Nosso tempo é, sem dúvida, o bem mais valioso que possuímos. Ele é um recurso finito e insubstituível, que, uma vez perdido, jamais poderá ser recuperado. Cada instante que vivemos é uma oportunidade concedida por Deus, um presente divino que devemos administrar com sabedoria. Diante dessa realidade, é fundamental que aprendamos a valorizar mais aqueles que respeitam e reconhecem o valor do nosso tempo, pois isso demonstra apreço, consideração e amor genuíno.
A Bíblia nos ensina que o tempo deve ser usado com propósito e discernimento. Em Efésios 5:15-16, o apóstolo Paulo adverte: "Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus." Esse conselho nos incentiva a refletir sobre como investimos nossos momentos e com quem os compartilhamos, escolhendo sabiamente as pessoas e atividades que agregam valor às nossas vidas.
Valorizar aqueles que respeitam nosso tempo é, também, uma demonstração de amor-próprio e de maturidade. Jesus, em sua vida terrena, exemplificou essa sabedoria ao dedicar tempo àqueles que estavam dispostos a ouvir, aprender e se transformar, enquanto se afastava daqueles que rejeitavam a verdade. Em Provérbios 13:20, lemos: "Quem anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal." Assim, devemos buscar relacionamentos que nos edifiquem e que reconheçam o valor do tempo mútuo, promovendo crescimento espiritual e emocional.
Além disso, valorizar o tempo significa viver de acordo com os propósitos de Deus para nós. Cada segundo deve ser empregado com um propósito divino, seja no trabalho, na família ou nos momentos de descanso. Em Eclesiastes 3:1, encontramos a sabedoria atemporal de Salomão: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu." Esse versículo nos lembra que devemos viver em harmonia com o plano de Deus, entendendo que há momentos para cada aspecto da vida, e devemos escolher sabiamente onde e com quem os investimos.
É nossa responsabilidade ser bons administradores do tempo que Deus nos confiou, buscando a companhia de pessoas que compartilham dos mesmos valores, que nos inspiram e nos motivam a crescer. É maduro que nossas escolhas diárias reflitam a importância que damos ao tempo, para que, no final de nossa jornada, possamos olhar para trás com a certeza de que cada momento foi vivido com propósito, gratidão e amor.
Salmos 90:12 nos ensina uma oração poderosa: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio." Que possamos, então, aplicar essa sabedoria em nossa vida, honrando a Deus por meio da forma como usamos nosso tempo e com quem o compartilhamos.
Se concordamos que o tempo é o bem mais precioso que temos, então é justo e coerente dedicarmos mais tempo àqueles que o valorizam, em vez de desperdiçá-lo com quem o despreza. A boa administração do tempo é um princípio bíblico de sabedoria e mordomia, e Jesus nos deixou exemplos claros de como devemos aplicá-lo com discernimento.
Infelizmente, muitas pessoas subestimam o valor do tempo de um pastor, acreditando, de forma equivocada, que sua dedicação ao ministério é menos importante ou menos digna de reconhecimento do que o tempo de outros profissionais, que, além de tudo, são remunerados por seus serviços. No entanto, o chamado pastoral é um dos mais nobres e exigentes, pois lida com aquilo que é eterno: as almas das pessoas.
A Bíblia nos ensina que todo trabalhador é digno de honra e recompensa pelo seu esforço. Em 1 Timóteo 5:17, está escrito: "Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino." Esse versículo deixa claro que os líderes espirituais merecem reconhecimento e respeito, não apenas por suas palavras, mas pelo tempo e dedicação que investem em cuidar das vidas sob sua responsabilidade.
Jesus, durante seu ministério terreno, soube administrar seu tempo com sabedoria. Ele dedicava tempo às multidões, mas investia ainda mais em seus discípulos, aqueles que realmente valorizavam seus ensinamentos e estavam dispostos a segui-lo. "E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra, senão na sua pátria, entre os seus parentes e na sua casa. E não podia fazer ali nenhuma obra poderosa; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos." (Marcos 6:4-5, ARA)
Esse trecho mostra que a falta de honra e fé limitou o que Jesus poderia realizar entre eles, pois não estavam dispostos a recebê-lo com o devido reconhecimento e respeito.
