terça-feira, 30 de abril de 2024

A verdadeira vida no Espírito (pt1)

(Alesund, Noruega)

O jejum é a declaração de fé do entendimento que da consciência de que você foi crucificado com Cristo:

O Jejum, portanto, é um ato de fé que declara que você esta sepultado, e vive agora uma realidade de ressureição. 

Romanos 6:3-4 (NVI): "Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova".

No batismo você recebeu a morte de Jesus e quando você foi retirado das águas recebeu a vida de Cristo

João 3:3-7 (NVI): "Jesus respondeu: 'Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo'. 'Como alguém pode nascer, sendo velho?', perguntou Nicodemos. 'É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!' Jesus respondeu: 'Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito'."

Na verdade você só foi para o batismo das águas porque você creu em Jesus Cristo:

Marcos 16:16 "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."

Irmãos eu quero deixar uma coisa bem clara, muitas coisas na Bíblia você pode interpretar como uma figura e outras você pode interpretar como uma tipo, exemplo:

Salomão é um tipo de Cristo:

Algumas semelhanças entre Salomão e Cristo incluem:

Sabedoria e Conhecimento: Salomão é conhecido por sua sabedoria e discernimento, enquanto Jesus é frequentemente retratado como a personificação da sabedoria divina.

Realeza: Salomão foi um grande rei que reinou em paz e prosperidade sobre Israel, enquanto Jesus é conhecido como o Rei dos Reis.

Construção do Templo: Salomão construiu o Templo em Jerusalém, que era o centro da adoração para os israelitas. Da mesma forma, Jesus é visto como o cumprimento espiritual do Templo, representando a presença de Deus entre as pessoas.

Na teologia, as figuras e as tipificações são conceitos relacionados, mas distintos:

Figura: Uma figura é uma pessoa, evento ou objeto do Antigo Testamento que é visto como tendo um significado ou relevância para o Novo Testamento. As figuras podem ser pessoas (como Adão, Moisés, Davi), eventos (como o Êxodo, o Dilúvio) ou objetos (como o Templo, o sacrifício do cordeiro pascal). As figuras geralmente possuem características ou experiências que prenunciam ou apontam para aspectos da vida, ministério ou significado de Jesus Cristo.

Tipificação: A tipificação é um tipo específico de figura, em que um evento, pessoa ou objeto do Antigo Testamento é visto como prefigurando ou antecipando algo que será completamente revelado no Novo Testamento, especialmente em Cristo. Por exemplo, o cordeiro sacrificado no Antigo Testamento é tipificado como prefigurando o sacrifício de Jesus Cristo no Novo Testamento.

Em resumo, todas as tipificações são figuras, mas nem todas as figuras são tipificações. As tipificações são figuras que têm um significado específico e direto para a compreensão do cumprimento em Cristo no Novo Testamento.

Outra figura usada na Bíblia é a da água:

A água é frequentemente usada como uma figura ou símbolo do Espírito Santo em várias passagens da Bíblia. Aqui estão algumas delas:

João 7:37-39: Nesta passagem, Jesus está ensinando durante a Festa dos Tabernáculos e Ele diz: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva." João explica que Jesus estava se referindo ao Espírito Santo, que seria dado aos que nele cressem.

João 3:5: Jesus fala a Nicodemos sobre a necessidade de nascer de novo e diz: "Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus." Aqui, a água é frequentemente interpretada como simbolizando o batismo, enquanto o Espírito Santo é o agente da regeneração espiritual.

1 Coríntios 12:13: Paulo escreve: "Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito." Neste versículo, o batismo no Espírito é comparado com beber da mesma fonte espiritual, que pode ser comparada à água.

Dai podemos observar uma dinâmica da manifestação do Espirito santo em eventos sobrenaturais:

Logos:

No texto de João 1:1 da Bíblia, "Logos" é uma palavra grega que pode ser traduzida como "Palavra". A passagem em questão é uma das mais profundas e teologicamente ricas do Novo Testamento:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."

A palavra "Logos" aqui é usada para se referir a Jesus Cristo, como a encarnação da Palavra de Deus. Na teologia cristã, essa passagem é interpretada como indicando que Jesus, o Verbo, é eterno, divino e estava presente desde o princípio, sendo igual a Deus. Essa interpretação está ligada à doutrina da Trindade, que afirma que Deus é composto por três pessoas distintas: o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo, mas ainda é uma única essência divina.

O termo "Logos" também era familiar para o público grego de João, pois tinha conotações filosóficas, especialmente na filosofia de Heráclito e Platão. Para Heráclito, o "Logos" representava a razão universal ou ordem cósmica que governava o mundo, enquanto para Platão, era a ideia de uma inteligência ou mente divina que criou e ordenou o universo. A escolha desse termo por João para descrever Jesus implica uma conexão entre a sabedoria divina manifestada em Cristo e a compreensão grega do Logos como uma força criativa e ordenadora.

Rhema:

Na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, "Rhema" é uma palavra grega que se refere a uma palavra falada, uma declaração, uma comunicação específica ou uma mensagem verbalizada. Enquanto "Logos" (como em João 1:1) refere-se à Palavra de Deus como um todo, "Rhema" é mais específico, denotando uma palavra ou expressão particular proferida ou comunicada em um contexto específico.

A distinção entre "Logos" e "Rhema" pode ser entendida desta forma:

Logos: Refere-se à Palavra de Deus em seu sentido amplo e abrangente, como a revelação divina, a sabedoria eterna e a ordem cósmica.

Rhema: Refere-se a uma palavra específica ou uma declaração verbalizada dentro do contexto da revelação divina, geralmente associada a uma comunicação direta de Deus, uma promessa, um mandamento ou uma instrução específica.

