domingo, 11 de outubro de 2020

Vida no deserto


A vida no deserto te leva ao entendimento de qual deve ser sua unica fonte. Onde jorra água? De lá sairá vida, todas as outras fontes são miragens, e não podem saciar sua sede. Há escorpiões no deserto, há calor no deserto, mas lá no deserto há também uma promessa. A promessa da fonte que saciará toda a nossa sede. A oração em línguas é o caminho que te leva a um lugar chamado "descanso", o sábado, Jesus. Jesus é o nosso descanso, o nosso sétimo dia, Quando Deus descansou no sétimo dia, nesse lugar Deus Pai criou o lugar onde tudo está feito.

Em Jesus tudo está feito, o lugar de descanso, onde tudo esta consumado, e nosso espirito é saciado, nada nos falta. Esse lugar é Jesus, orando em outras línguas, hora após hora, seu espirito vai sendo edificado e edificando Jesus em você, Desconstruindo Adão e construindo Cristo em nós...Renovação da mente (Rm 12:1-2)

Busque esse lugar. Confesse a palavra: "Eu sou a justiça de Deus em Cristo" E ore em línguas até que Jesus seja formado em você, medite na palavra até que você deixe de entendê-la e se torne ela. Adore a Deus, adore até que tudo em você se torne tudo Nele, e Jejue, para que as ligaduras da impiedade sejam quebradas, e sua carne seja mortificada, essas práticas vão te levar a terra prometida, a terra do "esta feito", do descanso, lá onde todas as suas necessidades estão saciadas, e a sua vida é uma com Ele.

Leonardo Lima Ribeiro

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Priorizando a Intimidade Divina em Meio ao Caos

(Alsheim, Alemanha)

No caminho da jornada espiritual, encontramos diversos símbolos que ecoam tanto na esfera terrena quanto na celestial. Entre eles, a figura do pai se destaca como um arquétipo fundamental, capaz de iluminar aspectos profundos da nossa fé e paternidade divina.

Quando refletimos sobre o propósito de Cristo em sua passagem pela Terra, percebemos que sua missão transcendeu a mera fundação de instituições religiosas. Ele não veio para estabelecer uma nova denominação ou impor dogmas, mas sim para revelar o coração do Pai Celestial, para que pudéssemos experimentar a plenitude da filiação divina em nossas vidas.

Números 6:24-26: "O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz."

1 Crônicas 4:10: "E Jebez invocou o Deus de Israel, dizendo: 'Ah, se me abençoasses e ampliasses as minhas fronteiras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores'. E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido."

Provérbios 20:7: "O justo anda na sua integridade; felizes são os seus filhos depois dele."

Salmo 37:25: "Fui jovem e já agora sou velho, mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão."

A paternidade, tanto na forma terrena como na espiritual, carrega consigo a responsabilidade de abençoar, proteger e guiar aqueles que estão sob sua tutela. No entanto, essa função não está isenta de desafios e tentações. Como vemos na história bíblica, mesmo figuras proeminentes como Noé enfrentaram momentos de fragilidade e falha.

"Então disse: 'Maldito seja Canaã! Servo dos servos será para seus irmãos'. E continuou: 'Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem! Canaã lhe será servo. Amplie Deus o território de Jafé; habite ele nas tendas de Sem! E Canaã será seu servo'." (Gênesis 9:25-27)

Noé, inicialmente reconhecido por sua fé inabalável, viu-se abalado por circunstâncias adversas e cedeu à tentação da embriaguez, expondo assim sua vulnerabilidade diante de seus próprios descendentes. Da mesma forma, sua decisão de amaldiçoar um de seus filhos revelou as consequências de um desvio do caminho da verdadeira paternidade.

Gênesis 48:15-16: "E abençoou a José, e disse: 'O Deus, em cuja presença andaram meus pais Abraão e Isaque, o Deus que tem sido o meu pastor durante toda a minha vida até este dia, o Anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes; e seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaque; e multipliquem-se abundantemente no meio da terra'."

Salmo 128:3: "Tua mulher será como a videira frutífera em teu lar; teus filhos serão como brotos de oliveira ao redor da tua mesa."

Deuteronômio 28:4: "Bendito será o fruto do teu ventre, o fruto da tua terra, o fruto dos teus animais, as crias das tuas vacas e as ovelhas dos teus rebanhos."

Salmo 115:14: "O Senhor vos aumente cada vez mais, a vós e a vossos filhos."

Esses relatos bíblicos nos lembram da importância de exercer a paternidade com integridade e humildade, tanto em nossas relações familiares quanto em nosso papel como líderes espirituais. O verdadeiro pai não é aquele que impõe sua vontade ou se vangloria de suas conquistas, mas sim aquele que, em sua humanidade, reconhece suas falhas e busca constantemente a orientação do Pai Celestial.

Diante dos desafios e tentações que enfrentamos em nosso caminho espiritual, é essencial cultivar uma postura de temor e reverência, reconhecendo nossa dependência da graça e misericórdia divinas. Ao invés de ceder à tentação de julgar ou condenar nossos irmãos, devemos nos humilhar diante de Deus em oração, pedindo sabedoria e discernimento para lidar com as situações que surgem em nossas vidas e comunidades.

Eu enfrentava o desafio de expressar minhas convicções com temor e, muitas vezes, me via incapaz de me posicionar sobre o que acreditava, especialmente em situações que contrariavam minha compreensão de integridade, seja em relação ao ambiente, amizade ou colaboração fraternal.

Demorei para compreender e distinguir julgamento de discernimento. Com o tempo, aprendi a separar a mensagem do mensageiro. Podia corrigir a mensagem sem condenar o mensageiro. Por exemplo, quando alguém agia ou falava de forma contrária aos princípios cristãos, eu me opunha à mensagem, não à pessoa.

Essa distinção entre ação e julgamento é essencial. Chamar alguém de "ladrão" é uma condenação pessoal, enquanto condenar o ato de roubar é uma correção necessária. Isso reflete a importância de discernir entre o erro e o ofensor, separando a pessoa do comportamento.

Essa compreensão é fundamental para uma vida de honra e temor. A honra e o temor são pilares da maturidade espiritual. Se não os cultivamos, sucumbimos à tolice e às ações desonrosas.

Mateus 7:1-2 (NVI): "Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês."

João 7:24 (NVI): "Parem de julgar apenas pela aparência e façam julgamentos justos."

1 Coríntios 2:15 (NVI): "Quem é espiritual discerne todas as coisas, mas ele mesmo não é discernido por ninguém."

Hebreus 5:14 (NVI): "Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal."

1 João 4:1 (NVI): "Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo."

Minha experiência pessoal ilustra isso. Certa vez, em um ambiente eclesiástico, ouvi alguém criticando o pastor ausente. Interrompi o trabalho e convidei todos a orarmos pelo pastor. Essa atitude rompeu a negatividade e enfatizou a importância de honrar mesmo na ausência do objeto de crítica.

Temos a responsabilidade de abençoar com nossas palavras e ações, seguindo o exemplo de nosso Pai Celestial. Ele nos ensina a confiar em sua provisão, como faz com as aves do céu. Seu cuidado e sustento são constantes, mesmo quando nossa fé vacila.

Essa confiança na paternidade divina é central para nossa jornada espiritual. Jesus revela essa relação íntima entre o Pai e o Filho, convidando-nos a participar desse conhecimento revelado.

Gálatas 4:6-7: "E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, sendo filho, também herdeiro de Deus por Cristo."

Salmos 103:13: "Assim como um pai tem compaixão de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem."

Ao contemplar a complexidade e a profundidade do relacionamento entre pais e filhos, percebo que vai muito além de uma simples relação biológica. É uma jornada de descoberta, crescimento e conexão que transcende qualquer explicação superficial. É uma dança intricada entre aprendizado e ensino, entre dar e receber, entre amor e gratidão.

A passagem bíblica que ressalta que ninguém conhece o pai senão o filho, e vice-versa, ecoa profundamente em meu coração. Revela a natureza íntima desse relacionamento, que vai além das palavras escritas ou das histórias contadas. É uma conexão visceral, forjada no calor dos momentos compartilhados, nas lágrimas e sorrisos trocados, nas experiências compartilhadas ao longo da vida.


Eu me lembro sempre de algo fundamental: conhecer o pai não se resume a ler sobre ele, mas a cultivar uma intimidade profunda e autêntica. É desvendar os mistérios do coração do pai, compreender suas motivações mais íntimas e sentir sua presença em cada fibra do nosso ser.

Nesse contexto, a honra aos pais emerge como um princípio sagrado e essencial. Mesmo que nossos pais não sejam perfeitos, mesmo que cometam erros, eles ainda merecem nosso respeito e gratidão. Pois é através desse respeito que construímos uma ponte sólida entre as gerações, transmitindo valores, sabedoria e amor de uma geração para a próxima.

Além disso, reconheço que o serviço ao pai não é uma obrigação, mas uma oportunidade de colaboração e comunhão. Somos chamados não apenas para trabalhar para ele, mas para trabalhar com ele, em parceria e harmonia. É nesse contexto de relacionamento profundo e significativo que encontramos verdadeira realização e frutificação.

E, à medida que me aprofundo nessa jornada de intimidade com o pai, sou lembrado de minha identidade como filho amado e favorecido. Sou convidado a viver não na escassez, mas na plenitude do amor do Pai, confiante de que tenho tudo o que preciso em Cristo Jesus.

João 3:16 (NVI): "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna."

Romanos 5:8 (NVI): "Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores."

1 João 4:9-10 (NVI): "Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados."

Efésios 2:4-5 (NVI): "Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos."

Romanos 8:38-39 (NVI): "Porque estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor."

Como uma carga explosiva nas fundações, a paternidade de Deus é o alicerce invisível que sustenta todas as estruturas da vida. É como se toneladas de dinamite fossem cuidadosamente colocadas, prontas para explodir e revelar a verdadeira essência da relação entre pai e filho. Nos recônditos da família, onde os laços sanguíneos se misturam com os divinos, a honra aos pais se transforma em um solo fértil para semear o respeito e a gratidão.

Mesmo quando a figura paterna biológica se ausenta, Deus, em Sua infinita sabedoria, provê uma substituição divina, uma presença masculina que nos guia e nos ensina os princípios da vida. Negar essa conexão é negar a própria obra de Deus, é rejeitar a ordem estabelecida pelo Criador.

Refletir sobre nossa relação com o Pai celestial é mergulhar nas profundezas da identidade espiritual. É compreender que, ao rejeitar a figura do pai terreno, estamos também rejeitando a mão que o moldou. É reconhecer que amar a Deus significa também honrar e respeitar a autoridade paterna que Ele estabeleceu.

No tecido da existência, o inimigo tece seus fios de engano, nos levando aos extremos da incredulidade ou do misticismo. No entanto, é na Verdade Absoluta, encontrada em Cristo, que descobrimos nossa verdadeira identidade como filhos amados do Pai celestial.

