se concentrou no testemunho de Deus, centrado em Jesus Cristo crucificado. Paulo reconhece sua própria fraqueza e dependência de Deus ao ministrar, buscando que a fé dos coríntios fosse firmada no poder de Deus, não na sabedoria humana.

O ideal é que não sejamos tão precipitados em nossas convicções. Guarde essa afirmação de Paulo: "Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Precisamos ler esse versículo todos os dias. Lembrar que a graça opera na nossa fraqueza. 

Algumas pessoas que damos créditos espirituais, podem em alguns casos ser pessoas bem sucedidas na terra, o fato é que nossos critérios estão na maioria das vezes focados em sucesso natural, e por isso não discernimos os fundamentos de uma realidade no espírito, por causa disso podemos errar em nossa construção. 

Irmãos, o mundo é o oposto do Reino de Deus, os fundamentos e as realidades são completamente diferentes, e não temos como mesclar essas realidades para adequar as nossas projeções de vitória terrena. É justamente nesse aspecto que muitos dos nossos irmãos vocacionados tem se desviado do caminho perfeito, Jesus, a vida no Espírito. 

Há vários versículos na Bíblia que abordam a diferença entre o Reino de Deus e as coisas deste mundo. Aqui estão alguns exemplos:

João 18:36 (Nova Versão Internacional):
"Jesus respondeu: 'O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, os meus servos lutariam para que eu não fosse entregue aos líderes judeus. Mas agora o meu Reino não é daqui.'"

Romanos 14:17 (Nova Versão Internacional):
"Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo."

Mateus 6:19-21 (Nova Versão Internacional):
"Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração."

Colossenses 3:1-2 (Nova Versão Internacional):
"Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas."

Em algumas situações podemos nos deparar com pessoas que sabem tudo sobre a escrita da bíblia e o contexto histórico do que está escrito, conceitos, origem das palavras e conceitos etimológicos, porém, nada sabem sobre uma relação com Deus, através do Espírito e a experiência real com a sua Graça, uma real consciência de paternidade de Deus. 

Respeitamos essas pessoas como irmãos em Cristo, mas, algumas delas não estão aptas para nos oferecer uma experiência de vida com Deus, mas, apenas conhecimento especulativo e teórico sobre a bíblia. Andar no Espírito envolve uma realidade completamente voltada para a consciência de ressureição. 

Há versículos na Bíblia que destacam a ideia de que, espiritualmente, aqueles que creem em Cristo já participam de sua ressurreição. Aqui estão alguns exemplos:

Efésios 2:4-6 (Nova Versão Internacional):
"Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, — e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus."

Colossenses 3:1-4 (Nova Versão Internacional):
"Portanto, se vocês foram ressuscitados com Cristo, busquem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória."
Esses versículos destacam a realidade espiritual da ressurreição para aqueles que creem em Cristo. Eles indicam que, espiritualmente, os crentes já participam da ressurreição de Cristo e compartilham de sua vida e glória espiritual.

É necessário essa consciência renovada de um novo nascimento. Posso te dizer, que hoje, entendo que o que não vem do Espírito não tem proveito em nossa vida espiritual. Na eternidade, o que fizemos aqui que não foi por fé, não terá proveito nenhum como realidade de galardão. 

O galardão é o quanto de Cristo foi construído em nós. Ouro, prata e pedras preciosas também são usados em ilustrações espirituais na Bíblia, referentes a um contexto de construção. 

Por exemplo, em 1 Coríntios 3:12, Paulo compara as obras dos crentes à construção de uma casa, onde algumas obras são como ouro, prata e pedras preciosas, enquanto outras são como madeira, feno e palha. Isso ilustra a ideia de que algumas ações são duradouras e valiosas aos olhos de Deus, enquanto outras são transitórias.

Esses materiais são frequentemente usados na Bíblia para representar a riqueza material, a glória do Templo e, metaforicamente, a excelência e a durabilidade das obras espirituais. Isso nos dá clareza que que obras transitórias são vãs, e portanto, grande perda de tempo para quem espera um dia encontrar-se com Jesus em Glória. 

(Contnua...)

Deus abençoe vocês 

Leonardo Lima Ribeiro 


Materiais de construção (Vida no Espírito) Pt4

 

(Tirana, Albânia)

Uma das garantias que o Evangelho te dá na sabedoria do administrar dinheiro e riquezas é a paz, aquela contentamento que faz com que em qualquer circunstância você se sinta completo, mesmo que não tenha quantidades absurdas de dinheiro em suas mãos. 

Filipenses 4:11-12 (NVI): "Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter em abundância. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade."

Hebreus 13:5 (NVI): "Mantenham-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: 'Nunca o deixarei, nunca o abandonarei'."

1 Timóteo 6:6-8 (NVI): "De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos."

Provérbios 30:8-9 (NVI): "Mantenha longe de mim a falsidade e a mentira; não me dê pobreza nem riqueza, mas dê-me o pão de cada dia. De outra forma, eu poderia ficar satisfeito e negar-te, e dizer: ‘Quem é o Senhor?’ Ou poderia ficar pobre e roubar, e assim desonrar o nome do meu Deus."

A pessoa que é contente, encontrou um lugar que poucos encontraram, e esse contentamento só pode ser encontrado no âmbito do espírito. Contentamento não é conformismo. Existe uma diferença explicita entre esses dois conceitos. 

O contentamento e o conformismo são duas atitudes diferentes em relação à vida e às circunstâncias.

O contentamento refere-se a uma sensação de satisfação interior e aceitação com o que se tem ou com as situações em que se encontra. É uma atitude positiva de gratidão e apreciação pelo presente, independentemente das circunstâncias. O contentamento não implica necessariamente em estagnação ou falta de aspirações, mas sim em encontrar alegria e paz interior mesmo diante das dificuldades.

Por outro lado, o conformismo é uma atitude passiva de aceitação das circunstâncias sem questionamento ou esforço para mudá-las. O conformismo muitas vezes está associado a uma resignação resignada, onde a pessoa aceita as coisas como são sem buscar maneiras de melhorar sua situação ou ambiente. Pode ser motivado pelo medo da mudança, pela falta de confiança em si mesmo ou pela crença de que a mudança é impossível.

Em resumo, o contentamento envolve uma atitude positiva de aceitação e gratidão pelo presente, enquanto o conformismo implica em uma aceitação passiva das circunstâncias sem esforço para mudá-las.

"Deixo-vos a paz; A Minha paz vos dou. Eu não te dou como o mundo dá. Não fiqueis ansiosos nem consternados." - João 14:27 (NVI)

"O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, mansidão, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio." - Gálatas 5:22-23 (NVI)

"O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor abençoa o seu povo com paz." - Salmos 29:11 (NVI)

"A paz de Deus, que ultrapassa todo o entendimento, guardará os vossos corações e mentes em Cristo Jesus." - Filipenses 4:7 (NVI)

"Bem-aventurados os pacificadores (os que carregam a paz), porque serão chamados filhos de Deus." - Mateus 5:9 (NVI)

Contentamento está no espírito, enquanto o conformismo é uma deformidade da alma, ligado a passividade e omissão. 

