terça-feira, 30 de abril de 2024

A verdadeira vida no Espírito (pt1)

(Alesund, Noruega)

O jejum é a declaração de fé do entendimento que da consciência de que você foi crucificado com Cristo:

O Jejum, portanto, é um ato de fé que declara que você esta sepultado, e vive agora uma realidade de ressureição. 

Romanos 6:3-4 (NVI): "Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova".

No batismo você recebeu a morte de Jesus e quando você foi retirado das águas recebeu a vida de Cristo

João 3:3-7 (NVI): "Jesus respondeu: 'Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo'. 'Como alguém pode nascer, sendo velho?', perguntou Nicodemos. 'É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!' Jesus respondeu: 'Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito'."

Na verdade você só foi para o batismo das águas porque você creu em Jesus Cristo:

Marcos 16:16 "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."

Irmãos eu quero deixar uma coisa bem clara, muitas coisas na Bíblia você pode interpretar como uma figura e outras você pode interpretar como uma tipo, exemplo:

Salomão é um tipo de Cristo:

Algumas semelhanças entre Salomão e Cristo incluem:

Sabedoria e Conhecimento: Salomão é conhecido por sua sabedoria e discernimento, enquanto Jesus é frequentemente retratado como a personificação da sabedoria divina.

Realeza: Salomão foi um grande rei que reinou em paz e prosperidade sobre Israel, enquanto Jesus é conhecido como o Rei dos Reis.

Construção do Templo: Salomão construiu o Templo em Jerusalém, que era o centro da adoração para os israelitas. Da mesma forma, Jesus é visto como o cumprimento espiritual do Templo, representando a presença de Deus entre as pessoas.

Na teologia, as figuras e as tipificações são conceitos relacionados, mas distintos:

Figura: Uma figura é uma pessoa, evento ou objeto do Antigo Testamento que é visto como tendo um significado ou relevância para o Novo Testamento. As figuras podem ser pessoas (como Adão, Moisés, Davi), eventos (como o Êxodo, o Dilúvio) ou objetos (como o Templo, o sacrifício do cordeiro pascal). As figuras geralmente possuem características ou experiências que prenunciam ou apontam para aspectos da vida, ministério ou significado de Jesus Cristo.

Tipificação: A tipificação é um tipo específico de figura, em que um evento, pessoa ou objeto do Antigo Testamento é visto como prefigurando ou antecipando algo que será completamente revelado no Novo Testamento, especialmente em Cristo. Por exemplo, o cordeiro sacrificado no Antigo Testamento é tipificado como prefigurando o sacrifício de Jesus Cristo no Novo Testamento.

Em resumo, todas as tipificações são figuras, mas nem todas as figuras são tipificações. As tipificações são figuras que têm um significado específico e direto para a compreensão do cumprimento em Cristo no Novo Testamento.

Outra figura usada na Bíblia é a da água:

A água é frequentemente usada como uma figura ou símbolo do Espírito Santo em várias passagens da Bíblia. Aqui estão algumas delas:

João 7:37-39: Nesta passagem, Jesus está ensinando durante a Festa dos Tabernáculos e Ele diz: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva." João explica que Jesus estava se referindo ao Espírito Santo, que seria dado aos que nele cressem.

João 3:5: Jesus fala a Nicodemos sobre a necessidade de nascer de novo e diz: "Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus." Aqui, a água é frequentemente interpretada como simbolizando o batismo, enquanto o Espírito Santo é o agente da regeneração espiritual.

1 Coríntios 12:13: Paulo escreve: "Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito." Neste versículo, o batismo no Espírito é comparado com beber da mesma fonte espiritual, que pode ser comparada à água.

Dai podemos observar uma dinâmica da manifestação do Espirito santo em eventos sobrenaturais:

Logos:

No texto de João 1:1 da Bíblia, "Logos" é uma palavra grega que pode ser traduzida como "Palavra". A passagem em questão é uma das mais profundas e teologicamente ricas do Novo Testamento:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."