A falta de valorização do tempo pastoral revela, muitas vezes, uma mentalidade que não compreende o verdadeiro propósito do chamado ministerial. O pastor não é apenas alguém que presta serviços religiosos, mas um guia espiritual, conselheiro e intercessor. Quando seu tempo é desvalorizado, o próprio Reino de Deus é tratado com desdém. Em Hebreus 13:17, encontramos a exortação: "Obedecei a vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma como quem deve prestar contas." Isso mostra a grande responsabilidade que os líderes espirituais carregam e o respeito que lhes é devido.
Portanto, é justo e necessário que aprendamos a investir nosso tempo onde ele é mais frutífero e valorizado. O próprio Jesus nos ensina em João 15:16: "Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça." Para que o fruto do nosso tempo permaneça, devemos aplicá-lo sabiamente, priorizando aqueles que reconhecem sua importância e têm um coração disposto a receber.
Valorizar o tempo pastoral é, acima de tudo, reconhecer a importância da obra de Deus em nossas vidas. Que possamos ser gratos e conscientes, honrando aqueles que dedicam suas vidas ao serviço do Senhor, entendendo que, ao respeitar seu tempo, estamos honrando a Deus e Sua obra. Afinal, como nos lembra Eclesiastes 3:1, "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu."
Infelizmente, pessoas egocêntricas tendem a criticar, exigir atenção constante e buscar incessantemente serem o centro das atenções. Elas colocam suas próprias necessidades acima das dos outros, raramente oferecendo reciprocidade ou valorizando aqueles que as servem com dedicação. Essa postura egoísta e desrespeitosa revela uma falta de maturidade e empatia, tornando-se um grande desafio para líderes espirituais, como os pastores, que são chamados para servir com amor, mas também com discernimento.
A Bíblia nos alerta sobre a necessidade de sabedoria ao lidar com esse tipo de comportamento. Em Provérbios 9:7-8, lemos: “Quem repreende o zombador atrai sobre si mesmo o insulto; quem corrige o ímpio recebe afronta. Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará.” Isso nos ensina que é preciso prudência para investir tempo e esforços apenas naqueles que realmente estão dispostos a aprender e crescer espiritualmente.
Os pastores, como mordomos do rebanho de Deus, devem ter sabedoria extrema para não desperdiçar seu tempo e unção com aqueles que desprezam e desonram seu serviço. Jesus nos deixou um exemplo claro disso ao focar seu ministério em pessoas de coração receptivo e disposto, evitando discussões infrutíferas com aqueles que resistiam à verdade. Em Mateus 10:14, Ele instruiu seus discípulos: “Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, sacudi o pó dos vossos pés ao sairdes daquela casa ou cidade.” Esse ensinamento mostra que é legítimo, e até necessário, seguir adiante quando encontramos resistência e desvalorização.
Além disso, a liderança espiritual exige discernimento para não cair nas armadilhas da manipulação emocional. Muitas vezes, aqueles que exigem prioridade e atenção constantes fazem isso por motivações egoístas, sem reconhecer o valor do tempo pastoral ou a responsabilidade que um líder carrega. Em Provérbios 4:7, somos lembrados de que “A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento.” A sabedoria é uma ferramenta essencial para identificar quais investidas são genuínas e quais são apenas uma tentativa de desviar o foco da missão.
Os pastores, como servos de Deus, não estão isentos do cansaço emocional causado por essas demandas desequilibradas. Por isso, é crucial lembrar das palavras de Jesus em Mateus 11:28-29: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” Assim, devem buscar descanso no Senhor e manter o equilíbrio entre servir com amor e estabelecer limites saudáveis.
Além de tudo, um pastor deve concentrar-se em edificar aqueles que demonstram verdadeiro desejo de mudança e crescimento espiritual. 2 Timóteo 2:2 instrui: “E o que de mim ouviste diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.” Isso significa que o tempo e os ensinamentos devem ser direcionados àqueles que, de fato, valorizam e multiplicam o conhecimento recebido.
Portanto, é fundamental que os pastores tenham discernimento para não se deixarem consumir por demandas injustas e por pessoas que desonram seu chamado. Seu tempo deve ser direcionado àqueles que realmente buscam a Deus com sinceridade, permitindo que seu ministério seja frutífero e abençoado. Como afirma Colossenses 4:5, “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, aproveitando bem cada oportunidade.” Que cada minuto investido no ministério pastoral seja um reflexo da sabedoria divina e do propósito maior do Reino de Deus.