As pessoas que tem problemas com dinheiro expresso em dois extremos, vive uma espécie de idolatria. Aquela que é apaixonada pelo dinheiro tem por ídolo as riquezas e o poder que elas oferecem de ostentar uma posição, enquanto aquela pessoa que tem aversão a essa condição tem por ídolo a pobreza, e na maioria das vezes, lutam para não ter nada, recusando toda espécie de melhoria ou beneficio. Pode haver uma mistura com a obra da carne chamada avareza, então essa pessoa vai acumular muito, sem usufruir de nada. Ambas situações são deformidades da alma. 

Então existem adoradores da riqueza, e adoradores da pobreza, ambos vivem uma idolatria, e precisam da paz de Jesus para serem livres.

O Equilíbrio está no contentamento junto com a expressão de generosidade, e estas características residem na expressão do fruto do espírito. 

"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal, que alguns se desviaram da fé e foram atormentados com muitas dores." - 1 Timóteo 6:10 (NVI)

"Ninguém pode servir a dois senhores, pois desprezará um e amará o outro, ou amará muito um e desprezará o outro. Você não pode servir a Deus e a Mamom ao mesmo tempo." - Mateus 6:24 (NVI)

"Não cobiça a casa do seu vizinho. Não cobiçais a sua mulher, nem os seus servos, nem as suas servas, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem nada do que lhe pertença." - Êxodo 20:17 (NVI)

"Cuidado com toda cobiça; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui." - Lucas 12:15 (NVI)

"De que adianta um homem ganhar o mundo inteiro se ele perde sua própria alma?" - Marcos 8:36 (NVI)

Você vai compreender essas verdades no seu espírito como? Meditar na palavra!

Meditar na Palavra, especialmente no contexto cristão, envolve mais do que simplesmente ler as Escrituras superficialmente. Aqui estão algumas dimensões importantes da meditação sobre a Palavra:

Reflexão Profunda: Meditar na Palavra envolve reservar um tempo para refletir profundamente sobre o que você está lendo. Não se trata apenas de passar rapidamente pelas palavras, mas de parar e considerar seu significado em profundidade.

Buscando o entendimento: A meditação sobre a Palavra também envolve buscar uma compreensão mais profunda dos princípios e ensinamentos nela contidos. Isso pode envolver fazer perguntas, procurar o contexto histórico e cultural e considerar como as passagens se aplicam à vida cotidiana.

Aplicação Pessoal: A meditação sobre a Palavra não é apenas sobre adquirir conhecimento intelectual, mas sobre aplicar as verdades das Escrituras à vida de alguém. Isso envolve considerar como você pode viver de acordo com o que está lendo e procurar maneiras práticas de aplicar esses princípios na vida cotidiana.

Oração e Comunhão: A meditação da Palavra também pode envolver oração e comunhão com Deus. Ao meditar nas Escrituras, a pessoa pode falar com Deus sobre o que está lendo, buscar Sua orientação e direção e abrir seu coração para receber o ensino e a correção do Espírito Santo.

Meditar na Palavra envolve engajamento, reflexão, busca de compreensão, aplicação prática e comunhão com Deus. É um processo que pode te enriquecer espiritualmente e transformar sua vida e também daqueles que se dedicarem com sinceridade e devoção.

Josué 1:8 (NVI): "Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido."

Salmos 1:2 (NVI): "Mas o seu prazer está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite."

Salmos 119:15 (NVI): "Medito em seus preceitos e contemplo os seus caminhos."

Salmos 119:97 (NVI): "Quanto amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro."

Salmos 119:99 (NVI): "Tenho mais discernimento que todos os meus mestres, pois medito nos teus testemunhos."

Salmos 119:148 (NVI): "Os meus olhos antecipam as vigílias da noite, para meditar em tua palavra."

As pessoas que tiram conclusões precipitadas sobre assuntos que desconhecem, acabam tendo muito mais constrangimentos e barreiras em suas vidas devido aos constantes equívocos em suas opiniões, muitas vezes carregadas de pré-conceitos sobre tudo. 

Aprendi que na maioria das vezes as coisas não são como imaginamos que elas sejam em nossa pasta de opiniões pré-produzidas. A sabedoria que adquirimos ao longo da vida nos ensinar a ser prudentes no quesito produção de juízos sobre fatos e qualquer tipo de assuntos. 

Afirmações muito convictas sem profundidade de conhecimento no assunto debatido demonstra somente a parte mais frágil do ser humano sem Deus, a tolice. 

23 Para o tolo, o cometer desordem é divertimento; mas para o homem entendido é o ter sabedoria. (Provérbios 10:23)

É triste que muitas vezes tenhamos que lidar com pessoas tão antigas na fé, mas tão sem sabedoria de Deus, e é cada vez mais escasso a disponibilidade de pessoas sábias para conduzir o povo de Deus. 

Provérbios 12:15 (NVI): "O caminho do tolo parece-lhe justo, mas o sábio ouve os conselhos."

Provérbios 15:2 (NVI): "A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos tolos derrama a insensatez."

Provérbios 18:2 (NVI): "O tolo não tem prazer no entendimento, mas sim em expor os seus pensamentos."

Provérbios 29:9 (NVI): "Se um sábio discute com um tolo, pode irritar-se ou rir-se, mas não terá paz."

Quanto mais formos orgulhosos, mais tempo permaneceremos cheios de barreiras de raciocínios humanos, sofismas e paradigmas que nos impedem de sermos realmente frutíferos no espírito. E ainda pior é o engano que muitas vezes entramos de acreditar que o sucesso terreno é sinal de frutificação espiritual. 

Aliás, esse é um dos maiores enganos da igreja livre, acreditar que a quantificação reflete a qualificação. Mega igrejas estão realmente acreditado que o seu tamanho reflete o seu fruto, e justamente por isso que os parâmetros de realidade do Reino de Deus estão ficando confusos na cabeça dos cristãos. 

Veja só o que Salomão nos diz:

Provérbios 22:28 (NVI): "Não removas as balizas antigas que teus pais fixaram."

Este versículo adverte contra a remoção das balizas antigas, que são os limites ou princípios estabelecidos pelos antepassados. Isso pode ser interpretado como um alerta para não abandonar tradições valiosas ou princípios morais fundamentais que foram estabelecidos anteriormente.

Em nosso caso, se refere a doutrina dos Apóstolos, a única que devemos seguir, e Paulo nos diz que doutrina é essa:


A "doutrina dos apóstolos" refere-se ao ensinamento central e às crenças fundamentais proclamadas pelos apóstolos de Jesus Cristo no início da igreja. Essa doutrina era baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo e foi transmitida pelos apóstolos aos primeiros seguidores de Jesus.

Os principais elementos da doutrina dos apóstolos incluem:

Jesus Cristo como Filho de Deus: Os apóstolos ensinaram que Jesus Cristo era o Filho de Deus, o Messias prometido e o Salvador da humanidade.

Morte e Ressurreição de Jesus: Eles proclamaram a morte sacrificial de Jesus na cruz como expiação pelos pecados da humanidade e sua ressurreição como prova de sua divindade e poder sobre a morte.

Arrependimento e Perdão dos Pecados: Os apóstolos ensinaram que o arrependimento dos pecados e a fé em Jesus Cristo eram essenciais para receber o perdão e a salvação.

Batismo: Eles enfatizaram a importância do batismo como um ato de obediência e identificação com a morte e ressurreição de Jesus Cristo.

