segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Onde nós Cristãos temos constantemente errado?

 

(Estrada para Geiranger, Noruega)

Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo. Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna. (Judas 1:20,21)

Desde o inicio da criação, Deus deu ao homem uma condição de se relacionar com Ele, no inicio, no Jardim do Éden, Deus falava diretamente com o homem, com clareza e intimidade, e através da desobediência, que na verdade é uma representação da autossuficiência e orgulho, o homem perdeu essa dádiva, ele foi desligado desse relacionamento direto, perdeu a paternidade de Deus, se tornou orfão. 

Porém, Deus preparou a salvação do homem antes mesmo dele se perder, por causa da eternidade, Deus fez o fim desde o início, mesmo que nosso cérebro não compreenda a eternidade da forma que realmente ela é. Nessa Salvação, Jesus veio e manifestou o amor de Deus, redimindo a humanidade de forma que pudéssemos ter novamente esse relacionamento de Pai e filho com Deus. Ele nos ligou pelo Seu Espirito, através de Jesus Cristo, nos dando o dom da fé. 

Dessa forma, o dom da fé é o canal que nos permitiu novamente se relacionar com Ele, como era no Jardim do Éden, é pela fé que buscamos a intimidade com nosso Deus, que é pai. E ele mesmo nos deu uma forma de edificar, construir, fortalecer essa fé, afim de que possamos cada vez mais nos tornar íntimos Dele, afim de desfrutarmos do amor disponível Nele. Esse amor que quando transbordante em nós, pode contagiar e transformar todos ao nosso redor. 

No versículo da introdução do texto, temos o ensino de como edificar essa fé, para que ela nos dê a condição desse relacionamento, e quanto mais edificada, mais podemos ser aperfeiçoados no amor Dele, orando no Espírito somos reconstruídos na mesma condição de relacionamento do Jardim do Éden. Somos restaurados a uma vida de filhos, herdeiros do Reino. Quanto mais oramos, mais implodimos a mente humana e restauramos a mente de Cristo em nós.

Então onde temos errado? 

Tentando usar nossa fé para circunstâncias terrenas. A fé não foi dada para uma condição terrena. A fé nos foi dada para uma relação do Espírito, uma condição sobrenatural, a fé nos foi dada para uma restauração de relacionamento com Deus, para que possamos dar crédito na verdade de que Ele é Pai, e galardoador daqueles que o buscam. Esse é o objetivo da nossa fé, relacionar e ter intimidade afim de conhecer, desfrutar e transmitir o amor de Deus. 

Temos tentado construir um reino na terra usando a fé, construindo uma obra terrena, com realizações pessoais e alvos de sucesso perante os homens. Usamos a fé para conquistar, e dessa forma sermos conhecidos nessa era, neste século. Não foi para isso que Deus nos deu a fé. Nossa história é escrita na eternidade, onde está nosso galardão. Tudo que for escrito para louvor e gloria terrenas, ficarão aqui quando chegar o tempo do fim.

Muitos de nós não nos relacionamos com Deus na condição de Pai, mas temos acreditado que nossa fé tem sido eficiente porque temos construído coisas aqui na terra, conquistado metas, e influenciado pessoas a seguir nossos planos de sucesso. Nossa alma tem nos enganado e nos ajudado a enganar muitos, mesmo que de forma inconsciente e não intencional. Tudo o que Deus faz e que é eterno através de nós é fruto do relacionamento direto e intimo com Ele, e fora disso, tudo é obra morta. 

Temos errado, construído castelos de areia, e desviado muitos com nosso engano. 

O alvo da nossa fé deve ser única e exclusivamente conhecê-lo, relacionar com Ele e frutificar, com o fruto que Ele produz em nós. 
Nós não temos como encher igrejas, não temos como salvar pessoas. Ele, através do Espirito Santo, salva e traz essas pessoas. 
O homem que acredita que pode encher uma igreja por ele mesmo, é um idólatra, pois apoia-se no seu Eu, e confia no seu próprio Ego, criou se ai, um bezerro de ouro, assim como o povo de Israel, que recebendo a liberdade e as riquezas do Reino, construíram um ídolo, uma imagem que refletia seus próprios desejos, a manifestação de sua natureza terrena e aprisionada na vaidade. 

Relacione-se com Deus, e o fruto dessa relação estabelece o Reino, manifesta a Glória e traz salvação para os perdidos. Não se preocupe em dar resultados. Jesus já deu o resultado perfeito na Cruz, apenas se relacione com Ele, pois tudo já está pronto, e nessa relação, o amor que você vai conhecer, além de te curar, vai te levar a amar outros de tal forma que eles virão também e serão salvos. 

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Leonardo Lima Ribeiro 


terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Não espere amor de onde não pode vir

(Innsbruck, Tirol, Austria)
 

"Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa. Naquele tempo muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo.

Mateus 24:9-13

"O irmão trairá seu próprio irmão, entregando-o à morte, e o mesmo fará o pai a seu filho. Filhos se rebelarão contra seus pais e os matarão. Todos odiarão vocês por minha causa; mas aquele que perseverar até o fim será salvo.

Marcos 13:12,13

Esses dois textos dos evangelhos falam sobre acontecimentos do fim. Jesus relata características destes tempos para que nós possamos entender e não sermos enganados por nossas expectativas erradas. Se não observarmos essas características poderemos ficar bem confusos devido ao fato de que desde a queda do homem, através de Adão, o homem vive em guerra e enfrenta tribulação, sempre houve guerra, fome, doenças, barbáries e falta de amor no mundo, até porque a única fonte de amor disponível é sobrenatural, transcendente, a única fonte é o próprio Deus e o pecado separou o homem (filho) do Deus (Pai)

Depois da morte e ressureição de Cristo, não só os Cristãos vem sendo perseguidos (Todos odiarão vocês por causa do meu nome. Lucas 21:17) por todos os séculos, como também os judeus, que foram expulsos de Jerusalém em 70 d.c. pelos Romanos (Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos deles se cumpram. Lucas 21:24) e desde então tem sido odiados em todas as nações, mas nesse mesmo texto (Lucas 21:24) diz: Até que...veja, ATÉ QUE OS TEMPOS SE CUMPRAM). 

Esse é o ponto, o diferencial, a chave profética do fim, "Até que os tempos se cumpram". Bom, mas que tempo é esse que tem que ser cumprido para que venha manifestar as palavras de Jesus de Mateus 24 e Marcos 13?. Que tempo é esse e qual o sinal específico para essa época? Depois da expulsão dos judeus de Israel pelo General Tito, que após esse evento se tornou imperador de Roma, Jerusalém foi dominada pelos Romanos, e a partir de 313 pelos Bizantinos, depois em 636 pelos árabes (Muçulmanos), em 1099 foi tomada pelos Cruzados da Europa, 1291 os Mamelucos expulsam os Cristãos cruzados, 1516 veio o domínio do império Otomano e finalmente em 1917 os Britânicos assumem o mandato da terra santa. 

Em 1948, comunidade Judaica em Israel sob a liderança de David Ben-Gurion restabeleceu a soberania sobre sua antiga terra natal (cumprimento da profecia). Declaração de independência do Moderno estado de Israel foi anunciada no dia em que as últimas forças britânicas deixaram Israel (14 de maio, 1948). Esse acontecimento histórico foi o cumprimento de Lucas 21:24, "até que os tempos se cumpram". Leia o capítulo inteiro e entenda o contexto, estamos vivendo a ultima geração, a geração do fim. Essa geração do versículo: "Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará,"

Por isso, mais do que nunca, não espere a multiplicação do amor e fraternidade, mas o contrário disso. E o diabo, acusador e inimigo de nossas almas, usa a falsificação como arma de engano e destruição, um falso amor, um esfriamento do verdadeiro e o surgimento de uma falso. Nos dias de hoje amamos os animais, amamos a natureza, amamos a diversidade (de coisas e não de pessoas, pois ai está a maior hipocrisia), amamos a instituição, amamos em nome de muitas ideologias e filosofias, mas não amamos as pessoas, não através da única fonte de amor, que é Jesus Cristo. Muitos já estão enganados, levantando bandeiras de empatia por causas opostas ao evangelho do perdão e  amor ao próximo. O amor se esfriou, ninguém se compadece de ninguém e o ódio é destilado nas redes sociais quando sua opinião difere das imposições diabólicas do sistema, cumprimento de Lucas 21:17.

Sendo assim, devemos permanecer no amor através da ligação direta com a única fonte de amor do universo, o próprio Criador. Judas 1:20-21 nos ensina a manter esse amor, "edificando-vos, amados, a vossa fé santíssima (a fé é o canal que Deus nos deu para nos ligarmos a ele), orando no Espirito Santo, falando em línguas, construindo a imagem e semelhança do Filho, do Cristo em nós, renovando nossa mente. 

Não espere amor de onde não pode vir. O mundo não pode te dar amor, as pessoas que não tem Cristo revelado em suas vidas não podem te dar amor. Só o próprio amor pode te amar incondicionalmente e te suprir de toda sua necessidade existencial. Não erre o alvo, o pecado do homem está em errar o alvo, apontar sua expectativa e confiança em qualquer coisa que não seja o próprio Deus que se revelou a nós através de seu Filho Jesus Cristo. 

Quando conhecer o amor verdadeiro, espere as perseguições, pois o mundo odeia os filhos da luz, mesmo alguns filhos da luz, que não conhecem o amor do pai, irão te perseguir, pois os filhos da carne (ciúmes), irão perseguir os filhos do Espirito (amor). 

Comente e faça suas perguntas!!!

Pr. Leonardo Ribeiro 

domingo, 19 de dezembro de 2021

O cancelamento é a atitude de quem não conseguiu te manipular

(Mar Báltico, Finlândia)

Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.

Gálatas 5:1

Paulo nesse texto fala a um povo que estava novamente sendo seduzido a voltar para a prática da lei, por opressão dos judaizantes. Ele exorta esses filhos na fé ao qual ele gerou pelo Espirito e pregação da fé que não caiam no engano de viver debaixo de uma justificação por obras, no caso a circuncisão e prática da lei de Moisés. 

Vamos contextualizar?