É evidente que há uma graça especial concedida por Deus para cada vocação, pois Ele distribui dons conforme Sua vontade soberana. No entanto, qualquer vocação, por mais divina que seja, precisa ser exercida com sabedoria, discernimento e humildade. Sem esses pilares, o chamado pode ser comprometido pelo orgulho e pela falta de maturidade espiritual.
Uma das formas de identificar pessoas que ainda não desenvolveram essa sabedoria é por meio de certas características em sua conduta. Muitas vezes, elas apresentam uma postura exacerbada de liderança, demonstrando uma incapacidade de se posicionarem como aprendizes, mesmo quando claramente ainda o são. A Palavra de Deus nos ensina que o verdadeiro crescimento começa com a humildade, como está escrito em Provérbios 15:33: "O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra." Aqueles que se recusam a aprender revelam um coração endurecido, que prioriza a autopromoção em vez do aprendizado genuíno.
Além disso, essas pessoas costumam demonstrar uma falta de lealdade e fidelidade para com aqueles que investem em suas vidas espirituais. Não permanecem firmes sob uma liderança pastoral, mas estão sempre em busca de novos mestres e influências, segundo sua conveniência e interesses momentâneos. O apóstolo Paulo adverte sobre essa atitude em 2 Timóteo 4:3-4, dizendo: "Porque virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos, juntarão para si mestres, e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se a fábulas." Essa inquietação e instabilidade espiritual demonstram um coração que busca satisfação pessoal em vez de compromisso com a verdade de Deus.
O verdadeiro discípulo, por outro lado, entende a importância da constância e da fidelidade no aprendizado. Jesus disse em Lucas 16:10: "Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito." O caráter de um servo fiel se revela na disposição de permanecer sob autoridade, mesmo nos momentos de dificuldade, aprendizado ou correção.
Outro sinal característico dessa postura imatura é a busca constante por ambientes e lideranças que apenas confirmam suas próprias opiniões, em vez de desafiarem seu crescimento espiritual. Essas pessoas escolhem mestres segundo sua própria concordância, rejeitando a correção e a exortação necessárias para o amadurecimento. No entanto, a Bíblia nos ensina que é através da correção que encontramos o caminho da vida, como diz Provérbios 12:1: "Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido."
O pastor, como líder espiritual, deve estar atento a essas atitudes e ter discernimento para lidar com aqueles que não valorizam seu tempo e ministério. Em Hebreus 13:17, somos exortados a obedecer aos líderes espirituais com um espírito de submissão: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil." Aqueles que desprezam essa orientação demonstram uma falta de compreensão sobre a seriedade do cuidado espiritual.
Portanto, é essencial que cada vocação seja exercida com sabedoria, humildade e respeito pela autoridade estabelecida por Deus. A maturidade espiritual se manifesta não apenas no desejo de liderar, mas também na capacidade de ser liderado, aprender e crescer sob a direção divina. Afinal, como ensina Tiago 4:10, "Humilhai-vos diante do Senhor, e Ele vos exaltará." Somente aqueles que se submetem ao processo de aprendizado com humildade poderão ser usados poderosamente no tempo certo por Deus.
Confesso que, quando era mais novo na fé, cometi muitos erros semelhantes. Na minha imaturidade espiritual, achava que alguns pastores faziam acepção de pessoas, escolhendo a quem dar mais atenção por interesses pessoais. Contudo, à medida que cresci na caminhada com Deus e fui chamado para o ministério pastoral, comecei a enxergar as coisas sob uma nova perspectiva.
Percebi que, de fato, há líderes que agem com parcialidade por motivações erradas, buscando apenas benefícios próprios, e a Bíblia nos alerta contra isso. Em Tiago 2:1, somos advertidos: "Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas." A verdadeira liderança deve ser pautada pela justiça e pelo amor ao próximo, sem distinção por interesses egoístas.
No entanto, com o tempo e a experiência ministerial, compreendi que muitos pastores não estavam agindo com acepção, mas sim com discernimento. Eles aprendiam a valorizar aqueles que, por sua vez, os valorizavam, reconhecendo sua função como líderes espirituais. Passei a entender que há uma diferença entre acepção injusta e o princípio de honra, que é algo bíblico e legítimo. Em 1 Samuel 2:30, o Senhor declara: "Aos que me honram, honrarei; porém os que me desprezam serão desprezados." Assim, honrar um líder espiritual é uma atitude que atrai bênçãos e não deve ser vista como interesse pessoal por parte do pastor, mas sim como um reflexo do princípio divino de honra mútua.
