segunda-feira, 24 de março de 2025

O cristão pode beber?

O vinho (e o álcool em geral) pode afetar a forma como as pessoas falam e se comportam. Isso acontece porque o álcool reduz as inibições, alterando o funcionamento do cérebro, especialmente no córtex pré-frontal, que é responsável pelo autocontrole, julgamento e filtragem das palavras antes de serem ditas.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ISSO?

A Bíblia menciona os efeitos do vinho e do álcool, tanto positivos quanto negativos:

O vinho pode trazer alegria, mas deve ser usado com moderação

"O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio." (Provérbios 20:1)

"O vinho alegra o coração do homem". (Salmo 104:15)

O excesso de vinho pode levar a falar e agir sem sabedoria

"Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne." (Provérbios 23:20)

"Não vos embriagueis com vinho, em que há devassidão, mas enchei-vos do Espírito." (Efésios 5:18)

O álcool pode fazer alguém perder o filtro e falar o que não deveria

"Os sacerdotes e os profetas erram por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, cambaleiam por causa da bebida forte; erram na visão, tropeçam no juízo." (Isaías 28:7)

Noé ficou embriagado e isso levou a uma situação vergonhosa (Gênesis 9:21-22).

O vinho pode "quebrar o filtro" das palavras das pessoas, pois afeta o controle e julgamento. A Bíblia ensina que, enquanto o vinho pode ser apreciado com moderação, o excesso pode levar a palavras e ações imprudentes.

O vinho (ou qualquer bebida alcoólica) pode, de certa forma, expor o que já está no coração das pessoas, porque ele reduz as inibições e o autocontrole. Quando alguém está sóbrio, pode esconder pensamentos, sentimentos e intenções, mas o álcool tende a afrouxar o filtro, revelando o que já estava dentro da pessoa.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ISSO?

O álcool pode fazer as pessoas falarem e agirem sem controle

"O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio." (Provérbios 20:1)

Isso mostra que o álcool pode levar a comportamentos tolos e palavras impensadas.

O que sai da boca revela o coração

"A boca fala do que está cheio o coração." (Mateus 12:34)

O vinho não "cria" o pecado, mas pode trazer à tona o que já está dentro da pessoa.

O álcool pode expor a vergonha e o pecado

Noé ficou embriagado e isso resultou em uma situação vergonhosa (Gênesis 9:21-22).

Ló também se embriagou e acabou sendo enganado por suas próprias filhas (Gênesis 19:32-35).

A embriaguez leva à insensatez e à destruição

"Ai dos que são heróis para beber vinho, e valentes para misturar bebida forte!" (Isaías 5:22)

"Não vos embriagueis com vinho, em que há devassidão, mas enchei-vos do Espírito." (Efésios 5:18)

O vinho (ou qualquer álcool) não cria o pecado, mas pode expor o que já está no coração.

Quando uma pessoa está embriagada, sua falta de controle revela seus verdadeiros pensamentos e desejos.

O meu objetivo primário com a exposição desse assunto, novamente é, chamar meus irmãos á coerência e bom senso, pois, a religiosidade tem destruído relacionamentos e oportunidades de amadurecimento. Nós podemos ter atitudes tolas durante nossa vida, como o hábito da embriaguez, mas, classificar como pecado e condenar pessoas por essas atitudes é tolice, pois, a melhor forma de resgatá-las da condição de insensatez é sermos sensatos a ponto de ama-las e através do amor e compreensão trazê-las a reflexão da consequência de seus atos. 

Vejo muitos pastores e irmãos condenando pessoas que bebem e passando pano para outros de caráter reprovado, e isso, causa um ambiente de incoerência e injustiça. Alguns comportamentos e hábitos não são sensatos para nossas vidas, mas, classifica-los como pecado e demonizá-los só vai piorar mais a situação, além de propagar inverdades e critérios que a Bíblia não respalda. 

A Bíblia nos ensina a sermos guiados pelo Espírito Santo, e não pelo vinho.