Esse líderes judaizantes estavam tentando induzir as pessoas a se tornarem cativos ás regras aos quais eles estavam impondo, para que dessa forma houvesse domínio sobre estas pessoas, algo maligno. O governo do homem sobre homens começou com Ninrode na torre de babel, dali surgiu os primeiros relatos da escravidão de seres humanos. 

E até hoje isso acontece, sim, acontece entre os cristãos que não tiveram suas mentes renovadas pela palavra do Espirito que dá liberdade de Cristo àqueles que são livres pela verdade. A obra da carne descrita logo nos próximos versículos do capitulo 5 de Gálatas mostra que a inveja, ciúmes, divisão, facção... são características de quem opera suas ações governadas pela natureza da carne, ou seja, lei, e isso gera manipulação e domínio, e logo depois, de forma mais avançada uma influência emocional que cativa as pessoas por suas carências e as tornam prisioneiras de um alivio emocional esporádico oferecido pelo líder que possui feridas semelhantes àqueles aos quais ele aprisiona para alimentar seu ego inflamado. 

O cancelamento é a reação da pessoa que não conseguiu manipular sua presa, ela primeiro rejeita, depois se faz indiferente e por último ela manipula todos seus prisioneiros a rejeitar e cancelar àquele que não se submeteu ao seu governo. Líderes doentes assim, formarão muitos iguais a ele até que haja a apostasia, pois o governo da alma não milita no Reino. Hoje temos livros e vídeos disponíveis para formação de líderes que ensinam manipulação e controle através do governo da alma e isso tem destruído uma geração que viria ser a geração do Espírito.

Se alguém te elogia quando você faz o que ela quer, mas te rejeita quando você não supre as expectativas dela, essa pessoa é um manipulador. Se esse líder usa as pessoas em favor de seus propósitos de conquistas pessoais, exaltando aqueles que correspondem a sua manipulação e exclui direta ou indiretamente aqueles que não o "bajulam" ou não tocam no seu ego com uma suposta idolatria, essa pessoa está exercendo domínio sobre filhos de Deus e isso é blasfêmia, porque quando governamos pessoas diretamente ou por manipulação estamos tomando o lugar de Deus. 

A pessoa que vive na lei, vai manipular pessoas, era isso que os judaizantes faziam. A lei estava dentro deles, eles não enxergavam a aceitação de Deus através do sangue de Jesus, então eles buscavam ser aceitos pelo cumprimento de regras e obrigações. Hoje as pessoas que tem lei em seus corações vão tentar ser aceitas pela eficiência de seus serviços, pela quantidade de trabalho e resultados, gerando competição e divisão. Alguém que tenha revelado em seu coração que é filho, já é realizado em quem ele é, e não naquilo que ele faz. 

Pense, se você fracassasse todos os dias em suas tentativas de servir e dar resultados na vida, você deixaria de ser filho amado de Deus? Deus não te amou por nada que você possa fazer, Deus te amou quando viu Jesus esmagado na cruz. Entenda isso, nada do que você fizer nessa terra pode fazer Deus se agradar de você. Ele já se agradou através da obra de Cristo. 

Todo seu serviço deve ser apenas por ter fé na obra de Jesus, e saberá que está em fé quando sua única e exclusiva motivação de servir seja amor a Deus e amor por aqueles que Ele amou primeiro. Todas as outras motivações, cito todas, são obras mortas. 

(1Co 13)

As Praticas espirituais como forma de vida, o relacionamento constante e intimo com o Espirito Santo nos liberta dessas cadeias, nos livra de dominar pessoas, mas também de sermos dominados por elas. 

A paternidade espiritual é cura para nossas vidas, pois nos conduz e liberdade no Espirito, porém, a paternidade espiritual precisa ser revelada em nosso espirito, para que não sejam produzidos escravos ao invés de filhos. 

Leonardo L. Ribeiro

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Princípio 7 "Esperar com Deus"

 


A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele.

Lamentações 3:24

Esperar com Deus

A primeira impressão que temos quando ouvimos sobre esse princípio é a de que já sabemos do que se trata, mas quando o Espirito Santo nos coloca a andar nele, descobrimos que nada sabíamos. Após andar nas outras práticas, enfrentar a desconstrução e a construção, entramos em um tempo de silêncio e desesperança, onde tudo para, nada acontece, as promessas parecem distantes e frustradas, e aquele ser inquieto dentro de nós que parecia morto e em paz, começa a se remexer, se inquietar, a vontade de fazer algo para sair desse lugar de estagnação é tão grande que coisas que não sabíamos sobre nós mesmos começam a borbulhar e vir para superfície, todas nossas motivações, e verdadeiros objetivos aparecem. É um "banho maria" 

Conheço muitas pessoas que entraram nessa prática espiritual, porém poucas saíram dela, pois o andar delas hoje revelam que não tiveram suas motivações purificadas, além das que desistiram existem as que não romperam no esperar então criaram suas próprias vitórias que claramente se revelam quando entram em um lugar de fortes pressões, nesse lugar, que eu chamo de encruzilhada, muitos entram na porta errada que se parece muito com a certa, mas se revelará errada lá na frente quando as pequenas deformidades se apresentarem grandes. 

Quem não rompe no esperar com Deus, entra num ciclo, e em determinado momento volta ao natural, se apoiando em raciocínios humanos, ciências e intelectualidade, mas agora maquiado de vida no Espírito, romper depende tanto do Espírito quanto da sua rendição em realmente não ir além de esperar no meio da terra do "nada acontece" 

Como sei que rompi? Quando os "passos de fé" realmente te levam a algum lugar, e esse lugar não tem a ver com o seu propósito pessoal, mas com o propósito do Pai, que é salvar o que estava perdido. Por isso o próximo princípio espiritual que o Espírito nos leva é o ser testemunha de Jesus. Testemunhar Jesus é um lugar no Espírito. Nós somos Jesus andando na terra.

Pr, Leonardo Lima Ribeiro

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Ciúmes, a raiz que consome o corpo

 

O Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmos.  Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros.

Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.

Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. 

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

Gálatas 5:13-26

O ciúme é uma obra da carne e gera comportamentos específicos na vida das pessoas, esses comportamentos geram barreiras no crescimento dos membros do corpo, é como se o próprio corpo lutasse contra o corpo, uma espécie de câncer, pois as células cancerígenas consomem todo alimento e atrofiam as células saudáveis e por um desequilíbrio na quimiotaxia (forma como o corpo organiza a logística de substâncias, hormônios e enzimas), o sistema começa lutar contra si mesmo. O ciúme é um câncer, ele é centralizador, porque traz tudo para si, ele é manipulador porque se apresenta como parte do todo, mas faz tudo para si, segundo suas próprias necessidades, e usa todo o sistema de acordo consigo e seus pensamentos. Ele é mentiroso, porque envia mensagens falsas aos outros órgãos do corpo, ele é falso, porque se parece as células verdadeiras mas estão corrompidas e dessa forma não há uma homeostasia, um crescimento uniforme, nem um funcionamento eficiente de todo o sistema. 

O ciúme precisa ser extirpado da nossa vida, para que não sejamos o câncer do corpo de Cristo. O corpo de Cristo é perfeito, se atuamos em ciúmes ainda não discernimos o corpo, e por isso podemos estar doentes, quando não mortos. 

A oração em língua, o jejum e a renuncia diária do "ego", nos leva a inclusão verdadeira no corpo. A inclusão a uma instituição não garante a inclusão no corpo de Cristo. É uma questão de consciência revelada. E isso só o Espirito Santo pode te dar através da verdadeira comunhão com ele. 

Leonardo Lima Ribeiro

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Meditação de outubro

 

(Schweinfurt, Alemanha)

Pois chegou o grande dia de sua ira, quem poderá sobreviver? 

Ele  nos colocou entre os primeiros da fila 

Fez a minha boca como uma espada aguda

A arvore imponente será lançada por terra 

Transformei você numa parede de ferro; chegou a hora de cumprir o que disse

Dos céus pronunciaste a Sua sentença

Porque te hei visto justo diante de mim nesta geração (Gn 7:1)

A Sua voz ressoou da terra; por isso, o teu Deus, te ungiu 

Nenhum deles era capaz de resistir; certamente o Senhor tem nos dado essa terra 

"...pois exaltastes acima de todas as coisas a Sua palavra"


Amados, meditem, Deus tem muito a revelar aos que o temem

Deus vos abençoe 

Leonardo Lima Ribeiro 

domingo, 19 de setembro de 2021

Meditação de Setembro

 

(Täby, Suécia)

Todas as tuas vestes cheiram a mirra; aloés. e cássia (Ressurreição, cura e perfume de Cristo)

Ocorreu exatamente como Jesus havia predito

Frutifiquem, multipliquem-se e encham a terra, pois o melhor de todo o Egito é seu

Muitos procurarão o teu favor, pois Deus te aprovou por ter suportado os processos

Lhe deu tudo em dobro, tornou-se inocente de forma radiante 

O melhor tempo do Senhor chegou agora 

E saberei que Eu, o Senhor, disse isso e o fiz, diz o Senhor...