Por exemplo, em Efésios 6:17, Paulo fala sobre "a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Rhema tou Theou). Aqui, "Rhema" é usado para descrever a palavra específica de Deus que é proferida para combater o mal espiritual.

Essa distinção é importante na interpretação bíblica e na compreensão da revelação divina, pois reconhece tanto a natureza abrangente e eterna da Palavra de Deus quanto a relevância e aplicação específicas das suas declarações e comunicações para as nossas vidas.

Facilitando para seu entendimento, Rhema seria a expressão da palavra em uma compreensão que gera algum tipo de vida de Deus (zoe) em nós. 

Zoe:

A palavra "Zoe" na Bíblia é um termo grego que se refere à vida em seu sentido mais amplo e pleno. Em contraste com a palavra grega "bios", que se refere à vida física ou biológica, "Zoe" denota uma vida de qualidade superior, espiritual e eterna.

Em muitos casos na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, "Zoe" é usada para descrever a vida abundante e eterna que é encontrada em Jesus Cristo. Por exemplo:

Em João 10:10, Jesus diz: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância" (Zoe em grego).

Em João 3:16, é dito que quem crê em Jesus "tenha a vida eterna" (Zoe).

Essas passagens e outras destacam que a vida verdadeira e plena é encontrada em Jesus Cristo e na fé Nele. Essa vida não é apenas uma existência biológica, mas é caracterizada pela comunhão com Deus, pela redenção, pela esperança e pela eternidade. Assim, "Zoe" na Bíblia aponta para uma dimensão espiritual e transcendente da vida que vai além das limitações do tempo e do espaço.

Então:

Logos + Rhema = Zoe que produz Dunamis 


A palavra "dunamis" na Bíblia é um termo grego que se traduz para "poder", "força" ou "habilidade". É uma palavra que denota a capacidade de realizar algo, o poder que está em ação, muitas vezes associado a Deus ou ao Espírito Santo.


"Dunamis" é usada em vários contextos na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Algumas das formas em que é usada incluem:

Poder de Deus: "Dunamis" é frequentemente usado para descrever o poder ou a força de Deus em ação. Por exemplo, em Romanos 1:16, Paulo escreve sobre o Evangelho como "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê".

Milagres: Em muitos casos, "dunamis" é usado para descrever os milagres realizados por Jesus e pelos apóstolos, como em Mateus 10:1, onde Jesus dá autoridade aos seus discípulos para expulsar demônios e curar enfermidades.

Poder do Espírito Santo: Também é associado ao poder do Espírito Santo em capacitar os crentes para o serviço e para viver uma vida santa. Por exemplo, em Atos 1:8, Jesus promete aos seus discípulos que receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre eles, capacitando-os a serem testemunhas dele em Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra.

Portanto, "dunamis" na Bíblia reflete tanto o poder de Deus em ação quanto a capacitação divina para realizar Sua vontade e propósitos na vida dos crentes.

É através da abertura de consciência, o que podemos chamar de revelação no Espírito que podemos desfrutar dessa realidade de Deus (zoe) em nossas vidas, e nos tornemos capaz de expressar o poder e a habilidade sobrenatural (dunamis) do chamado a vocação ministerial. 

A prática de mandamentos bíblicos sem a revelação do seu fundamento que é Cristo, cria uma religião, que seria a tentativa do homem em atuar em algo que só pode ser feito pelo Espírito de Deus atuando através do espírito do homem. 


Há várias passagens na Bíblia que falam sobre o homem espiritual ou sobre viver uma vida segundo o Espírito. Aqui estão alguns exemplos:

1 Coríntios 2:14-15 (NVI): 14 O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo é julgado por ninguém."

Romanos 8:5-6 (NVI): "5 Os que são dominados pela natureza pecaminosa têm a mente voltada para o que essa natureza deseja; mas os que são controlados pelo Espírito têm a mente voltada para o que o Espírito deseja. 6 A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz;"

Gálatas 5:16-17 (NVI): "16 Digo, porém: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. 17 Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam."

Colossenses 3:1-2 (NVI): "1 Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. 2 Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas."

Vamos ver outro exemplo:

A pessoa que recebe a cura pela fé:

Ela poderia ter crido em uma palavra:

Logos: Isaías 53:4-5 diz o seguinte: "4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados."

Rhema: Jesus Cristo, 

Dunamis: a manifestação da cura. 

Portanto, entendemos que toda a palavra aponta Cristo, e tudo está nele:

Colossenses 1:16-17 (NVI): "Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste."

Colossenses 2:9-10 (NVI): "Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e em Cristo vocês foram feitos completos. Ele é o cabeça de todo poder e autoridade."

E sem Ele, nada se fez:

João 1:3 (NVI): "Por meio dele todas as coisas foram feitas; sem ele, nada do que existe teria sido feito."

A sua mente humana não pode produzir Rhema, nem Zoe, portanto você não pode manifestar Dunamis, e talvez seja por falta desse entendimento que o homem tenha produzido tanta religião em nome de Jesus Cristo. 

O Evangelho é suficiente nele mesmo, e é Ele que produz algo em nós para que possa ser expresso ao mundo, porque nós não podemos produzir o Evangelho em nós mesmos e muito menos em outras pessoas. 

Por isso, o Espirito Santo teve que vivificar nosso espírito humano, para habitar nele, e começar a expressar o Reino através de nós, pelo nosso espírito. A mente do homem só pode produzir religião. Quanto mais inteligente, mais sofisticada será a religião produzida. 

1 Coríntios 2:16 (NVI) diz: "Quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Nós, porém, temos a mente de Cristo."

