domingo, 13 de abril de 2025

O tesouro no interior do vaso (L11)

 


O intuito não é apresentar o vaso mais o que está dentro do vaso:

1. O Vaso como figura humana

Na Bíblia, o ser humano é frequentemente comparado a um vaso. Paulo usa essa figura para mostrar como Deus opera por meio da nossa fraqueza para manifestar a Sua glória:

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” (2 Coríntios 4:7)

Nesse texto, o vaso representa a nossa humanidade frágil, limitada. O tesouro que está dentro é o Espírito de Deus, o Evangelho, a Glória de Cristo. O foco de Deus não está na “embalagem”, mas no conteúdo. O valor está no que carregamos por dentro — e não na aparência ou habilidades humanas.

2. Deus não olha como o homem olha

Deus sempre teve uma preocupação maior com o interior do ser humano do que com o exterior. Quando Samuel foi ungir o novo rei de Israel, Deus o ensinou algo fundamental:

“Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado. Porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” (1 Samuel 16:7)

O vaso exterior pode enganar, mas Deus conhece o que está dentro. O coração — o conteúdo — é o que importa. E é por isso que o inimigo de nossas almas investe tanto em que nossa mentalidade valorize mais a imagem do que a essência, pois assim, o fundamento se perde. 

3. A excelência está no que carregamos

Como vasos, podemos ser usados por Deus quando estamos cheios do que vem dEle. Um vaso pode ser belo, polido, bem trabalhado... mas se estiver vazio, não cumpre propósito algum. 

“Em uma grande casa, há não somente vasos de ouro e de prata, mas também de madeira e de barro; uns para honra, outros para desonra. Assim, pois, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e útil para o Senhor, e preparado para toda boa obra.” (2 Timóteo 2:20-21)

Deus quer vasos que sejam úteis, cheios da Sua presença, preparados para boas obras. O vaso precisa estar limpo e disponível, mas o que importa é o que ele carrega: a graça, o amor, o poder de Deus.

4. Cristo em nós: o verdadeiro conteúdo

O que é esse “conteúdo” que deve habitar em nós? A resposta bíblica é clara:

“Cristo em vós, esperança da glória.” (Colossenses 1:27)

Cristo é o conteúdo mais precioso que um vaso pode carregar. E isso transforma tudo! Não importa se somos vasos simples, discretos ou sem beleza aos olhos do mundo — se Cristo habita em nós, temos o maior tesouro do universo.

A aparência pode impressionar, mas não transforma. Só o que vem de Deus pode impactar o mundo de verdade.

Deus quer te encher. Não apenas “te mostrar” ao mundo, mas te usar como canal da Sua presença.

Não é autopromoção, é repartição do que Deus nos confiou

Muitas vezes, quando divulgamos algo que fizemos — um livro, uma canção, uma pregação — podemos ser mal interpretados, ou até mesmo lutar com o medo de parecer orgulho. Mas se o que estamos compartilhando nasceu no secreto com Deus, então não estamos nos promovendo, estamos sendo mordomos fiéis do que nos foi confiado.

“Porque quem é que te faz diferente? E o que tens que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias como se não o tivesse recebido?” (1 Coríntios 4:7)

Tudo que temos veio dEle. Se Deus te deu uma palavra, uma visão, uma inspiração, ela não é só para você. É para edificação do Corpo de Cristo. Quando repartimos, estamos sendo instrumentos da graça de Deus para outras vidas.

“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1 Pedro 4:10)

O que queima em nosso coração precisa ser espalhado

Há uma expressão algo muito forte que nos faz entender: “isso tem queimado em meu coração”. Na Bíblia, o fogo do Senhor está sempre relacionado a paixão, zelo, e a presença ativa de Deus. Jeremias disse:

“Mas, se digo: ‘Não mencionarei nem falarei mais em seu nome’, então a sua palavra está em meu coração como um fogo ardente, encerrado nos meus ossos. Estou exausto de contê-la; já não posso suportá-la.” [Jeremias 20:9 (NVI)]

Se Deus colocou algo em você, esse fogo não é para ser apagado, mas para ser espalhado. E ao compartilhar o que arde em você, outros também serão incendiados pelo mesmo amor.