Vi que esses pastores estavam dando mais atenção àqueles que recebiam o ensino com respeito e consideração, que valorizavam a unção presente em suas vidas. Eles estavam investindo tempo naqueles que demonstravam fome pela Palavra e ofereciam honra, não apenas em palavras, mas também em ações, ajudando a suprir as necessidades do ministério. Como ensina Gálatas 6:6, "Aquele que está sendo instruído na Palavra deve repartir todas as coisas boas com aquele que o instrui."
Comecei a perceber que a honra genuína é acompanhada pelo desejo sincero de ver o ministro bem, de contribuir para que ele continue cumprindo seu chamado com alegria e sem limitações. Em Filipenses 4:16-17, o apóstolo Paulo expressa gratidão pelos irmãos que o sustentaram: "Porque até mesmo quando eu estava em Tessalônica, vocês me mandaram ajuda, não apenas uma vez, mas duas, quando tive necessidade. Não que eu procure ofertas, mas o que realmente me interessa é que vocês sejam recompensados pelo que têm feito." Esse princípio mostra que o ato de contribuir com aqueles que nos ensinam é uma semente que gera frutos espirituais tanto para quem dá quanto para quem recebe.
Hoje entendo que essa valorização não se trata de favoritismo, mas de reconhecer onde há terreno fértil para o crescimento espiritual. Assim como Jesus dedicava tempo aos discípulos mais próximos, que estavam dispostos a aprender e a caminhar com Ele, os pastores também devem focar em quem tem um coração ensinável e uma postura de honra. Em Mateus 13:12, Jesus ensina: "Pois a quem tem, mais será dado, e terá em abundância; mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado." Isso demonstra que aqueles que valorizam o ensino, a liderança e a unção, naturalmente receberão mais, pois seu coração está alinhado com os princípios do Reino.
Assim, compreendi que a verdadeira sabedoria ministerial está em discernir quem realmente valoriza a unção e quem apenas deseja usufruir dela sem compromisso. O pastor deve ter um coração aberto para todos, mas investir tempo e energia naqueles que honram, pois são esses que ajudam a edificar o corpo de Cristo de maneira saudável e equilibrada.
Aprendi que a honra não é apenas uma questão de dinheiro ou presentes, mas de atitude, respeito e reconhecimento do papel que Deus concede a cada um em Sua obra. Como está escrito em 1 Tessalonicenses 5:12-13, "Agora lhes pedimos, irmãos, que tenham consideração para com os que se esforçam no trabalho entre vocês, que os lideram no Senhor e os aconselham. Tenham-nos na mais alta estima, com amor, por causa do trabalho deles."
Hoje sou grato por ter crescido e compreendido que valorizar os pastores e líderes espirituais é, acima de tudo, um princípio de Reino. É por meio dessa valorização que a obra de Deus avança e que todos, tanto os que ensinam quanto os que aprendem, são edificados para a glória de Cristo.
Você, que é pastor ou tem um pastor, já parou para refletir: a quem ele deve dedicar seu tempo e cuidado? Àqueles que realmente desejam crescer espiritualmente ou àqueles que permanecem indiferentes? Àqueles que o honram e reconhecem seu chamado, ou àqueles que desprezam sua vida, sua unção e seu ensino?
Sejamos justos em nossa consideração. O pastor é um mordomo dos mistérios de Deus (1 Coríntios 4:1), chamado para apascentar o rebanho, mas sua responsabilidade exige discernimento sobre onde investir seu tempo e esforço. Assim como o bom agricultor sabe onde lançar a semente para colher frutos, o pastor deve priorizar aqueles que demonstram um coração ensinável e uma atitude de honra.
A Bíblia nos ensina em Mateus 7:6: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.” Esse princípio nos mostra que o ensino e o tempo pastoral devem ser direcionados àqueles que realmente valorizam o que é sagrado, pois de nada adianta investir em quem não reconhece o valor da instrução espiritual.
Além disso, o próprio Jesus estabeleceu um padrão claro de priorização em Seu ministério. Embora Ele amasse a todos, Ele escolheu investir mais tempo em doze discípulos, e dentre eles, três receberam uma atenção ainda mais especial. Isso nos ensina que o tempo deve ser direcionado com sabedoria, focando nos que estão dispostos a seguir o caminho do discipulado com compromisso. Em Marcos 4:10-11, vemos que os mistérios do Reino eram explicados com mais profundidade apenas àqueles que buscavam entendimento: "Quando Jesus ficou sozinho, os que estavam junto dele, com os doze, o interrogaram acerca da parábola. Ele lhes disse: A vós outros vos é dado conhecer o mistério do Reino de Deus; mas aos de fora tudo se ensina por parábolas."