Este versículo ressalta a ideia de que os crentes têm acesso à mente de Cristo por meio do Espírito Santo. Isso significa que, ao receber Cristo como Salvador e ter o Espírito Santo habitando em nós, podemos entender e discernir as coisas espirituais de uma maneira que reflete os pensamentos e a perspectiva de Cristo. Isso nos capacita a viver uma vida que está alinhada com a vontade de Deus e a tomar decisões que são guiadas pela sabedoria de Cristo.

(Continua...)

Deus abençoe meus irmãos

Leonardo Lima Ribeiro 

Desafios e Controvérsias: O Papel dos Apóstolos no corpo de Cristo

(Alsheim, Alemanha)

10 Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. 11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, 12 Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; 13 Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, 14 Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.

15 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16 Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.

17 E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. 18 Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; 19 Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza. 20 Mas vós não aprendestes assim a Cristo, 21 Se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus;22 Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; 23 E vos renoveis no espírito da vossa mente; 24 E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. (Efésios 4:10-24)

Efésios 4 apresenta uma visão abrangente do propósito e da estrutura da igreja, com foco na centralidade de Cristo e na diversidade de dons e ministérios concedidos por Ele para a edificação do corpo de crentes. O texto começa ressaltando a ascensão de Cristo e Sua supremacia sobre todas as coisas, indicando que Ele preenche todas as coisas e está acima de todos os céus. Isso não apenas enfatiza Sua divindade, mas também Sua soberania sobre a igreja e sobre o cosmos como um todo.

Ao designar ministérios específicos para a igreja, Cristo demonstra Sua sabedoria e provê os recursos necessários para o crescimento espiritual e o fortalecimento da comunidade de fé. Os versículos 11 e 12 mencionam os ministérios apostólico, profético, evangelístico, pastoral e de ensino, que têm como objetivo equipar os santos para o serviço e a edificação do corpo de Cristo. Cada um desses ministérios desempenha um papel único na vida da igreja:

Apóstolos: São enviados por Cristo para estabelecer e fundar igrejas, propagando o Evangelho em novos territórios e estabelecendo os fundamentos da fé cristã. Eles têm uma autoridade espiritual e uma missão de liderança na comunidade de fé.

Profetas: Têm o dom de receber e transmitir a revelação divina, comunicando a vontade de Deus para a igreja e confrontando o pecado e a injustiça. Eles também têm um papel de encorajamento, exortação e consolo dentro da comunidade de crentes.

Evangelistas: São chamados a proclamar o Evangelho e a levar pessoas a Cristo, tanto dentro quanto fora da igreja. Eles têm um zelo ardente pela salvação das almas e uma habilidade especial para comunicar as boas novas de Jesus de maneira persuasiva e relevante.

Pastores: São chamados a cuidar, alimentar e proteger o rebanho de Deus, exercendo uma liderança pastoral e cuidando das necessidades espirituais e emocionais dos crentes. Eles têm um coração compassivo e estão comprometidos com o bem-estar espiritual das pessoas.

Mestres: Têm o dom de ensinar e explicar as Escrituras de forma clara e precisa, ajudando os crentes a crescerem em seu entendimento da Palavra de Deus e a aplicarem seus princípios em suas vidas diárias. Eles têm uma responsabilidade crucial na instrução doutrinária e no desenvolvimento espiritual da igreja.

Esses ministérios não apenas equipam os crentes para o serviço e promovem o crescimento espiritual individual, mas também visam à unidade e ao amadurecimento corporativo da igreja. O objetivo final é que todo o corpo de Cristo alcance a plenitude espiritual e a semelhança de Cristo, crescendo em amor e maturidade espiritual.

No entanto, ao longo da história da igreja, tem havido distorções e abusos desses ministérios, causados por líderes imaturos que buscam poder, status e influência. Em vez de servirem ao corpo de Cristo, esses líderes muitas vezes impõem suas próprias agendas e ideias, causando divisão e confusão dentro da igreja. É essencial que os líderes da igreja sejam humildes, submissos à autoridade de Cristo e capacitados pelo Espírito Santo para exercerem seus ministérios de maneira fiel e eficaz.

Portanto, o texto de Efésios 4 nos desafia a buscar a unidade da fé, a crescer na semelhança de Cristo e a edificar o corpo de Cristo por meio dos dons e ministérios concedidos por Ele. Isso requer humildade, submissão e um compromisso sincero com a Palavra de Deus e a liderança do Espírito Santo.

O contexto histórico do livro de Efésios é fundamental para compreendermos melhor sua mensagem e aplicação. Efésios foi escrito por Paulo durante seu encarceramento em Roma, provavelmente entre os anos 60 e 62 d.C. Durante esse período, Paulo estava sob prisão domiciliar, o que lhe permitia algum grau de liberdade para receber visitantes e se comunicar com outras igrejas.

A cidade de Éfeso, para a qual o livro de Efésios foi dirigido, era uma das mais importantes cidades da província romana da Ásia Menor (atual Turquia). Era um centro comercial e cultural, com uma população cosmopolita e diversificada. Efésios era conhecida por seu templo dedicado à deusa Artemis (ou Diana), uma das sete maravilhas do mundo antigo, o que evidencia a influência da religião pagã na região.

A igreja em Éfeso foi estabelecida por Paulo durante sua segunda viagem missionária, por volta do ano 52 d.C. (conforme registrado em Atos 18). Ele passou um tempo considerável lá, aproximadamente três anos, ensinando e discipulando os crentes (Atos 20:31). Durante sua estadia em Éfeso, Paulo enfrentou oposição tanto dos judeus quanto dos adeptos da religião pagã, o que é evidente em suas cartas aos coríntios (1 Coríntios 15:32; 2 Coríntios 1:8-10).