O importante não é quem eu sou, mas quem me tornei pelo amor de Jesus

Essa frase é o coração do evangelho. Não somos mais definidos por nosso passado, mas pela nova identidade que recebemos em Cristo. Antes, sem Deus. Agora, filhos. Antes, perdidos. Agora, achados. Antes, vasos vazios. Agora, cheios de glória. Não deixe seu passado, ou a imagem que tinha dele se tornar seu ídolo, expectativas relacionadas a quem você esperava ser podem te impedir de te tornar quem Deus planejou que você seja 

“Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8-9)

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Coríntios 5:17)

A mensagem que propagamos não é sobre o autor do livro, o nome na capa ou o pregador no púlpito. É sobre Cristo que nos transformou, e que agora quer alcançar outros por meio de nós.

A propagação do evangelho é sobre Jesus sendo conhecido

Paulo deixou isso claro quando escreveu:

“Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor; e a nós como vossos servos por amor de Jesus.” (2 Coríntios 4:5)

E João Batista, cheio de entendimento espiritual, disse:

“É necessário que Ele cresça e que eu diminua.” (João 3:30)

Se o que compartilhamos aponta para Cristo — mesmo que venha com nosso nome — então estamos cumprindo nosso chamado. O centro não é o vaso. É o conteúdo. Não é o mensageiro. É a mensagem. Não é o autor. É o Autor da vida.

Divulgar o que Deus te deu não é vaidade. É fidelidade. Quando você escreve, fala, canta, prega, compartilha... você está liberando algo do céu na terra. E isso precisa ser feito com coragem, humildade e zelo — porque é o próprio Deus quem plantou isso em você.

“Ai de mim se não pregar o evangelho!” (1 Coríntios 9:16)

“Quando vou a uma floricultura, eu nunca olho para o vaso... eu olho para o que está dentro do vaso”
Na floricultura da vida, muitos se impressionam com o vaso — a aparência, o status, o exterior — mas o olhar de Deus, assim como o seu, vai direto ao essencial: o que está plantado dentro. A vida, o perfume, a beleza real está na planta, na flor, no fruto — não no recipiente.

1. Deus olha para o conteúdo, não para a embalagem

A Bíblia deixa claro que o Senhor vê além das aparências. Quando Samuel foi ungir o rei de Israel, ele se impressionou com a aparência dos filhos de Jessé, mas Deus o corrigiu:

“Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor olha para o coração.” (1 Samuel 16:7)

Assim como você olha para a planta, Deus olha para o coração — para aquilo que realmente tem vida.

2. O vaso pode ser simples, mas o que está dentro pode ser extraordinário

Você pode ter um vaso de barro comum, rachado, sem valor comercial... mas se ali estiver plantada uma orquídea rara, uma rosa perfumada ou uma árvore frutífera, o vaso se torna um lugar de valor. Assim somos nós: vasos comuns, mas se o que há dentro de nós for de Deus, então nos tornamos instrumentos preciosos.

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” (2 Coríntios 4:7)

3. Uma planta saudável revela cuidado, tempo e raízes

O que está dentro do vaso não surgiu ali por acaso. Alguém plantou. Alguém regou. Alguém podou. A beleza de uma planta fala de processo — e isso se aplica à nossa vida com Deus. Quando vemos alguém florescendo no espírito, é porque ali há raízes em Cristo, tempo no secreto e alimento na Palavra.

“Ele será como árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.” (Salmo 1:3)

4. Deus nos planta para frutificar

Não somos apenas “vasos decorativos”. Fomos feitos para crescer, florescer, frutificar — dar evidência de que há vida de Deus em nós.

“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15:5)

Quando há raiz em Cristo, há fruto. Quando há vida, há transformação. O vaso pode ser simples, mas se está cheio de Deus, ele é poderoso.

Assim como você olha para o que está dentro do vaso, Deus também olha para o que há dentro de nós. Podemos não ser “bonitos por fora”, mas devemos ser cheios da vida do Espírito, enraizados em Cristo, florescendo na graça e frutificando para a glória dEle.

“Porque logo aquela mudinha vai crescer... vai enraizar... crescer para baixo. Nessa hora, sim, haverá uma preocupação com o vaso — porque esse poderá rachar.”

Esse é um retrato poderoso da vida espiritual. No início, quando algo é pequeno — como uma mudinha — não exige tanto espaço, estrutura ou resistência. Mas à medida que essa vida cresce, as raízes se aprofundam, e isso começa a gerar pressão interna no vaso. Se o vaso não for forte o suficiente... ele racha.

Essa é uma figura do crescimento espiritual. Quando Deus começa algo em nós, é pequeno e parece fácil de conter. Mas à medida que o chamado cresce, que a unção se aprofunda, que a Palavra ganha raiz — o interior exige mais espaço. E aí o vaso (nossa estrutura humana, emocional, espiritual) precisa acompanhar o crescimento. Se não estiver pronto… pode se romper.