Enquanto compartilho essas palavras, sinto uma profunda reverência pelo que tenho testemunhado e experimentado em minha jornada espiritual. Minhas conversas com Deus e os diálogos internos têm sido fundamentais para minha compreensão sobre a centralidade do relacionamento com Ele em meio ao turbilhão da vida moderna.

Provérbios 22:6: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele."

Efésios 6:4: "E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor."

1 João 3:1: "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu a ele."

Provérbios 3:11-12: "Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão. Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem."

Romanos 8:15: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai."

Mateus 7:11: "Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?"

Hebreus 12:7: "Suportai as correções; Deus vos trata como filhos; pois que filho há a quem o pai não corrija?"

Isaías 41:10: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel."

Lembro-me vividamente de uma oração que fiz em 2012, onde me comprometi, de todo o coração, a dedicar meu tempo e minha energia inteiramente ao Senhor. Desde então, tenho sido guiado por essa promessa, buscando constantemente uma conexão mais profunda com o Divino, através do Espírito Santo, que nos une ao Pai e a Jesus Cristo.

As Escrituras ecoam em minha mente, lembrando-me da verdadeira natureza da adoração: uma busca sincera e autêntica, feita em espírito e em verdade. Essas palavras ressoam profundamente em meu ser, desafiando-me a cultivar uma adoração que transcende rituais e formalidades, alcançando o âmago da minha alma.

E agora, enquanto encerro este capítulo, convido você a se juntar a mim em uma oração sincera, buscando um tempo sagrado para Deus em meio à agitação da vida cotidiana. Que minhas conversas com Deus e comigo mesmo sejam uma fonte de inspiração para todos nós, lembrando-nos de que, mesmo no meio do caos, podemos encontrar paz e direção através da busca constante pela presença do Divino em nossas vidas.

Leonardo Lima Ribeiro 

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Explorando o Significado Profundo dos Dízimos e Ofertas

 

(Campo de concentração "museu" de Osthofen, Alemanha)

A oferta pode ser vista como uma forma de honrar a Deus e de expressar gratidão, adoração e obediência a Ele. Na tradição cristã, oferecer uma oferta é um ato de devoção e reconhecimento da soberania e provisão de Deus sobre nossas vidas. Quando oferecemos uma parte dos nossos recursos financeiros, estamos demonstrando fé e confiança em Deus, reconhecendo que tudo o que temos vem dEle e que Ele é digno de receber nossa adoração e sacrifício.

Além disso, a Bíblia frequentemente destaca a importância da generosidade e do ato de dar como uma expressão do coração humano e da comunhão com Deus. Por exemplo, Provérbios 3:9-10 diz: "Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros e transbordarão de vinho os teus lagares." Oferecer uma oferta é uma maneira prática de demonstrar nossa devoção a Deus e de participar do avanço do Seu Reino na Terra.

No entanto, é importante observar que a motivação por trás da oferta também é crucial. Deus valoriza não apenas o ato externo de dar, mas também o coração que o acompanha. Ele deseja que ofereçamos com alegria e generosidade, não por obrigação ou coação, mas como uma expressão sincera de amor e gratidão por tudo o que Ele tem feito por nós. Portanto, quando damos nossa oferta, devemos fazê-lo com um coração grato e desprendido, confiando que Deus nos abençoará abundantemente em retorno.

Oferecer uma oferta também pode ser uma forma de honrar uma autoridade, como líderes espirituais, mentores ou figuras de autoridade em nossas vidas. Quando damos uma oferta a uma autoridade, estamos reconhecendo e valorizando sua posição, seu trabalho e seu papel em nossas vidas.

Essa prática pode ser especialmente relevante em contextos espirituais, onde as ofertas são frequentemente apresentadas aos líderes da comunidade como uma expressão de apreço pelo seu serviço, ensinamento e cuidado pastoral. Ao contribuir financeiramente para o sustento da autoridade espiritual ou para o ministério que ela lidera, estamos demonstrando nosso apoio e compromisso com o avanço da obra de Deus através daqueles que Ele designou como líderes e pastores.

No entanto, é importante que essa prática seja feita com discernimento e sabedoria. Devemos nos certificar de que estamos oferecendo nossa contribuição de forma voluntária e generosa, sem sermos manipulados ou coagidos a fazê-lo. Além disso, devemos sempre considerar a integridade e a ética da autoridade em questão, garantindo que nossas ofertas estejam em primeiro lugar honrando a Deus, que constituiu essa pessoa para a função determinada. 

Honrar a Deus com nossos bens:

Provérbios 3:9-10: "Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros e transbordarão de vinho os teus lagares."
Malaquias 3:10: "Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida."

Honrar autoridades:

Romanos 13:1: "Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus."
1 Pedro 2:17: "Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei."
Generosidade e sacrifício:

2 Coríntios 9:7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."
Filipenses 4:18: "Recebi tudo e tenho a mais do que suficiente; estou amplamente suprido, desde que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus."

Reconhecimento da autoridade espiritual:

Hebreus 13:17: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros."
1 Timóteo 5:17: "Os presbíteros que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que trabalham na palavra e no ensino."

A autoridade espiritual e a autoridade natural têm fundamentos diferentes devido à sua origem e natureza.

Origem:

Autoridade Natural: A autoridade natural tem sua origem na posição, poder ou influência que uma pessoa possui dentro de uma estrutura social, como governo, instituições, organizações ou família. Essa autoridade é concedida ou reconhecida pelos homens e está sujeita a limitações e circunstâncias temporais.

Autoridade Espiritual: A autoridade espiritual, por outro lado, deriva de Deus e está relacionada ao chamado, capacitação e unção divina concedida a indivíduos para exercerem liderança, ensino e cuidado dentro do contexto da comunidade de fé. Essa autoridade é concedida pelo próprio Deus e é baseada em princípios espirituais e valores do Reino de Deus.

Natureza:

Autoridade Natural: A autoridade natural muitas vezes é exercida através de meios tangíveis, como leis, regulamentos, hierarquia ou poder de coerção. Ela pode ser coercitiva e imposta externamente, e sua legitimidade pode ser questionada ou contestada em certas circunstâncias.

Autoridade Espiritual: A autoridade espiritual é mais sutil e interna, manifestando-se através de características como caráter, integridade, sabedoria, unção e graça divina. Ela se baseia na influência espiritual e no testemunho pessoal, e é exercida com humildade, amor e serviço ao invés de controle ou dominação.

Propósito:

Autoridade Natural: A autoridade natural visa principalmente manter a ordem, garantir a segurança e promover o bem-estar da sociedade ou organização. Ela é frequentemente usada para estabelecer regras, tomar decisões e impor disciplina dentro de uma estrutura organizacional ou social.

Autoridade Espiritual: A autoridade espiritual, por outro lado, tem como objetivo principal liderar, ensinar, guiar e edificar o corpo de Cristo. Ela busca promover o crescimento espiritual, a unidade e o amor dentro da comunidade de fé, capacitando os crentes a viverem uma vida piedosa e a cumprirem o propósito de Deus para suas vidas.

Embora a autoridade espiritual e a autoridade natural possam coexistir e interagir em certos contextos, é importante reconhecer que elas têm fundamentos diferentes e servem a propósitos distintos dentro da sociedade e da comunidade de fé. Enquanto a autoridade natural é limitada e temporária, a autoridade espiritual é duradoura e eterna, derivada do próprio Deus e exercida em nome do Seu Reino.

Sobre a origem da autoridade:

Romanos 13:1: "Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus."
João 19:11a: "Respondeu Jesus: 'Não terias nenhuma autoridade sobre mim, se de cima não te fosse dada.'"

Sobre o exercício da autoridade:

Mateus 20:25-28: "Jesus, porém, chamou-os e disse: 'Sabeis que os governadores dos povos os dominam, e que os seus grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.'"

1 Pedro 5:2-3: "pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho."

Sobre a submissão à autoridade:

Hebreus 13:17: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros."

Tito 3:1: "Admoesta-os a que se sujeitem aos governos e às autoridades, que sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra."
Sobre a autoridade de Cristo:

Mateus 28:18-20: "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: 'Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.'"

Efésios 1:20-22: "a qual [força operada em Cristo], manifestou ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos céus, muito acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E sujeitou todas as coisas debaixo dos pés dele, e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja,"

Uma oferta financeira pode honrar uma autoridade espiritual de várias maneiras:

Reconhecimento da autoridade espiritual: Ao contribuir financeiramente, os membros da comunidade de fé reconhecem e valorizam o papel e a liderança da autoridade espiritual em suas vidas. Eles demonstram sua gratidão pelo ensino, orientação, cuidado pastoral e investimento espiritual que recebem da parte da autoridade espiritual.

Sustento e apoio ao ministério: As ofertas financeiras fornecem recursos para o sustento pessoal e para o desenvolvimento do ministério da autoridade espiritual, permitindo que ela se dedique integralmente ao serviço de Deus e ao cuidado das pessoas da comunidade. Isso inclui a manutenção das necessidades básicas, como moradia, alimentação e saúde, bem como o financiamento de projetos e programas ministeriais.

Participação no avanço do Reino de Deus: Ao contribuir com ofertas, os membros da igreja estão participando ativamente do avanço do Reino de Deus na Terra. Eles estão investindo em causas espirituais e contribuindo para o cumprimento da Grande Comissão de fazer discípulos de todas as nações.

Quanto aos benefícios para quem está ofertando, há várias perspectivas:

Bênçãos espirituais: A Bíblia ensina que a generosidade é recompensada por Deus. Em Malaquias 3:10, por exemplo, Deus promete abrir as janelas dos céus e derramar bênçãos sobre aqueles que trazem os dízimos e ofertas para a casa de Deus. A honra demonstrada através das ofertas pode resultar em bênçãos espirituais, financeiras e materiais sobre aqueles que ofertam.

Crescimento espiritual: Ofertar é uma expressão de fé, confiança e dependência de Deus. À medida que os crentes exercitam a prática da generosidade, eles desenvolvem um coração mais semelhante ao de Cristo, crescendo em amor, gratidão e desapego dos bens materiais.

Satisfação e realização pessoal: Contribuir com ofertas pode trazer uma sensação de satisfação e realização pessoal ao saber que estão investindo em algo maior do que eles mesmos. Eles se tornam parte de algo significativo e eterno ao contribuir para o trabalho de Deus na Terra.

Comunhão com Deus: Ofertar é um ato de adoração e comunhão com Deus. Ao sacrificar seus recursos financeiros em prol do Reino de Deus, os crentes se aproximam do coração de Deus e experimentam uma conexão mais profunda com Ele.

Quanto a relevância do livro de Malaquias para a realidade da Nova aliança; 

O Livro de Malaquias, que está localizado no Antigo Testamento, é frequentemente citado em contextos de ofertas e dízimos, especialmente por causa de passagens como Malaquias 3:10, que diz: "Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida."