Aqui vemos uma instrução de sensatez, e não uma condenação do hábito em si. Pessoas cheias de justiça própria tendem a julgar com sua própria regra os comportamentos alheios, e criam suas próprias listas de "pecados", e essa religiosidade tem atrapalhado muito no crescimento do corpo de Cristo em maturidade. Foi isso que Jesus quis dizer com a expressão:

 "Guias cegos! Que coais o mosquito e engolis o camelo." (Mateus 23:24)

O QUE ISSO SIGNIFICA?

Jesus usa essa metáfora para criticar a atitude dos fariseus, que se preocupavam obsessivamente com detalhes insignificantes da Lei, mas ignoravam princípios muito mais importantes, como a justiça, a misericórdia e a fé (Mateus 23:23).

"Coar o mosquito" → Os fariseus seguiam regras minuciosas, evitando até mesmo impurezas pequenas, como um mosquito na bebida.

"Engolir o camelo" → Enquanto isso, eles cometiam erros muito mais graves, como a injustiça e a hipocrisia, sem perceber ou sem se importar.

Jesus mostra que não adianta ter zelo religioso se o coração está longe de Deus. Ele ensina que a prioridade deve ser a justiça, o amor e a sinceridade na fé, e não apenas rituais externos ou regras sem sentido.

Isso ainda acontece hoje?

Muitas vezes, as pessoas ainda "coam mosquitos e engolem camelos", dando mais importância a detalhes religiosos ou tradições, enquanto ignoram valores centrais do evangelho, como amar ao próximo, ser justo e agir com misericórdia.

Será que em algum momento também estamos focando em coisas pequenas e esquecendo o essencial da fé?

Em tudo que fazemos, nosso alvo deve ser a sabedoria e a sensatez. Vamos ajudar muito mais as pessoas entendendo a raiz do problemas e direcionando elas a Cristo do que levando a elas uma condenação que Jesus já retirou na cruz. Seja instrumento de libertação da mente das pessoas e não alguém que faz com que elas permaneçam no cativeiro. 

Em nenhum momento farei apologia ao vinho, ou muito menos a qualquer bebida alcoólica, mas, também não vou colocar o habito de beber num patamar em que a bíblia não o colocou. 

Olha que coisa interessante: Jesus não tinha pecado, então nada de ruim poderia ser exposto nele, independentemente de Ele beber vinho ou não. Como a Bíblia ensina:

"Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado." (Hebreus 4:15)

JESUS BEBIA VINHO?

Sim, a Bíblia indica que Jesus bebia vinho de forma moderada, sem exageros e sem pecado:

Jesus usou vinho na Santa Ceia

"E tomando um cálice e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado por muitos, para remissão de pecados." (Mateus 26:27-28)

O vinho simbolizava Seu sangue, selando a Nova Aliança.

Jesus foi acusado injustamente de beber em excesso, assim como muitos fazem hoje com seus irmãos.

"Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!" (Mateus 11:19)

Isso mostra que Ele participava de refeições onde havia vinho, mas a acusação era exagerada e falsa.

Jesus transformou água em vinho

"Jesus lhe disse: Enchei de água essas talhas. (...) Então ele lhes disse: Tirai agora e levai ao mestre-sala. E levaram. Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho (...), chamou o noivo e lhe disse: Todo homem põe primeiro o bom vinho, e quando já beberam fartamente, então o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora." (João 2:7-10)

Jesus fez vinho de excelente qualidade no casamento em Caná, mostrando que o vinho não era proibido em si, mas deveria ser usado com sabedoria.

Jesus nunca pecou, então nada de ruim poderia ser exposto Nele, mesmo que bebesse vinho.

Ele participava de refeições e festividades onde o vinho era consumido, mas sempre com moderação e sabedoria.

O problema não é o vinho em si, mas o excesso e a embriaguez, que levam ao pecado.

O verdadeiro enchimento do cristão deve ser pelo Espírito Santo, e não pelo álcool (Efésios 5:18).