1. Crescimento começa invisível: as raízes crescem para baixo primeiro

Toda planta cresce para baixo antes de crescer para cima. As raízes são invisíveis, mas fundamentais. Sem raízes profundas, não há sustentação.

“Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; e que Cristo habite pela fé nos vossos corações, estando vós enraizados e fundados em amor.” (Efésios 3:16-17)

“Assim como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, arraigados e edificados nele e confirmados na fé.” (Colossenses 2:6-7)

O crescimento espiritual verdadeiro começa no oculto, no secreto, onde ninguém vê. Mas é ali que se define se a planta vai suportar a estação do fruto.

2. O vaso precisa estar preparado para o crescimento

Com o tempo, as raízes precisam de espaço. Um vaso pequeno limita o crescimento. Espiritualmente, isso fala de limites internos que precisamos romper: estruturas emocionais, traumas, pecados ocultos, áreas não tratadas... Se não deixarmos Deus nos moldar, a pressão do que Ele está fazendo dentro de nós pode nos rachar.

“Não se põe vinho novo em odres velhos. Do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.” (Mateus 9:17)

O vaso (ou odre) precisa se renovar. Se queremos carregar algo novo de Deus, precisamos estar preparados internamente para suportar o que Ele quer fazer através de nós.

3. Rachaduras acontecem quando não há espaço para expansão

Muitos ministérios, chamados, dons espirituais não avançam porque o “vaso” não foi tratado. E aí, quando as raízes crescem, começam as rachaduras: cansaço, orgulho, pecado, desequilíbrio emocional. Mas Deus não nos deixa quebrar sem propósito. Às vezes, Ele permite rachaduras para nos levar a um vaso maior.

“Mas quem me ouvir habitará seguro, e estará tranquilo, sem temor do mal.” (Provérbios 1:33)

“Sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.” (Efésios 6:10)

Deus quer vasos que cresçam junto com as raízes

A mudinha é só o começo. Mas Deus vê o que ela vai se tornar. Ele sabe que ela precisa de espaço, profundidade, estrutura. E Ele trabalha em nós, para que o vaso que somos não limite o crescimento que Ele está produzindo.

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória...” (Efésios 3:20-21)

Muitos rejeitam a ideia de processos na vida de fé, porém, a realidade prova essa verdade, tudo que Deus criou funciona em processos, mesmo que nosso espirito depois de nascido seja eterno, enquanto ele ligado a nossa vida temporal, viveremos processos de aperfeiçoamento. 

Deus abençoe sua vida 

(Adaptação de um texto de Sara Oliveira Ribeiro)










quinta-feira, 10 de abril de 2025

O ministério de João Batista (Mateus 3 e 4)

 


MATEUS 3 – O Ministério de João Batista

Contexto histórico:

João Batista surge como último profeta do Antigo Testamento, fazendo a ponte com o Novo.

Ele prega no deserto da Judeia, lugar associado a purificação e preparação espiritual.

O povo judeu esperava o Messias libertador, e João aparece como “voz do que clama no deserto” (Is 40:3).

O batismo era um ritual de purificação, mas João dá um novo sentido: arrependimento em vista da chegada do Reino.

v.2 – “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos céus.”

Grego: metanoeite (μετανοεῖτε)

Verbo no imperativo presente, indicando ação contínua → “continuem se arrependendo”. 👉 Metanoia não é só tristeza pelo pecado, mas mudança de mente, direção, propósito.

v.11 – “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.”

A conjunção kai (καὶ) → pode ser lida como "e" ou "até mesmo".

“Espírito Santo e fogo” pode apontar para:

Purificação/avivamento (como em Atos 2), ou

Juízo (como nos versículos seguintes, sobre a pá e o fogo consumidor)

MATEUS 4 – A Tentação e o Início do Ministério de Jesus

Contexto histórico:

Jesus é levado ao deserto pelo Espírito após o batismo → um teste de identidade messiânica.

O deserto era lugar de provação e encontro com Deus (Israel ficou 40 anos lá; Moisés 40 dias).

As tentações se conectam com três áreas: necessidades físicas, orgulho e poder — ecos de Gênesis 3 e da queda do homem.

v.1 – “Foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto...”

Verbo grego: anēchthē (ἀνήχθη) – aoristo passivo de anagō → “foi conduzido”

Indica uma ação divina intencional, não algo casual. O Espírito levou Jesus para ser testado.

v.4 – “Nem só de pão viverá o homem...”