Na Antiga Aliança, o sistema de dízimos e ofertas era uma parte essencial do relacionamento do povo de Israel com Deus. O dízimo, que consistia em dar a décima parte dos frutos da terra e dos rebanhos, era uma forma de sustentar os sacerdotes e levitas, que serviam no templo e cuidavam das necessidades espirituais do povo. Além disso, as ofertas eram apresentadas a Deus como uma expressão de gratidão, adoração e compromisso.

No entanto, na Nova Aliança, estabelecida por Jesus Cristo, vemos uma mudança na forma como a prática de ofertar é abordada. Enquanto o princípio de generosidade e sacrifício permanece, o foco se desloca do cumprimento da Lei para uma motivação baseada no amor, na graça e na liberdade em Cristo.

Em 2 Coríntios 9:7, por exemplo, Paulo escreve: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." Aqui, vemos a ênfase na alegria e na motivação do coração ao dar, em vez de simplesmente cumprir uma obrigação legal.

Na Nova Aliança, o princípio de ofertar continua, mas é visto à luz da obra redentora de Jesus Cristo. Oferecer não é mais uma obrigação legal, mas uma resposta voluntária e alegre ao amor e à graça de Deus. Em vez de focar exclusivamente em dízimos e ofertas financeiras, os cristãos são encorajados a oferecer suas vidas como um sacrifício vivo a Deus (Romanos 12:1), dedicando tudo o que têm e são a Ele.

Portanto, enquanto as práticas de dízimos e ofertas têm raízes na Antiga Aliança e são mencionadas em Malaquias, elas continuam a ser relevantes na Nova Aliança como uma expressão de gratidão, adoração e compromisso com Deus, embora agora sejam motivadas pelo amor e pela graça de Cristo.

Na Nova Aliança, a prática do dízimo como uma obrigação legal não é enfatizada da mesma forma que na Antiga Aliança. No entanto, a ideia de dar generosamente é amplamente ensinada e encorajada nas Escrituras do Novo Testamento.

Embora o termo "dízimo" não seja frequentemente usado no Novo Testamento em relação às práticas da igreja primitiva, encontramos ensinamentos sobre dar regularmente, com alegria e de acordo com o que cada um propõe em seu coração. Em 2 Coríntios 9:7, Paulo escreve: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."

Além disso, Jesus elogiou a atitude de sacrifício da viúva pobre que deu tudo o que tinha, ressaltando que o valor de uma oferta não é determinado pelo montante, mas pelo coração por trás dela (Marcos 12:41-44).

Portanto, embora a prática específica do dízimo como uma obrigação legal da Antiga Aliança não seja enfatizada na Nova Aliança, os princípios de generosidade, sacrifício e alegria ao dar são ensinados e encorajados aos crentes. Isso significa que, enquanto alguns cristãos podem escolher seguir a prática do dízimo como uma disciplina espiritual, outros podem optar por dar de outras maneiras, desde que o façam de coração, com alegria e em resposta ao amor e à graça de Deus. O mais importante é entendermos a motivação e o objetivo de cada ação de fé que tomamos. 

As ofertas de ajuda aos necessitados e as ofertas de honra têm objetivos diferentes, embora ambas sejam importantes e válidas na prática da generosidade e da contribuição na comunidade de fé. Aqui está a diferença entre eles:

Ofertas de Ajuda aos Necessitados:

Objetivo: As ofertas de ajuda aos necessitados têm como objetivo principal suprir as necessidades materiais, físicas e emocionais dos menos favorecidos, dos pobres, dos doentes, dos órfãos, das viúvas e de qualquer pessoa que esteja passando por dificuldades e necessite de assistência.

Enfoque: Essas ofertas estão centradas na provisão de recursos básicos como comida, roupas, abrigo, cuidados médicos, educação e outros tipos de suporte prático para melhorar a qualidade de vida e aliviar o sofrimento das pessoas em situações de carência.

Princípios Bíblicos: A Bíblia ensina a importância de cuidar dos pobres e necessitados, praticando a justiça social e mostrando compaixão e solidariedade para com os menos favorecidos (Provérbios 19:17, Tiago 1:27).

Ofertas de Honra:

Objetivo: As ofertas de honra têm como objetivo reconhecer e valorizar a autoridade espiritual, o ministério pastoral, os líderes e os obreiros da igreja, demonstrando gratidão, apreço e apoio financeiro pelo seu serviço e investimento espiritual na vida da comunidade.

Enfoque: Essas ofertas estão centradas na sustentação financeira do ministério e da liderança da igreja, permitindo que eles continuem dedicando tempo, energia e recursos para ensinar, cuidar, guiar e pastorear o rebanho de Deus.

Princípios Bíblicos: A Bíblia ensina a importância de honrar aqueles que trabalham na obra do Senhor, reconhecendo seu chamado e contribuindo para seu sustento material (1 Timóteo 5:17-18, Gálatas 6:6).

Ofertas aos Necessitados:

Provérbios 19:17: "Aquele que se compadece do pobre ao Senhor empresta, e este lhe paga o seu benefício."

Mateus 25:35-36: "Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me."

Tiago 2:15-16: "Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?"

Ofertas de Honra:

1 Timóteo 5:17-18: "Os presbíteros que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o trabalhador do seu salário."

Filipenses 4:17: "Não é que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o crédito que possa aumentar a vossa conta."

Gálatas 6:6: "E que aquele que está sendo instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui."

Quando alguém refuta veementemente a prática de dízimos e ofertas, é importante abordar suas preocupações com amor, respeito e consideração pelos seus pontos de vista. Aqui estão algumas sugestões sobre como responder a essa pessoa:

Ouça atentamente: Comece ouvindo as razões pelas quais a pessoa se opõe à prática de dízimos e ofertas. Entenda suas preocupações e motivações por trás dessa visão.

Explique os princípios bíblicos: Compartilhe os princípios bíblicos que sustentam a prática de dízimos e ofertas, como a generosidade, a gratidão, a administração fiel dos recursos e o apoio à obra do Senhor.

Contextualize as Escrituras: Explique como os princípios de dízimos e ofertas são encontrados em toda a Bíblia, desde os dias do Antigo Testamento até o Novo Testamento, e como eles são aplicados na vida da comunidade de fé.

Testemunhe os benefícios: Compartilhe como a prática de dízimos e ofertas tem abençoado sua vida pessoal e a vida da comunidade de fé, mostrando exemplos de como Deus tem suprido necessidades, aberto portas e abençoado aqueles que dão com generosidade.

Enfatize a liberdade e a motivação do coração: Lembre à pessoa que a prática de dízimos e ofertas deve ser uma expressão voluntária e alegre do coração, e não uma obrigação legalista. Deixe claro que Deus valoriza a generosidade que vem de um coração voluntário e amoroso.

Respeite a liberdade de escolha: Finalmente, respeite a liberdade de escolha da pessoa. Reconheça que nem todos têm a mesma compreensão ou convicção sobre essa questão, e que é importante respeitar a diversidade de opiniões dentro do corpo de Cristo.

Ao responder a alguém que refuta veementemente a prática de dízimos e ofertas, é essencial manter uma atitude de amor, paciência e humildade, buscando construir pontes de entendimento e respeito mútuo.

Embora se opor à prática de dízimos e ofertas possa ser interpretado por alguns como uma atitude de desonra, é importante abordar essa questão com sensibilidade e compreensão. Nem sempre a oposição a essa prática é motivada por desonra intencional. Algumas pessoas podem ter preocupações legítimas, interpretações diferentes das Escrituras ou experiências pessoais que as levam a questionar ou rejeitar essa prática. Portanto, é essencial abordar essas preocupações com amor, paciência e gentileza, buscando entender as razões por trás da oposição e compartilhar os princípios bíblicos e os benefícios espirituais associados à prática de dízimos e ofertas. É possível que, através de um diálogo respeitoso e esclarecedor, essas preocupações possam ser abordadas e a compreensão mútua possa ser alcançada.

2 Coríntios 9:7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."

Lucas 6:38: "Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos deitarão no regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo."
Princípios Gerais sobre Generosidade:

Provérbios 11:25: "A alma generosa prosperará e quem dá a beber será dessedentado."

2 Coríntios 8:12: "Porque, se há prontidão de vontade, será aceita conforme o que qualquer tem, e não conforme o que não tem."

No Livro de Gênesis, especificamente, não encontramos menções diretas à prática do dízimo como mais tarde encontramos na Lei de Moisés. No entanto, há uma referência implícita ao princípio de dar uma décima parte em Gênesis 14:18-20, onde Abraão encontra Melquisedeque, o rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo:

"Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho. Ele era sacerdote do Deus Altíssimo, e abençoou Abrão, dizendo: 'Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra. E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os seus inimigos em suas mãos'. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo." (Gênesis 14:18-20)

Neste relato, Abraão dá o dízimo de tudo a Melquisedeque, reconhecendo sua autoridade espiritual e expressando sua gratidão e reverência a Deus. Embora essa não seja uma prescrição formal da prática do dízimo, muitos veem nessa passagem uma antecipação ou prefiguração do princípio do dízimo que é mais tarde instituído na Lei de Moisés.

Eu, particularmente, por entender o conceito de Abraão como pai da fé, reconheço o princípio do dízimo como uma ato de fé. Porém, minha recomendação é que você medite na palavra e tenha um dialogo intimo com o autor da Bíblia, o Espírito Santo, para que você chega ás suas conclusões e tenha o fundamento estabelecido na Rocha, que é Cristo. 

De que forma o dízimo poderia revelar o amor de Cristo pelas pessoas?

O dízimo pode revelar Cristo às pessoas de várias maneiras:

Testemunho de Generosidade: Quando os cristãos dão seus dízimos com generosidade e alegria, estão demonstrando o coração de Cristo, que deu tudo por amor a nós. Esse testemunho prático pode atrair as pessoas para Cristo ao mostrá-las o amor sacrificial que Ele tem por elas.

Sustento da Obra do Reino: Os dízimos são uma forma de sustentar a obra do Reino de Deus na Terra, incluindo a evangelização, o cuidado com os necessitados e o crescimento da igreja. Quando as pessoas veem o impacto positivo que o dízimo tem na comunidade e no mundo, podem ser inspiradas a conhecer mais sobre Cristo e o Seu amor transformador.

Comunhão e Unidade: O ato de dar o dízimo é uma expressão de comunhão e unidade com outros crentes na família de Deus. Ele promove um senso de responsabilidade compartilhada e solidariedade entre os membros da igreja, refletindo a unidade que Cristo deseja para o Seu corpo.

Confiança em Deus: Quando os crentes confiam em Deus o suficiente para dar uma parte de seus recursos financeiros de volta a Ele, estão testemunhando sua fé e dependência do Senhor. Isso pode inspirar outras pessoas a também confiarem em Deus em todas as áreas de suas vidas, inclusive em suas finanças.