Eu os enviarei como embaixadores entre nações e governos 

Há noticia de milagre, pois chegou o tempo da colheita

Povos dos quais nunca havia ouvido falar procuram o teu favor 

Meditem, pois o Espirito quer falar com você

Deus te abençoe

Leonardo Lima Ribeiro 

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Meditação de Agosto

 

(Frankfurt, Alemanha)

E de toda terra vinha  pessoas comprar trigo de José

Deus vela pelo cumprimento da promessa

Hoje, pois velo pela minha palavra. Este será um dia a ser recordado

E assim, a raiva do rei se acalmou

Hamã foi enforcado, e começaram os 7 anos 

O Senhor ouviu os teus gemidos, e este é o dia em que o Senhor agiu

Aquele que tocar em vós, toca na menina dos olhos 

A vitória é manifesta, pois eu escolhi você 

A sua voz ressoou por toda a terra

E seu dinheiro foi devolvido 

Meditem e recebam no Espirito 

Deus vos abençoe 

Leonardo Lima Ribeiro 

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Meditação de Julho

 

(Estocolmo, Suécia)

Suas palavras foram ouvidas 

O rei porém, sabia que José era a pessoa adequada para a tarefa 

Se tornou o líder procurado por outros 

E todos eles foram à presença de José 

Pois o dia do Senhor chegou

E de todas as terras vinham ao Egito comprar de José

Babilônia caiu, inicio de uma grande colheita

Levanta-te e resplandece, foi uma vitória visível 

No mesmo instante o homem ficou curado 

Você é meu servo escolhido, Eu o todo poderoso falei 

Meditem e sejam edificados

Deus vos abençoe

Leonardo Lima Ribeiro 

terça-feira, 29 de junho de 2021

Meditação de Junho

 

(Innsbruck, Áustria)

A promoção de José (Entenda os processos de José)

Agora vou arrancar o jugo do seu pescoço e arrancar suas algemas 

Ló se separou de Abrão

A consciência dele despertou poderosamente

Suas palavras inspiram respeito e reverência 

Enfim, chegou o tempo prometido

O Senhor escolheu esse dia para fazer algo diferente 

Sentimos que nosso trabalho havia crescido a ponto de não darmos conta de administrá-lo

Então, veio também o tempo de julgamento para os que oprimiam pessoas

A armadilha foi quebrada e nós escapamos 

Meditem e sejam edificados 

Deus vos abençoe 

Leonardo Lima Ribeiro 

quarta-feira, 3 de março de 2021

A Origem Divina do Movimento Apostólico: A Essência da Revelação no Coração do Apóstolo(17)

 

(Mannheim, Alemanha)

Um verdadeiro movimento apostólico ou governo deve vir do que o Senhor depositou no coração do Apóstolo não por sua capacidade de copiar bem os outros 

Esse princípio destaca a importância da autenticidade e da revelação divina na liderança e na construção da igreja. Vamos explorar e aprofundar esse tema, abrindo novos tópicos relacionados:

1. Fundamento Bíblico do Movimento Apostólico
Revelação Divina: O papel do apóstolo é fundamentalmente baseado na revelação direta de Deus. Exemplos bíblicos incluem Paulo, que recebeu sua missão diretamente de Cristo (Gálatas 1:1, 11-12).
Autenticidade e Originalidade: A verdadeira liderança apostólica é caracterizada pela autenticidade, não pela imitação. Paulo admoesta contra o conformismo (Romanos 12:2).

Revelação Divina

O papel do apóstolo é fundamentalmente baseado na revelação direta de Deus. A autenticidade e a eficácia de um apóstolo estão enraizadas na comunicação direta que ele tem com o Senhor, resultando em uma missão clara e específica que não é derivada da imitação de outros, mas sim de uma experiência pessoal e única com Deus.

Exemplo de Paulo:

O apóstolo Paulo é um exemplo notável desse princípio. Em Gálatas 1:1, 11-12, Paulo afirma enfaticamente que seu chamado não veio de homens, mas por meio de Jesus Cristo e de Deus Pai. Ele reforça que o evangelho que prega não é de origem humana, mas foi revelado a ele diretamente por Jesus Cristo. Esta passagem destaca a importância da revelação divina como base para o verdadeiro ministério apostólico. Paulo não aprendeu o evangelho de outros apóstolos ou líderes religiosos, mas através de uma revelação direta de Cristo, o que lhe conferiu autoridade e autenticidade em seu ministério.

Outros Exemplos Bíblicos:

Além de Paulo, outros apóstolos também receberam sua missão através de revelações divinas. Pedro, por exemplo, teve uma visão em Atos 10 que o levou a entender que o evangelho deveria ser pregado também aos gentios, o que foi um marco significativo para a expansão da igreja primitiva. João, em Apocalipse, recebe revelações profundas sobre o futuro da igreja e do mundo, mostrando como a revelação divina guia e instrui a liderança apostólica.

Autenticidade e Originalidade

A verdadeira liderança apostólica é caracterizada pela autenticidade, não pela imitação. Em Romanos 12:2, Paulo admoesta os crentes a não se conformarem com este mundo, mas a serem transformados pela renovação da mente, para que possam experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Este versículo sublinha a importância da originalidade e da busca pela vontade específica de Deus para cada indivíduo e ministério.

Originalidade na Liderança Apostólica:

Um apóstolo genuíno é aquele que busca constantemente a direção de Deus para seu ministério específico, em vez de copiar métodos e estratégias de outros. A originalidade na liderança apostólica se manifesta na maneira única como Deus revela seu plano a cada líder. Isso pode incluir visões, sonhos, profecias, ou uma compreensão profunda e pessoal das Escrituras, adaptada às necessidades e contextos específicos da congregação ou comunidade que o apóstolo está servindo.

Consequências da Imitação:

A imitação pode levar à estagnação espiritual e à falta de inovação no ministério. Quando líderes apostólicos dependem de copiar outros, em vez de buscar a revelação direta de Deus, eles podem acabar perpetuando práticas e tradições que não são adequadas ao contexto específico em que estão ministrando. Isso pode resultar em uma igreja que está fora do alinhamento com a vontade de Deus e incapaz de responder eficazmente às necessidades de sua comunidade.

O Chamado à Autenticidade:

O chamado à autenticidade é, portanto, um chamado à busca constante da vontade de Deus e à coragem de seguir essa direção, mesmo que ela vá contra as tendências populares ou práticas estabelecidas. A autenticidade na liderança apostólica envolve a disposição de ser moldado e guiado por Deus de maneiras únicas, refletindo a diversidade e a riqueza do corpo de Cristo.

A base bíblica para o movimento apostólico enfatiza a importância da revelação divina e da autenticidade. A verdadeira liderança apostólica não se apoia na imitação de outros, mas na comunicação direta com Deus e na disposição de seguir fielmente a Sua vontade. Esse enfoque não apenas confere autoridade e legitimidade ao ministério apostólico, mas também garante que a igreja esteja alinhada com os planos e propósitos específicos de Deus para cada época e contexto.

2. O Papel do Apóstolo na Igreja
Fundador e Edificador: Os apóstolos são chamados para lançar fundamentos e edificar a igreja (Efésios 2:20).
Discipulado e Mentoria: Um apóstolo deve formar e discipular novos líderes, passando adiante a visão e os ensinamentos recebidos diretamente de Deus (2 Timóteo 2:2).

Os apóstolos desempenham um papel crucial na fundação e edificação da igreja. Eles são chamados para lançar os fundamentos espirituais e doutrinários sobre os quais a igreja é construída, garantindo que a comunidade cristã esteja solidamente enraizada na verdade de Cristo. Efésios 2:20 destaca que a igreja é edificada "sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo Jesus Cristo como a principal pedra de esquina". Isso indica que os apóstolos são essenciais para estabelecer os alicerces teológicos e espirituais que guiam a igreja.

Lançamento de Fundamentos:

Os apóstolos são pioneiros espirituais. Eles abrem novos caminhos e estabelecem igrejas onde antes não havia presença cristã. Esse papel envolve pregar o evangelho, batizar novos crentes e organizar comunidades de fé que sigam os ensinamentos de Jesus. Em Atos 2:42, vemos que os primeiros cristãos "perseveravam na doutrina dos apóstolos", o que mostra como os ensinamentos apostólicos eram centrais para a formação e o crescimento inicial da igreja.

Edificação Contínua:

Além de lançar os fundamentos, os apóstolos também têm a responsabilidade contínua de edificar a igreja. Isso significa fortalecer e expandir a comunidade cristã, garantindo que ela cresça em maturidade espiritual e número. Os apóstolos identificam e abordam desafios doutrinários e práticos, corrigindo erros e promovendo a saúde espiritual da igreja. Em suas cartas, Paulo frequentemente exorta as igrejas a permanecerem firmes na fé e a crescerem em amor e unidade (Efésios 4:11-16).

Discipulado e Mentoria:

Um apóstolo não é apenas um fundador, mas também um mentor e discipulador. Eles desempenham um papel vital no desenvolvimento de novos líderes, transmitindo a visão e os ensinamentos recebidos diretamente de Deus. Em 2 Timóteo 2:2, Paulo instrui Timóteo a "transmitir a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros". Esse versículo encapsula a essência do discipulado apostólico: a multiplicação de líderes capacitados para continuar a obra do evangelho.

Formação de Novos Líderes:

Os apóstolos investem tempo e recursos na formação de novos líderes. Eles identificam indivíduos com potencial para liderança e os treinam, fornecendo orientação espiritual e prática. Esse processo envolve ensino, aconselhamento e encorajamento. Paulo, por exemplo, treinou Timóteo, Tito e muitos outros, preparando-os para liderar e plantar igrejas.

Transmissão da Visão:

Os apóstolos são responsáveis por transmitir a visão que receberam de Deus. Eles compartilham essa visão com a igreja e com os novos líderes, garantindo que todos estejam alinhados com a missão e os objetivos divinos. Essa transmissão de visão é crucial para manter a unidade e o foco na missão da igreja. Em Filipenses 3:17, Paulo exorta os crentes a seguirem seu exemplo, mostrando como a vida e o ministério do apóstolo servem de modelo para os outros.

Ensinamentos e Doutrina:

Além de transmitir a visão, os apóstolos também ensinam a doutrina correta. Eles esclarecem questões teológicas e oferecem uma interpretação fiel das Escrituras, guiando a igreja na verdade. Isso é essencial para evitar heresias e manter a integridade da fé cristã. Em suas epístolas, Paulo frequentemente aborda questões doutrinárias, corrigindo erros e estabelecendo ensinamentos claros sobre temas cruciais, como a justificação pela fé, a ressurreição e a natureza da igreja (Gálatas 1:6-9, 1 Coríntios 15:1-4).

O papel do apóstolo na igreja é multifacetado e vital para a saúde e crescimento do corpo de Cristo. Como fundadores, os apóstolos lançam os fundamentos doutrinários e espirituais sobre os quais a igreja é construída. Como edificadores, eles fortalecem e expandem a comunidade de fé. E como mentores e discipuladores, eles formam novos líderes, transmitindo a visão e os ensinamentos recebidos de Deus. Através desses papéis, os apóstolos garantem que a igreja permaneça firme na fé, cresça em maturidade espiritual e esteja sempre alinhada com a vontade de Deus.