O propósito principal de Paulo ao escrever Efésios foi fortalecer e encorajar os crentes em Éfeso em sua fé, além de abordar questões específicas relacionadas à vida cristã e à unidade da igreja. Ele enfatiza a centralidade de Cristo, Sua obra redentora e a unidade dos crentes em um só corpo. Paulo também trata de temas como a graça salvadora de Deus, a vida em Cristo, a reconciliação entre judeus e gentios, a batalha espiritual e a conduta ética dos crentes.

Além disso, Paulo usa Efésios para expressar sua visão da igreja como o corpo de Cristo, o templo santo do Senhor e a noiva de Cristo. Ele exorta os crentes a viverem de acordo com sua identidade em Cristo e a crescerem em amor, santidade e unidade.

Em resumo, o contexto histórico de Efésios nos ajuda a compreender as circunstâncias em que o livro foi escrito e as questões enfrentadas pela igreja em Éfeso, enquanto nos permite aplicar os princípios e ensinamentos do livro à nossa própria vida e contexto contemporâneo.

O ministério apostólico é uma das funções fundamentais na igreja cristã, com base nos ensinamentos e na prática da Igreja Primitiva, conforme descritos no Novo Testamento. Vamos explorar com mais profundidade o significado e a importância desse ministério:

Origem e Fundamentos Bíblicos: O termo "apóstolo" vem do grego "apostolos", que significa "enviado". Na Bíblia, os apóstolos são aqueles que foram comissionados por Jesus Cristo para serem Seus representantes, testemunhas de Sua ressurreição e mensageiros do Evangelho. Eles foram escolhidos pessoalmente por Jesus, treinados por Ele e receberam uma autoridade única para estabelecer e edificar a igreja. Os doze apóstolos originais são frequentemente referidos como os "apóstolos do Cordeiro" (Apocalipse 21:14).

Funções e Responsabilidades: Os apóstolos desempenhavam diversas funções na igreja primitiva, incluindo:

Fundação da igreja: Os apóstolos eram responsáveis por estabelecer e plantar igrejas em diferentes regiões e cidades.

Ensino e Doutrina: Eles tinham a autoridade para ensinar e transmitir as doutrinas e os ensinamentos de Cristo aos crentes.

Governo e Disciplina: Os apóstolos exerciam autoridade espiritual sobre as igrejas, orientando, corrigindo e disciplinando quando necessário.

Estabelecimento de Líderes: Eles ordenavam e comissionavam outros líderes na igreja, como presbíteros e diáconos, para ajudar no cuidado do rebanho.

Continuidade e Adaptação: Embora os doze apóstolos originais tenham tido um papel único e irrepetível na fundação da igreja, o ministério apostólico continuou na igreja primitiva por meio de outros líderes designados por Deus. Paulo é um exemplo proeminente de um apóstolo que foi chamado por Jesus após Sua ressurreição e ascensão, e que desempenhou um papel crucial na expansão do evangelho e no estabelecimento de igrejas em todo o mundo greco-romano.

Desenvolvimentos Históricos: Ao longo da história cristã, o entendimento e a prática do ministério apostólico passaram por várias fases e interpretações. Na era apostólica, os apóstolos eram reconhecidos como autoridades supremas na igreja. Com o tempo, o conceito de apostolado foi se expandindo e, em algumas tradições cristãs, o título de apóstolo é atribuído a líderes reconhecidos por seu papel na fundação de movimentos ou na liderança de missões.

Desafios e Controvérsias: O entendimento do ministério apostólico também tem sido objeto de controvérsia e debate dentro da igreja, especialmente em relação à autoridade apostólica, à sucessão apostólica e aos critérios para reconhecer um verdadeiro apóstolo. Algumas denominações e movimentos cristãos contemporâneos afirmam a restauração do apostolado como uma expressão do poder e da autoridade da igreja primitiva.

Em resumo, o ministério apostólico desempenhou e continua a desempenhar um papel vital na vida e na missão da igreja, sendo fundamentado nos ensinamentos e na prática dos apóstolos do Novo Testamento e adaptado às necessidades e desafios da igreja ao longo da história.

Porque os apóstolos são tão contestados?

Os apóstolos são frequentemente contestados por várias razões, algumas das quais incluem:

Autoridade e Legitimidade: A autoridade dos apóstolos é frequentemente questionada, especialmente em contextos onde há uma interpretação restritiva do papel apostólico, limitando-o aos doze apóstolos originais escolhidos por Jesus. Algumas pessoas contestam a legitimidade de outros líderes que se autodenominam apóstolos, argumentando que eles não possuem a mesma autoridade e comissão direta de Cristo.

Interpretação Teológica: A compreensão teológica do papel apostólico pode variar entre diferentes tradições cristãs. Alguns grupos enfatizam a continuidade do ministério apostólico ao longo da história da igreja, reconhecendo líderes contemporâneos como apóstolos. Outros mantêm uma visão mais restrita, reservando o título de apóstolo apenas para os doze escolhidos por Jesus.

Abuso e Falsificação: Infelizmente, ao longo da história, houve casos de indivíduos que se autoproclamaram apóstolos para ganhar poder, influência e recursos financeiros. Esses falsos apóstolos muitas vezes exploram a confiança dos fiéis e distorcem a verdade do evangelho para promover seus próprios interesses.

Diferenças Doutrinárias e Eclesiológicas: As discordâncias doutrinárias e as diferenças na compreensão da estrutura da igreja podem levar à contestação do papel dos apóstolos. Alguns grupos discordam sobre o papel e a autoridade dos apóstolos em relação aos demais líderes da igreja, como presbíteros e pastores.