A ausência da prática do princípio de dar generosamente pode ter vários efeitos negativos:

Falta de Sustento para a Obra do Reino: Quando os crentes não praticam a generosidade financeira, a igreja e as organizações cristãs podem enfrentar dificuldades para sustentar suas atividades e ministérios, afetando o alcance do evangelismo, o cuidado com os necessitados e outras obras do Reino.

Falta de Bênçãos Espirituais: A Bíblia ensina que há bênçãos associadas à prática da generosidade e do dar (Malaquias 3:10, Lucas 6:38). Portanto, a falta de dar pode resultar em uma falta de experimentar as bênçãos de Deus em nossas vidas espiritual, emocional e materialmente.

Perda da Oportunidade de Investimento Eterno: Quando não investimos nossos recursos financeiros no Reino de Deus, perdemos a oportunidade de participar do trabalho de Deus na Terra e de investir em coisas que têm significado eterno. Isso pode levar a uma sensação de falta de propósito ou realização espiritual em nossas vidas.

Falta de Crescimento Espiritual: A prática da generosidade é uma expressão de fé e confiança em Deus. Quando nos recusamos a dar, podemos perder oportunidades de crescer em nossa fé, dependência de Deus e relacionamento com Ele.

Testemunho Fraco para o Mundo: A falta de generosidade entre os cristãos pode prejudicar o testemunho da igreja perante o mundo, transmitindo a mensagem de que somos egoístas ou mesquinhos, em vez de sermos conhecidos pelo amor, generosidade e sacrifício que são características do cristianismo genuíno.

Na Nova Aliança, o princípio do dar assume uma profundidade espiritual e uma abordagem mais ampla em comparação com a Antiga Aliança. Aqui estão algumas diferenças significativas:

Motivação do Coração: Na Antiga Aliança, a prática do dar, incluindo o dízimo, era em grande parte prescrita por leis e regulamentos. Na Nova Aliança, a ênfase é mais na motivação do coração do que em uma quantia fixa ou em cumprir uma obrigação legal. O apóstolo Paulo escreve em 2 Coríntios 9:7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." Aqui, vemos que a generosidade é vista como uma expressão do coração voluntário, não como uma obrigação imposta pela lei.

Generosidade e Amor: Na Nova Aliança, o dar é frequentemente associado à generosidade e ao amor sacrificial. Jesus ensinou sobre o amor ao próximo e encorajou seus discípulos a darem livremente aos necessitados (Lucas 6:38, Mateus 25:35-40). Essa abordagem enfatiza o aspecto relacional e pessoal do dar, em vez de apenas cumprir uma obrigação religiosa.

Liberdade no Espírito: Na Nova Aliança, os crentes são chamados a viver em liberdade no Espírito (Gálatas 5:1). Isso se estende ao princípio do dar, onde os cristãos são incentivados a ouvir a orientação do Espírito Santo em suas vidas e a contribuir com generosidade de acordo com a direção de Deus, em vez de simplesmente seguir uma regra ou regulamento externo.

Atitude de Gratidão e Reconhecimento: Na Nova Aliança, o dar é frequentemente associado à gratidão e ao reconhecimento pelo que Deus fez por nós em Cristo. Paulo escreve em 2 Coríntios 9:15: "Graças a Deus pelo seu dom inefável!" Essa atitude de gratidão leva os crentes a darem livremente como uma resposta ao amor e à graça de Deus em suas vidas.

Na Nova Aliança, o princípio da generosidade e do dar é mais abrangente do que simplesmente seguir uma regra de doar uma décima parte (dízimo), como era prescrito na Lei de Moisés. Embora o dízimo possa ter sido uma prática comum na Antiga Aliança e ainda seja praticado por alguns na comunidade cristã, na Nova Aliança, a ênfase está mais na atitude do coração do que em uma quantia específica.

A Nova Aliança enfatiza a liberdade do Espírito e a motivação do coração ao dar. Paulo, em 2 Coríntios 9:7, escreve: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." Isso sugere que o ato de dar deve ser motivado pelo amor, pela alegria e pela generosidade, não por obrigação ou por uma regra fixa.

Dessa forma, enquanto o dízimo pode ser uma referência útil para algumas pessoas como uma medida inicial de generosidade, a prática do dar na Nova Aliança é mais sobre responder à orientação do Espírito Santo em nossas vidas e dar de acordo com o que Deus nos capacita e nos motiva a dar. É uma questão de relacionamento e comunhão com Deus, em que confiamos Nele para nos guiar em nossas finanças e em todas as áreas de nossas vidas.

Entendo então, que o dar segundo propõe no coração é seguir ambos os entendimentos, seja um ou seja outro, que todos estejam fundamentados no fruto do Espírito que é amor e generosidade.

Deus vos abençoe com revelação e entendimento do Espírito

Leonardo Lima Ribeiro 


terça-feira, 21 de julho de 2020

"Uma Jornada Espiritual Rumo ao Entendimento e à Maturidade"

(Täby, Suécia)

Existe uma grande divisão entre as denominações devido ao desequilíbrio no entendimento entre graça e lei. Algumas interpretam a Bíblia de forma literal, sem compreender plenamente sua mensagem e revelação. Por exemplo, o livro de Levítico é muitas vezes mal interpretado, levando a uma aplicação distorcida de suas leis e confundindo as pessoas. Por outro lado, há aqueles que abraçam uma visão de "graça libertina", interpretando erroneamente o perdão de Jesus como uma licença para viver em pecado sem consequências.

Entender a justiça de Deus requer compreender tanto a sua graça quanto a sua lei. Jesus veio para cumprir a lei, mas também veio para revelar o amor e a graça de Deus, oferecendo perdão e reconciliação aos pecadores. A justiça de Deus não se baseia apenas na observância da lei, mas também na graça e na misericórdia demonstradas através de Jesus Cristo. Em Cristo, somos justificados pela fé, não pelas obras da lei. É esse entendimento da justiça de Deus que nos liberta do legalismo e nos capacita a viver uma vida de fé, amor e obediência a Ele.

A história do Éden ilustra essa dinâmica entre a liberdade de escolha dada por Deus e a consequência da desobediência humana. No jardim, Deus deu ao homem a opção de obedecer ou desobedecer, demonstrando assim seu amor e respeito pela liberdade humana. No entanto, quando Adão e Eva escolheram desobedecer, eles experimentaram as consequências da separação de Deus e da introdução do pecado no mundo.

A lei foi dada por Deus para mostrar ao homem sua necessidade de um Salvador, não para justificá-lo. Ao observar a lei, o homem percebe sua própria imperfeição e a necessidade de redenção. A lei, portanto, aponta para Jesus Cristo como o único que pode justificar o homem diante de Deus.

Entender a justiça de Deus envolve reconhecer tanto sua graça quanto sua lei e compreender o papel de Jesus Cristo como o cumprimento da lei e o mediador da graça. É através de Cristo que somos reconciliados com Deus e justificados pela fé.

Em muitos aspectos, podemos dizer que conhecemos mais profundamente a graça de Deus à medida que amadurecemos espiritualmente. Aqui estão algumas maneiras pelas quais isso pode ser percebido:

Percepção da necessidade: À medida que crescemos espiritualmente, nossa percepção da nossa própria necessidade de graça se aprofunda. Reconhecemos mais claramente nossas fraquezas, pecados e limitações, o que nos leva a valorizar e buscar a graça de Deus de maneira mais profunda e sincera.

Experiência pessoal: Ao longo da vida, passamos por diferentes desafios, provações e momentos de arrependimento. Cada uma dessas experiências nos permite experimentar de maneira mais tangível a graça de Deus em nossas vidas. À medida que amadurecemos, acumulamos mais dessas experiências e podemos testemunhar como a graça de Deus tem sido fiel em todas as circunstâncias.

Compreensão da Palavra de Deus: À medida que estudamos e meditamos na Palavra de Deus ao longo dos anos, nossa compreensão da graça divina se aprofunda. Descobrimos novas camadas de significado nos ensinamentos bíblicos sobre a graça, e percebemos como ela permeia toda a história da redenção e transformação.

Resposta à graça: Conforme amadurecemos espiritualmente, nossa resposta à graça de Deus tende a se tornar mais madura e transformadora. Em vez de apenas aceitar a graça como um presente gratuito, começamos a responder com gratidão, adoração e um desejo renovado de viver de acordo com os princípios do Reino de Deus.

À medida que amadurecemos espiritualmente, nossa compreensão, apreciação e resposta à graça de Deus tendem a se aprofundar e se desenvolver. A graça de Deus é um oceano infinito de amor e misericórdia, e cada estágio do nosso crescimento espiritual nos permite mergulhar mais profundamente nesse oceano e experimentar mais plenamente suas maravilhas.

Romanos 3:20 - "Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseado na obediência à lei, pois pela lei vem o pleno conhecimento do pecado."

Romanos 3:21-22 - "Mas agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, testemunhada pela Lei e pelos Profetas, isto é, a justiça de Deus por meio da fé em Jesus Cristo para todos os que crêem, pois não há distinção."

Romanos 6:14 - "Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça."

Gálatas 2:16 - "No entanto, sabendo que uma pessoa não é justificada pelas obras da lei, mas sim pela fé em Jesus Cristo, também temos crido em Cristo Jesus, a fim de sermos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da lei, porque pelas obras da lei ninguém será justificado."

Gálatas 3:24-25 - "Assim, a lei foi nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Agora, porém, que a fé veio, já não estamos mais sob o controle do tutor."

Efésios 2:8-9 - "Pois pela graça vocês foram salvos, por meio da fé, e isso não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie."

Esses versículos destacam a relação entre a lei, a graça e a justificação pela fé em Jesus Cristo, que são temas abordados no texto.

Santificar as pessoas significa que elas precisam cumprir toda a Lei para serem justificadas e santas. No entanto, a própria Lei revela a incapacidade do homem de cumpri-la, pois é perfeita e o homem é imperfeito. Assim, Deus apontou para Jesus instruindo o sacerdócio levítico a sacrificar animais. O sangue desses animais era usado como justificação para o povo, simbolizando o sacrifício futuro de Jesus.

O sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos e colocava o sangue dos animais como forma de justificação, prenunciando o sacrifício de Jesus que nos justificaria. O sangue do cordeiro, que precisava ser perfeito, era sacrificado, levado ao Santo dos Santos e usado para justificar o sumo sacerdote e o povo.

Deus sempre apontou para Jesus Cristo através da Lei, dos sacrifícios e do sangue. Isso levou o povo a entender o amor de Deus, pois a Lei mostrava a incapacidade humana de ser justo. O sacerdócio levítico não era suficiente para transformar ou salvar o homem, apenas para apontar o pecado e justificar temporariamente através dos sacrifícios de animais.