3. A Natureza da Revelação Apostólica
Visão e Missão Divina: A revelação recebida deve direcionar a missão e a visão da igreja. Sem essa orientação, o movimento pode perder seu foco e propósito.
Interpretação e Aplicação: O apóstolo deve interpretar e aplicar a revelação de maneira prática, direcionando a igreja conforme a vontade de Deus (Atos 16:9-10).

A revelação apostólica é a base que direciona a missão e a visão da igreja. Sem essa orientação divina, a igreja corre o risco de perder seu foco e propósito, tornando-se vulnerável a desvios doutrinários e práticos. A revelação dada aos apóstolos é essencial para manter a igreja alinhada com a vontade de Deus, assegurando que suas ações e estratégias estejam de acordo com os planos divinos.

Direção e Propósito:

A revelação apostólica fornece a direção clara e o propósito definido para a igreja. Em Atos 9:15, Deus diz a Ananias que Paulo é um "instrumento escolhido" para levar Seu nome aos gentios, reis e aos filhos de Israel. Essa revelação específica orienta Paulo em toda a sua missão, moldando suas estratégias e decisões ministeriais. Da mesma forma, a igreja hoje precisa de líderes que recebam e sigam revelações divinas específicas para guiar suas atividades e missões.

Estabelecimento de Prioridades:

A visão e a missão derivadas da revelação apostólica ajudam a igreja a estabelecer suas prioridades. Por exemplo, a visão de Paulo em Atos 16:9-10, onde um homem macedônio lhe pede ajuda, direciona Paulo e seus companheiros a mudarem seus planos e irem para a Macedônia, resultando na evangelização daquela região. A revelação divina, portanto, ajuda a igreja a focar em áreas e atividades que são prioritárias no plano de Deus.

Interpretação e Aplicação:

A responsabilidade de um apóstolo não termina com a recepção da revelação. Ele deve interpretar e aplicar essa revelação de maneira prática, assegurando que a igreja seja direcionada conforme a vontade de Deus. A interpretação correta da revelação é crucial para que a aplicação seja eficaz e traga frutos espirituais e práticos.

Interpretação da Revelação:

Interpretar a revelação divina requer discernimento espiritual e uma compreensão profunda das Escrituras. Os apóstolos devem ser capazes de distinguir entre a vontade de Deus e suas próprias ideias ou desejos. Em Atos 16:9-10, Paulo e seus companheiros interpretam a visão do homem macedônio como um chamado claro do Espírito Santo para evangelizar na Macedônia. Essa capacidade de interpretação permite que eles ajustem seus planos imediatamente e sigam a direção de Deus.

Aplicação Prática:

Após interpretar a revelação, o apóstolo deve aplicar essa orientação de forma prática e concreta. Isso pode envolver mudanças estratégicas, redirecionamento de recursos, ou novos métodos de ministério. A aplicação prática deve ser feita com sabedoria e sensibilidade às necessidades da congregação e da comunidade. Paulo, por exemplo, adaptou suas abordagens evangelísticas dependendo do contexto cultural e religioso das regiões que visitava (1 Coríntios 9:19-23).

Comunicação da Revelação:

Parte da aplicação prática envolve comunicar a revelação à igreja de maneira clara e compreensível. Os apóstolos devem ser capazes de transmitir a visão divina de forma que inspire e mobilize a comunidade de fé. Em Atos 15, durante o Concílio de Jerusalém, os apóstolos e anciãos discutem e interpretam a revelação sobre a inclusão dos gentios, e depois comunicam a decisão à igreja, promovendo unidade e clareza.

Implementação Estratégica:

A implementação estratégica da revelação apostólica inclui o desenvolvimento de planos e ações concretas. Os apóstolos devem liderar a igreja em iniciativas que refletem a direção divina, garantindo que os recursos sejam utilizados de maneira eficaz para cumprir a missão revelada. Isso pode envolver a formação de equipes de ministério, o envio de missionários, ou o lançamento de novos programas e projetos comunitários.

A natureza da revelação apostólica é fundamental para a orientação e crescimento da igreja. A visão e missão derivadas da revelação divina fornecem direção clara e propósito, enquanto a interpretação e aplicação prática garantem que a igreja esteja alinhada com a vontade de Deus. Os apóstolos têm a responsabilidade de discernir, comunicar e implementar a revelação de maneira que a igreja possa seguir com eficácia o plano divino. Assim, a igreja não apenas preserva seu foco e propósito, mas também se torna um instrumento poderoso nas mãos de Deus para realizar Sua obra no mundo.

4. Desafios do Movimento Apostólico Contemporâneo
Autenticidade versus Imitação: A tentação de copiar métodos e estratégias de outros pode desviar a igreja do plano específico de Deus.
Discernimento Espiritual: A capacidade de discernir entre a verdadeira revelação divina e as ideias humanas é crucial (1 João 4:1).

Um dos maiores desafios enfrentados pelo movimento apostólico contemporâneo é a tensão entre a autenticidade e a imitação. Em um mundo cada vez mais globalizado e interconectado, há uma tentação constante de copiar métodos e estratégias de sucesso adotados por outras igrejas e líderes, na esperança de replicar esses resultados. No entanto, essa abordagem pode desviar a igreja do plano específico que Deus tem para ela, levando-a a seguir caminhos que, embora eficazes em outros contextos, não são necessariamente alinhados com a sua missão e propósito divinos.

Perigo da Imitação:

A imitação pode levar a uma dependência excessiva de modelos e métodos humanos, em vez de uma busca sincera e contínua pela orientação do Espírito Santo. Quando líderes apostólicos começam a adotar práticas de outras igrejas sem discernimento, correm o risco de perder a originalidade e a frescura da revelação divina específica para sua comunidade. Em Gálatas 1:10, Paulo adverte contra a busca de aprovação humana em detrimento da fidelidade a Cristo, ressaltando que o foco deve ser sempre a obediência à revelação divina.

Valor da Autenticidade:

A autenticidade na liderança apostólica implica em ser fiel à visão e ao chamado específicos que Deus deu. Isso exige coragem para resistir à pressão de conformar-se a modelos populares e uma dedicação à oração e ao discernimento espiritual. Uma igreja autêntica, guiada pela revelação divina, estará mais equipada para responder de maneira relevante e eficaz às necessidades únicas de sua comunidade, cumprindo assim o propósito de Deus de maneira singular e impactante.

Discernimento Espiritual:

Outra questão crítica para o movimento apostólico contemporâneo é o discernimento espiritual. A capacidade de discernir entre a verdadeira revelação divina e as ideias humanas é essencial para evitar erros e garantir que a igreja esteja seguindo a orientação do Espírito Santo. 1 João 4:1 nos exorta a testar os espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas têm surgido no mundo.

Necessidade de Discernimento:

O discernimento espiritual é vital para identificar a genuína orientação de Deus. Em um ambiente onde muitas vozes competem pela atenção dos líderes e das congregações, é crucial distinguir entre a verdadeira revelação divina e aquelas que são produtos do ego humano, da tradição cultural ou até mesmo de influências malignas. Sem esse discernimento, a igreja pode facilmente ser desviada por falsos ensinamentos e práticas que não estão em alinhamento com a vontade de Deus.

Processo de Discernimento:

O processo de discernimento envolve várias etapas:

Oração e Meditação: Buscar a orientação de Deus através de uma vida de oração profunda e meditação na Palavra de Deus.

Conhecimento Bíblico: Ter um conhecimento sólido das Escrituras, que serve como o padrão pelo qual todas as revelações são testadas.

Conselho de Líderes Espirituais: Trabalhar em conjunto com outros líderes espirituais maduros para avaliar e testar as revelações.

Frutos do Espírito: Avaliar as revelações pelos frutos que produzem, como paz, amor, alegria e edificação da igreja (Gálatas 5:22-23).

Desafios do Discernimento:

O discernimento espiritual também enfrenta desafios. A pressão cultural para seguir tendências populares e a influência de líderes carismáticos podem obscurecer o julgamento. Além disso, o próprio desejo humano de sucesso e reconhecimento pode levar à adoção de métodos que não são necessariamente inspirados por Deus. É necessário um compromisso constante com a humildade e a submissão ao Espírito Santo para manter a clareza espiritual e a fidelidade à verdadeira revelação divina.

Os desafios do movimento apostólico contemporâneo são significativos, mas não insuperáveis. A busca pela autenticidade sobre a imitação exige coragem e uma profunda confiança na direção de Deus. A necessidade de discernimento espiritual exige uma vida de oração, conhecimento bíblico e sabedoria coletiva. Ao enfrentar esses desafios com fé e dedicação, o movimento apostólico pode continuar a ser uma força poderosa e transformadora no mundo, guiando a igreja de acordo com os propósitos específicos de Deus e trazendo luz e esperança às comunidades ao seu redor.

5. Desenvolvimento Pessoal do Apóstolo
Vida de Oração e Comunhão com Deus: A intimidade com Deus é essencial para receber e manter a revelação divina (Lucas 6:12-13).
Humildade e Dependência de Deus: Reconhecer que a sabedoria e a direção vêm de Deus, não da capacidade humana (Tiago 1:5).

Para que um apóstolo possa receber e manter a revelação divina, a intimidade com Deus é absolutamente essencial. A vida de oração e comunhão constante com o Senhor é a base sobre a qual a eficácia e a autenticidade do ministério apostólico são construídas.

Exemplo de Jesus:

Em Lucas 6:12-13, vemos Jesus como o exemplo supremo de uma vida de oração. Antes de escolher os doze apóstolos, Jesus passou toda a noite em oração, buscando a direção do Pai. Este exemplo enfatiza a importância de passar tempo significativo na presença de Deus para tomar decisões cruciais. A vida de oração de Jesus demonstra que a revelação divina e a direção para o ministério vêm de um relacionamento profundo e contínuo com Deus.

Desenvolvimento de uma Vida de Oração:

Para um apóstolo, desenvolver uma vida de oração envolve várias práticas:

Oração Constante: Manter uma atitude de oração contínua ao longo do dia, buscando a orientação de Deus em todas as circunstâncias (1 Tessalonicenses 5:17).