Experiências Pessoais e Históricas: As experiências individuais e históricas de diferentes comunidades cristãs também influenciam sua visão sobre os apóstolos. Algumas comunidades podem ter tido experiências negativas com líderes que se autodenominavam apóstolos, enquanto outras podem valorizar e respeitar profundamente o papel dos apóstolos na edificação e no governo da igreja.

Em última análise, a contestação em relação aos apóstolos é multifacetada e reflete uma variedade de questões teológicas, históricas e práticas dentro do Cristianismo. É importante discernir com sabedoria e discernimento os verdadeiros líderes e mensageiros do evangelho, buscando sempre a verdade e a integridade nas práticas e ensinamentos da fé cristã.

os escândalos dentro do contexto religioso podem contribuir para a resistência em relação aos apóstolos e outros líderes religiosos. Quando líderes que se autodenominam apóstolos ou exercem autoridade semelhante se envolvem em escândalos, como condutas morais questionáveis, abusos de poder, manipulação financeira ou ensinamentos heréticos, isso pode abalar a confiança das pessoas na integridade e na legitimidade do ministério apostólico.

Os escândalos têm o potencial de minar a credibilidade do ministério apostólico e, consequentemente, gerar desconfiança em relação a outros líderes que se identificam como apóstolos. As pessoas podem começar a questionar se esses líderes estão realmente agindo de acordo com os ensinamentos de Cristo e se estão exercendo sua autoridade de maneira justa e ética.

Além disso, os escândalos podem reforçar estereótipos negativos sobre líderes religiosos e suscitar dúvidas sobre a validade de qualquer forma de autoridade na igreja. Isso pode levar as pessoas a se afastarem da fé ou a se tornarem céticas em relação a qualquer tipo de liderança espiritual.

No entanto, é importante reconhecer que os escândalos não são exclusivos do contexto religioso e que líderes em diversas esferas da sociedade podem se envolver em comportamentos inadequados. Portanto, é crucial abordar os escândalos com transparência, responsabilidade e justiça, buscando sempre restauração e reconciliação, tanto para as vítimas quanto para os perpetradores, a fim de reconstruir a confiança e a integridade na liderança espiritual.


quarta-feira, 10 de abril de 2024

Por que é tão difícil para o cristão ofertar?

(Em algum lugar da Noruega)

Por que é tão difícil para o cristão ofertar? 

A avareza é uma das principais razões pelas quais algumas pessoas têm dificuldade em ofertar generosamente. A avareza é o desejo excessivo de possuir e reter riquezas, e pode se manifestar de várias maneiras que dificultam o ato de ofertar. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a avareza pode influenciar a dificuldade em ofertar:

Foco no próprio ganho: Pessoas avarentas tendem a se concentrar excessivamente em acumular riquezas para si mesmas, em vez de considerar as necessidades dos outros ou a obra de Deus. Isso pode fazer com que sejam relutantes em abrir mão de seu dinheiro por meio de ofertas.

Medo da escassez: A avareza muitas vezes está enraizada no medo de não ter o suficiente. As pessoas avarentas podem temer que, se doarem parte de sua riqueza, não terão o bastante para si mesmas no futuro. Esse medo da escassez pode impedi-las de serem generosas em suas ofertas.

Apego aos bens materiais: A avareza pode levar as pessoas a se apegarem excessivamente aos bens materiais, tornando-as relutantes em abrir mão de seu dinheiro, mesmo para boas causas. Elas podem valorizar mais suas posses do que o bem-estar espiritual ou material dos outros.

Falta de generosidade: Pessoas avarentas muitas vezes têm dificuldade em serem generosas e altruístas. Elas podem priorizar seus próprios interesses financeiros sobre as necessidades dos outros, o que as impede de contribuir de forma significativa por meio de ofertas.

Identidade na riqueza: Algumas pessoas podem encontrar sua identidade e autoestima na quantidade de dinheiro que possuem. A ideia de abrir mão de parte de sua riqueza por meio de ofertas pode ser percebida como uma ameaça à sua autoimagem e segurança emocional.

Superar a avareza e a dificuldade em ofertar requer um processo de mudança de mentalidade e coração. Isso pode envolver uma reflexão sobre os ensinamentos da Bíblia sobre generosidade, confiança em Deus como provedor e o propósito maior de compartilhar nossos recursos para o bem dos outros e para a obra de Deus. Também pode ser útil buscar orientação espiritual e praticar a gratidão e a contentamento com o que já temos.

Outro fator importante:

A busca pela justiça própria pode ser uma barreira significativa para a prática da generosidade e do ato de ofertar. A justiça própria é a tendência de confiar em nossas próprias obras e méritos para alcançar aceitação ou favor, em vez de depender da graça de Deus. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a busca pela justiça própria pode influenciar a dificuldade em ofertar:

Foco no mérito pessoal: Aqueles que buscam a justiça própria podem estar mais preocupados em se provar dignos de bênçãos ou prosperidade por meio de suas próprias ações. Isso pode levar a uma relutância em ofertar generosamente, pois podem ver isso como uma tentativa de comprar favor ou merecer bênçãos de Deus.

Orgulho espiritual: A busca pela justiça própria pode alimentar o orgulho espiritual, levando as pessoas a se considerarem melhores ou mais dignas do que os outros com base em sua própria retidão ou piedade. Esse orgulho espiritual pode dificultar a prática da humildade e da generosidade, incluindo o ato de ofertar.

Falta de dependência em Deus: Aqueles que confiam em sua própria justiça podem ser menos propensos a confiar em Deus como provedor e sustentador de suas vidas. Eles podem se sentir seguros em suas próprias habilidades e conquistas, em vez de depender de Deus para suprir suas necessidades. Isso pode reduzir a motivação para ofertar, pois não veem a necessidade de confiar em Deus para suprir suas carências.