Quando Jesus veio, Ele cumpriu a justiça de Deus ao ser entregue como sacrifício. Seu sacrifício perfeito nos liberta do pecado. Deus, sendo justo e amando, ofereceu Seu próprio Filho para pagar a pena do pecado, proporcionando uma oportunidade de salvação através da fé em Jesus.

Por meio da fé em Jesus, somos justificados e libertados da condenação. Assim como Jesus assumiu nossa culpa, recebemos Sua justiça pela fé Nele. Portanto, quando cremos em Jesus como nosso Senhor e Salvador, somos salvos e justificados, trocando nossa condenação por Sua inocência e justiça."

Romanos 3:22 - "Esta justiça de Deus, pela fé em Jesus Cristo, é para todos e sobre todos os que creem; porque não há distinção."

Romanos 5:1 - "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo,"

Romanos 8:1 - "Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus."

Gálatas 3:13 - "Cristo nos redimiu da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;"

2 Coríntios 5:21 - "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus."

Agora vamos para o Batismo:

Romanos 6:4 (NVI), que diz: "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova."

É uma figura da justiça de Deus, quando representa a morte e ressureição.

Ao sermos batizados, profeticamente compartilhamos da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Nesse sentido, podemos interpretar o batismo como um ato de fé da justiça de Deus, em que Ele nos concede a oportunidade de participar espiritualmente da morte de Cristo para que possamos ter uma nova vida em comunhão com Ele.

O batismo não apenas representa uma figura, mas também uma realidade espiritual. É um ato de fé que resulta em uma transformação espiritual. Por exemplo, em muitos vídeos que já assisti, as pessoas tendem a justificar sua falta de crença em certas práticas, como o dízimo ou a frequência à igreja. No entanto, para mim, o evangelho é algo simples. À medida que nos relacionamos com Deus, compreendemos que tudo se resume a um relacionamento.

Marcos 16:16 (NVI) - "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado."

Gálatas 3:27 (NVI) - "Pois todos vocês que foram batizados em Cristo se revestiram de Cristo."

Colossenses 2:12 (NVI) - "Fomos sepultados com ele na ocasião do batismo na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova."

1 Pedro 3:21 (NVI) - "E isso, simbolizado pelo batismo, agora também salva vocês, não sendo a remoção da sujeira do corpo, mas o compromisso de uma boa consciência diante de Deus. Ela salva vocês pela ressurreição de Jesus Cristo."

Falando sobre o dízimo, por exemplo, eu o pratico como um ato de reconhecimento e gratidão. Não por obrigação legalista, mas como uma expressão sincera de minha fé. Dizimar é um ato de fé porque demonstra confiança na provisão de Deus e obediência à Sua Palavra, mesmo quando não podemos ver imediatamente os resultados. Ao dar o dízimo, os crentes demonstram sua fé de que Deus suprirá todas as suas necessidades e abençoará suas vidas abundantemente.

Embora o Novo Testamento não fale especificamente sobre o dízimo da mesma forma que o Antigo Testamento, Jesus menciona a prática da justiça, da misericórdia e da fé como princípios importantes. No entanto, podemos relacionar o ato de dizimar com princípios do Novo Testamento, como a generosidade, a contribuição para a obra do Senhor e o sustento da comunidade cristã. Aqui estão algumas maneiras de relacionar o ato de dizimar com o Novo Testamento:

2 Coríntios 9:6-7 (NVI) - "Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. "Neste versículo, Paulo fala sobre a importância da generosidade no dar. Embora não mencione especificamente o dízimo, o princípio de dar com alegria e generosidade pode ser aplicado ao ato de dizimar no Novo Testamento.

1 Coríntios 16:2 (NVI) - "No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, conforme a sua renda, reservando-a para que não seja necessário fazer coletas quando eu chegar." Aqui, Paulo instrui os coríntios a reservarem uma quantia de sua renda no primeiro dia da semana para a obra do Senhor. Embora não seja explicitamente sobre dízimo, demonstra a prática regular de contribuir financeiramente para a comunidade cristã.

Lucas 6:38 (NVI) - "Deem, e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês." Jesus enfatiza o princípio da generosidade e da recompensa ao dar. Ao dar com generosidade, podemos esperar que Deus nos abençoe abundantemente.

Embora o Novo Testamento não enfatize o dízimo da mesma maneira que o Antigo Testamento, esses princípios de generosidade, contribuição e fé podem ser aplicados ao ato de dizimar, demonstrando nossa confiança na provisão e fidelidade de Deus.

Da mesma forma, acredito na importância de sujeitar-se à autoridade espiritual. Reconhecer a autoridade de alguém é essencial para o crescimento espiritual. Pessoas que ofertaram em minha vida fizeram isso porque reconheceram minha autoridade espiritual e meu papel em guiá-las na jornada de fé, por um período de crescimento.

O Evangelho também nos ensina sobre a importância da humildade. A jornada espiritual envolve aprender a servir e sujeitar-se a uma autoridade legítima. Isso não implica em submissão cega, mas em reconhecer que todos nós temos muito a aprender. Eu mesmo passei por diversas igrejas e ministérios, buscando paternidade espiritual e aprendizado. A hierarquia de serviço não é sobre exercer poder, mas sobre orientação e liderança para ajudar os outros a crescerem.

Minha experiência pessoal me ensinou que confiar em uma autoridade espiritual é essencial para o crescimento espiritual. Aqueles que se recusam a se sujeitar geralmente têm dificuldade em admitir seus erros e em crescer espiritualmente. Por isso, acredito firmemente na importância de ter um pastor e uma comunidade de fé que nos oriente e nos ajude em nossa jornada espiritual.

1 Tessalonicenses 5:12-13 (NVI): "Agora, irmãos, rogamos que acolham com respeito os que se esforçam entre vocês para administrar as coisas do Senhor e que os estimem muito, com amor, por causa do trabalho que realizam. Vivam em paz uns com os outros."

Hebreus 13:17 (NVI): "Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês."

1 Timóteo 5:17 (NVI): "Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino."

Filipenses 2:29-30 (NVI): "Portanto, recebam-no no Senhor com grande alegria e honrem todos os que são assim. Pois ele quase perdeu a vida pelo trabalho de Cristo, arriscando a própria vida para suprir o que faltava no serviço que vocês me prestaram."

Sobre ser instruído por meus líderes: 

"Quando discordava do que acabara de ouvir, preferia ponderar em silêncio, refletindo para chegar às minhas próprias conclusões. Se julgasse que estava equivocado, confiava na minha própria convicção. Então, escolhia outro momento para discutir de maneira tranquila, consciente de que não estava lidando com qualquer pessoa. Essa é uma questão que toca o âmago de cada um. 

O propósito das minhas palavras é incitar a reflexão. Dificilmente alguém assistiria a um dos meus vídeos e concluiria: 'Ah, ele está impondo o que é correto'. Tenho opiniões pessoais, algumas baseadas na fé, mas meu objetivo é estimular a reflexão. Muitos líderes hipócritas carecem de liderança. Desejam influenciar os outros, serem reconhecidos como autoridades, demonstrar experiência e sabedoria, mas falham em ouvir. 

É simples assistir a um vídeo no YouTube, ouvir uma pregação, anotar os pontos concordantes e discordantes, e seguir em frente. No entanto, quando nos submetemos, o verdadeiro beneficiado não é o líder, que já está em sua jornada; somos nós. A mentalidade arrogante, a queda da soberba, confronta-se com a jornada de Jesus. Ele abdicou de toda glória, não reivindicou ser Deus, humilhou-se e morreu na cruz, recebendo, por isso, o nome acima de todos. 

A humilhação foi o caminho que Jesus nos mostrou, descendo até o ponto mais baixo, onde nós não poderíamos ir. Sem passarmos por esse processo, permaneceremos como filhos de Deus, mas não alcançaremos a maturidade. Deus fala com todos que creem, mas Sua comunicação conosco não indica maturidade; significa apenas que Ele está presente. As pessoas têm dificuldade em se submeter. Embora tenha saído do ministério, o que vivi lá contribuiu para minha vida e ministério. O que não contribuiu, não merece ser mencionado. Tudo o que passei foi enriquecedor para minha jornada. 

Jamais seria quem sou hoje se não tivesse passado por isso, aprendendo a me submeter e a enfrentar desafios. Conheço pessoas que nunca frequentaram uma congregação e aspiram à liderança, que nunca se submeteram a ninguém. Isso é incoerente, injusto. Muitas igrejas se intitulam missionárias, mas não têm missões. Se uma igreja realiza atividades missionárias, deveria refletir esse propósito em seu nome, apoiando ou enviando missionários. Muitas vezes, falta bom senso. 

Precisamos buscar o equilíbrio, mesmo que não compreendamos completamente. Existem igrejas que focam apenas em questões internas, outras que exigem o dízimo e a oferta, mas não praticam a doação. Isso demonstra falta de sensatez. É essencial agir com coerência. Mesmo sem pastor de uma congregação física hoje, auxilio pessoas que me consideram sua autoridade espiritual, contribuindo para suas vidas, enquanto as aconselho. Reconheço a autoridade dos líderes que Deus colocou em minha vida, pois apenas quem possui autoridade reconhece a unção da autoridade. Quem respeita, é respeitado. Sempre me coloquei em uma posição de humildade genuína, buscando compreender o coração de Deus. Toda graça que recebemos decorre da nossa fé, que resulta em uma transformação comportamental. Deus nos torna humildes quando nos submetemos."

Mateus 23:12 (NVI): "Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado."

Filipenses 2:3-4 (NVI): "Não façam nada por partidarismo ou vaidade, mas com humildade considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros."

Tiago 4:6 (NVI): "Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: ‘Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes’."

1 Pedro 5:5-6 (NVI): "Semelhantemente, jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque ‘Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes’. Humilhem-se, portanto, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido."

Provérbios 22:4 (NVI): "A recompensa da humildade e do temor do Senhor é a riqueza, a honra e a vida."

Leonardo Lima Ribeiro 

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Da Escuridão à Luz: Um Testemunho de Redenção e Segunda Chance

(Geiranger, Noruega)

Durante toda a minha adolescência, mantive uma vida bem desregrada. Aos 16 anos, comecei a ceder aos excessos, e aos 18 já estava imerso em um padrão de consumo abusivo de álcool. O uso de drogas, especialmente maconha, foi uma escalada natural, culminando no meu envolvimento com cocaína aos 18 anos.

Saltarei diretamente para o momento da intervenção divina em minha vida. Dos 16 aos 29 anos, mergulhei em um ciclo vicioso de consumo excessivo de substâncias, vivenciando uma existência sem rumo. Parecia não haver saída para mim, até que, aos 28 anos, em 2008, o Espírito Santo tocou meu coração, transformando-o por completo.