Tempo Devocional: Reservar tempos específicos diariamente para oração e meditação na Palavra de Deus, permitindo que o Espírito Santo fale e renove a mente.

Jejum e Intercessão: Participar regularmente de períodos de jejum e oração intercessória, buscando uma comunhão mais profunda e um discernimento mais claro da vontade de Deus.

Frutos da Comunhão com Deus:

A intimidade com Deus produz frutos tangíveis no ministério do apóstolo. A revelação se torna mais clara, as decisões são guiadas pelo Espírito e o caráter do líder é moldado à semelhança de Cristo. Essa comunhão constante fortalece o apóstolo para enfrentar os desafios do ministério e permanecer fiel à visão divina.

Humildade e Dependência de Deus:

Além de uma vida de oração, a humildade e a dependência de Deus são características essenciais para o desenvolvimento pessoal de um apóstolo. Reconhecer que a sabedoria e a direção vêm de Deus, e não da capacidade humana, é fundamental para um ministério eficaz e alinhado com a vontade divina.

Sabedoria Divina:

Tiago 1:5 nos lembra que, se alguém carece de sabedoria, deve pedi-la a Deus, que a concede generosamente. Para um apóstolo, essa sabedoria não é apenas teórica, mas prática e diretamente aplicável ao ministério. A sabedoria divina permite ao apóstolo tomar decisões que refletem a vontade de Deus, liderar com justiça e discernir a verdade em meio à confusão.

Exemplo de Paulo:

O apóstolo Paulo exemplifica humildade e dependência de Deus em seu ministério. Em 2 Coríntios 12:7-10, Paulo fala sobre o “espinho na carne” que lhe foi dado para impedi-lo de se exaltar. Ele reconhece que a graça de Deus é suficiente e que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Essa atitude de humildade e dependência permitiu que Paulo fosse um instrumento poderoso nas mãos de Deus, apesar de suas limitações humanas.

Cultivando a Humildade:

Para desenvolver humildade, o apóstolo deve:

Reconhecer as Limitações: Admitir que não possui todas as respostas e que a força e a sabedoria vêm de Deus (Provérbios 3:5-6).

Serviço aos Outros: Adotar uma postura de serviço, seguindo o exemplo de Cristo que veio para servir e não para ser servido (Marcos 10:45).

Gratidão e Louvor: Manter um espírito de gratidão, reconhecendo continuamente as bênçãos e a provisão de Deus.

Dependência de Deus:

A dependência de Deus é cultivada através da confiança constante em Sua providência e direção. Isso significa buscar a Deus em todas as decisões, grandes ou pequenas, e confiar na Sua soberania, mesmo quando os resultados não são imediatos ou visíveis.

Práticas de Dependência:

Estudo da Palavra: Ancorar-se na Bíblia como a fonte de sabedoria e orientação.

Comunidade de Fé: Envolver-se em uma comunidade de crentes que apoia e encoraja a confiança mútua em Deus.

Reflexão e Confissão: Praticar a reflexão diária e a confissão de dependência de Deus, buscando corrigir quaisquer atitudes de autossuficiência.

O desenvolvimento pessoal de um apóstolo é fundamental para o sucesso e autenticidade do ministério apostólico. Uma vida de oração e comunhão constante com Deus assegura que a revelação divina seja recebida e mantida. Humildade e dependência de Deus garantem que o apóstolo não confie em suas próprias capacidades, mas sim na sabedoria e força que vêm do Senhor. Esses elementos são cruciais para que o apóstolo possa liderar a igreja de maneira eficaz, permanecendo fiel à missão e visão que Deus tem para sua comunidade.

6. Impacto na Comunidade e na Igreja Local
Transformação Comunitária: A liderança apostólica deve ter um impacto transformador na comunidade local, refletindo o reino de Deus (Atos 19:10).
Unidade e Colaboração: Promover a unidade dentro do corpo de Cristo e colaborar com outros líderes e ministérios (Efésios 4:3-6).

A liderança apostólica deve ter um impacto transformador na comunidade local, refletindo o reino de Deus. Esse impacto é evidenciado não apenas pela pregação do evangelho, mas também por ações práticas que promovem justiça, misericórdia e amor, trazendo uma mudança tangível nas vidas das pessoas e na sociedade como um todo.

Exemplo de Paulo em Éfeso:

Em Atos 19:10, Paulo permaneceu em Éfeso por dois anos, ensinando diariamente na escola de Tirano. Como resultado, “todos os habitantes da província da Ásia, judeus e gregos, ouviram a palavra do Senhor”. O impacto de sua liderança foi tão profundo que transformou a cidade e a região circundante. A mensagem do evangelho não apenas levou muitos à fé, mas também desafiou e modificou estruturas sociais e econômicas, como evidenciado pela diminuição da idolatria (Atos 19:23-27).

Ações Transformadoras:

Evangelismo e Discipulado: A liderança apostólica deve priorizar a pregação do evangelho e o discipulado, capacitando os crentes a viverem de acordo com os princípios do reino de Deus. Isso cria uma comunidade de fé vibrante e ativa.

Ação Social: Implementar programas que abordem necessidades práticas, como alimentação, saúde, educação e justiça social. A igreja deve ser um agente de mudança positiva, promovendo a dignidade e o bem-estar de todos os membros da comunidade.

Advocacia e Justiça: Defender os direitos dos marginalizados e oprimidos, atuando contra a injustiça e promovendo a equidade. A liderança apostólica deve ser uma voz profética na comunidade, falando a verdade ao poder e defendendo os princípios bíblicos de justiça.

Transformação Cultural:

O impacto apostólico também envolve a transformação cultural. Isso inclui desafiar normas culturais que são contrárias ao evangelho e promover valores que refletem o caráter de Cristo. Em Efésios 5:8-11, Paulo exorta os crentes a viverem como “filhos da luz”, demonstrando o fruto da luz em toda bondade, justiça e verdade.

Unidade e Colaboração:

Promover a unidade dentro do corpo de Cristo e colaborar com outros líderes e ministérios é outra função crucial da liderança apostólica. A unidade é essencial para a saúde espiritual da igreja e para a eficácia de seu testemunho no mundo.

Importância da Unidade:

Efésios 4:3-6 exorta os crentes a “esforçar-se diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. A unidade no corpo de Cristo é uma manifestação do amor e da graça de Deus, e é fundamental para a missão da igreja. A liderança apostólica deve trabalhar ativamente para construir e manter essa unidade.

Práticas de Promoção da Unidade:

Ensino e Doutrina: Ensinar a doutrina bíblica que promove a unidade, destacando a importância do amor, da humildade e da paciência. A doutrina correta é a base para a unidade, pois ela alinha a igreja com a verdade de Deus.

Relacionamentos Saudáveis: Fomentar relacionamentos saudáveis e reconciliadores dentro da igreja. Isso inclui a resolução de conflitos de maneira bíblica, promovendo o perdão e a reconciliação.

Culto e Oração Conjunta: Facilitar momentos de adoração e oração comunitária, onde a igreja pode buscar a Deus como um corpo unido. A adoração conjunta fortalece os laços espirituais entre os membros da igreja.

Colaboração com Outros Ministérios:

A colaboração entre diferentes ministérios e líderes é essencial para a realização da missão da igreja. Em Efésios 4:11-13, Paulo fala sobre os diferentes dons no corpo de Cristo (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres) que trabalham juntos para edificar a igreja.

Estratégias de Colaboração:

Parcerias Ministeriais: Estabelecer parcerias com outras igrejas e organizações cristãs para abordar questões comuns e realizar projetos comunitários. Isso aumenta o alcance e o impacto das iniciativas ministeriais.

Compartilhamento de Recursos: Compartilhar recursos, conhecimentos e experiências entre ministérios para fortalecer mutuamente o trabalho do reino. A colaboração maximiza o uso eficiente dos recursos disponíveis.

Eventos e Conferências Conjuntas: Organizar eventos e conferências que reúnam diferentes líderes e ministérios para treinamento, encorajamento e networking. Esses encontros podem inspirar novas iniciativas e fortalecer a unidade do corpo de Cristo.

O impacto da liderança apostólica na comunidade e na igreja local deve ser profundo e transformador, refletindo o reino de Deus em ações concretas que promovem justiça, misericórdia e amor. A promoção da unidade dentro do corpo de Cristo e a colaboração com outros líderes e ministérios são essenciais para a saúde espiritual e a eficácia do testemunho da igreja. Através de uma liderança apostólica fiel e dedicada, a igreja pode trazer uma mudança duradoura e significativa na sociedade, cumprindo sua missão de ser luz e sal no mundo.

7. Testemunhos de Movimentos Apostólicos Bem-Sucedidos
Estudos de Caso Bíblicos: Análise de movimentos apostólicos bem-sucedidos na Bíblia, como o ministério de Paulo e o crescimento das igrejas na Ásia Menor.
Exemplos Contemporâneos: Estudos de movimentos apostólicos modernos que impactaram significativamente suas comunidades e o corpo de Cristo.

A Bíblia oferece diversos exemplos de movimentos apostólicos bem-sucedidos, que servem de modelo e inspiração para a igreja contemporânea. Analisar o ministério de apóstolos como Paulo e o crescimento das igrejas na Ásia Menor proporciona valiosos insights sobre como a liderança apostólica pode transformar comunidades e expandir o Reino de Deus.

O Ministério de Paulo:

O apóstolo Paulo é talvez o exemplo mais proeminente de um movimento apostólico bem-sucedido no Novo Testamento. Sua dedicação ao chamado de Deus e sua estratégia ministerial eficaz resultaram na plantação de muitas igrejas e na expansão do evangelho em grande parte do mundo gentílico.

Estratégia Missionária:

Evangelismo Urbano: Paulo frequentemente escolhia grandes cidades como Éfeso, Corinto e Roma como centros de suas operações, entendendo que a influência desses lugares poderia se espalhar para áreas circunvizinhas (Atos 19:10).