O vinho pode revelar o pecado nos homens, mas em Jesus apenas revelou sua glória! 🙌🔥

Algumas pessoas insistem que o vinho da época de Jesus não era alcoólico porque querem reconciliar o uso do vinho na Bíblia com uma postura mais rígida contra o consumo de álcool. Esse argumento geralmente vem de grupos cristãos que defendem a total abstinência de bebidas alcoólicas. No entanto, essa ideia não tem base histórica nem bíblica sólida.

Há um grande equívoco que acontece em muitos círculos cristãos: condenar o consumo de bebidas alcoólicas enquanto ignoram outros pecados relacionados ao excesso, como a glutonaria.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ISSO?

A Bíblia não proíbe o consumo de bebida alcoólica, mas condena a embriaguez.

Jesus bebia vinho (Mateus 11:19) e até transformou água em vinho nas bodas de Caná (João 2:1-11).

O apóstolo Paulo recomenda vinho a Timóteo por questões de saúde (1 Timóteo 5:23).

No entanto, a embriaguez é claramente condenada (Efésios 5:18, Provérbios 20:1).

A Bíblia também condena a glutonaria, mas muitos ignoram isso.

Provérbios 23:20-21: "Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão cairão em pobreza..."

Filipenses 3:19 fala daqueles cujo deus é o próprio ventre, ou seja, que vivem para satisfazer seus desejos físicos.

A HIPOCRISIA NO MEIO CRISTÃO

Muitos cristãos criticam quem bebe moderadamente, mas ignoram aqueles que comem em excesso.

Em algumas igrejas, comer compulsivamente e viver para os prazeres da comida é tratado como algo normal, enquanto qualquer gole de álcool é visto como um grande pecado.

Ambos os comportamentos são formas de falta de domínio próprio e podem se tornar idolatria do prazer.

O QUE DEUS REALMENTE QUER?

Deus não quer que nos escravizemos a nada, seja bebida, comida ou qualquer outro desejo da carne.

O problema não está na substância em si, mas no excesso, na dependência e no descontrole.

Hipocrisia religiosa não agrada a Deus – Ele se importa mais com o coração sincero do que com regras externas seletivas.

Ou seja: se um cristão condena a bebida, mas ignora seu próprio descontrole na comida, está “coando o mosquito e engolindo o camelo” (Mateus 23:24).

O VINHO NA ÉPOCA DE JESUS ERA ALCOÓLICO? SIM!

O vinho fermentado era comum na cultura judaica e bíblica

O clima da Palestina era quente, o que fazia o suco de uva fermentar naturalmente em poucos dias após a colheita.

Não havia técnicas modernas de pasteurização para impedir a fermentação, como temos hoje no suco de uva industrializado.

A Bíblia faz distinção entre vinho fermentado e suco de uva

Em algumas passagens, o vinho é claramente descrito como algo que pode embriagar:

"O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio." (Provérbios 20:1)

Se o vinho fosse apenas suco de uva, não faria sentido advertir sobre seus efeitos negativos.

O milagre de Jesus em Caná envolvia vinho alcoólico

Quando Jesus transformou água em vinho (João 2:1-11), o mestre-sala elogiou a qualidade da bebida:

"Todo homem põe primeiro o bom vinho, e quando já beberam fartamente, então o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora." (João 2:10)

O termo grego usado para "vinho" é "οἶνος" (oinos), que sempre se refere a vinho fermentado na Bíblia.

Paulo aconselhou Timóteo a tomar vinho para problemas de saúde

"Não continues a beber somente água, mas usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades." (1 Timóteo 5:23)

Se fosse apenas suco de uva, não haveria razão para essa recomendação médica.

POR QUE ALGUNS INSISTEM QUE O VINHO NÃO ERA ALCOÓLICO?

Defesa da abstinência total → Alguns cristãos acreditam que qualquer consumo de álcool é pecaminoso e, para justificar isso, tentam argumentar que o vinho bíblico era diferente do vinho de hoje.