Naquele ano, residia na Nova Zelândia, após ter passado por um tratamento no Brasil, na cidade de Franca, no Hospital Psiquiátrico. A internação durou 27 dias, durante os quais aguardei, expectante, por uma possível extensão de seis meses. No entanto, algo surpreendente ocorreu no vigésimo quinto dia, quando fui chamado pelo psiquiatra responsável.

O Doutor que não me lembro o nome, do Hospital Allan Kardec, em Franca, São Paulo, elucidou que, além do vício químico, minhas raízes emocionais também necessitavam de cuidado. Enfatizou que a desintoxicação seria apenas o primeiro passo; os verdadeiros desafios residiam em minhas batalhas emocionais. Essa abordagem, posteriormente, tornou-se tema recorrente em meus vídeos e discursos, onde compartilho minha jornada de transformação em Cristo.

Após receber alta, decidi seguir para a Nova Zelândia em busca de um recomeço. Já possuía algum domínio do inglês, adquirido durante minha estadia no Canadá, e planejava permanecer na Nova Zelândia por seis meses, com a possibilidade de estender esse período. Durante esse tempo, não experimentei recaídas em relação ao consumo de drogas, mas voltei a me entregar ao álcool com a mesma intensidade prévia à internação.

Este relato apenas arranha a superfície dos distúrbios emocionais, psiquiátricos e psicológicos que permeavam minha existência. Os profissionais de saúde mental frequentemente destacavam que o vício era uma mera fuga, e que o verdadeiro caminho para a cura residia na exploração e compreensão das minhas emoções e pensamentos.

Na Nova Zelândia, porém, os velhos demônios retornaram com força total: depressão, ansiedade, euforia e ataques de pânico assolavam minha mente. Recordo-me vividamente de uma ocasião, enquanto navegava pelo Orkut, quando deparei-me com o perfil de uma conhecida de Ribeirão Preto. Uma foto publicada despertou minha atenção: ali estava um antigo colega da faculdade de Medicina veterinária.

A partir desse encontro virtual, fui informado sobre a conversão dele e de outros amigos em uma igreja local. Os relatos sobre suas transformações e o impacto de Cristo em suas vidas foram como uma luz em meio às trevas que me envolviam.

Decidi, então, regressar ao Brasil em busca de uma comunidade espiritual que pudesse oferecer suporte diante da minha luta contra a depressão e os desafios emocionais. Essa jornada de busca espiritual e cura interior culminou em minha decisão de frequentar uma igreja local. 

Sara Nossa Terra foi o local onde finalmente encontrei o Evangelho explicado de maneira clara e convincente, tocando profundamente meu coração e transformando minha vida. Decidi me entregar completamente a Cristo, sendo batizado e iniciando minha jornada nos caminhos de Deus.

No entanto, por conta de circunstâncias pessoais e fraquezas próprias, acabei me envolvendo em relacionamentos mesmo dentro da igreja, por eu ainda não estar apto por devido as minhas inconstâncias emocionais acabei novamente saindo do caminho correto. Tinha iniciado um negócio de representação de energéticos, e voltado para a faculdade de Medicina Veterinária, e voltei a morar sozinho. Dentro desse relacionamento, comecei novamente a sair para beber e me drogar. Realizei uma viagem para Fortaleza, onde percebi  que as coisas tinham realmente saído do controle. Ao retornar, afundei-me novamente, afastando-me aos poucos da igreja.

Essa vez, meu afastamento foi acompanhado por uma situação deplorável no uso de drogas, onde muitas das experiências vividas se perderam na névoa do vício. Por vezes, passava-se dias sem ter a noção de sua passagem, em um apartamento que minha família me deu. Mudei-me desse apartamento para outro, também dado pela minha família, enquanto alugava o anterior. Durante esses períodos, perdi completamente a noção do tempo e das atividades diárias.

Lembro-me claramente de um momento em que, tomando banho em meu apartamento, uma voz interior, que reconheci como a do Espírito Santo, insistia para que eu fosse à casa de minha mãe e permanecesse lá. Mesmo sem entender completamente essa instrução, entrei no carro e segui em direção à casa dela. Ao chegar lá, a situação só piorava. Permaneci por algum tempo na casa de minha mãe, enquanto a situação se deteriorava ainda mais.

Fiquei confinado em seu quarto por um período que pareceu interminável, quinze longos dias mergulhado em um turbilhão de pensamentos sombrios e angústia incontrolável. Foi então que, em meio à escuridão que me envolvia, conheci uma pessoa que se tornaria um catalisador para o meu declínio ainda maior: um traficante local.

Ele oferecia suas mercadorias na porta da casa da minha mãe, uma tentação que se revelou difícil de resistir. Comprava drogas, mergulhando mais fundo em um abismo de autodestruição. Logo, vi-me incapaz de manter-me funcional. Meus compromissos foram sendo deixados de lado, meu trabalho abandonado.

Desesperado, busquei amigos em busca de uma solução para minha angústia. Propostas de ajuda surgiram, mas eu já estava tão imerso em meu próprio desespero que mal conseguia enxergar uma saída. Era como se estivesse afundando em um pântano de vício e desespero, incapaz de encontrar uma saída.

Enquanto isso, os sinais de declínio se tornavam cada vez mais evidentes. Minha saúde física e mental sofria um declínio acentuado, refletido em um emagrecimento significativo e alucinações perturbadoras. Lembro-me vividamente de um episódio em que vi objetos se movendo diante de mim, uma manifestação clara do estado caótico da minha mente.

Um traficante, cujas mercadorias alimentavam meu vício, foi o mensageiro de um aviso sombrio: minha vida estava por um fio. Foi um alerta que ecoou profundamente em minha alma, despertando um arrependimento doloroso e uma súplica silenciosa por misericórdia divina.

Naquele momento de desespero, experimentei uma sensação de renovação, uma luz no fim do túnel em meio à escuridão que me envolvia. Foi como se uma mão invisível tivesse me erguido das profundezas do abismo, oferecendo-me uma segunda chance de vida. No entanto, mesmo diante desse milagre, eu hesitei em abandonar meus velhos hábitos. Apeguei-me à minha rotina autodestrutiva, incapaz de compreender plenamente a magnitude da graça que me foi concedida. Então, uma oportunidade surgiu, uma chance de recomeço em Porto de Galinhas, Pernambuco.

Então, com 25 quilos a menos eu estava deitado na cama, recordo-me claramente de estar com o notebook no colo, assistindo a alguns vídeos. Naquele momento, eu estava sofrendo alucinações; via fotos das pessoas nos vídeos, mas essas imagens eram estáticas, não vídeos propriamente ditos. Lembro-me distintamente das palavras do traficante, alertando-me para agir com cautela, pois meu corpo começaria a se contrair quando a overdose se aproximasse, e isso significaria o fim. 

E foi exatamente o que aconteceu: comecei a sentir minhas pernas contraindo, começando pelos pés e subindo pelo tronco até o pescoço. Quando meu rosto começou a se contrair, como ele havia previsto, pensei que era o fim. No entanto, um profundo arrependimento tomou conta de mim e, em um impulso, clamei por misericórdia ao Senhor, pedindo uma segunda chance, pois não queria morrer.

Foi então que toda a sensação de câimbra e contração que havia tomado meu corpo começou a retroceder. Acredito que, naquele momento, a morte estava prestes a me levar, como se o Anjo da Morte estivesse presente, mas meu pedido de socorro a Jesus reverteu aquela situação. Foi um momento de restauração incrível, onde a morte perdeu sua presa sobre mim.

Curiosamente, quando finalmente me senti restabelecido, sentei-me na cama, com uma cerveja gelada na mesa ao meu lado, acendi um cigarro e continuei bebendo, como se nada tivesse acontecido. Era como se eu estivesse insensível ao milagre que acabara de ocorrer. Nos dias seguintes, continuei bebendo e usando drogas, sem uma compreensão real do que havia acontecido.

E então, de repente, surgiu a oportunidade de ir para Porto de Galinhas. Não tenho ideia de como consegui comprar a passagem e lidar com todas as questões práticas, estando em um estado tão debilitado. Meus pais, possivelmente influenciados pelo Espírito Santo, permitiram que eu partisse, mesmo diante de um cenário tão sombrio. Ao chegar em Porto de Galinhas, encontrei um amigo com um negócio promissor e, embora ele não soubesse da minha situação, acreditei na oportunidade como uma possível salvação. Então, embarquei nessa jornada, mesmo estando fisicamente e emocionalmente abalado.

Esse amigo ofereceu-me a oportunidade de se juntar a ele em um empreendimento promissor. Era a oportunidade de escapar do ciclo vicioso que me aprisionava, mas, mais uma vez, minha determinação foi enfraquecida pela influência devastadora das drogas. Apesar dos meus esforços para mudar minha vida, percebi que estava numa encruzilhada. Precisava desesperadamente de uma mudança, mas parecia incapaz de dar o primeiro passo em direção à sobriedade e à redenção. Foi então que, num momento de clareza, decidi buscar ajuda divina.

Encontrei refúgio em uma igreja local, onde fui acolhido pelo diácono Amaro. Sob sua orientação amorosa, iniciei uma jornada de cura espiritual e renovação. Foi um processo árduo e doloroso, marcado por desafios e recaídas, mas, com o apoio da comunidade da igreja e minha fé inabalável, a condição que a graça de Deus me forneceu, encontrei força para superar a maior parte das minhas deformidades e conflitos internos. 

Todos os dias, de segunda a sexta-feira, às 5 da manhã, iniciava-se a reunião. Encontrei um apartamento cerca de uma hora a pé, pois estava sem carro em Porto de Galinhas. Pontualmente às 4:00 da manhã, partia de casa em direção à Igreja Presbiteriana de Porto de Galinhas, onde participava da reunião de oração das 5 às 6. Após o término da reunião, retornava para casa. O condomínio onde estava hospedado oferecia área de lazer com churrasqueira e piscina. Era frequente adquirir cerveja e cigarros para consumir após a reunião.

Um dia, durante esses encontros pós-reunião, conheci um grupo de pessoas de São Paulo. Em meio a conversas amigáveis, um deles, com origens italianas, brincou sobre minha mudança de hábitos desde que comecei a frequentar a igreja. Gradualmente, fui me afastando dos antigos padrões. Mesmo ao comprar cerveja e cigarros, após a reunião, percebia que algo havia mudado. O gosto já não era o mesmo, como se algo dentro de mim estivesse se transformando.

Numa reviravolta surpreendente, acabei me envolvendo cada vez mais com a igreja local. Deixei para trás os velhos hábitos e até mesmo desfiz uma sociedade que havia estabelecido anteriormente. Anos mais tarde, já casado, busquei reconciliação com aqueles com quem havia me desentendido, mas nem todos estavam dispostos a perdoar.

Essas experiências me fizeram refletir sobre o perdão e o peso do passado em nossas vidas. Embora não seja possível voltar atrás, reconheço o valor do perdão e da libertação que ele proporciona. A jornada espiritual que empreendi desde então foi marcada por encontros providenciais e transformações profundas.