Rede de Colaboradores: Ele estabeleceu uma rede de colaboradores, como Timóteo, Tito e Priscila e Áquila, para ajudar na plantação de igrejas e no discipulado de novos crentes (2 Timóteo 4:9-12).

Ensino e Discipulado:

Cartas Apostólicas: Suas cartas às igrejas, como Efésios, Colossenses e Filipenses, forneceram instrução doutrinária e prática, ajudando as comunidades a se firmarem na fé e a enfrentarem desafios internos e externos.

Modelo de Vida: Paulo não apenas ensinava com palavras, mas também com o exemplo de sua própria vida, demonstrando humildade, perseverança e amor sacrificial (1 Coríntios 11:1).
Impacto Cultural:

Transformação Social: O ministério de Paulo frequentemente resultava em mudanças significativas na sociedade, como a diminuição da idolatria em Éfeso (Atos 19:23-27) e a transformação de vidas, como a do escravo Onésimo (Filemom 1:10-16).

Exemplos Contemporâneos:

Movimentos Apostólicos nas Regiões de Perseguição: Testemunhos de Fé e Coragem

Nas regiões onde a liberdade religiosa é severamente restrita, como na China e nas nações que compunham a Cortina de Ferro durante a Guerra Fria, os movimentos apostólicos assumem uma forma única e desafiadora. Nessas circunstâncias adversas, os líderes apostólicos desempenham um papel crucial em guiar e fortalecer as comunidades cristãs clandestinas, enquanto continuam a avançar com coragem na expansão do Reino de Deus.

Movimentos Apostólicos nas Igrejas Clandestinas da China:

Nas igrejas clandestinas da China, os líderes apostólicos desempenham um papel fundamental na organização e no fortalecimento dessas comunidades sob perseguição. Eles exercem sua autoridade apostólica não apenas por meio da pregação da Palavra, mas também ao equipar e treinar outros líderes para ministrar em segredo, em pequenos grupos domésticos.

Características dos Movimentos Apostólicos na China:

Discipulado Sob Pressão: Os líderes apostólicos na China enfrentam desafios únicos ao discipular e treinar outros líderes em um ambiente de constante vigilância e perseguição.

Visão e Estratégia: Eles desenvolvem estratégias criativas para espalhar o evangelho e multiplicar as igrejas clandestinas, muitas vezes utilizando tecnologia e métodos de comunicação secretos.

Unidade e Comunhão: Os líderes apostólicos promovem uma forte cultura de unidade e comunhão entre os membros das igrejas clandestinas, fortalecendo-os em sua fé e resistência.

Impacto dos Movimentos Apostólicos na China:

Crescimento Silencioso: Apesar da pressão do governo, os movimentos apostólicos nas igrejas clandestinas da China têm sido responsáveis pelo crescimento notável da fé cristã no país, mesmo que isso ocorra nas sombras.

Testemunho Global: O testemunho de coragem e perseverança dos líderes apostólicos e membros dessas igrejas inspira cristãos ao redor do mundo a orar e apoiar a causa da liberdade religiosa na China.

Movimentos Apostólicos nas Igrejas da Cortina de Ferro

Durante o regime comunista na Europa Oriental, os movimentos apostólicos nas igrejas da Cortina de Ferro desempenharam um papel vital na resistência e no testemunho da fé cristã em meio à perseguição. Os líderes apostólicos lideraram suas congregações com coragem e visão, capacitando-os a permanecerem firmes em sua fé mesmo sob pressão.

Características dos Movimentos Apostólicos na Cortina de Ferro:

Liderança Visionária: Os líderes apostólicos na Cortina de Ferro inspiravam suas congregações com visões de esperança e liberdade, encorajando-os a permanecerem fiéis em meio à opressão.

Engajamento Cultural: Eles incentivavam os cristãos a serem agentes de mudança em suas comunidades, desafiando as injustiças do regime comunista e defendendo os direitos humanos e a liberdade religiosa.

Solidariedade e Resistência: Os movimentos apostólicos promoviam uma cultura de solidariedade e resistência entre os cristãos, fortalecendo-os para enfrentar as dificuldades e desafios impostos pelo Estado.

Impacto dos Movimentos Apostólicos na Cortina de Ferro:

Desafio ao Regime: O testemunho de fé e coragem dos líderes apostólicos e membros das igrejas da Cortina de Ferro desafiou a autoridade do regime comunista e inspirou outros a resistir à opressão.

Contribuição para a Queda do Comunismo: Muitos observadores atribuem o papel ativo dos cristãos e dos movimentos apostólicos na Cortina de Ferro ao colapso do comunismo na Europa Oriental, destacando o poder da fé em meio à adversidade política.

Os movimentos apostólicos nas regiões de perseguição, como na China e na Cortina de Ferro, são testemunhos vivos do poder transformador da liderança apostólica em meio à adversidade. Os líderes apostólicos dessas comunidades clandestinas desempenham um papel vital em fortalecer e orientar suas congregações, capacitando-as a permanecerem firmes em sua fé e a continuarem a avançar com coragem na expansão do Reino de Deus, mesmo sob pressão e perseguição. Suas histórias de fé e resistência nos lembram da importância contínua de apoiar e defender a liberdade religiosa em todo o mundo, enquanto nos inspiram a seguir seu exemplo de coragem e dedicação ao evangelho.

Além dos estudos bíblicos, há muitos exemplos contemporâneos de movimentos apostólicos que tiveram um impacto significativo em suas comunidades e no corpo de Cristo em geral. Esses movimentos demonstram como os princípios apostólicos podem ser aplicados no contexto moderno para trazer renovação e crescimento à igreja.

Os testemunhos de movimentos apostólicos bem-sucedidos, tanto na Bíblia quanto na era contemporânea, oferecem lições valiosas sobre como a liderança apostólica pode transformar comunidades e expandir o Reino de Deus. O exemplo de Paulo demonstra a importância de uma estratégia missionária clara, ensino sólido e impacto cultural. O foco na missão e o empoderamento de leigos podem resultar em crescimento exponencial e transformação duradoura. Ao aprender com esses exemplos, a igreja hoje pode continuar a desenvolver e implementar movimentos apostólicos eficazes que glorifiquem a Deus e transformem o mundo.

Abaixo estão alguns exemplos de líderes proeminentes dos movimentos apostólicos nas igrejas clandestinas da China e nas igrejas da Cortina de Ferro:

Igrejas Clandestinas na China:

Wang Yi: Pastor e líder da igreja cristã subterrânea Early Rain Covenant Church em Chengdu, Sichuan. Ele foi preso em dezembro de 2018 por sua liderança na igreja e condenado a nove anos de prisão por "incitar à subversão do poder estatal".

Samuel Lamb (Lam): Falecido em 2013, Samuel Lamb foi um pastor conhecido por liderar uma igreja doméstica na China. Ele passou várias décadas na prisão por sua fé e resistência ao governo chinês.

Zhang Rongliang: Líder da rede de igrejas domésticas na China e fundador da China for Jesus, Zhang Rongliang foi preso várias vezes por sua fé e atividades religiosas.

Igrejas da Cortina de Ferro:

Richard Wurmbrand: Pastor e fundador da organização cristã underground Voz dos Mártires. Ele e sua esposa, Sabina, foram presos e torturados na Romênia comunista por sua fé cristã.

Jan Hus: Um dos precursores da Reforma Protestante, Jan Hus foi um teólogo e líder religioso checo que desafiou a autoridade da Igreja Católica no século XV. Ele foi queimado na fogueira em 1415 por suas crenças reformistas.

Jerzy Popiełuszko: Um padre católico polonês conhecido por seu ativismo político contra o regime comunista polonês. Ele foi sequestrado e assassinado em 1984 pelas autoridades do governo.

Esses líderes, entre muitos outros, desempenharam papéis significativos no fortalecimento e no avanço das comunidades cristãs clandestinas em meio à perseguição política e religiosa em suas respectivas regiões. Suas histórias de coragem e dedicação ao evangelho inspiraram gerações de cristãos em todo o mundo.

8. Caminhando na Revelação Divina
Fidelidade à Chamada: A importância de permanecer fiel à revelação e ao chamado específico de Deus, mesmo diante de desafios e pressões.
Legado Apostólico: O legado deixado por um apóstolo autêntico é duradouro, influenciando gerações futuras para seguir a verdadeira revelação divina.

Na jornada do movimento apostólico, a fidelidade à revelação divina é o alicerce sobre o qual tudo é construído. Permanecer fiel à chamada específica de Deus, mesmo quando confrontados com desafios e pressões, é essencial. Isso significa não apenas receber a revelação inicial, mas também perseverar nela, independentemente das circunstâncias. Assim como Paulo exortou Timóteo a "guardar o bom depósito" (2 Timóteo 1:14), os líderes apostólicos modernos são chamados a preservar e proteger a verdade que lhes foi confiada.

O legado deixado por um apóstolo autêntico transcende gerações, moldando o curso da história da igreja e influenciando profundamente o destino espiritual de inúmeras vidas. Esse legado não se limita apenas aos feitos visíveis, mas também à integridade, ao caráter e à profundidade espiritual que o apóstolo demonstra ao longo de sua vida. Como Paulo declarou: "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" (1 Coríntios 11:1), o exemplo de um apóstolo verdadeiro inspira e orienta outros a seguirem a verdadeira revelação divina.

Assim, o caminho na revelação divina não é apenas uma jornada individual, mas uma herança coletiva que conecta os crentes ao longo dos séculos. É uma trajetória de fé, coragem e compromisso com a vontade de Deus, que transcende as fronteiras do tempo e do espaço. À medida que nos comprometemos a caminhar nessa revelação, estamos investindo no futuro da igreja e deixando um legado que perdurará além de nossa própria vida, influenciando gerações futuras a seguirem a verdadeira luz divina.

Reflexão Final:
A autenticidade e a fidelidade à revelação divina são cruciais para um movimento apostólico verdadeiro. A capacidade de ouvir e seguir a direção de Deus, em vez de copiar outros, define a diferença entre um movimento que é verdadeiramente liderado pelo Espírito Santo e um que é meramente uma réplica humana. A igreja deve buscar líderes que estão enraizados na revelação de Deus, guiando o corpo de Cristo de acordo com o plano divino e não por meio de métodos humanos.