O Espírito Santo: Os apóstolos ensinaram sobre o Espírito Santo como o Consolador e Capacitador enviado por Jesus para habitar nos crentes e capacitá-los para viver uma vida santa e servir a Deus.

A Segunda Vinda de Cristo: Eles ensinaram sobre a segunda vinda de Cristo, quando ele retornaria para julgar o mundo e estabelecer seu reino eterno.

Esses são alguns dos principais aspectos da doutrina dos apóstolos, conforme registrados principalmente nos escritos do Novo Testamento da Bíblia.

Irmãos, é tempo de amadurecer, e espero que sejamos juntos operantes nessa missão de crescer, mas no espírito e sermos frutíferos na edificação do corpo. 

As precipitações e manutenção de convicções infrutíferas revelam uma fase de imaturidade na vida do crente, muitos passam por ela, amadurecem e seguem para a plenitude de suas vocações, outros permanecem mais tempo, já uma outra parcela chega ao fim da sua vida na terra sem amadurecer, infelizmente essa é uma realidade. 

(continua...) 

Deus abençoe vocês. 

Leonardo Lima Ribeiro 

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Materiais de construção (Vida no Espírito) Pt3

 

(Durban-Corbières, França)

Então, sobre o ponto de não existirem mais apóstolos segundo o entendimento cessacionista, um dos argumentos é de que para ser um Apóstolo de Jesus teriam que ter andando com Jesus, e isso é bem plausível, porém, tenho algumas perguntas a lhe fazer, E Paulo, andou com Jesus? Alguns me respondem, mas, Paulo teve uma visão celestial, Jesus apareceu para ele. Certo, tenho outra pergunta. 

Não poderia Jesus aparecer para outros homens ao longo da história e fazê-los apóstolos? com a função de formar os cinco ministérios para edificação do corpo? Seja sua resposta sim, ou não, ela precisa estar aberta a considerações e principalmente ao ensino do Espírito Santo. 

"Não sou eu apóstolo? Não sou livre? Não vi eu a Jesus Cristo Senhor nosso? Não sois vós a minha obra no Senhor?" (1 Coríntios 9:1)

Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor. (1 Coríntios 9:2)

O Evangelho se revela em vivê-lo, o apostolado é uma função do corpo de Cristo, como todas as outras.

4 Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
5 Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6 De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7 Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8 Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
9 O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
(Romanos 12:4-10)

A igreja só fica completa em suas funções de amadurecimento com a operação em unidade dos cinco ministérios. Alguns acreditam que a igreja pode alcançar sua plenitude somente com a função pastoral. Mas, alguém pode dizer: Ah! eu não concordo!!!

É importante que possamos entender algo, e avancemos para outro estágio da maturidade, e graças a Deus eu passei para outro nível o dia que entendi. Deus te deu liberdade de crer naquilo que você quiser, consequentemente, concordar ou discordar é um direito que todos temos. Então, se você discorda, apenas respeito o seu direito, que se encerra na minha concordância e decisão por viver como eu acredito, porque no fim, o que nos justifica em relação ao crer corretamente, é o fruto produzido

17 Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia,
20 Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
21 Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23 Contra estas coisas não há lei.
24 E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
26 Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.
(Gálatas 5:17-26)

Eu caminhei um tempo da minha jornada com pessoas que afirmavam diariamente que andavam no espírito, porém, o que se via em suas atitudes relativas aos irmãos era, competição, inveja, ciúme, cobiça, adultério, imoralidade sexual, ou seja, o que realmente diziam se contradizia em suas atitudes, pois, o fruto revela a árvore. 

Portanto, aprenda algo, não se baseie pelo discurso ou pela doutrina bem exposta na boca das pessoas e principalmente na sua, mas, observe o fruto, especialmente o que é produzido na sua vida, observe se é o fruto do espírito, ou se são obras da carne, o discurso não valida nada. 

3 Porque a tua benignidade está diante dos meus olhos; e tenho andado na tua verdade.
4 Não me tenho assentado com homens vãos, nem converso com os homens dissimulados.
5 Tenho odiado a congregação de malfeitores; nem me ajunto com os ímpios.
6 Lavo as minhas mãos na inocência; e assim andarei, Senhor, ao redor do teu altar.
7 Para publicar com voz de louvor, e contar todas as tuas maravilhas.
8 Senhor, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória.
9 Não apanhes a minha alma com os pecadores, nem a minha vida com os homens sanguinolentos,
10 Em cujas mãos há malefício, e cuja mão direita está cheia de subornos.
11 Mas eu ando na minha sinceridade; livra-me e tem piedade de mim.
12 O meu pé está posto em caminho plano; nas congregações louvarei ao Senhor.
(Salmos 26:3-12)

A sabedoria está em como distribui suas palavras e conhecimentos. Não refute o tolo, nem despreze aquele que tem sede de aprender a verdade. 

8 Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.
9 Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs.
10 Ao homem hereje, depois de uma e outra admoestação, evita-o,
11 Sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado.
(Tito 3:8-11)

A fé se prova na experiência e no fruto

17 Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
18 Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
19 Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem.
20 Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?
21 Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?
22 Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.
23 E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.
24 Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé. (Tiago 2:17-24)

Nós podemos achar o que quisermos na Bíblia, e encontrar miscelânias de versículos para justificar nossa compreensão mental da palavra. Quando eu não era cristão, e praticava outras religiões de caráter espiritualista, em sua maioria também tinham a bíblia por livro sagrado, e apresentavam em suas explicações doutrinarias suas interpretações para os textos que contrariavam completamente a interpretação "evangélica" dos protestantes. 

Me diga, afinal, quem está certo? Quem pode nos responder, a partir da revelação absoluta da palavra? 

26 Estas coisas vos escrevi acerca dos que vos enganam.
27 E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis.
28 E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos confundidos por ele na sua vinda.
29 Se sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.
(1João 26-29)

16 O mesmo Espírito TESTIFICA com o NOSSO ESPIRITO que somos filhos de Deus. (Romanos8:16)

Todos que justificam a si mesmos, conseguem usar a bíblia para explicar suas doutrinas criadas a partir de suas mentes. Porém, no Evangelho de Jesus Cristo, é o Espirito Santo quem expõe e confirma toda a verdade, porque Ele sempre vai apontar Jesus, que é a palavra e a verdade. 

Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. (João 16:13)

Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós. (Mateus 10:20)

(Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade); (Efésios 5:9)

Se você deixar o Espírito Santo que é o autor da Bíblia ensiná-la a você, terá o entendimento correto sobre a verdade. Ele irá falar ao seu coração. 

16 Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos; acrescenta:
17 E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades. (Hebreus 10:16-17)

Quando você se rende ao Espírito, você não precisa debater com sua alma, nem com as pessoas, você se dedica somente a vivenciar na prática aquilo que Ele te revelou em seu espírito que vem em entendimento para sua mente, manifestando a mente de Cristo em você. 

9 Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.
10 Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
11 Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
12 Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
13 As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.
14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
16 Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.(1Coríntios 2:9-16)

O fruto quando manifesto em nossa vida, transforma não só nosso comportamento, mas, também toda a realidade ao nosso redor. Portanto, é valido aquele dizer secular: Contra fatos não há argumentos!

(Continua...) 