Nessa época, fui acolhido por um irmão na fé, Amaro, um pescador local que se tornou uma verdadeira bênção em minha vida. Seu apoio e orientação foram fundamentais para minha caminhada espiritual. Através dele, compreendi a amplitude do amor de Deus, capaz de alcançar mesmo os mais perdidos e desgarrados.

Hoje, olho para trás e vejo como Deus usou cada pessoa e cada experiência para me conduzir a um novo caminho. Sou grato pela transformação que Ele operou em minha vida, tirando-me da escuridão do pecado e conduzindo-me a uma vida com propósito e significado. Sua graça e amor são reais, e sou testemunha viva disso em minha própria história.

Depois disso muita coisa aconteceu, e os detalhes serão contados em um livro no futuro. 

Hoje, olho para trás e vejo o quão longe cheguei desde aqueles dias sombrios. Sou grato pela segunda chance que me foi concedida e pela oportunidade de viver uma vida livre das correntes do vício. Minha história é um testemunho do poder transformador da fé e da redenção, e espero que possa inspirar outros a encontrarem sua própria jornada de cura e renovação.

Se olharmos para os relatos que compartilhei, é evidente como a narrativa demonstra a dependência total da graça de Deus. Em cada situação, desde os momentos de afastamento da fé até os períodos mais sombrios de vício e desespero, não há nada que sugira mérito próprio ou capacidade de saída por conta própria.

Desamparo nas Drogas: Eu descrevo como, mesmo com todas as tentativas de sair do vício, acabei ainda mais profundamente envolvido. Isso ilustra a incapacidade humana de se libertar de suas próprias correntes.

O Chamado de Deus: Mesmo quando tudo parecia perdido e a morte parecia iminente, é perceptível como o meu pedido de socorro não veio de uma posição de retidão ou mérito próprio. Eu estava completamente entregue ao vício, mas o clamor por ajuda veio como um reconhecimento da sua completa incapacidade de se salvar.

Provisão Divina: A oportunidade de recomeçar em Porto de Galinhas, o convite para um novo empreendimento e até mesmo a jornada até lá são todos exemplos da provisão divina. Não havia mérito ou capacidade própria em qualquer uma dessas situações, mas sim uma intervenção divina que abriu caminhos onde não havia saída.

Arrependimento e Restauração: Mesmo após receber a segunda chance, você reconhece que continuou a cair nas armadilhas do vício. Isso demonstra como a libertação e a restauração não foram conquistadas por esforço próprio, mas foram presentes da graça de Deus, que agiu apesar da sua fraqueza e falha contínuas.

Em resumo, meu testemunho destaca a realidade bíblica de que "não há um justo, nem um sequer" (Romanos 3:10) e que "toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto" (Tiago 1:17). Minha história é um testemunho poderoso da graça de Deus que opera mesmo nas situações mais desesperadoras e nas vidas mais fracas.

Leonardo Lima Ribeiro 

Jesus: Um Chamado à Compreensão Profunda e à Comunhão Autêntica

(Täby, Suécia)

Quando Jesus chegou à região de Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: 'Quem os outros dizem que eu sou?' Eles responderam: 'Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas'. 'E vocês?', perguntou ele. 'Quem vocês dizem que eu sou?' Simão Pedro respondeu: 'Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo'. Jesus respondeu: 'Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isso não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus. 

E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus'. Então ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo." (Mateus 16:13-20)

Cada grupo tinha sua própria interpretação, sua própria expectativa sobre quem Jesus era.

Porque Só o Espirito Santo pode mostrar Jesus como Ele é:

Mateus 16:15-16: "Mas e vocês?”, perguntou ele, “Quem vocês dizem que eu sou? ” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.

Marcos 8:29: "E ele perguntou-lhes: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Pedro, respondendo, lhe disse: Tu és o Cristo."

Lucas 9:20: "Indagou-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: O Cristo de Deus."

E então Jesus, depois de ouvir as respostas dos discípulos sobre o que as pessoas pensavam dele, faz a pergunta mais crucial: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" Essa é a pergunta que realmente importa. Não importa o que os outros dizem, importa o que você diz. Pedro, então, respondeu: "Tu és o Cristo".

Além da resposta de Pedro, outros discípulos também expressaram suas percepções sobre a identidade de Jesus em outros contextos. Aqui estão alguns exemplos:

João Batista: Em João 1:29-34, João Batista testifica que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e confirma sua identidade como o Filho de Deus.

Natanael: Em João 1:49, Natanael declara sua fé em Jesus, reconhecendo-o como o Filho de Deus e o Rei de Israel.

Marta: Em João 11:27, Marta expressa sua convicção de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, aquele que havia de vir ao mundo.

E essa é a resposta que Jesus espera de cada um de nós. Ele não quer apenas ser uma figura histórica, um líder sábio ou um milagreiro, Ele quer ser reconhecido como o Cristo, o Filho de Deus, o Salvador. Essa é a base da verdadeira comunhão entre os cristãos: reconhecer e aceitar Jesus como Ele é, como o Cristo, e viver de acordo com essa verdade.

Então, quando falamos sobre as divisões nas denominações e nas igrejas, muitas vezes isso decorre de diferentes interpretações e expectativas sobre quem Jesus é. Mas o cerne da questão é se reconhecemos e aceitamos a verdadeira identidade de Jesus Cristo como o Cristo, o Filho de Deus.

Toda essa compreensão não vem apenas pela carne e pelo sangue, mas pelo Espírito. É o Espírito Santo que nos revela quem Jesus realmente é, e é através dessa revelação que podemos nos unir no mesmo espírito. Então, por mais que nos esforcemos para entender as diferentes doutrinas e interpretações, a verdadeira comunhão e unidade entre os cristãos só podem ocorrer quando reconhecemos Jesus como Cristo, revelado pelo Espírito Santo. É através dessa revelação que somos capacitados a amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos, como Jesus nos amou.

Assim, o cerne da questão não está nas diferenças doutrinárias ou nas interpretações individuais, mas sim na revelação de Jesus pelo Espírito Santo, que nos une como um só corpo em Cristo.

Quando Jesus proclama 'Vinde a mim os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei', ele não está apenas oferecendo alívio para o peso que carregamos, mas também está convidando-nos a aprender com ele. Nessa declaração, Jesus revela não apenas sua compaixão infinita, mas também sua mansidão e humildade. Ele se apresenta como um mestre acessível, pronto para ensinar e orientar aqueles que reconhecem sua própria necessidade e buscam sua ajuda.

Ao fazer referência à sua própria mansidão e humildade, Jesus nos convida a adotar essas qualidades em nossas próprias vidas. Ele nos chama para seguir seu exemplo, mostrando-nos que o verdadeiro poder reside na gentileza e na humildade, e não na força ou na autoridade opressiva.

Além disso, Jesus nos lembra da importância de amar o próximo como ele nos amou. Ele nos ensina que o amor altruísta e sacrificial é o cerne de sua mensagem e exemplo de vida. Portanto, ao aceitar seu convite para aprender com ele, somos desafiados a cultivar um amor compassivo e abnegado pelos outros, seguindo o padrão estabelecido por Jesus.

Essa profundidade de significado por trás das palavras de Jesus nos lembra que seu convite vai além de um simples alívio para nossas cargas físicas e emocionais. Ele nos convida a uma jornada de transformação espiritual, moldando-nos à sua imagem de mansidão, humildade e amor incondicional."

Então, qual é a doutrina de Jesus? 

Essa é uma perspectiva profunda e transformadora sobre a doutrina de Jesus, quem Ele é?! 

A doutrina de Jesus é o amor. Quando compreendemos o amor que Jesus tem por nós, isso muda fundamentalmente nossa visão da igreja e do mundo ao nosso redor. Esse amor não apenas nos transforma individualmente, mas também nos capacita a enxergar as outras pessoas com os olhos de Cristo.

Esse amor de Jesus é pessoal e profundo, alcançando cada aspecto de quem somos. Ele nos ama incondicionalmente e deseja ter um relacionamento íntimo conosco. Quando nos rendemos a esse amor, somos transformados e capacitados a amar os outros da mesma maneira.

Como Ele nos ama incondicionalmente, somos chamados a amar os outros da mesma maneira. Esse amor transcende diferenças e preconceitos, nos capacitando a ver cada pessoa como alguém por quem Jesus morreu e deseja salvar. Aqueles que creem são salvos pela graça através da fé em Jesus Cristo, revelada pelo Espírito Santo.

Portanto, a essência da doutrina de Jesus é o amor que Ele demonstrou por nós na cruz, e é esse amor que nos capacita a viver de maneira transformada e a compartilhar esse amor com o mundo ao nosso redor, é aprofundar cada vez mais nosso entendimento e experiência desse amor transformador, permitindo que Ele nos molde à Sua imagem e nos capacite a viver uma vida cheia de amor, graça e verdade

O ponto de vista que estou apresentando destaca como as pessoas podem moldar suas crenças de acordo com os valores e as influências predominantes em suas vidas. Ao mencionar o "deus deste século", refere-se muitas vezes à ideia de idolatria das coisas materiais, do poder ou de outras formas de sucesso mundano. Nesse contexto, algumas pessoas podem reinterpretar a figura de Jesus para se alinhar com essas prioridades mundanas, criando uma versão de Jesus que justifica ou apoia suas ambições terrenas.

Da mesma forma, quando menciona aqueles que fazem da lei de Moisés o seu "Jesus", refere-se àqueles que seguem estritamente as prescrições e os mandamentos da lei, muitas vezes sem compreender o espírito por trás dessas leis ou sem considerar os ensinamentos mais amplos de compaixão e amor ao próximo.

A frase "tudo aquilo que você adora, você se torna" aponta para a ideia de que aquilo em que você investe sua devoção e energia acaba moldando quem você é como pessoa. Se alguém coloca sua devoção em valores materiais ou em regras religiosas rigorosas, isso pode influenciar sua identidade e suas ações de maneira significativa.

Em última análise, essa reflexão sugere a importância de uma busca sincera pela verdade espiritual e pelo entendimento mais profundo dos ensinamentos religiosos, a fim de evitar a armadilha de criar uma versão distorcida de Jesus ou de qualquer outra figura religiosa que sirva apenas aos nossos próprios desejos e expectativas.

E se formos mais além:

Essa observação destaca como nossas crenças e interpretações religiosas podem influenciar nossas atitudes e comportamentos em relação aos outros. Quando alguém idolatra Mamom, que representa a riqueza e o materialismo, é provável que sua perspectiva religiosa seja centrada no sucesso material e na prosperidade financeira. Eles podem interpretar o evangelho de acordo com esses valores, buscando a aprovação de Deus através da conquista de riquezas e bens materiais.

Por outro lado, aqueles que adotam uma abordagem legalista baseada na lei de Moisés podem se tornar mais propensos a julgar e condenar os outros com base em padrões rígidos de comportamento moral. Eles podem se concentrar mais em apontar o pecado e em julgar os outros do que em demonstrar amor e compaixão.