Então, por que se esperaria que um pastor gastasse sua energia com aqueles que não valorizam sua missão, seu tempo e seu ensino? A sabedoria bíblica nos ensina a priorizar aqueles que demonstram honra e compromisso. Em 1 Timóteo 5:17, está escrito: "Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina." A honra é um princípio divino, e aqueles que entendem esse princípio naturalmente atraem mais investimento pastoral.
A questão financeira também reflete esse princípio de valorização. Quando alguém oferta ao pastor, está não apenas suprindo suas necessidades, mas demonstrando apreço pelo seu ministério e pela unção que carrega. Em Gálatas 6:6, Paulo ensina: "Aquele que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui." Esse ato de contribuição não é uma simples troca, mas uma expressão de honra e reconhecimento pelo papel espiritual exercido pelo líder.
Por outro lado, aqueles que não se importam com a vida do pastor e seu chamado, muitas vezes não percebem que, ao desprezarem o mensageiro, desprezam também a mensagem e, consequentemente, o próprio Deus que o enviou. Jesus declarou em Lucas 10:16: "Quem vos ouve, a mim me ouve; quem vos rejeita, a mim me rejeita."
Diante disso, cabe refletirmos: a quem o pastor deve dar mais atenção? Aos que o desprezam ou aos que o honram? Aos que ignoram seu esforço ou àqueles que demonstram gratidão e reconhecimento? A resposta é clara. O pastor deve investir naqueles que valorizam seu chamado, pois é com essas pessoas que o Reino de Deus avança de forma frutífera e eficaz.
Que possamos, como igreja, valorizar aqueles que Deus colocou como líderes sobre nós, honrando seu tempo, sua vida e seu ministério, conforme ensina Hebreus 13:17: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossas almas como quem há de prestar contas, para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil."
Lembre-se: honrar seu pastor é honrar a Deus, e aqueles que entendem esse princípio desfrutam da bênção que vem por meio da autoridade espiritual estabelecida pelo Senhor.
Pessoas desonrosas não têm como receber o que você tem a oferecer, porque a honra é uma característica do caráter de Cristo. Quem não tem esse princípio formado em sua consciência jamais entenderá o verdadeiro significado do que estamos falando aqui. A honra não é apenas uma atitude externa, mas uma postura do coração que reflete maturidade espiritual e compreensão do Reino de Deus. Como está escrito em Romanos 13:7, devemos "dar a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra."
Infelizmente, aqueles que não compreendem a honra muitas vezes vivem de forma egocêntrica, utilizando as pessoas conforme seus interesses momentâneos. Estão presos à consciência do seu ego e ainda não foram libertos pelo verdadeiro entendimento do Evangelho. Pensam que tudo gira em torno de suas próprias vontades, opiniões e conveniências, esquecendo-se de que o Evangelho é sobre Cristo, Sua vontade e Seu propósito.
A Bíblia nos alerta sobre essa mentalidade egoísta em Filipenses 2:3-4, onde o apóstolo Paulo nos exorta: "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros." A verdadeira fé em Cristo nos conduz ao serviço e à humildade, e não à exploração ou manipulação dos outros.
Nem todos os pastores fazem acepção de pessoas. Muitos, na verdade, amadureceram espiritualmente ao longo dos anos e aprenderam a discernir com sabedoria a quem devem dedicar seu tempo, dons e cuidado. Eles compreendem que sua missão é servir, mas com discernimento, para que seus esforços não sejam desperdiçados em solo infértil. Provérbios 4:7 nos ensina: "A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o entendimento." O verdadeiro pastor, guiado pelo Espírito Santo, entende que deve investir onde há um coração aberto para aprender, crescer e frutificar.
Aqui, não estamos nos referindo aos perdidos, pois, por ainda estarem cegos espiritualmente, não compreendem esses princípios. Como disse o apóstolo Paulo em 2 Coríntios 4:4, "o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo." Devemos ter paciência e amor com os que ainda não conhecem a verdade.