Deus vos abençoe

Leonardo Lima Ribeiro 






terça-feira, 16 de abril de 2024

Materiais de construção (Vida no Espírito) Pt2

 

(Grua, Noruega)

Parece simples para alguns, talvez para outros mais complicado, mas, é assim que é. Baseado nisso é que eu indico a você a leitura do livro "A batalha final, do autor Rick Joyner. É um bom livro para entender com clareza sobre o que construímos através da fé na nossa jornada aqui na terra. 

Deus fala assim com Paulo:

9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. (2Corintíos 12:9)

Minha sugestão é que você comece a ler a bíblia de forma sistemática, varias vezes o mesmo capítulo, varias vezes o versículo chave da sua meditação, orando no Espírito, e algumas vezes jejuando durante esse período de meditação específica. Nós precisamos de uma revelação clara em nossa mente vinda do nosso espírito sobre as verdade de Deus, para que possamos desfrutar delas como uma realidade em nossa consciência. 

Precisamos ultrapassar a barreira da mente afim de compreender a palavra como ela realmente é, espiritual. 

"...A minha graça te basta, porque o meu poder..." Veja: Deus está falando com ele, O MEU PODER... se aperfeiçoa na fraqueza." Quantas vezes pensamos que Deus vai produzir algo através do que temos de "bom", nossas habilidades e intelectualidade? A mente muitas vezes pensa assim: Sou muito bom em tudo que faço, sou inteligente e me viro para fazer qualquer coisa. Isso é bem interessante para desenvolver uma vida bem sucedida na sua jornada terrena, e não existe nenhum problema nisso, porém, as habilidades humanas frequentemente atrapalham a obra de Deus em nós e através de nós, porque nós costumamos sempre ter uma ideai "melhor" do que a de Deus. 

10 Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte. 11 Fui néscio em gloriar-me; vós me constrangestes. Eu devia ter sido louvado por vós, visto que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos, ainda que nada sou. (2Coríntios 12:10-11)

Geralmente criamos nossos "eficientes" meios de fazer as coisas, e eles realmente funcionam, mas se a fonte desse conhecimento, a fonte da visão e compreensão não for o espírito, estaremos ainda atuando na natureza da queda, na capacidade caída do homem, e não no poder da redenção. Isso é algo que faz toda diferença. 

 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. 
(Romanos 12:1-2)

Muitos tem falado sobre igreja orgânica, tenho ouvido muito sobre isso nos últimos anos, mas quando chegamos perto para ver, notamos que poucos que estão falando sobre isso realmente entenderam o que seria uma igreja orgânica. 

A igreja orgânica é manifesta e não produzida. Podemos pensar em um exemplo de como seria isso. Paulo ficou preso, e ele não tinha o que fazer e nem como fazer nada na cadeia, em algumas circunstâncias Paulo ficou preso sendo torturado, amarrado em lugares úmidos, odores terríveis, e mesmo assim, havia tanta vida de Deus nele, se manifestando através de seu espírito que as pessoas que entravam naquele ambiente, geralmente guardas romanos, se convertiam. 

21 Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam.
22 Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da CASA DE CÉZAR. (soldados romanos que se converteram através de Paulo) 23 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém. (Filipenses 2:21-23)

As pessoas que entravam na cela de Paulo se convertiam com a manifestação e presença de vida de Deus (Zoe) em Paulo. Mesmo assim, ainda é difícil falar sobre isso porque uma parcela dos cristãos não percebe esses pontos, por estarem ainda aprisionados na mentalidade humana, e nos raciocínios da intelectualidade. 

Um outro fator que gera polêmica entre os cristãos é a fé edificada produzida pela oração no espírito. Você pode ter vida de Deus sem orar no Espírito? claro que sim, porém, sempre uso um exemplo para incentivar as pessoas a orarem. Se você pode ter um motor 2.0 16 válvulas turbo, porque iria preferir um 1.0 4 válvulas? entre um Uno e uma Ferrari qual iria escolher para chegar mais rápido? Se você pode usar uma ferramenta de aperfeiçoamento da sua vida espiritual, por que abrir mão dela? Sabemos que é por incredulidade, mas, a humildade em querer receber a verdade pode abrir o coração para um crescimento exponencial. 

"20 Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, 21 Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna." (Judas 1:20-21)

Algumas pessoas se ofendem quando falamos de oração no espírito pelo fato de não terem ainda manifestado esse dom, e sentem-se como se eu estivesse dizendo que elas não são "crentes" suficientes para orar. Isso não é verdade, não é isso que quero dizer, a minha intenção é única e exclusivamente ajudá-los a aperfeiçoar o amor de Cristo através da fé, essa que pode ser edificada através dessa prática. 

Veja o que significa o verbo edificar:

"Edificar" significa construir, erigir ou edificar algo, geralmente referindo-se à construção física de estruturas como casas, edifícios, monumentos, entre outros. Também pode ser usado de forma mais figurativa para indicar o ato de construir ou fortalecer algo abstrato, como ideias, relacionamentos, valores, etc.

Em nosso caso, a fé

"Mas vós, amados, EDIFICANDO-VOS a vós mesmos..."

Quando lemos a palavra com nossa mente humana, interpretamos o texto de forma superficial, no limite do que a nossa interpretação textual pode nos oferecer através das limitações de nossa intelectualidade, e por esse motivo existem tantas religiões "cristãs", tantas denominações e formas de enxergar o Evangelho, pois não estão reveladas por um só espírito, no Espírito Santo, mas, através da mente dos homens. 

E nós dizemos que significa aquilo porque nosso cérebro diz que é, e as interpretações são equivalentes ao nível de orgulho e altivez de cada um, sustentados por convicções racionais. Vamos lembrar que as habilidades da mente pertencem a realidade da queda. O espirito vivificado é a realidade redimida. E se você não entender isso, vai achar que o que você faz, e dá resultado, é orgânico e vivo, mas, não é. 

10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.
11 Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
12 E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,
13 A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
14 Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. (1Coríntios 3:10-14)

Olhemos principalmente para o que Paulo quer dizer com esse versículo:

13 A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.

Isso é o que o Espírito Santo quer fazer através do nosso espírito, colocar um fundamento (Cristo) em tudo o que fazemos, e o que fazemos deve ser exclusivamente pelo canal da fé, que sempre aponta e revela Jesus em nós. 

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
(1 Pedro 1:3)

A teologia o longo dos séculos precisou criar justificativas para explicar o que o homem não compreendeu. Por exemplo a teoria cessacíonista de que não existem mais o ministério apostólico e profético nos dias de hoje, além da ideia de que os dons cessaram. As coisas espirituais não podem ser explicadas pela mente humana, mas, o homem por não aceitar ficar sem uma resposta que seu cérebro aceite, criam então doutrinas baseadas em especulações racionais pautadas em suas interpretações dos textos. 

20 Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
21 Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.
22 Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;
23 Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
24 Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.
25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
26 Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.
27 Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;
28 E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;
29 Para que nenhuma carne se glorie perante ele.
30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;
31 Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor. (1Coríntios 1:20-31)

(Continua...)