Essa dinâmica ressalta a importância de uma compreensão equilibrada e compassiva da fé religiosa. É fundamental evitar extremos, seja na busca obsessiva por riqueza material ou na aplicação severa e inflexível da lei religiosa. Em vez disso, o verdadeiro evangelho promove valores de amor, compaixão, perdão e justiça, convidando-nos a buscar uma conexão mais profunda com Deus e a viver de maneira a refletir esses valores em nossas interações com os outros.

"Cada pessoa cria sua própria imagem de Jesus. Há o Jesus da paz e do amor, que se diz ter morrido para nos libertar, mas muitos ainda se sentem aprisionados. É o Jesus filosófico, o Jesus da paz e do amor, cuja mensagem parece não ter impacto real na vida das pessoas. O Jesus que cada um de nós imagina é moldado pelas nossas próprias expectativas. Por isso, quando não estamos dispostos a abandonar essas expectativas, torna-se difícil enxergar Jesus como ele realmente é. Ao longo da história, especialmente nos tempos de Jesus, como os fariseus e até mesmo Judas, as pessoas esperavam um libertador que as tirasse de sua condição de opressão. Porém, quando Jesus foi preso, permaneceu calado e não desceu da cruz, essas expectativas foram frustradas. E essa frustração impediu que muitos vissem a verdadeira natureza dele."

"A decisão de conhecer verdadeiramente Jesus, como ele é, é crucial. Caso contrário, corremos o risco de construir uma versão dele que se encaixe em nossas próprias expectativas, intelecto ou interpretações doutrinárias.

Essa tendência à diversidade de percepções sobre Jesus frequentemente resulta na multiplicidade de igrejas e denominações, cada uma moldando sua própria compreensão e prática da fé. Embora possamos afirmar que seguimos o mesmo Espírito e adoramos o mesmo Jesus, a realidade é que nossas interpretações e entendimentos podem variar consideravelmente.

A verdadeira revelação de Jesus, iluminada pelo Espírito Santo, tem o poder de unir o corpo de Cristo, ao invés de dividi-lo. É quando nos permitimos ser guiados pelo Espírito que transcendemos as barreiras da carne, das interpretações humanas e das doutrinas sectárias que podem nos separar. Em vez disso, é a busca sincera pela verdade espiritual e a comunhão com o Espírito que nos ajuda a encontrar uma unidade genuína na fé."

"O Espírito de Deus tem o poder de unir todos aqueles que têm a revelação genuína de Cristo. Os apóstolos, ao disseminarem a mensagem em diferentes lugares, transmitiram a mesma doutrina impulsionados pelo Espírito Santo, formando discípulos de Jesus Cristo. Independentemente das diferenças culturais, essas comunidades se uniram como um só corpo, um só Espírito, uma só fé e um só batismo.

No entanto, ao longo do tempo, divisões surgiram não por influência do Espírito Santo, mas por intervenção humana e, possivelmente, influências malignas. As doutrinas introduzidas pelos homens, ao invés de serem fundamentadas em Cristo e no Espírito, começaram a fragmentar o corpo de Cristo. Essas divisões foram exacerbadas pelas interpretações individuais e pelas agendas teológicas, levando à desunião na comunidade cristã.

Portanto, é essencial retornar ao fundamento de Cristo e à orientação do Espírito Santo para superar essas divisões criadas pelo homem. A verdadeira unidade na fé deve ser buscada com base na revelação de Cristo e na inspiração do Espírito de Deus, transcendendo as interpretações e doutrinas humanas que nos separam."

Vejamos: 

Sobre a diversidade cultural sendo superada pela unidade em Cristo:

Gálatas 3:28: "Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus."

Sobre a importância do Espírito Santo na unidade da fé:

Efésios 4:3: "Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz."

Sobre a importância de fundamentar nossa fé em Cristo:

Colossenses 2:6-7: "Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão."

Sobre o perigo das divisões causadas por doutrinas humanas:

Colossenses 2:8: "Cuidado que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se baseiam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, em vez de se basearem em Cristo."

Sobre a unidade na fé através do Espírito Santo:

1 Coríntios 12:13: "Pois todos nós fomos batizados por um só Espírito, a fim de sermos um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres, e a todos nós foi dado beber de um só Espírito."

"Quando nos aproximamos de Deus através da oração, do jejum, da meditação na Palavra e da comunhão com Ele, abrimos espaço para uma compreensão mais íntima de quem Ele é. Ele transcende a mera compreensão doutrinária e se revela como uma presença viva e pessoal em nossas vidas.

Ao cultivarmos essa relação pessoal com Deus, Ele nos conduz além das divisões criadas pelos homens e nos permite reconhecer a essência comum da fé em Jesus Cristo. Em vez de nos apegarmos rigidamente às nossas próprias interpretações doutrinárias ou expectativas pessoais, somos convidados a buscar uma comunhão autêntica com Ele.

Nesse espaço de comunhão íntima com Deus, somos capacitados a enxergar além das diferenças superficiais e a nos unir em amor e unidade com nossos irmãos e irmãs na fé. É através desse relacionamento transformador com Deus que encontramos a verdadeira fonte de comunhão e unidade entre os cristãos, independentemente de suas denominações

Sobre a importância da comunhão íntima com Deus:

Tiago 4:8: "Cheguem perto de Deus, e Deus se chegará a vocês. Lavem as mãos, pecadores; purifiquem o coração, vocês que são indecisos."

Sobre a unidade dos crentes em Cristo:

Efésios 4:3: "Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz."

Sobre a transcendência da compreensão doutrinária pela relação pessoal com Deus:

João 17:3: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste."

Sobre o papel do Espírito Santo na unificação dos crentes:

1 Coríntios 12:13: "Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito."

Sobre o amor como vínculo de perfeição e unidade:

Colossenses 3:14: "E, sobre tudo isto, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição."

Essas reflexões são profundas e nos convidam a uma análise pessoal e espiritual sobre a natureza da nossa fé e adoração. O questionamento sobre qual Jesus estamos adorando é crucial, pois muitas vezes criamos uma imagem de Jesus que se alinha com nossas próprias expectativas e desejos, transformando nossas próprias necessidades e vontades em um ídolo.

A referência a adorar o próprio ventre, encontrada em Judas 1:16, destaca como podemos nos tornar escravos de nossos próprios desejos e expectativas, colocando-os acima do verdadeiro propósito de nossa adoração a Deus.

O livro de Judas é uma carta breve, composta por apenas 25 versículos, e aborda principalmente a questão da apostasia e da necessidade de permanecer firme na fé em meio à influência de falsos mestres e ensinamentos distorcidos dentro da comunidade cristã. Vou analisar o capítulo como um todo para aprofundar a compreensão sobre a referência à adoração do próprio ventre.

O capítulo de Judas começa com uma saudação padrão, onde Judas se identifica como servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, e então passa a abordar diretamente o propósito de sua carta. Ele expressa sua preocupação com a necessidade de exortar os crentes a lutar pela fé que foi entregue uma vez por todas aos santos, contra os falsos mestres que haviam se infiltrado entre eles (versículos 3-4).

Judas então descreve esses falsos mestres como pessoas ímpias que distorcem a graça de Deus para satisfazer seus próprios desejos sensuais e arrogantes. Ele os compara a pessoas que rejeitaram a autoridade de Deus no passado e foram destruídas por sua própria rebelião (versículos 5-7). Aqui já vemos a ideia de satisfazer os próprios desejos e a consequência de tal atitude.

Em seguida, Judas oferece uma série de exemplos de como esses falsos mestres se comportam, destacando sua falta de reverência por figuras de autoridade, sua arrogância e suas tendências imorais. Ele os compara a nuvens sem água e árvores sem frutos, sugerindo que são inúteis e infrutíferos espiritualmente (versículos 8-16).

É neste contexto que encontramos a referência à adoração do próprio ventre no versículo 16. Aqui, Judas está destacando a natureza egocêntrica e indulgente desses falsos mestres, que colocam seus próprios desejos e prazeres acima da vontade de Deus. Ao invés de buscar a santidade e a vontade divina, eles buscam apenas satisfazer seus próprios impulsos carnais, tornando-se escravos de seus próprios desejos.

Essa adoração do próprio ventre é uma forma de idolatria, onde os desejos pessoais e as necessidades físicas são colocados no lugar de Deus. Em vez de buscar a orientação e a vontade de Deus em suas vidas, esses falsos mestres seguem seus próprios instintos e apetites, colocando-se no centro de sua própria adoração e colocando seus próprios desejos acima dos princípios e valores espirituais.

Eu quero apontar corretamente que Jesus não veio para satisfazer nossas expectativas terrenas, mas para revelar o Pai e nos conduzir à verdadeira compreensão de quem Deus é. Às vezes, nossas expectativas podem ser frustradas, mas isso pode ser parte do amor de Deus por nós, permitindo-nos ver além de nossas próprias limitações e compreender a verdade mais profunda de Sua natureza e propósito.

Novamente eu digo: é essencial buscar uma relação autêntica e íntima com Deus, permitindo que Ele nos revele a verdade sobre Si mesmo, mesmo que isso signifique abandonar nossas próprias expectativas e desejos. Somente assim podemos conhecer a Deus como Ele é verdadeiramente e experimentar a plenitude de Sua graça e amor em nossas vidas.

Sobre a importância de conhecer a verdadeira natureza de Deus além de nossas expectativas pessoais:

João 4:24: "Deus é Espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade."

Sobre a vontade de Deus de nos revelar Sua verdadeira natureza:

João 14:9: "Jesus respondeu: ‘Filipe, eu estou há tanto tempo com vocês, e ainda não me conhece? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostre-nos o Pai’?"

Sobre a confiança em Deus mesmo quando nossas expectativas são frustradas:

Provérbios 3:5-6: "Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas."

Sobre a busca pela verdadeira sabedoria e entendimento de Deus:

Provérbios 9:10: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento."

Sobre a importância de buscar a vontade de Deus acima de nossas próprias vontades:

Mateus 6:10: "Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu."

No contexto do livro de Judas, há uma ênfase na necessidade de discernimento espiritual e de evitar ser enganado por falsos mestres e doutrinas distorcidas. Isso se relaciona com a importância de conhecer Jesus como ele realmente é, em oposição a uma versão distorcida ou mal interpretada dele. Assim como Judas alerta contra a falsidade e a manipulação no contexto espiritual, reconhecer a verdadeira identidade e natureza de Jesus é fundamental para evitar ser conduzido ao erro ou à idolatria.

Leonardo Lima Ribeiro 

Uma Abordagem Bíblica para o denominacionalismo

(Pomerode, Santa Catarina) Ao longo de minha jornada ministerial, tenho refletido sobre as experiências que vivi, tanto positivas quanto neg...