Ao aprofundar-se nesses tópicos, a comunidade pode se encorajar a valorizar e apoiar uma liderança que busca genuinamente a vontade de Deus, promovendo um crescimento saudável e uma verdadeira transformação espiritual.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Valorizando a Sabedoria: O Papel do Pai na Nossa Vida(3)

 

(Pomeorde, Santa Catarina)

O provérbio 2:1-2 nos chama para prestar atenção às palavras de sabedoria e guardar os mandamentos como um tesouro. Essa sabedoria, transmitida de pai para filho, é fundamental para nossa jornada de crescimento e amadurecimento.

Recentemente, assisti a um vídeo de um rapaz que, apesar de não ser convertido anteriormente, passou por uma transformação espiritual e agora está liderando uma comunidade sustentável. Ele discutia sobre subversão, a ideia de desconstruir conceitos fundamentais em nossas vidas sociais e espirituais. Essa desconstrução intencional está acontecendo ao nosso redor, dificultando a comunicação e a busca por verdades absolutas tanto na sociedade quanto na igreja.

Porém, ao refletir sobre Provérbios 2:1-2, percebemos a importância de valorizar a sabedoria transmitida pelos pais, seja ela biológica ou espiritual. Um pai verdadeiro não apenas nos elogia, mas também nos corrige e nos desafia quando necessário. Ele tem a liberdade de nos instruir e nos guiar para o nosso bem-estar espiritual e emocional.

É essencial reconhecer que nem todos os pais têm a capacidade ou disposição de desempenhar esse papel. Alguns podem estar ausentes ou incapazes de nos instruir de maneira significativa. No entanto, quando encontramos alguém disposto a desempenhar essa função em nossas vidas, devemos estar abertos para receber suas orientações e correções, mesmo que sejam desconfortáveis.

A instrução paterna não se trata de controle, mas sim de amor e preocupação com nosso crescimento pessoal. É através dessa orientação que podemos alcançar uma maior compreensão espiritual e uma vida mais plena na fé. Portanto, convido você a refletir sobre a presença de uma figura paterna em sua vida, seja ela biológica ou espiritual, e a valorizar a sabedoria transmitida por essa pessoa para o seu desenvolvimento pessoal e espiritual.

Provérbios 1:8 (NVI): "Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino de sua mãe."

Provérbios 3:11-12 (NVI): "Filho meu, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem."

Efésios 6:4 (NVI): "E vocês, pais, não provoquem seus filhos à ira, mas criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor."

Colossenses 3:21 (NVI): "Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem."

Deuteronômio 6:6-7 (NVI): "Estas palavras que hoje lhe ordeno estarão no seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar."

É crucial reconhecer que a maturidade não está necessariamente correlacionada com a idade cronológica. Muitas pessoas, mesmo em idade avançada, ainda mantêm uma mentalidade imatura, enxergando o mundo através dos olhos de uma pessoa mais jovem. Além disso, existe a falácia de associar a quantidade de sofrimento vivenciado com a maturidade adquirida. No entanto, o sofrimento só se torna verdadeiramente valioso quando é transformado em aprendizado prático e aplicado em nossas vidas, tendo como fruto a sabedoria 

Compreender as verdades absolutas da Palavra de Deus muitas vezes é um desafio para indivíduos que carecem de um fundamento sólido na paternidade, seja ela biológica ou espiritual. A ausência desse alicerce pode resultar em uma jornada espiritual tumultuada, onde a busca pela verdade se torna obscurecida pela falta de direção e orientação.

A relação com uma figura paterna, seja ela física ou espiritual, desempenha um papel crucial no desenvolvimento da fé e da compreensão espiritual. Essa figura não apenas fornece ensinamentos e orientações práticas, mas também oferece um modelo de amor, segurança e autoridade que reflete a paternidade de Deus.

Sem esse fundamento sólido, a alma humana tem a tendência de se voltar para si mesma em busca de justificação, criando uma visão distorcida da realidade e uma falsa sensação de autossuficiência. Essa autojustificação pode ser um obstáculo para reconhecermos nossas próprias feridas e necessidades de cura espiritual.

É somente ao reconhecermos nossa dependência de Deus como nosso Pai celestial e buscarmos uma relação íntima com Ele que podemos encontrar verdadeira cura e restauração para nossa alma. É Ele quem nos guia nas verdades de Sua Palavra e nos capacita a crescer em maturidade espiritual, mesmo diante das adversidades e incertezas da vida.

Portanto, é essencial que busquemos fortalecer nosso relacionamento com Deus como nosso Pai amoroso e confiável, permitindo que Ele seja nosso guia e sustentáculo em nossa jornada espiritual. Ao fazermos isso, encontraremos a base sólida de que precisamos para compreender e viver as verdades absolutas de Sua Palavra em nossas vidas.

A falta de uma figura paterna adequada pode levar a extremos emocionais. Alguns podem se tornar excessivamente autossuficientes, acreditando que não precisam de orientação ou instrução de ninguém além de si mesmos. Outros podem se tornar dependentes emocionalmente, buscando constantemente a aprovação e a orientação de outras pessoas para tomar decisões.

Romanos 8:15 (NVI): "Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: 'Aba, Pai!'"

Mateus 7:11 (NVI): "Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!"

João 1:12-13 (NVI): "Mas a todos os que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus."

Gálatas 4:6-7 (NVI): "E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho aos seus corações, o qual clama: 'Aba, Pai'. Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro."

1 João 3:1 (NVI): "Como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus! E é isso que somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu."

Jesus é apresentado como o caminho, a verdade e a vida, e é nele que encontramos o equilíbrio necessário para nossa jornada espiritual. É essencial discernir entre a dependência saudável em Deus e o orgulho que nos impede de reconhecer nossa necessidade de orientação e correção.

Além disso, é importante distinguir entre a leitura meramente acadêmica da Palavra e a aplicação prática de seus ensinamentos em nossa vida diária. O conhecimento só é verdadeiramente valioso quando é internalizado e transformado em amor e ação. Caso contrário, corre-se o risco de se tornar arrogante e inchado de conhecimento, como adverte Paulo em 1 Coríntios 8:2.

Portanto, convido você a refletir sobre a presença de uma figura paterna em sua vida, seja ela biológica ou espiritual, e a buscar a sabedoria de Deus para discernir entre a verdadeira maturidade espiritual e os extremos emocionais que podem nos desviar do caminho da fé e do crescimento pessoal.

É comum vermos pessoas consumindo uma variedade de conteúdos, desde vídeos até posts em redes sociais, buscando inspiração e aprendizado. No entanto, muitas vezes essa busca por conhecimento não se traduz em mudanças significativas em suas vidas. A chave está em aplicar o que é aprendido na prática, integrando esses ensinamentos à realidade cotidiana.

A humildade é fundamental para compreender a realidade da Bíblia e da pessoa de Jesus por várias razões:

Abertura para a Verdade: A humildade nos torna receptivos à verdade, mesmo que ela contradiga nossas próprias opiniões ou entendimentos prévios. Ao reconhecer nossa limitação e finitude como seres humanos, estamos mais dispostos a aprender e crescer em nosso conhecimento de Deus e Sua Palavra.

Submissão à Autoridade Divina: A humildade nos leva a nos submetermos à autoridade de Deus e de Sua Palavra, reconhecendo que Ele é o Criador e o Senhor de todas as coisas. Isso nos permite aceitar as verdades reveladas na Bíblia como a autoridade final em nossas vidas, em vez de confiarmos apenas em nossa própria compreensão limitada.

Reconhecimento da Necessidade de Graça: A humildade nos ajuda a reconhecer nossa necessidade desesperada da graça salvadora de Deus, manifestada em Jesus Cristo. Quando compreendemos nossa própria pecaminosidade e indignidade diante de Deus, somos mais propensos a aceitar o sacrifício de Cristo na cruz como a única base para nossa salvação.

Atitude de Obediência e Serviço: A humildade nos capacita a obedecer aos ensinamentos de Jesus e a seguir Seu exemplo de serviço e amor ao próximo. Em vez de buscar nossa própria glória ou interesses, buscamos honrar a Deus e servir aos outros com humildade e compaixão, refletindo o caráter de Cristo em nossas vidas.

Aceitação da Revelação Divina: A humildade nos ajuda a aceitar a revelação divina na Bíblia e na pessoa de Jesus Cristo sem exigir explicações ou justificativas humanas. Em vez de tentarmos moldar Deus e Sua Palavra conforme nossas próprias ideias e preferências, nos rendemos à Sua vontade soberana e confiamos em Sua sabedoria infinita.

É interessante notar como nossa sociedade valoriza o sucesso material, frequentemente associando-o a aspectos como posses, status e aparência. No entanto, é importante buscar um equilíbrio saudável entre prosperidade material e crescimento espiritual. Ter um bom padrão de vida é legítimo, mas não deve ser usado como medida exclusiva de sucesso.

A busca por sucesso deve ser guiada por princípios mais profundos e duradouros. Glorificar a Deus através de nossas vidas significa refletir o fruto do Espírito, que inclui características como temperança, domínio próprio, bondade e humildade. Essas virtudes são fundamentais para uma vida bem-sucedida aos olhos de Deus.

A jornada para a maturidade espiritual muitas vezes envolve enfrentar nossas feridas e aprender a humildade. Jesus é o exemplo máximo de humildade, pois, mesmo sendo Deus, se fez homem e se submeteu à vontade do Pai. A humildade não é uma fraqueza, mas sim uma força que nos permite render nossas vidas a Deus e aceitar Sua vontade sobre a nossa.

É fundamental discernir entre dependência saudável em Deus e uma dependência excessiva em outras pessoas. Embora seja valioso aprender com aqueles que têm mais experiência e sabedoria, nossa confiança última deve estar em Deus. Ele é quem nos guia e nos capacita a viver uma vida de propósito e significado.

Um exemplo pessoal ilustra essa jornada de aprendizado e transformação. Em minha própria vida, fui desafiado a confrontar minha rebeldia e falta de limites. Graças à orientação de pessoas mais maduras e à graça de Deus, pude superar esses obstáculos e encontrar minha verdadeira vocação.