Deus vos abençoe

Leonardo Lima Ribeiro 


sábado, 13 de abril de 2024

Materiais de Construção (Vida no Espírito)

 

(Innsbruck, Tirol, Áustria)

"Vida no espírito" é um conceito que pode ter diferentes interpretações dependendo do contexto cultural, filosófico ou religioso em que é discutido. Geralmente, refere-se a uma dimensão da existência humana que vai além do físico, do material ou do mundano. Aqui estão algumas interpretações comuns:

Perspectiva Religiosa: Em muitas tradições religiosas, como o cristianismo, o budismo e o hinduísmo, a "vida no espírito" muitas vezes está associada à ideia de transcender as preocupações terrenas e buscar uma conexão mais profunda com uma força ou ser espiritual. Isso pode incluir práticas de meditação, oração, serviço desinteressado e desenvolvimento pessoal.

Perspectiva Filosófica: Alguns filósofos interpretam a "vida no espírito" como uma busca pelo autoconhecimento, pela compreensão das questões mais profundas da existência e pelo desenvolvimento de valores e virtudes que transcendem as demandas imediatas da vida cotidiana.

Perspectiva Psicológica: Na psicologia, a "vida no espírito" pode ser vista como a busca por significado e propósito na vida, além da satisfação de necessidades básicas. Isso pode envolver o desenvolvimento de uma identidade autêntica, a expressão criativa, a conexão emocional com os outros e a busca de estados de fluxo ou experiências de pico.

Em resumo, a "vida no espírito" geralmente se refere a uma dimensão mais profunda da existência humana, que pode envolver aspectos espirituais, filosóficos, religiosos e psicológicos.

A fonte de conhecimento que pode te oferecer poder do céu é a pessoa do Espírito Santo, e é Ele quem te dá a revelação da palavra. Você deve ter como fonte de conhecimento e poder, a bíblia e o Espirito Santo. 

Existem pessoas no corpo de Cristo que por causa da vocação, ela adquirem conhecimentos a sua chamada, que muitas vezes não é a nossa chamada, mas completa a nossa chamada, isso se chama equipagem ministerial 

Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.
11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
12 Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
13 Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
14 Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.
15 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
16 Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor. (Efésios 4:11-16)

O ministério apostólico possui uma operação de equipagem dos outros ministérios e consequentemente todas as partes do corpo de Cristo. Esse é um assunto pouco falado dentro do circulo evangélico. Tenho visto através das minhas experiências viajando pelo Brasil e outros países, e principalmente pelo relacionamentos diários de comunhão com irmãos, que a tendência é de que as pessoas construam seu chamado em cima de modelos pré estabelecidos. É ai que esta o problema, porque o poder da operação do Espirito Santo está dentro do propósito da visão. 

Então, se você pega a visão de outra pessoa, algo que foi dado especificamente para ela, no inicio você pode ter uma sensação de que está se encontrando, mas quando você começar a amadurecer a sua vocação, verá que não consegue se encaixar mais dentro de determinada unção. A vocação é como a impressão digital, a sua identidade está na sua vocação. 

Se você for tentar fazer o que o outro faz, pode até conseguir por um tempo, mas nunca chegará a plenitude do andar no Espírito. No âmbito do Espírito é onde se encontra a sua vocação. A sua vocação não esta na sua alma e não está na sua carne. O Espírito Santo quando passou a habitar dentro do seu espírito ele passou a desenvolver a sua vocação. 

Uma das coisas mais difíceis de entender caminhando no sistema religioso é a revelação de que o Reino de Deus não está do lado de fora. 

20Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando ia chegar o Reino de Deus. Ele respondeu: — Quando o Reino de Deus chegar, não será uma coisa que se possa ver.
21 Ninguém vai dizer: "Vejam! Está aqui" ou "Está ali". Porque o Reino de Deus está dentro de vocês.
(Lucas 17:20-21)

Em geral as pessoas querem construir o Reino de Deus do lado de fora, elas ficam tentando construir algo para apresentar para Deus, sendo que Deus é o construtor, e Ele constrói do lado de dentro de nós. E essa obra é através de Cristo. 

Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou. (João 6:29)

Dessa forma, muitos pensam que podem usar sua inteligência para construir o Reino de Deus. Há uma tentativa, sempre frustrada de interpretar o Reino dos céus pela mente. Muitas vezes as argumentações fazem sentido, porém, se você para um momento e meditar, na arvore do conhecimento do bem e do mal, até o bem é mal, porque estava na arvore proibida. 

16 E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
17 Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. (Genesis 2:16-17)

O conhecimento da arvore que é chamado de bom, mas, nesse contexto ele também trazia morte. 

"...porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Genesis 2:17)

O conhecimento humano é morte, basta pensarmos na sua origem que é a sua natureza caída.

"2 Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
3 Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;
4 Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz." (Romanos 8:2-6)

Se nós pudéssemos desenvolver o Reino de Deus sem que a fonte fosse o Espírito, nós não precisaríamos nascer do espírito. Pra que esse sistema de entendimento comece a frutificar na vida de uma cristãos, somente pela renovação da mente. 

1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. 
(Romanos 12:1-2)

Quando passamos experiências negativas em um ministério, e decidimos sair e começar o nosso, em um primeiro momento dizemos que não iremos repetir os erros causadores de nossa saída quando começarmos a desenvolver nosso próprio chamado, porém, na maioria das vezes não é o que acontece. 

A tendência, sem uma extrema renovação da mente é repetir os mesmos erros, porque por mais que o homem tenha diferenças de personalidade, interpretação e formas de enxergar as coisas, a sua natureza caída é a mesma para todos, de forma igual, ou seja, incapaz de gerar uma vida no espírito. A mente humana tem a limitação espiritual em todos a humanidade. Igual em que sentido? Ela se opõe a Deus através da incredulidade. A fé, que é o canal de ação da vida no Espírito só pode ser gerada pelo Espírito, porque Deus é Espírito. 

No inicio, pela mentalidade carnal, a pessoa pode evitar certos erros e pensamentos e aplicar uma metodologia de ação diferente, por exemplo, os formatos institucionais, doutrinas, organização de funções e atividades eclesiásticas, porém, em algum momento, perceberemos que houve uma mudança de conceitos relativos a ética, moral, metodologia e cosmovisão, mas, que continua "improdutivo" no quesito Reino do Espírito. 

A construção do Reino só pode ser feita com materiais espirituais, e através do ambiente espiritual que está dentro de nós, no nosso espírito vivificado. É certo que uma grande maioria caem no mesmo engano de tentar produzir com a mente, um Reino que está no espírito. A mente humana só serve para a obra de Deus, se ela for governada pelo Espirito. 

10 Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
11 Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
12 Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
13 As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.
14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
16 Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. (1Coríntios 2:10-16)

Você pode ter ações semelhantes tendo como fontes naturezas diferentes, carne, alma e espírito vivificado. E a fonte do espírito é a que flui o Reino de Deus, porque Nele tudo é do Espírito. Compreende que esse é um conceito que precisa ser iluminado no seu espírito? 

Você pode dizer "Jesus te ama" com o poder da carne, ou seja, sem poder de Deus nenhum, e pode dizer: "Jesus te ama" com poder de Deus, e suas palavras destruírem barreiras mentais e libertar a pessoa. 

2 Rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns, que nos julgam, como se andássemos segundo a carne.
3 Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne.
4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;
5 Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo; (2Coríntios 10:2-4)

Se você não compreender isso, vai passar a vida caminhando na carne, ou seja, na sua religião. Religião é todo rito que tem como fonte a natureza humana, e Evangelho é o poder de Deus revelado em Cristo que se manifesta em nossa realidade de espírito vivificado. 

