sábado, 29 de junho de 2024

A Atração pelo Enigmático: Profecias e o Anticristo(7°)

 



A natureza humana tem uma atração inegável pelo desconhecido e enigmático. Em todas as áreas da vida, há sempre aqueles que gostam de explorar e investigar. Quando se trata de fé e religião, uma das questões mais complexas e fascinantes é a profecia sobre o Anticristo. Diversos grupos, desde muçulmanos até Testemunhas de Jeová, já expressaram suas opiniões sobre o assunto. No entanto, o que você verá hoje é uma perspectiva diferente da tradicional. Será algo fora do comum, misterioso e, por vezes, complexo, mas certamente muito útil para aqueles que não têm medo de pensar além do óbvio e buscam a verdade fora de sua zona de conforto.

 Vamos explorar as raízes dessas ideias desde os primeiros padres da igreja até a Reforma Protestante e suas consequências. Ao fazer isso, entenderemos como as interpretações sobre o Anticristo evoluíram ao longo dos séculos e como influenciaram profundamente a teologia cristã e a história da igreja.

Os Primeiros Padres da Igreja

Nos primeiros séculos do cristianismo, os Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Hipólito de Roma, começaram a discutir o conceito do Anticristo com base nas escrituras. Eles interpretaram passagens de Daniel, 2 Tessalonicenses e Apocalipse para descrever uma figura futura que personificaria a oposição a Cristo e à sua igreja. Irineu, por exemplo, viu o Anticristo como um líder político e religioso que surgiria no fim dos tempos.

A Idade Média

Durante a Idade Média, a visão do Anticristo foi ampliada e muitas vezes associada a figuras políticas contemporâneas. Alguns teólogos medievais acreditavam que o Anticristo seria um judeu que reconstruiria o Templo em Jerusalém, enquanto outros viam nele um símbolo das heresias que ameaçavam a unidade da Igreja. A literatura apocalíptica medieval frequentemente descrevia o Anticristo como um monarca tirânico que levaria o mundo à destruição antes da segunda vinda de Cristo.

A Reforma Protestante

Com a Reforma Protestante no século XVI, as interpretações sobre o Anticristo passaram por uma transformação significativa. Reformadores como Martinho Lutero e João Calvino identificaram o papado como o Anticristo, vendo a instituição da Igreja Católica Romana como a grande inimiga da verdadeira fé cristã. Essa interpretação foi baseada na percepção de que o papado distorcia as escrituras e corrompia a verdadeira adoração a Deus. Para os reformadores, o Anticristo não era uma figura única que apareceria no futuro, mas um sistema de poder religioso que já estava presente.

Consequências da Reforma

As interpretações dos reformadores sobre o Anticristo tiveram profundas consequências para a teologia e a política europeias. A acusação de que o papado era o Anticristo justificou a ruptura com a Igreja Católica e a formação de novas denominações protestantes. Além disso, alimentou conflitos religiosos e guerras entre católicos e protestantes ao longo dos séculos seguintes.

Reflexões Modernas

No mundo contemporâneo, as interpretações sobre o Anticristo continuam a variar. Enquanto alguns cristãos ainda mantêm visões tradicionais ou reformadas, outros adotam interpretações simbólicas ou veem o Anticristo como uma metáfora para forças ou sistemas opostos a Cristo. A diversidade de opiniões reflete a complexidade e a profundidade do tema, que continua a fascinar e desafiar os crentes.

Explorar as raízes dessas ideias, desde os primeiros Padres da Igreja até a Reforma Protestante e suas consequências, nos permite compreender a evolução das interpretações sobre o Anticristo e seu impacto duradouro na história e na teologia cristã.

Vamos analisar temas sobre o Anticristo que foram propostos pelos antigos teólogos e por que eles não se alinham com a Bíblia. De onde realmente surgiram os protestantes e contra o que eles realmente protestavam? O que é o símbolo de fé de Westminster e por que é perigoso não conhecê-lo? Qual é a pergunta dos católicos que deixa seus opositores sem resposta? Quem criou a ordem dos jesuítas, com qual propósito e como eles enganaram bilhões de cristãos? Em quais situações a unidade pode trazer destruição e uma interpretação errada do texto pode custar sua vida?

A Verdadeira Identidade do Anticristo: Revelações e Controvérsias da História Cristã

A questão do Anticristo começou a intrigar os cristãos já nos primeiros séculos da era cristã. Um dos primeiros teólogos a abordar o assunto foi Cirilo de Jerusalém, que viveu no século IV. Ele descreveu o Anticristo como um feiticeiro que surgiria antes da segunda vinda de Cristo, prevendo que ele enganaria principalmente os judeus. Baseando-se no livro de Deuteronômio, Cirilo também identificou a tribo de Dan como o possível origem do Anticristo. No antigo Israel, lembrando, havia doze tribos descendentes dos filhos de Jacó, um dos patriarcas do povo judeu.

Hipólito de Roma, um pensador dos séculos II e III d.C., desenvolveu ensinamentos semelhantes sobre o Anticristo. Ele foi um dos primeiros a sugerir que esse figura surgiria como um israelita da Tribo de Dã. Em suas palavras, "Da Tribo de Dã surgirá e se erguerá o tirano e rei, um juiz terrível, filho do Diabo, que reunirá toda a sua força do leste ao oeste; aqueles que ele convocou e os que ele não convocou irão com ele". Embora suas afirmações fossem impressionantes para a época, já então as 12 tribos de Israel não mais existiam como unidades separadas, o que levantava questões sobre a viabilidade de sua teoria.