A palavra "Logos" aqui é usada para se referir a Jesus Cristo, como a encarnação da Palavra de Deus. Na teologia cristã, essa passagem é interpretada como indicando que Jesus, o Verbo, é eterno, divino e estava presente desde o princípio, sendo igual a Deus. Essa interpretação está ligada à doutrina da Trindade, que afirma que Deus é composto por três pessoas distintas: o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo, mas ainda é uma única essência divina.

O termo "Logos" também era familiar para o público grego de João, pois tinha conotações filosóficas, especialmente na filosofia de Heráclito e Platão. Para Heráclito, o "Logos" representava a razão universal ou ordem cósmica que governava o mundo, enquanto para Platão, era a ideia de uma inteligência ou mente divina que criou e ordenou o universo. A escolha desse termo por João para descrever Jesus implica uma conexão entre a sabedoria divina manifestada em Cristo e a compreensão grega do Logos como uma força criativa e ordenadora.

Rhema:

Na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, "Rhema" é uma palavra grega que se refere a uma palavra falada, uma declaração, uma comunicação específica ou uma mensagem verbalizada. Enquanto "Logos" (como em João 1:1) refere-se à Palavra de Deus como um todo, "Rhema" é mais específico, denotando uma palavra ou expressão particular proferida ou comunicada em um contexto específico.

A distinção entre "Logos" e "Rhema" pode ser entendida desta forma:

Logos: Refere-se à Palavra de Deus em seu sentido amplo e abrangente, como a revelação divina, a sabedoria eterna e a ordem cósmica.

Rhema: Refere-se a uma palavra específica ou uma declaração verbalizada dentro do contexto da revelação divina, geralmente associada a uma comunicação direta de Deus, uma promessa, um mandamento ou uma instrução específica.

Por exemplo, em Efésios 6:17, Paulo fala sobre "a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Rhema tou Theou). Aqui, "Rhema" é usado para descrever a palavra específica de Deus que é proferida para combater o mal espiritual.

Essa distinção é importante na interpretação bíblica e na compreensão da revelação divina, pois reconhece tanto a natureza abrangente e eterna da Palavra de Deus quanto a relevância e aplicação específicas das suas declarações e comunicações para as nossas vidas.

Facilitando para seu entendimento, Rhema seria a expressão da palavra em uma compreensão que gera algum tipo de vida de Deus (zoe) em nós. 

Zoe:

A palavra "Zoe" na Bíblia é um termo grego que se refere à vida em seu sentido mais amplo e pleno. Em contraste com a palavra grega "bios", que se refere à vida física ou biológica, "Zoe" denota uma vida de qualidade superior, espiritual e eterna.

Em muitos casos na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, "Zoe" é usada para descrever a vida abundante e eterna que é encontrada em Jesus Cristo. Por exemplo:

Em João 10:10, Jesus diz: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância" (Zoe em grego).

Em João 3:16, é dito que quem crê em Jesus "tenha a vida eterna" (Zoe).

Essas passagens e outras destacam que a vida verdadeira e plena é encontrada em Jesus Cristo e na fé Nele. Essa vida não é apenas uma existência biológica, mas é caracterizada pela comunhão com Deus, pela redenção, pela esperança e pela eternidade. Assim, "Zoe" na Bíblia aponta para uma dimensão espiritual e transcendente da vida que vai além das limitações do tempo e do espaço.

Então:

Logos + Rhema = Zoe que produz Dunamis 


A palavra "dunamis" na Bíblia é um termo grego que se traduz para "poder", "força" ou "habilidade". É uma palavra que denota a capacidade de realizar algo, o poder que está em ação, muitas vezes associado a Deus ou ao Espírito Santo.


"Dunamis" é usada em vários contextos na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Algumas das formas em que é usada incluem:

Poder de Deus: "Dunamis" é frequentemente usado para descrever o poder ou a força de Deus em ação. Por exemplo, em Romanos 1:16, Paulo escreve sobre o Evangelho como "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê".