Portanto, convido você a buscar esse equilíbrio entre sucesso temporal e eterno, aplicando os ensinamentos de Deus em sua vida diária. Que sua jornada seja marcada pela humildade, pela busca constante por crescimento espiritual e pela confiança inabalável em Deus como o verdadeiro guia de nossas vidas.

A Importância da Paternidade Espiritual na Jornada de Vida

Aquela madrugada continua vívida em minha memória, como se fosse ontem. Lembro-me de estar no exterior, imerso em meus estudos de francês, quando a vontade de retornar ao Brasil me assolou de repente. Já havia concluído meu curso de inglês e estava apenas na segunda semana do curso de francês, com mais três anos e meio pela frente.

Naquela noite, liguei para meu pai, mesmo sabendo que era tarde no Brasil. Eu estava cheio de incertezas, descrevendo a solidão que sentia longe de casa, a iminência do inverno rigoroso e a sensação de que todos os meus amigos haviam partido. Tentei convencê-lo de que seria melhor voltar para casa e aguardar o fim do inverno antes de retornar ao exterior.

Mas meu pai, com sua sabedoria e perspectiva, não hesitou em me dar um conselho firme e direto. Ele viu além das minhas preocupações imediatas e lembrou-me das oportunidades que estavam se abrindo para mim no exterior. Lembro-me de suas palavras gentis, mas firmes: "Não volta, filho. Já está tudo encaminhado aí. Você está matriculado, está aprendendo uma nova língua. Não desperdice essa oportunidade."

No entanto, naquela noite, movido por impulsividade e talvez um toque de rebeldia juvenil, optei por não seguir o conselho de meu pai. Decidi voltar para casa, convencido de que era a escolha certa naquele momento.

Mas logo percebi as consequências de minha decisão. Ao voltar para casa, enfrentei desafios inesperados e uma sensação de arrependimento começou a se instalar. Eu não podia deixar de me perguntar se havia tomado a decisão certa, se não teria sido melhor seguir o conselho de meu pai.

Olhando para trás, reconheço agora que aquela noite marcou um ponto de virada em minha vida. Foi um momento em que escolhi seguir meu próprio caminho, mesmo quando a voz da sabedoria paterna me aconselhava de outra forma. As lições que aprendi naquele momento moldaram minha jornada de vida de maneiras profundas e duradouras.

Quando relembro aquela madrugada, não posso deixar de me perguntar como minha vida teria sido diferente se tivesse seguido o conselho de meu pai. Mas também reconheço que essas experiências fazem parte do processo de crescimento e aprendizado. E, apesar do arrependimento que ainda sinto às vezes, sei que essas lições me tornaram quem sou hoje.

Olhando para trás, percebo agora que a orientação de meu pai era um presente valioso, um reflexo de seu amor incondicional e preocupação com meu futuro. Suas palavras ecoaram em minha mente ao longo dos anos, lembrando-me da importância de considerar não apenas o presente imediato, mas também as consequências a longo prazo de minhas decisões.

Hoje, reconheço profundamente o papel crucial que a paternidade espiritual desempenha em nossas vidas. Assim como meu pai me guiou com sabedoria e amor, também busco ser uma fonte de orientação e apoio para aqueles ao meu redor, especialmente para aqueles que estão navegando por caminhos semelhantes aos que percorri. A experiência com meu pai moldou minha jornada de vida de maneira significativa, ensinando-me lições preciosas que carregarei para sempre em meu coração.

É interessante notar como, muitas vezes, resistimos às orientações que nos são dadas, mesmo quando vêm de uma fonte de sabedoria e amor genuínos, como um pai. O orgulho e a autojustificação podem nos impedir de reconhecer a validade dessas instruções e nos levar a fazer escolhas que nos afastam do caminho da verdadeira realização e propósito.

A figura do pai espiritual desempenha um papel crucial em nossa jornada espiritual e emocional. Mesmo para aqueles que não tiveram a presença de um pai biológico em suas vidas, a oportunidade de serem orientados e instruídos por uma figura paterna espiritual pode ser transformadora. Essa relação oferece não apenas conselhos práticos, mas também um modelo de amor, humildade e sabedoria que nos guia em momentos de dificuldade e incerteza.

A resistência à autoridade espiritual muitas vezes reflete uma falta de humildade e submissão ao plano de Deus para nossas vidas. Quando nos recusamos a ouvir e aprender com aqueles que têm mais experiência e sabedoria, perdemos a oportunidade de crescer e amadurecer em nossa jornada espiritual.

É importante reconhecer que as decisões que tomamos têm consequências, e muitas vezes essas consequências podem ser dolorosas. No entanto, mesmo nos momentos de sofrimento e arrependimento, Deus está presente, trabalhando em nossas vidas para nos moldar à Sua imagem e nos conduzir ao Seu propósito para nós.

A jornada espiritual é marcada por desafios e sacrifícios, mas também por momentos de graça e redenção. Ao reconhecer nossas fraquezas e limitações, e ao buscar humildemente a orientação de Deus e daqueles que Ele colocou em nossas vidas, podemos encontrar o caminho para uma vida plena de significado e propósito.

Portanto, que possamos valorizar e honrar a figura do pai espiritual em nossas vidas, reconhecendo a sabedoria e o amor que eles têm a oferecer, e estejamos dispostos a seguir suas orientações com humildade e gratidão. Que possamos aprender com as lições do passado e avançar com fé e confiança no plano de Deus para nossas vidas.

A questão da paternidade espiritual é complexa e profundamente importante na jornada de fé de cada indivíduo. É compreensível a busca por um guia espiritual, alguém que possa oferecer orientação e apoio em momentos de incerteza e dificuldade. No entanto, é crucial distinguir entre uma orientação saudável e uma dependência prejudicial.

É verdade que receber instrução e conselhos de um mentor espiritual pode ser incrivelmente benéfico. Muitas vezes, esses líderes têm uma perspectiva mais ampla e uma compreensão mais profunda das Escrituras, o que pode nos ajudar a crescer em nossa fé e a tomar decisões mais sábias.

No entanto, há um perigo real em confundir orientação espiritual com controle. Quando começamos a entregar todas as decisões de nossa vida nas mãos de outra pessoa, perdemos nossa autonomia e capacidade de discernir o que é certo para nós. Isso pode levar a uma dependência emocional prejudicial, onde ficamos incapazes de tomar decisões por nós mesmos.

É importante, então, encontrar um equilíbrio saudável entre receber orientação de um mentor espiritual e manter nossa própria responsabilidade sobre nossas escolhas. Um verdadeiro pai na fé não busca controlar nossas vidas, mas sim nos capacitar a tomar decisões sábias e crescer em nossa fé e maturidade.

Às vezes, pode ser necessário reconhecer quando é hora de seguir em frente, mesmo que isso signifique deixar para trás um relacionamento de mentoria espiritual. Isso não significa que devemos menosprezar ou desrespeitar aqueles que nos guiaram, mas sim reconhecer que nosso crescimento espiritual pode exigir novos caminhos e novas conexões.

Encontrar um pastor ou mentor espiritual maduro pode ser uma bênção inestimável em nossa jornada de fé. No entanto, também devemos lembrar que nossa principal fonte de orientação deve ser sempre a Palavra de Deus. É lá que encontramos os fundamentos sólidos para nossas crenças e práticas, e é lá que devemos buscar discernimento em todas as áreas de nossas vidas.

Em última análise, o objetivo da paternidade espiritual não é criar uma dependência de outra pessoa, mas sim apontar para Cristo e ajudar-nos a crescer em nosso relacionamento com ele. Que possamos buscar orientação e apoio em mentores espirituais sábios, ao mesmo tempo em que mantemos uma fé fundamentada na Palavra de Deus e em um relacionamento pessoal com nosso Pai celestial.

O orgulho é uma barreira que fecha a porta para Deus. Quando alguém se torna soberbo, está essencialmente fechando-se para a intervenção divina. Mesmo que líderes espirituais, como pastores ou amigos, tentem oferecer orientação, se o coração da pessoa está blindado pelo orgulho, é difícil para Deus romper essa resistência.

A ação do Espírito Santo é crucial para quebrantar os corações e conduzir as pessoas à humildade e submissão a Deus. No entanto, essa ação divina muitas vezes requer uma resposta ativa da parte da pessoa. É necessário que ela tome uma decisão consciente de se humilhar, abaixar sua guarda e tornar-se receptiva à voz de Deus, seja por meio de pessoas ou diretamente pela revelação divina.

A pessoa orgulhosa, quando não confrontada e transformada pela ação do Espírito Santo, pode se tornar um divisor no corpo de Cristo. Ela pode criar facções e divisões, questionando a autoridade espiritual e minando a unidade do corpo de Cristo. Nesses casos, é importante discernir e afastar-se de pessoas facciosas, pois elas podem minar nosso próprio entendimento e fundamento espiritual.

A sabedoria encontrada na Palavra de Deus é inegável. Provérbios 4:1 nos lembra da importância de ouvir e aprender com a instrução sábia dos pais. Esta instrução não é relativa ou opcional, mas sim fundamental para nosso crescimento espiritual e maturidade na fé. Devemos buscar a verdade e a sabedoria nas Escrituras, usando-as como nosso guia definitivo em todas as áreas de nossas vidas.

É vital reconhecer que, embora Deus possa falar conosco diretamente, muitas vezes Ele escolhe usar pessoas sábias e experientes para nos orientar e nos desafiar em nossa jornada espiritual. Devemos estar abertos a receber instrução e conselho, mesmo que isso signifique confrontar nosso próprio orgulho e ego.

Em última análise, a humildade e a submissão a Deus são essenciais para o crescimento espiritual e o avanço no propósito de vida que Ele tem para nós. Que possamos buscar constantemente a humildade diante de Deus e dos outros, reconhecendo que é através da rendição e da submissão que encontramos verdadeira sabedoria e crescimento espiritual.

Leonardo Lima Ribeiro 

Meu Testemunho

Nasci em Ribeirão Preto, São Paulo, no dia 1º de fevereiro de 1980. No entanto, minha chegada ao mundo não foi motivo de celebração familiar...