Preocupação com o risco da embriaguez → Como a Bíblia condena a embriaguez (Efésios 5:18), algumas pessoas preferem ensinar que todo álcool deve ser evitado para não correr riscos.

Influência de movimentos protestantes e metodistas → No século XIX, com o surgimento do movimento da temperança, muitos cristãos começaram a pregar contra qualquer bebida alcoólica. Isso levou à tentativa de reinterpretar o vinho bíblico.

O vinho da época de Jesus era fermentado e continha álcool, como qualquer vinho natural.

A Bíblia não condena o consumo moderado de vinho, mas adverte contra o abuso e a embriaguez.

A ideia de que o vinho bíblico era só suco de uva não tem fundamento histórico ou bíblico.

O problema não é o vinho, mas como ele é usado. Como cristãos, devemos buscar equilíbrio e sabedoria em tudo!

Uma reflexão provocativa, mas com fundamento. O vinho (ou qualquer bebida alcoólica) pode sim expor o verdadeiro estado do coração de uma pessoa, pois ele reduz as inibições e o autocontrole. Se alguém, ao beber, se torna agressivo, lascivo, desonesto ou arrogante, isso pode indicar que esses sentimentos já estavam dentro da pessoa, apenas ocultos pela sobriedade.

📖 "A boca fala do que está cheio o coração." (Lucas 6:45)

O VINHO COMO "REVELADOR" DO CORAÇÃO

O álcool diminui o autocontrole e expõe a verdadeira natureza

Muitas pessoas, ao beberem, falam coisas que normalmente esconderiam, revelando desejos, mágoas, medos e intenções ocultas.

Isso não significa que o álcool cria pecado, mas que ele pode trazer à tona o que já está ali.

Exemplos bíblicos de pessoas que tiveram seu coração exposto pelo álcool

Noé → Ficou embriagado e sua nudez foi exposta, resultando em uma maldição para seu neto Canaã (Gênesis 9:20-25).

Ló → Foi embriagado por suas filhas, o que levou a um ato pecaminoso (Gênesis 19:30-36).

Belsazar → Durante uma festa regada a vinho, usou os utensílios sagrados do Templo de Deus para idolatria, e naquela mesma noite foi julgado por Deus (Daniel 5:1-31).

O vinho pode revelar tanto fraquezas quanto hipocrisia

Se alguém só consegue expressar amor, alegria ou sinceridade ao beber, isso pode indicar que na sobriedade está usando uma "máscara".

Da mesma forma, se alguém se torna violento ou imoral ao beber, é um sinal de que esses impulsos já estavam no coração, apenas reprimidos.

O LADO POLÊMICO DA REFLEXÃO

Se o vinho "tira o filtro", ele pode acabar expondo se estamos vivendo uma fé autêntica ou apenas mantendo aparências.

Isso não significa que beber seja sempre errado, mas se o álcool "revela" algo ruim, o problema real não é a bebida, mas o que está dentro do coração.

O melhor "revelador" e transformador do coração não é o vinho, mas o Espírito Santo:

"Não vos embriagueis com vinho, em que há devassidão, mas enchei-vos do Espírito." (Efésios 5:18)

Minha verdadeira sugestão é que você não beba, mas, caso tenha esse hábito esporádico, que seja com a devida moderação. Afinal, todo excesso revela uma falta, e se você bebe excessivamente com certeza está com um provável vazio de Deus, sendo assim, a melhor solução para parar de beber é se encher do Espírito Santo, assim como Paulo recomenda em seus escritos. 

Se o álcool expõe fraquezas que escondemos de nós mesmos, talvez seja um chamado para lidarmos com isso diante de Deus, sem precisar de um "revelador artificial".

A religiosidade vazia e hipócrita pode ser muito mais nociva do que o álcool, porque ela vem do coração e pode afetar profundamente o caráter de uma pessoa, enquanto o álcool é algo externo e passageiro, que pode ser resolvido em nosso relacionamento com Deus 

"Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim." (Isaías 29:13)

RELIGIOSIDADE HIPÓCRITA X ÁLCOOL: O QUE É MAIS PERIGOSO?