No entanto, estamos falando daqueles que já foram alcançados pela graça de Deus, que são considerados irmãos na fé. Esses, por já terem recebido a revelação da verdade, deveriam andar em maturidade, valorizando a liderança espiritual que Deus estabeleceu. Hebreus 5:12 nos adverte sobre a falta de crescimento: "Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, ainda precisais de que alguém vos ensine de novo quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; e vos tornastes como necessitados de leite, e não de alimento sólido."
Aqueles que não honram seus líderes espirituais revelam uma imaturidade persistente, tornando-se um peso em vez de serem cooperadores na obra do Senhor. 1 Tessalonicenses 5:12-13 nos instrui: "Agora vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós, e os que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra."
O pastor sábio aprendeu, com o tempo, que sua atenção deve ser dedicada àqueles que honram, aprendem e valorizam o chamado que Deus lhe confiou. Ele entende que seu papel não é agradar a todos, mas ser fiel ao Senhor e cuidar bem daqueles que têm um coração disposto a seguir os caminhos de Deus.
Que possamos refletir sobre isso e entender que a honra é um princípio divino. Quem aprende a honrar a liderança espiritual está, na verdade, honrando o próprio Deus, pois foi Ele quem instituiu autoridades em nosso meio para nosso crescimento e edificação. Como Jesus disse em Mateus 10:41, "Quem recebe um profeta em qualidade de profeta receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo receberá galardão de justo."
Que possamos, portanto, ser reconhecidos como aqueles que valorizam, honram e caminham em humildade, para que Deus continue derramando Suas bênçãos sobre nossas vidas.
Irmãos, pastores, não gastem seu tempo com pessoas que não valorizam princípios básicos como honra, respeito, lealdade e fidelidade. Essas qualidades são fundamentais na vida cristã e revelam o caráter de uma pessoa. Jesus disse: “Pelos seus frutos os conhecereis.” (Mateus 7:16), ou seja, observando atentamente como alguém trata seu cônjuge, seus familiares e aqueles ao seu redor, podemos discernir muito sobre quem essa pessoa realmente é.
Muitas vezes, essas pessoas chegam mostrando grande interesse e entusiasmo, mas com o tempo tornam-se críticas e começam a desprezar sutilmente aquilo que você ensina e faz. Esse desprezo pode não ser manifestado diretamente em palavras, mas se revela em atitudes. A Bíblia nos alerta sobre aqueles que têm aparência de piedade, mas negam o poder de Deus em suas vidas. 2 Timóteo 3:5 diz: “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.”
Essas pessoas desconsideram princípios fundamentais do Reino, como o princípio das ofertas, o valor do tempo dedicado a elas e a importância da honra aos seus líderes espirituais. Elas acreditam que o pastor deve estar sempre disponível para atender exclusivamente aos seus interesses, sem reconhecer a necessidade de equilíbrio e a prioridade daqueles que verdadeiramente valorizam o ministério. Em Hebreus 13:17, a Palavra nos ensina: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossas almas como quem há de prestar contas, para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.”
Esses indivíduos, por falta de maturidade e entendimento, acusam injustamente os pastores de fazerem acepção de pessoas quando percebem que sua atenção está voltada para aqueles que valorizam e respeitam o seu chamado. Eles não compreendem que a liderança cristã envolve mordomia e sabedoria na administração do tempo e dos recursos espirituais. Como ensina Provérbios 9:8, “Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará.” O pastor deve focar em quem está disposto a ouvir, aprender e crescer na graça.
O próprio Jesus demonstrou esse princípio em seu ministério. Ele dedicava atenção especial àqueles que demonstravam fé e compromisso. Em Marcos 6:5-6, lemos que Jesus não pôde realizar muitos milagres em sua própria terra devido à incredulidade do povo, mostrando que a honra e a fé são essenciais para recebermos o que Deus deseja nos dar.
Pastores, saibam que investir tempo e energia em pessoas que desprezam a unção, a Palavra e os princípios do Reino é desperdiçar um recurso precioso. Jesus nos ensinou em Mateus 10:14: “Se ninguém vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés.” Isso demonstra que devemos avançar e focar em terrenos férteis, onde a semente da Palavra pode gerar frutos duradouros.
Lembrem-se de que há aqueles que honram, respeitam e compreendem a seriedade do ministério pastoral. Estes são os que realmente merecem atenção e cuidado. Como Paulo instruiu em Gálatas 6:9, “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” Portanto, perseverem em servir com sabedoria, discernindo a quem investir e confiando que Deus recompensa aqueles que exercem seu ministério com fidelidade.