11 Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
12 Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
13 As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.
14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
16 Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. (1Coríntios 2:11-14)

O que geralmente acontece com pessoas frustradas que saíram de alguma igreja ou ministério é que se ela não se tornar um "desigrejado", acaba por abrir a sua própria, e que nesse caso ela apenas saiu de uma religião para criar a sua própria. Enquanto a sua fonte de entendimento e ação é a mente humana você está produzindo religião, mas , quando a fonte é o espírito, a "produção" é para o Reino dos céus. 

Sendo assim, concluímos que quem fornece a planta e o material é Deus. Portanto, não existe nada que você possa produzir para Deus que Ele já não tenha produzido, o que Ele quer é fazer em você e depois através de você pelo canal Cristo. A única coisa que a natureza humana foi capaz de produzir é o pecado, porque a carne é incapaz de crer, e é a fé que agrada a Deus. 

Deus salvou seu espírito, e o vivificou para que o Espírito Santo pudesse habitar dentro dele e pudesse começar a edificar o Reino dentro desse "ambiente"

17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. (Romanos 4:17)

22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23 Contra estas coisas não há lei.
24 E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. (Gálatas 5:17-25)

(Continua...)

Deus abençoe vocês

Leonardo Lima Ribeiro 

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Por que é tão difícil para o cristão ofertar?

(Em algum lugar da Noruega)

Por que é tão difícil para o cristão ofertar? 

A avareza é uma das principais razões pelas quais algumas pessoas têm dificuldade em ofertar generosamente. A avareza é o desejo excessivo de possuir e reter riquezas, e pode se manifestar de várias maneiras que dificultam o ato de ofertar. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a avareza pode influenciar a dificuldade em ofertar:

Foco no próprio ganho: Pessoas avarentas tendem a se concentrar excessivamente em acumular riquezas para si mesmas, em vez de considerar as necessidades dos outros ou a obra de Deus. Isso pode fazer com que sejam relutantes em abrir mão de seu dinheiro por meio de ofertas.

Medo da escassez: A avareza muitas vezes está enraizada no medo de não ter o suficiente. As pessoas avarentas podem temer que, se doarem parte de sua riqueza, não terão o bastante para si mesmas no futuro. Esse medo da escassez pode impedi-las de serem generosas em suas ofertas.

Apego aos bens materiais: A avareza pode levar as pessoas a se apegarem excessivamente aos bens materiais, tornando-as relutantes em abrir mão de seu dinheiro, mesmo para boas causas. Elas podem valorizar mais suas posses do que o bem-estar espiritual ou material dos outros.

Falta de generosidade: Pessoas avarentas muitas vezes têm dificuldade em serem generosas e altruístas. Elas podem priorizar seus próprios interesses financeiros sobre as necessidades dos outros, o que as impede de contribuir de forma significativa por meio de ofertas.

Identidade na riqueza: Algumas pessoas podem encontrar sua identidade e autoestima na quantidade de dinheiro que possuem. A ideia de abrir mão de parte de sua riqueza por meio de ofertas pode ser percebida como uma ameaça à sua autoimagem e segurança emocional.

Superar a avareza e a dificuldade em ofertar requer um processo de mudança de mentalidade e coração. Isso pode envolver uma reflexão sobre os ensinamentos da Bíblia sobre generosidade, confiança em Deus como provedor e o propósito maior de compartilhar nossos recursos para o bem dos outros e para a obra de Deus. Também pode ser útil buscar orientação espiritual e praticar a gratidão e a contentamento com o que já temos.

Outro fator importante:

A busca pela justiça própria pode ser uma barreira significativa para a prática da generosidade e do ato de ofertar. A justiça própria é a tendência de confiar em nossas próprias obras e méritos para alcançar aceitação ou favor, em vez de depender da graça de Deus. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a busca pela justiça própria pode influenciar a dificuldade em ofertar:

Foco no mérito pessoal: Aqueles que buscam a justiça própria podem estar mais preocupados em se provar dignos de bênçãos ou prosperidade por meio de suas próprias ações. Isso pode levar a uma relutância em ofertar generosamente, pois podem ver isso como uma tentativa de comprar favor ou merecer bênçãos de Deus.

Orgulho espiritual: A busca pela justiça própria pode alimentar o orgulho espiritual, levando as pessoas a se considerarem melhores ou mais dignas do que os outros com base em sua própria retidão ou piedade. Esse orgulho espiritual pode dificultar a prática da humildade e da generosidade, incluindo o ato de ofertar.

Falta de dependência em Deus: Aqueles que confiam em sua própria justiça podem ser menos propensos a confiar em Deus como provedor e sustentador de suas vidas. Eles podem se sentir seguros em suas próprias habilidades e conquistas, em vez de depender de Deus para suprir suas necessidades. Isso pode reduzir a motivação para ofertar, pois não veem a necessidade de confiar em Deus para suprir suas carências.

Julgamento dos outros: Pessoas que buscam a justiça própria podem ser mais propensas a julgar os outros com base em suas ações ou méritos percebidos. Isso pode levar a uma falta de compaixão e empatia pelos necessitados, tornando-as menos propensas a ofertar generosamente para ajudar os outros.

Superar a busca pela justiça própria e suas barreiras à generosidade e ao ofertar requer uma mudança de perspectiva e coração. Isso pode envolver uma compreensão mais profunda da graça de Deus e da nossa dependência dele, bem como uma prática regular de humildade, compaixão e generosidade em nossas vidas. 

Versículos da Bíblia que falam sobre ofertar:

2 Coríntios 9:6-7: "Lembre-se disso: quem semeia pouco, também colherá pouco, e quem semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria."

Malaquias 3:10: "Tragam o dízimo completo para o depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova", diz o Senhor dos Exércitos, "e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las."

Lucas 6:38: "Deem, e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês."

Provérbios 3:9-10: "Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho."

Lucas 21:1-4: "Jesus olhou e viu os ricos lançando suas ofertas nas caixas de ofertas do templo. Viu também uma viúva pobre lançar ali duas moedinhas. E disse: ‘Eu asseguro que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros. Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver’."

Esses são apenas alguns exemplos, a Bíblia tem muitos outros versículos que falam sobre a importância e o propósito de ofertar.

Porque é tão difícil para o cristão ofertar? Sabemos que os que são do mundo, nunca vão entender as questões do Evangelho, porque seus corações estão nos propósitos do mundo, que incluem a ambição, vantagem, justiça própria, egoísmo e outras características da natureza caída.

Mas, e o Cristão? 

Há várias razões pelas quais alguns cristãos podem achar difícil ofertar:

Prioridades Financeiras: Em muitos casos, as pessoas têm outras despesas que consideram mais urgentes ou importantes, como contas a pagar, necessidades familiares, entre outros. Isso pode dificultar a decisão de reservar recursos para ofertas.

Falta de Entendimento: Alguns cristãos podem não compreender completamente o propósito e os benefícios de ofertar. Se não entendem como suas ofertas podem contribuir para a obra de Deus ou para o bem dos outros, podem ser menos propensos a fazê-lo.

Desconfiança ou Descrença: Alguns podem ter dúvidas sobre como suas ofertas serão utilizadas pelas instituições religiosas ou líderes religiosos. A falta de transparência ou confiança na administração dos recursos pode levar à relutância em ofertar.