O álcool afeta momentaneamente; a religiosidade errada pode corromper o caráter

O álcool, quando ingerido, é expelido do corpo em algumas horas e não define quem a pessoa realmente é.

Já uma mentalidade religiosa hipócrita pode moldar uma vida inteira, levando alguém a viver de aparências, sem transformação real.

Jesus confrontou mais os religiosos hipócritas do que os beberrões

Jesus foi duro com os fariseus porque eles eram "limpos por fora, mas cheios de podridão por dentro" (Mateus 23:25-28).

Ele comia e bebia com pecadores e foi chamado de "amigo de publicanos e pecadores" (Mateus 11:19), mostrando que a religiosidade vazia era um problema maior do que o pecado visível dos marginalizados.

A religiosidade pode enganar a própria pessoa

Um bêbado sabe que está bêbado e pode reconhecer seu erro, mas o religioso hipócrita muitas vezes não percebe que está distante de Deus.

"Se alguém cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a sua religião é vã." (Tiago 1:26)

O problema real não é o vinho ou a religiosidade em si, mas o coração

Tanto o vinho (se usado em excesso) quanto a religiosidade (se for vazia) podem ser nocivos.

O que contamina o homem não é apenas o que entra pela boca, mas o que sai do coração (Marcos 7:15).

Quem usa o álcool para justificar pecados precisa de transformação.

Quem usa a religião para mascarar um coração frio também precisa de mudança.

Ao longo dos anos a igreja perde muitos irmãos por causa dos julgadores que afugentam as pessoas que ainda não vivem uma vida de sabedoria, o julgador afasta mais pessoas da igreja do que o diabo, e isso é algo a se pensar para quem deseja uma vida de sensatez

Devemos ter prudência e sensibilidade com pessoas que vieram do vício em álcool e drogas. A Bíblia nos ensina a agir com amor e consideração pelo próximo, especialmente aqueles que têm fraquezas em determinadas áreas.

PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA LIDAR COM ESSA QUESTÃO

1. Não ser pedra de tropeço

"É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve o seu irmão a tropeçar." (Romanos 14:21)

Se alguém tem um histórico de dependência química, não devemos incentivá-lo a voltar a ambientes ou hábitos que possam levá-lo a cair novamente.

2. Amar e edificar o irmão

"Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam." (1 Coríntios 10:23)

Ainda que o consumo moderado não seja pecado, precisamos avaliar se isso edifica aqueles ao nosso redor.

3. Ser compreensivo com a luta de cada um

"Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo." (Gálatas 6:2)

Para alguém que já foi viciado, qualquer contato com o álcool ou com drogas pode ser um gatilho para recaídas. O amor cristão nos chama a cuidar e apoiar, não a expor ao risco.

4. Discipulado e acompanhamento contínuo

Quem saiu do vício precisa de suporte espiritual, emocional e, muitas vezes, profissional.

O corpo de Cristo deve ser um lugar seguro, onde a pessoa encontra ajuda para se fortalecer e não voltar ao ciclo de dependência.

COMO AGIR COM PRUDÊNCIA?

Evite oferecer ou consumir álcool na presença de ex-viciados.

Tenha paciência e compaixão, sabendo que a recuperação é uma jornada.

Ajude a pessoa a se fortalecer na fé e a encontrar apoio em Deus.

Ensine a liberdade com responsabilidade, mostrando que o foco não deve ser regras, mas sim o amor ao próximo.

Nem todos tem a consciência de liberdade no Espírito que talvez você já tenha.

O verdadeiro Evangelho não é só sobre o que "podemos" ou "não podemos" fazer, mas sobre o que é melhor para edificar e proteger nossos irmãos. 

Que sua vida seja sóbria, sabia e coerente em Cristo

Leonardo Lima Ribeiro 

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