Julgamento dos outros: Pessoas que buscam a justiça própria podem ser mais propensas a julgar os outros com base em suas ações ou méritos percebidos. Isso pode levar a uma falta de compaixão e empatia pelos necessitados, tornando-as menos propensas a ofertar generosamente para ajudar os outros.

Superar a busca pela justiça própria e suas barreiras à generosidade e ao ofertar requer uma mudança de perspectiva e coração. Isso pode envolver uma compreensão mais profunda da graça de Deus e da nossa dependência dele, bem como uma prática regular de humildade, compaixão e generosidade em nossas vidas. 

Versículos da Bíblia que falam sobre ofertar:

2 Coríntios 9:6-7: "Lembre-se disso: quem semeia pouco, também colherá pouco, e quem semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria."

Malaquias 3:10: "Tragam o dízimo completo para o depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova", diz o Senhor dos Exércitos, "e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las."

Lucas 6:38: "Deem, e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês."

Provérbios 3:9-10: "Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho."

Lucas 21:1-4: "Jesus olhou e viu os ricos lançando suas ofertas nas caixas de ofertas do templo. Viu também uma viúva pobre lançar ali duas moedinhas. E disse: ‘Eu asseguro que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros. Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver’."

Esses são apenas alguns exemplos, a Bíblia tem muitos outros versículos que falam sobre a importância e o propósito de ofertar.

Porque é tão difícil para o cristão ofertar? Sabemos que os que são do mundo, nunca vão entender as questões do Evangelho, porque seus corações estão nos propósitos do mundo, que incluem a ambição, vantagem, justiça própria, egoísmo e outras características da natureza caída.

Mas, e o Cristão? 

Há várias razões pelas quais alguns cristãos podem achar difícil ofertar:

Prioridades Financeiras: Em muitos casos, as pessoas têm outras despesas que consideram mais urgentes ou importantes, como contas a pagar, necessidades familiares, entre outros. Isso pode dificultar a decisão de reservar recursos para ofertas.

Falta de Entendimento: Alguns cristãos podem não compreender completamente o propósito e os benefícios de ofertar. Se não entendem como suas ofertas podem contribuir para a obra de Deus ou para o bem dos outros, podem ser menos propensos a fazê-lo.

Desconfiança ou Descrença: Alguns podem ter dúvidas sobre como suas ofertas serão utilizadas pelas instituições religiosas ou líderes religiosos. A falta de transparência ou confiança na administração dos recursos pode levar à relutância em ofertar.

Cultura Consumista: Vivemos em uma sociedade onde o consumo é valorizado e incentivado. Muitas vezes, as pessoas são levadas a gastar seu dinheiro em bens materiais ou experiências pessoais, em vez de considerar a importância de contribuir para causas altruístas.

Falta de Conexão Espiritual: Alguns cristãos podem não sentir uma conexão pessoal com sua fé ou com a comunidade religiosa a que pertencem. Isso pode resultar em uma falta de motivação para contribuir financeiramente para a obra da igreja ou para causas religiosas.

Dificuldades Financeiras: Para algumas pessoas, a oferta pode representar um sacrifício financeiro significativo. Se estão enfrentando dificuldades financeiras, podem sentir que não têm recursos extras para doar, mesmo que desejem fazê-lo.

Experiências Passadas Negativas: Algumas pessoas podem ter experiências passadas negativas relacionadas a ofertas, como sentir-se pressionadas a contribuir financeiramente ou ter visto casos de má administração de recursos em instituições religiosas. Isso pode deixar marcas e tornar difícil confiar ou se comprometer com a prática de ofertar.

Em última análise, superar essas barreiras requer educação, reflexão pessoal, desenvolvimento espiritual e, às vezes, apoio da comunidade religiosa para entender e experimentar os benefícios e a alegria de contribuir financeiramente para a obra de Deus e para o bem dos outros. 

Um grande problema é a obra da carne chamada avareza:

Certamente, aqui estão alguns versículos da Bíblia que falam sobre avareza:

1 Timóteo 6:10: "Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos."

Lucas 12:15: "Então lhes disse: ‘Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens’."

Provérbios 15:27: "Quem é ganancioso traz problemas à sua própria família, mas quem odeia suborno viverá."

Hebreus 13:5: "Mantenham-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: 'Nunca o deixarei, nunca o abandonarei'."

Mateus 6:24: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro."

Eclesiastes 5:10: "Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos. Isso também não faz sentido."

Provérbios 28:25: "O avarento provoca brigas, mas quem confia no Senhor prosperará."

Esses versículos alertam sobre os perigos da avareza e da ganância, destacando que a verdadeira riqueza não está nos bens materiais, mas na fé e na confiança em Deus.

O dizimo é uma ação de fé que se opõe a obra da carne chamada avareza e idolatria ao dinheiro. 

A idolatria pelo dinheiro pode ser atribuída a várias razões, muitas das quais são profundamente enraizadas na natureza humana e na sociedade. Aqui estão algumas razões pelas quais o dinheiro pode se tornar uma idolatria para algumas pessoas:

Segurança Financeira: O dinheiro é frequentemente visto como uma fonte de segurança e estabilidade financeira. As pessoas podem idolatrar o dinheiro porque acreditam que ele lhes proporcionará proteção contra incertezas futuras e dificuldades financeiras.

Status e Prestígio: O dinheiro pode ser associado ao status social e ao prestígio. Em muitas culturas, a riqueza é vista como um sinal de sucesso e respeito. As pessoas podem idolatrar o dinheiro na busca por reconhecimento e admiração dos outros.