Novos convertidos não têm a responsabilidade de ensinar a Palavra ou os fundamentos do Evangelho; seu papel é simplesmente anunciar a salvação, compartilhando seu testemunho de transformação. Eles devem, antes de tudo, crescer na fé, se aprofundar no conhecimento das Escrituras e viver uma vida de obediência antes de se tornarem aptos a ensinar. O apóstolo Paulo instruiu Timóteo a ter cuidado com a liderança prematura, dizendo em 1 Timóteo 3:6, "Não seja neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo." A maturidade espiritual é um processo, e aqueles que são recém-chegados à fé precisam primeiro ser ensinados antes de tentarem ensinar os outros.
Hoje, vivemos em uma época em que a internet está repleta de “teólogos” formados por cortes de redes sociais, pessoas que absorvem trechos isolados de pregações sem uma compreensão profunda e contextual da Palavra. Essas ideias fragmentadas e misturadas geram confusão e afastam do verdadeiro propósito do Evangelho. A Bíblia nos adverte em 2 Timóteo 4:3-4, "Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si mestres segundo as suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas."
Muitos desses autoproclamados mestres podem tomar seu tempo precioso, tentando consolidar suas ideias confusas, sem um verdadeiro desejo de aprender e crescer na graça. Provérbios 18:2 diz: "O insensato não tem prazer no entendimento, mas sim em expor os seus pensamentos." Essas pessoas frequentemente estão mais preocupadas em debater e impor suas opiniões do que em submeter-se à verdade da Palavra de Deus.
É fundamental que os líderes e cristãos maduros fiquem atentos a esse tipo de armadilha. O próprio Jesus alertou em Mateus 7:6, "Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem." Ou seja, devemos discernir onde investir nosso tempo e esforço, para que não sejam desperdiçados em solos inférteis.
Falo por experiência: envolver-se nessas discussões infrutíferas e tentar corrigir aqueles que não estão realmente abertos ao aprendizado sincero quase sempre termina em frustração e desgaste. O apóstolo Paulo escreveu em Tito 3:9, "Mas evita questões tolas, genealogias e contendas, e debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs." Em outras palavras, não devemos nos perder em discussões que não produzem frutos espirituais.
Nosso foco deve estar em discipular aqueles que realmente têm fome e sede de justiça, aqueles que estão dispostos a serem ensinados e transformados pelo poder do Espírito Santo. Como disse Jesus em Mateus 5:6, "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos."
Portanto, invista seu tempo naquilo que edifica e contribui para o avanço do Reino de Deus. Efésios 5:15-16 nos exorta: "Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus."
Diante de tudo o que foi refletido, fica claro que o tempo é um recurso valioso que precisa ser investido com sabedoria. A Palavra de Deus nos ensina a sermos mordomos responsáveis, discernindo a quem devemos dedicar nosso tempo, dons e esforços. É necessário compreender que a honra, o respeito, a lealdade e a fidelidade são princípios fundamentais no Reino de Deus, e aqueles que os desprezam acabam se tornando obstáculos ao avanço da obra.
Nem todos estão prontos para receber o que temos a oferecer, e não devemos nos desgastar tentando convencer aqueles que não valorizam a unção, o ensino e o tempo investido. Jesus mesmo nos ensinou a priorizar aqueles que estão dispostos a aprender e crescer, dizendo em Mateus 10:14, "Se ninguém vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés." Assim, devemos seguir em frente, investindo em solos férteis que darão frutos para a glória de Deus.
A verdadeira maturidade cristã envolve saber diferenciar entre aqueles que têm um coração ensinável e aqueles que apenas desejam discutir e impor suas opiniões. Como ensina Provérbios 9:9, "Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo, e ele crescerá em entendimento."
Portanto, irmãos, sejamos sábios na administração do nosso tempo e ministério. Foquemos naqueles que honram, valorizam e demonstram um desejo genuíno de crescimento espiritual. Que possamos, como orienta Efésios 5:16, "remir o tempo, porque os dias são maus," dedicando-nos ao que realmente edifica e glorifica ao Senhor.
No final, o mais importante é permanecermos fiéis ao nosso chamado, servindo com amor, mas também com discernimento, e confiando que Deus honrará aqueles que O honram.
Leonardo Lima Ribeiro