Milagres: Em muitos casos, "dunamis" é usado para descrever os milagres realizados por Jesus e pelos apóstolos, como em Mateus 10:1, onde Jesus dá autoridade aos seus discípulos para expulsar demônios e curar enfermidades.

Poder do Espírito Santo: Também é associado ao poder do Espírito Santo em capacitar os crentes para o serviço e para viver uma vida santa. Por exemplo, em Atos 1:8, Jesus promete aos seus discípulos que receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre eles, capacitando-os a serem testemunhas dele em Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra.

Portanto, "dunamis" na Bíblia reflete tanto o poder de Deus em ação quanto a capacitação divina para realizar Sua vontade e propósitos na vida dos crentes.

É através da abertura de consciência, o que podemos chamar de revelação no Espírito que podemos desfrutar dessa realidade de Deus (zoe) em nossas vidas, e nos tornemos capaz de expressar o poder e a habilidade sobrenatural (dunamis) do chamado a vocação ministerial. 

A prática de mandamentos bíblicos sem a revelação do seu fundamento que é Cristo, cria uma religião, que seria a tentativa do homem em atuar em algo que só pode ser feito pelo Espírito de Deus atuando através do espírito do homem. 


Há várias passagens na Bíblia que falam sobre o homem espiritual ou sobre viver uma vida segundo o Espírito. Aqui estão alguns exemplos:

1 Coríntios 2:14-15 (NVI): 14 O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo é julgado por ninguém."

Romanos 8:5-6 (NVI): "5 Os que são dominados pela natureza pecaminosa têm a mente voltada para o que essa natureza deseja; mas os que são controlados pelo Espírito têm a mente voltada para o que o Espírito deseja. 6 A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz;"

Gálatas 5:16-17 (NVI): "16 Digo, porém: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. 17 Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam."

Colossenses 3:1-2 (NVI): "1 Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. 2 Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas."

Vamos ver outro exemplo:

A pessoa que recebe a cura pela fé:

Ela poderia ter crido em uma palavra:

Logos: Isaías 53:4-5 diz o seguinte: "4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados."

Rhema: Jesus Cristo, 

Dunamis: a manifestação da cura. 

Portanto, entendemos que toda a palavra aponta Cristo, e tudo está nele:

Colossenses 1:16-17 (NVI): "Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste."

Colossenses 2:9-10 (NVI): "Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e em Cristo vocês foram feitos completos. Ele é o cabeça de todo poder e autoridade."

E sem Ele, nada se fez:

João 1:3 (NVI): "Por meio dele todas as coisas foram feitas; sem ele, nada do que existe teria sido feito."

A sua mente humana não pode produzir Rhema, nem Zoe, portanto você não pode manifestar Dunamis, e talvez seja por falta desse entendimento que o homem tenha produzido tanta religião em nome de Jesus Cristo. 

O Evangelho é suficiente nele mesmo, e é Ele que produz algo em nós para que possa ser expresso ao mundo, porque nós não podemos produzir o Evangelho em nós mesmos e muito menos em outras pessoas. 

Por isso, o Espirito Santo teve que vivificar nosso espírito humano, para habitar nele, e começar a expressar o Reino através de nós, pelo nosso espírito. A mente do homem só pode produzir religião. Quanto mais inteligente, mais sofisticada será a religião produzida. 

1 Coríntios 2:16 (NVI) diz: "Quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Nós, porém, temos a mente de Cristo."

Este versículo ressalta a ideia de que os crentes têm acesso à mente de Cristo por meio do Espírito Santo. Isso significa que, ao receber Cristo como Salvador e ter o Espírito Santo habitando em nós, podemos entender e discernir as coisas espirituais de uma maneira que reflete os pensamentos e a perspectiva de Cristo. Isso nos capacita a viver uma vida que está alinhada com a vontade de Deus e a tomar decisões que são guiadas pela sabedoria de Cristo.

(Continua...)

Deus abençoe meus irmãos

Leonardo Lima Ribeiro 

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