Poder e Controle: O dinheiro confere poder e influência sobre os outros. Aqueles que têm mais recursos financeiros muitas vezes têm mais controle sobre suas vidas e sobre as vidas dos outros. Alguns podem idolatrar o dinheiro na esperança de obter mais poder e controle sobre suas circunstâncias e relacionamentos.

Felicidade e Satisfação: Muitas pessoas associam a posse de bens materiais e o estilo de vida luxuoso com a felicidade e a realização pessoal. Elas podem idolatrar o dinheiro na busca incessante por prazeres materiais e experiências que acreditam trazer felicidade duradoura.

Medo da Escassez: O medo da escassez e da falta pode levar as pessoas a idolatrar o dinheiro, acumulando-o obsessivamente para garantir um futuro seguro e confortável. Esse medo pode ser alimentado por experiências passadas de necessidade ou insegurança financeira.

Pressão Social e Cultural: Em muitas sociedades, o consumismo é incentivado e valorizado. A publicidade e a mídia muitas vezes promovem uma cultura de consumo excessivo, levando as pessoas a idolatrar o dinheiro na busca por bens materiais e padrões de vida elevados.

Vazio Existencial: Algumas pessoas buscam preencher um vazio emocional ou espiritual com posses materiais e riqueza. Elas podem acreditar que o dinheiro pode proporcionar um senso de significado e propósito em suas vidas, mesmo que temporário.

É importante notar que, embora o dinheiro seja uma ferramenta necessária na vida moderna, a idolatria pelo dinheiro pode levar a consequências negativas, tanto pessoais quanto sociais. É fundamental cultivar uma perspectiva equilibrada em relação ao dinheiro e reconhecer que sua verdadeira importância está na forma como é utilizado para promover o bem-estar pessoal e coletivo, em vez de ser um fim em si mesmo.

O dizimo e a oferta produz fruto da fé, que é o fruto do Espírito:

O fruto do Espírito mencionado em Gálatas é encontrado no capítulo 5, versículos 22-23. Aqui está a passagem:

"Gálatas 5:22-23 (NVI):
22 Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
23 mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei."

Esses versículos descrevem as características que se manifestam na vida de uma pessoa que está vivendo em comunhão com o Espírito Santo. É importante notar que o fruto do Espírito não é algo que possamos produzir por nossos próprios esforços, mas é o resultado do trabalho do Espírito Santo em nossas vidas à medida que nos submetemos à Sua vontade e permitimos que Ele transforme nosso caráter à imagem de Cristo.

Ou seja, produzem uma colheita, que inclui principalmente paz e alegria, por vários motivos:

Obediência à Palavra de Deus: Muitos crentes encontram paz e alegria ao obedecerem aos mandamentos de Deus, que incluem a prática do dízimo e da oferta. Sentem-se em harmonia com a vontade de Deus e experimentam uma sensação de cumprimento espiritual ao seguir esses ensinamentos.

Participação na Obra de Deus: Ao contribuir financeiramente para a obra de Deus, os cristãos sentem-se parte ativa do avanço do Reino de Deus na Terra. Isso traz um senso de propósito e satisfação espiritual, sabendo que estão contribuindo para causas que consideram importantes e significativas.

Confiança na Provisão de Deus: A prática do dízimo e da oferta pode ser uma expressão de confiança na provisão de Deus. Os crentes acreditam que Deus é o provedor de todas as suas necessidades e que Ele os abençoará abundantemente por sua obediência e generosidade.

Compartilhamento com os Necessitados: Muitas vezes, parte das ofertas na igreja é destinada a ajudar os necessitados e apoiar obras de caridade e missões. Ao contribuir para essas causas, os cristãos experimentam alegria ao saber que estão fazendo a diferença na vida dos outros e ajudando a aliviar o sofrimento humano.

Cultivo de um Coração Generoso: Praticar o dízimo e a oferta ajuda os cristãos a cultivar um coração generoso e desapegado dos bens materiais. Isso pode trazer paz interior e contentamento, ao reconhecerem que sua verdadeira riqueza está em Deus e nos relacionamentos, não nas posses materiais.

Bênçãos Espirituais: Muitos cristãos testemunham que experimentam bênçãos espirituais, como crescimento espiritual, comunhão mais próxima com Deus e uma sensação de paz interior, quando praticam o dízimo e a oferta com um coração sincero e generoso.

É importante ressaltar que a paz e alegria derivadas do dízimo e da oferta não estão necessariamente ligadas a recompensas financeiras ou prosperidade material, mas sim a uma vida de obediência, generosidade e confiança em Deus.

Sendo assim, dizimo é ofertas são ações de fé do cristão que produzem recompensas espirituais:

Vejamos aqui versículos que justificam a oferta á líderes;

1 Timóteo 5:17-18: "Os presbíteros que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que trabalham na pregação e no ensino. Pois a Escritura diz: 'Não amordace o boi enquanto está debulhando o grão', e 'o trabalhador merece o seu salário'."

1 Coríntios 9:14: "Assim também o Senhor ordenou aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho."

Gálatas 6:6: "Aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui."

Filipenses 4:15-16: "E vocês mesmos também sabem, filipenses, que no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja compartilhou comigo no que diz respeito a dar e receber, exceto vocês apenas; pois mesmo em Tessalônica, vocês enviaram algo para minha necessidade, não apenas uma vez, mas duas vezes."

1 Coríntios 9:11: "Se semeamos entre vocês coisas espirituais, será muito se de vocês colhermos coisas materiais?"

Estes versículos são frequentemente citados para mostrar que é apropriado e bíblico apoiar financeiramente os líderes religiosos que se dedicam ao ministério em tempo integral.

E sobre ofertas de honra? 