Cultura Consumista: Vivemos em uma sociedade onde o consumo é valorizado e incentivado. Muitas vezes, as pessoas são levadas a gastar seu dinheiro em bens materiais ou experiências pessoais, em vez de considerar a importância de contribuir para causas altruístas.

Falta de Conexão Espiritual: Alguns cristãos podem não sentir uma conexão pessoal com sua fé ou com a comunidade religiosa a que pertencem. Isso pode resultar em uma falta de motivação para contribuir financeiramente para a obra da igreja ou para causas religiosas.

Dificuldades Financeiras: Para algumas pessoas, a oferta pode representar um sacrifício financeiro significativo. Se estão enfrentando dificuldades financeiras, podem sentir que não têm recursos extras para doar, mesmo que desejem fazê-lo.

Experiências Passadas Negativas: Algumas pessoas podem ter experiências passadas negativas relacionadas a ofertas, como sentir-se pressionadas a contribuir financeiramente ou ter visto casos de má administração de recursos em instituições religiosas. Isso pode deixar marcas e tornar difícil confiar ou se comprometer com a prática de ofertar.

Em última análise, superar essas barreiras requer educação, reflexão pessoal, desenvolvimento espiritual e, às vezes, apoio da comunidade religiosa para entender e experimentar os benefícios e a alegria de contribuir financeiramente para a obra de Deus e para o bem dos outros. 

Um grande problema é a obra da carne chamada avareza:

Certamente, aqui estão alguns versículos da Bíblia que falam sobre avareza:

1 Timóteo 6:10: "Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos."

Lucas 12:15: "Então lhes disse: ‘Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens’."

Provérbios 15:27: "Quem é ganancioso traz problemas à sua própria família, mas quem odeia suborno viverá."

Hebreus 13:5: "Mantenham-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: 'Nunca o deixarei, nunca o abandonarei'."

Mateus 6:24: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro."

Eclesiastes 5:10: "Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos. Isso também não faz sentido."

Provérbios 28:25: "O avarento provoca brigas, mas quem confia no Senhor prosperará."

Esses versículos alertam sobre os perigos da avareza e da ganância, destacando que a verdadeira riqueza não está nos bens materiais, mas na fé e na confiança em Deus.

O dizimo é uma ação de fé que se opõe a obra da carne chamada avareza e idolatria ao dinheiro. 

A idolatria pelo dinheiro pode ser atribuída a várias razões, muitas das quais são profundamente enraizadas na natureza humana e na sociedade. Aqui estão algumas razões pelas quais o dinheiro pode se tornar uma idolatria para algumas pessoas:

Segurança Financeira: O dinheiro é frequentemente visto como uma fonte de segurança e estabilidade financeira. As pessoas podem idolatrar o dinheiro porque acreditam que ele lhes proporcionará proteção contra incertezas futuras e dificuldades financeiras.

Status e Prestígio: O dinheiro pode ser associado ao status social e ao prestígio. Em muitas culturas, a riqueza é vista como um sinal de sucesso e respeito. As pessoas podem idolatrar o dinheiro na busca por reconhecimento e admiração dos outros.

Poder e Controle: O dinheiro confere poder e influência sobre os outros. Aqueles que têm mais recursos financeiros muitas vezes têm mais controle sobre suas vidas e sobre as vidas dos outros. Alguns podem idolatrar o dinheiro na esperança de obter mais poder e controle sobre suas circunstâncias e relacionamentos.

Felicidade e Satisfação: Muitas pessoas associam a posse de bens materiais e o estilo de vida luxuoso com a felicidade e a realização pessoal. Elas podem idolatrar o dinheiro na busca incessante por prazeres materiais e experiências que acreditam trazer felicidade duradoura.

Medo da Escassez: O medo da escassez e da falta pode levar as pessoas a idolatrar o dinheiro, acumulando-o obsessivamente para garantir um futuro seguro e confortável. Esse medo pode ser alimentado por experiências passadas de necessidade ou insegurança financeira.

Pressão Social e Cultural: Em muitas sociedades, o consumismo é incentivado e valorizado. A publicidade e a mídia muitas vezes promovem uma cultura de consumo excessivo, levando as pessoas a idolatrar o dinheiro na busca por bens materiais e padrões de vida elevados.

Vazio Existencial: Algumas pessoas buscam preencher um vazio emocional ou espiritual com posses materiais e riqueza. Elas podem acreditar que o dinheiro pode proporcionar um senso de significado e propósito em suas vidas, mesmo que temporário.

É importante notar que, embora o dinheiro seja uma ferramenta necessária na vida moderna, a idolatria pelo dinheiro pode levar a consequências negativas, tanto pessoais quanto sociais. É fundamental cultivar uma perspectiva equilibrada em relação ao dinheiro e reconhecer que sua verdadeira importância está na forma como é utilizado para promover o bem-estar pessoal e coletivo, em vez de ser um fim em si mesmo.

O dizimo e a oferta produz fruto da fé, que é o fruto do Espírito:

O fruto do Espírito mencionado em Gálatas é encontrado no capítulo 5, versículos 22-23. Aqui está a passagem:

"Gálatas 5:22-23 (NVI):
22 Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
23 mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei."

Esses versículos descrevem as características que se manifestam na vida de uma pessoa que está vivendo em comunhão com o Espírito Santo. É importante notar que o fruto do Espírito não é algo que possamos produzir por nossos próprios esforços, mas é o resultado do trabalho do Espírito Santo em nossas vidas à medida que nos submetemos à Sua vontade e permitimos que Ele transforme nosso caráter à imagem de Cristo.

Ou seja, produzem uma colheita, que inclui principalmente paz e alegria, por vários motivos:

Obediência à Palavra de Deus: Muitos crentes encontram paz e alegria ao obedecerem aos mandamentos de Deus, que incluem a prática do dízimo e da oferta. Sentem-se em harmonia com a vontade de Deus e experimentam uma sensação de cumprimento espiritual ao seguir esses ensinamentos.

Participação na Obra de Deus: Ao contribuir financeiramente para a obra de Deus, os cristãos sentem-se parte ativa do avanço do Reino de Deus na Terra. Isso traz um senso de propósito e satisfação espiritual, sabendo que estão contribuindo para causas que consideram importantes e significativas.

Confiança na Provisão de Deus: A prática do dízimo e da oferta pode ser uma expressão de confiança na provisão de Deus. Os crentes acreditam que Deus é o provedor de todas as suas necessidades e que Ele os abençoará abundantemente por sua obediência e generosidade.

Compartilhamento com os Necessitados: Muitas vezes, parte das ofertas na igreja é destinada a ajudar os necessitados e apoiar obras de caridade e missões. Ao contribuir para essas causas, os cristãos experimentam alegria ao saber que estão fazendo a diferença na vida dos outros e ajudando a aliviar o sofrimento humano.

Cultivo de um Coração Generoso: Praticar o dízimo e a oferta ajuda os cristãos a cultivar um coração generoso e desapegado dos bens materiais. Isso pode trazer paz interior e contentamento, ao reconhecerem que sua verdadeira riqueza está em Deus e nos relacionamentos, não nas posses materiais.