Citação de Deuteronômio 8:3 → Jesus usa a Palavra como arma espiritual, em grego: gegraptai (γέγραπται), “está escrito” – perfeito passivo, indicando algo que foi escrito e permanece válido.

v.17 – “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos céus.”

Mesmo verbo do capítulo 3: metanoeite → usado por Jesus como João, mostrando continuidade da mensagem profética.

Conexão entre Mateus 3 e 4:

Tema Mateus 3 Mateus 4

Identidade Jesus é confirmado como Filho Satanás tenta questionar isso

Arrependimento João prepara o povo Jesus chama ao arrependimento

Espírito Santo Desce no batismo Conduz ao deserto

Palavra João prega com autoridade Jesus combate com a Escritura

O Reino de Deus começa com arrependimento e continua com provação e fidelidade.

O deserto é lugar de confronto, mas também de formação espiritual.

A verdadeira autoridade de Jesus é demonstrada não pelo poder imediato, mas pela submissão à vontade do Pai.

MATEUS 3 – O Ministério de João Batista (expansão)

v.3 – "Voz do que clama no deserto"

Citação direta de Isaías 40:3 (LXX): phōnē boōntos en tē erēmō (φωνὴ βοῶντος ἐν τῇ ἐρήμῳ)

"Deserto" (erēmos) tem carga simbólica:

Lugar de purificação

Lugar onde Deus fala (Êxodo, Elias, Israel)

Indica que o Reino não começa no templo, mas no deserto

João Batista como figura profética

Sua vestimenta de pelo de camelo e cinto de couro (v.4) ecoa Elias (2 Rs 1:8), o profeta esperado antes do Messias (Malaquias 4:5).

Ele é o precursor, preparando o povo com batismo de arrependimento, algo incomum para judeus (batismo era mais comum para prosélitos gentios).

v.10 – "O machado já está posto à raiz das árvores"

Uma imagem de juízo iminente

Gramaticalmente: keitai (κεῖται) – “está colocado” no presente indicativo, mostra urgência: o tempo do arrependimento é agora.

v.12 – “A pá está em sua mão... queimará a palha com fogo que nunca se apaga”

Refere-se ao Messias como juiz, não só Salvador

O fogo aqui é símbolo de purificação e julgamento eterno

A separação entre trigo e palha remete ao juízo escatológico.

MATEUS 4 – Tentação e o começo do Reino (expansão)

v.2 – “Jejuou quarenta dias e quarenta noites”

Ecoa:

Moisés no Sinai (Êx 34:28)

Elias no Horebe (1 Rs 19:8)

Israel no deserto por 40 anos

Jesus está revivendo e superando a história de Israel e dos profetas.

Três tentações – paralelos e simbolismo:

Tentação Texto bíblico Significado

Pão (v.3-4) “Transforma estas pedras...” Teste da confiança em Deus para as necessidades básicas

Pináculo do templo (v.5-7) “Lança-te daqui abaixo...” Tentação de testar a fidelidade de Deus

Reinos do mundo (v.8-10) “Te darei tudo se me adorares” Tentação de atalho para glória sem cruz

Cada resposta de Jesus vem de Deuteronômio 6–8, textos que tratam da fidelidade de Israel no deserto → Ele é o novo Israel, fiel onde o antigo falhou.

v.16 – “O povo que jazia em trevas viu grande luz”

Citação de Isaías 9:1-2 → refere-se à Galileia dos gentios, uma região desprezada, mas agora alvo da revelação messiânica

Jesus começa ali o ministério, quebrando o padrão religioso tradicional (Jerusalém)

v.19 – “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”

"Vinde após mim" (deute opisō mou – Δεῦτε ὀπίσω μου) era um convite de discípulo para mestre → Jesus está tomando a iniciativa, algo raro na cultura rabínica.

"Pescadores" – ecoa profecias como Jeremias 16:16, onde Deus diz que enviará pescadores para trazer o povo de volta

Cristologia implícita: Jesus como o novo Israel, novo Moisés, novo Elias

Teofania trinitária no batismo: Pai (voz), Filho (Jesus), Espírito (pomba)

O poder da Palavra de Deus – usada como arma contra o diabo

O Reino começa com confronto, não com glória — primeiro o deserto, depois a cruz


O tesouro no interior do vaso (L11)

  O intuito não é apresentar o vaso mais o que está dentro do vaso: 1. O Vaso como figura humana Na Bíblia, o ser humano é frequentemente co...