Há vários exemplos na Bíblia de homens que levaram ofertas a pessoas mais ricas ou em posições de autoridade. Aqui estão alguns exemplos:

A viúva pobre: Jesus mencionou uma viúva pobre que deu duas pequenas moedas como oferta no templo, enquanto os ricos davam muito mais. Essa história destaca a generosidade e o sacrifício da viúva, mesmo em sua pobreza (Lucas 21:1-4).

Abraão e Melquisedeque: Depois de uma vitória militar, Abraão deu a Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, uma décima parte de tudo (Gênesis 14:18-20).

Davi e Araúna: Quando Davi precisou de uma área para construir um altar ao Senhor, ele foi a Araúna, que era dono da eira. Araúna ofereceu dar a Davi tudo o que ele precisava para o altar, mas Davi insistiu em pagar o preço justo por isso como uma oferta ao Senhor (2 Samuel 24:18-24).

Os magos e Jesus: Os magos do Oriente, ao visitarem Jesus recém-nascido, trouxeram presentes valiosos: ouro, incenso e mirra (Mateus 2:11).

Jacó e Esaú:

Em Gênesis 32:13-20, Jacó enviou uma oferta a Esaú, seu irmão, antes de se encontrar com ele. A oferta era composta de uma grande quantidade de animais como uma maneira de apaziguar a ira de Esaú e buscar favor em seus olhos.

Maria, Marta e Lázaro: Maria, irmã de Lázaro, ofereceu um frasco de perfume caro a Jesus durante um jantar na casa de Simão, o leproso (João 12:1-8). Esta oferta foi feita apesar do custo significativo do perfume.

Jacó enviou presentes a Faraó através de seus filhos quando eles foram ao Egito durante a fome. Essa história está registrada em Gênesis, capítulo 43. Jacó instruiu seus filhos a levarem presentes a Faraó para ganhar seu favor e benevolência.

Em Gênesis 43:11, Jacó diz a seus filhos:

"Levem um pouco dos melhores produtos da terra em suas bagagens e levem a esse homem, um pouco de bálsamo, um pouco de mel, especiarias, mirra, nozes de pistache e amêndoas."

Esses presentes foram enviados a Faraó como um gesto de respeito e para assegurar uma boa recepção por parte do governante egípcio. Essa prática era comum na época, quando alguém visitava uma figura de autoridade ou um líder estrangeiro.

Esses exemplos mostram que, na Bíblia, pessoas de várias condições sociais ofereceram presentes e ofertas a indivíduos mais ricos, como expressões de fé, gratidão ou honra. Essas ofertas também podem refletir o reconhecimento da bênção de Deus sobre suas vidas e o desejo de honrar a Ele e aos outros com o que têm.

Concluindo:

O que nos impede de agir em fé é a incredulidade, se temos dificuldade em sermos dizimistas fiéis e ofertantes, é porque nossa fé ainda não é edificada a ponto de andarmos no espírito nessa área financeira, e por isso, muitas outras áreas ficam comprometidas, já que desfrutamos de uma vida no espírito pela fé.

Quanto a validade do dízimo nos dias de hoje:

O assunto do dízimo é frequentemente debatido em contextos cristãos, especialmente em relação à sua aplicabilidade na Nova Aliança. Aqui estão alguns pontos de vista comumente discutidos sobre o dízimo na Nova Aliança:

A continuação do princípio de dar: Embora o dízimo seja uma prática do Antigo Testamento, muitos cristãos acreditam que o princípio subjacente de dar generosamente ao reino de Deus continua válido na Nova Aliança. Eles argumentam que, embora o dízimo possa não ser especificamente ordenado no Novo Testamento, os cristãos são encorajados a dar de forma sacrificial e generosa para apoiar a obra de Deus.

Ênfase na motivação e no coração: Na Nova Aliança, Jesus e os apóstolos enfatizam a importância da motivação e do coração por trás do ato de dar. Em vez de focar apenas na quantia, os cristãos são encorajados a dar com alegria, generosidade e amor. Por isso, alguns argumentam que o dízimo, como uma obrigação legalista, não é enfatizado na Nova Aliança, mas sim uma atitude de dar voluntariamente e com alegria.

Princípios de dar conforme prospera: Em 1 Coríntios 16:2, Paulo instrui os coríntios a separarem suas ofertas conforme prosperam. Essa abordagem sugere que o padrão de dar na Nova Aliança pode ser mais flexível e baseado na capacidade e na prosperidade individual, em vez de uma quantia fixa como o dízimo.

A liberdade em Cristo: Alguns cristãos veem a Nova Aliança como trazendo uma liberdade em relação a práticas rituais e mandamentos do Antigo Testamento, incluindo o dízimo. Eles argumentam que os crentes têm liberdade para dar conforme são levados pelo Espírito Santo, sem estar vinculados a uma porcentagem fixa como o dízimo.

Em resumo, embora o dízimo seja uma prática do Antigo Testamento e não seja explicitamente ordenado na Nova Aliança, muitos cristãos ainda veem valor nos princípios de generosidade, sacrifício e apoio financeiro à obra de Deus. A forma específica de dar pode variar entre as denominações e as convicções individuais, mas o cerne permanece o mesmo: dar com alegria e generosidade, em resposta ao amor de Deus e ao chamado de Cristo.

De uma forma ou de outra, sendo dízimo ou oferta, importa que nossa fé seja edificada a ponto de sermos livres no espírito a ponto de manifestar o fruto da generosidade que produz alegria, sem isto, ainda estamos militando na carne onde está a avareza, idolatria e cobiça. 

Continuemos nos apropriando das práticas espirituais afim de crescer na fé e manifestar o fruto do Espírito. 

Deus abençoe vocês

Leonardo Lima Ribeiro 





 

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