Bênçãos Espirituais: Muitos cristãos testemunham que experimentam bênçãos espirituais, como crescimento espiritual, comunhão mais próxima com Deus e uma sensação de paz interior, quando praticam o dízimo e a oferta com um coração sincero e generoso.

É importante ressaltar que a paz e alegria derivadas do dízimo e da oferta não estão necessariamente ligadas a recompensas financeiras ou prosperidade material, mas sim a uma vida de obediência, generosidade e confiança em Deus.

Sendo assim, dizimo é ofertas são ações de fé do cristão que produzem recompensas espirituais:

Vejamos aqui versículos que justificam a oferta á líderes;

1 Timóteo 5:17-18: "Os presbíteros que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que trabalham na pregação e no ensino. Pois a Escritura diz: 'Não amordace o boi enquanto está debulhando o grão', e 'o trabalhador merece o seu salário'."

1 Coríntios 9:14: "Assim também o Senhor ordenou aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho."

Gálatas 6:6: "Aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui."

Filipenses 4:15-16: "E vocês mesmos também sabem, filipenses, que no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja compartilhou comigo no que diz respeito a dar e receber, exceto vocês apenas; pois mesmo em Tessalônica, vocês enviaram algo para minha necessidade, não apenas uma vez, mas duas vezes."

1 Coríntios 9:11: "Se semeamos entre vocês coisas espirituais, será muito se de vocês colhermos coisas materiais?"

Estes versículos são frequentemente citados para mostrar que é apropriado e bíblico apoiar financeiramente os líderes religiosos que se dedicam ao ministério em tempo integral.

E sobre ofertas de honra? 

Há vários exemplos na Bíblia de homens que levaram ofertas a pessoas mais ricas ou em posições de autoridade. Aqui estão alguns exemplos:

A viúva pobre: Jesus mencionou uma viúva pobre que deu duas pequenas moedas como oferta no templo, enquanto os ricos davam muito mais. Essa história destaca a generosidade e o sacrifício da viúva, mesmo em sua pobreza (Lucas 21:1-4).

Abraão e Melquisedeque: Depois de uma vitória militar, Abraão deu a Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, uma décima parte de tudo (Gênesis 14:18-20).

Davi e Araúna: Quando Davi precisou de uma área para construir um altar ao Senhor, ele foi a Araúna, que era dono da eira. Araúna ofereceu dar a Davi tudo o que ele precisava para o altar, mas Davi insistiu em pagar o preço justo por isso como uma oferta ao Senhor (2 Samuel 24:18-24).

Os magos e Jesus: Os magos do Oriente, ao visitarem Jesus recém-nascido, trouxeram presentes valiosos: ouro, incenso e mirra (Mateus 2:11).

Jacó e Esaú:

Em Gênesis 32:13-20, Jacó enviou uma oferta a Esaú, seu irmão, antes de se encontrar com ele. A oferta era composta de uma grande quantidade de animais como uma maneira de apaziguar a ira de Esaú e buscar favor em seus olhos.

Maria, Marta e Lázaro: Maria, irmã de Lázaro, ofereceu um frasco de perfume caro a Jesus durante um jantar na casa de Simão, o leproso (João 12:1-8). Esta oferta foi feita apesar do custo significativo do perfume.

Jacó enviou presentes a Faraó através de seus filhos quando eles foram ao Egito durante a fome. Essa história está registrada em Gênesis, capítulo 43. Jacó instruiu seus filhos a levarem presentes a Faraó para ganhar seu favor e benevolência.

Em Gênesis 43:11, Jacó diz a seus filhos:

"Levem um pouco dos melhores produtos da terra em suas bagagens e levem a esse homem, um pouco de bálsamo, um pouco de mel, especiarias, mirra, nozes de pistache e amêndoas."

Esses presentes foram enviados a Faraó como um gesto de respeito e para assegurar uma boa recepção por parte do governante egípcio. Essa prática era comum na época, quando alguém visitava uma figura de autoridade ou um líder estrangeiro.

Esses exemplos mostram que, na Bíblia, pessoas de várias condições sociais ofereceram presentes e ofertas a indivíduos mais ricos, como expressões de fé, gratidão ou honra. Essas ofertas também podem refletir o reconhecimento da bênção de Deus sobre suas vidas e o desejo de honrar a Ele e aos outros com o que têm.

Concluindo:

O que nos impede de agir em fé é a incredulidade, se temos dificuldade em sermos dizimistas fiéis e ofertantes, é porque nossa fé ainda não é edificada a ponto de andarmos no espírito nessa área financeira, e por isso, muitas outras áreas ficam comprometidas, já que desfrutamos de uma vida no espírito pela fé.

Quanto a validade do dízimo nos dias de hoje:

O assunto do dízimo é frequentemente debatido em contextos cristãos, especialmente em relação à sua aplicabilidade na Nova Aliança. Aqui estão alguns pontos de vista comumente discutidos sobre o dízimo na Nova Aliança:

A continuação do princípio de dar: Embora o dízimo seja uma prática do Antigo Testamento, muitos cristãos acreditam que o princípio subjacente de dar generosamente ao reino de Deus continua válido na Nova Aliança. Eles argumentam que, embora o dízimo possa não ser especificamente ordenado no Novo Testamento, os cristãos são encorajados a dar de forma sacrificial e generosa para apoiar a obra de Deus.

Ênfase na motivação e no coração: Na Nova Aliança, Jesus e os apóstolos enfatizam a importância da motivação e do coração por trás do ato de dar. Em vez de focar apenas na quantia, os cristãos são encorajados a dar com alegria, generosidade e amor. Por isso, alguns argumentam que o dízimo, como uma obrigação legalista, não é enfatizado na Nova Aliança, mas sim uma atitude de dar voluntariamente e com alegria.

Princípios de dar conforme prospera: Em 1 Coríntios 16:2, Paulo instrui os coríntios a separarem suas ofertas conforme prosperam. Essa abordagem sugere que o padrão de dar na Nova Aliança pode ser mais flexível e baseado na capacidade e na prosperidade individual, em vez de uma quantia fixa como o dízimo.

A liberdade em Cristo: Alguns cristãos veem a Nova Aliança como trazendo uma liberdade em relação a práticas rituais e mandamentos do Antigo Testamento, incluindo o dízimo. Eles argumentam que os crentes têm liberdade para dar conforme são levados pelo Espírito Santo, sem estar vinculados a uma porcentagem fixa como o dízimo.

Em resumo, embora o dízimo seja uma prática do Antigo Testamento e não seja explicitamente ordenado na Nova Aliança, muitos cristãos ainda veem valor nos princípios de generosidade, sacrifício e apoio financeiro à obra de Deus. A forma específica de dar pode variar entre as denominações e as convicções individuais, mas o cerne permanece o mesmo: dar com alegria e generosidade, em resposta ao amor de Deus e ao chamado de Cristo.

De uma forma ou de outra, sendo dízimo ou oferta, importa que nossa fé seja edificada a ponto de sermos livres no espírito a ponto de manifestar o fruto da generosidade que produz alegria, sem isto, ainda estamos militando na carne onde está a avareza, idolatria e cobiça. 

Continuemos nos apropriando das práticas espirituais afim de crescer na fé e manifestar o fruto do Espírito. 

Deus abençoe vocês

Leonardo Lima Ribeiro 





 

Depois de perdoar, vire a página!

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