Enquanto os descendentes das Tribos de Levi e Judá do reino do sul podiam ser rastreados, as 10 tribos do reino do norte, incluindo a Tribo de Dan, foram levadas ao cativeiro assírio no século VIII a.C. Essas tribos, por terem se afastado de Deus e adotado práticas pagãs, dispersaram-se entre os povos do Oriente Médio e gradualmente se assimilaram. Essa dispersão e integração ao longo dos séculos acabaram por enfraquecer a autoridade das afirmações de Cirilo de Jerusalém e Hipólito de Roma sobre o Anticristo, à medida que surgiam mais desafios lógicos.

Durante a Idade Média, o acesso às Escrituras Sagradas era restrito ao clero, deixando o povo comum sem capacidade de verificar por si mesmo as doutrinas pregadas. Isso abriu espaço para ideias que se diziam baseadas na Bíblia, mas que eram distorcidas. Enquanto os camponeses não podiam ler a Bíblia, surgiram práticas como o purgatório, a venda de indulgências para aliviar o sofrimento no além, a veneração de ícones e relíquias sagradas, a confissão aos sacerdotes e missas em latim, incompreensíveis para muitos. Essas mudanças, anteriormente inexistentes, afastavam-se do simples Evangelho pregado pelos Apóstolos, que promove a libertação do pecado.

Na história da igreja, sempre houve fiéis dedicados a preservar a verdade das Escrituras, resistindo a ensinamentos distorcidos e leis espirituais impostas. Muitos pagaram com suas vidas por se manterem fiéis à Bíblia, desafiando o sistema de autoridade religiosa predominante. Embora não possamos explorar os detalhes sombrios da Idade Média aqui, é crucial avançar na história até o período da Reforma, que revela surpreendentes revelações sobre uma das maiores fraudes teológicas do século XVI.

Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero, um monge católico, desencadeou um evento histórico ao divulgar suas 95 teses. Nessas teses, ele criticou vigorosamente a prática das indulgências, contestou o poder exclusivo do Papa de perdoar pecados e afirmou que as Escrituras são a única autoridade para as doutrinas da igreja. Embora haja debates sobre a forma exata como Lutero as tornou públicas — alguns historiadores contestam a ideia de que ele as pregou na porta da igreja do castelo em Wittenberg —, é inegável que sua divulgação em 1517 marcou o início da Reforma e teve um impacto duradouro no desenvolvimento do protestantismo.

Portanto, quando alguém se identifica como "protestante", está se referindo a um cristão que, em princípio, se opõe a qualquer ensinamento que contradiga a Bíblia. Poucos sabem que no início da Reforma, houve mudanças significativas nas interpretações das profecias sobre o Anticristo. Martinho Lutero e outros líderes protestantes viam o Papado romano e seus seguidores como manifestações do Anticristo. Hoje, a maioria dos cristãos, incluindo os protestantes, espera que o Anticristo seja uma figura individual que surgirá no fim dos tempos. No entanto, até recentemente, muitos acreditavam que o Anticristo pudesse ser identificado com o Papa romano ou o sistema papal. Então, quem está correto?

Antes de abordar essa questão, é essencial compreender que as interpretações que identificavam o papado como o Anticristo não eram meros equívocos teológicos ou tentativas sensacionalistas de atrair atenção. Na verdade, propagar essas ideias poderia resultar em punições severas, incluindo tortura e martírio. Assim, o movimento da Reforma surgiu de estudos profundos e tinha uma base sólida nas Escrituras. A visão do papado como o Anticristo é inclusive documentada em uma das confissões de fé dos protestantes, que detalha os princípios centrais da doutrina cristã.

Existem várias confissões de fé de grande importância: a Confissão Nicena, venerada tanto pelos ortodoxos quanto pelos católicos, e, entre os protestantes, destacam-se a Confissão de Augsburgo na Alemanha e a Confissão de Westminster na Inglaterra. Na Confissão de Westminster, especificamente na seção que trata da igreja, é afirmado: "Não há outra cabeça da igreja além do Senhor Jesus Cristo; de modo algum pode ser o Papa de Roma. Ele é o próprio Anticristo, o homem da iniquidade e filho da perdição, que se exaltou na igreja contra Cristo e tudo o que é chamado Deus".

Um ponto de interesse notável é que os primeiros comentários bíblicos foram publicados por calvinistas escoceses, seguidores do renomado teólogo John Knox. Esta obra, lançada em 1560 em Genebra, precedeu a famosa tradução da Bíblia do Rei James. Nos comentários sobre o livro do Apocalipse, também se afirmava que o Anticristo era o Papa de Roma, descrito como o líder dos hipócritas e enviado de Satanás. Vamos explorar uma questão crucial neste contexto: por que teólogos sérios da Reforma, fundamentados nas Escrituras, identificaram o sistema papal como o rosto do Anticristo, enquanto hoje a maioria dos cristãos, incluindo os protestantes, aguarda a vinda de um Anticristo como uma pessoa específica no futuro? E como essa crença pode influenciar na percepção da salvação?

A transformação da percepção sobre o Anticristo, desde Lutero até os Jesuítas, revela um fascinante desenvolvimento na teologia cristã. Martinho Lutero, ao desafiar o papado, identificou-o como o Anticristo em suas críticas durante a Reforma. Essa visão foi amplamente adotada por reformadores protestantes, refletindo uma era de intensos conflitos teológicos e políticos.

Por outro lado, os Jesuítas, uma ordem católica fundada para defender e propagar a fé católica, responderam vigorosamente às acusações protestantes. Eles reinterpretaram as profecias sobre o Anticristo, argumentando que se aplicavam a um líder secular ou a uma entidade além do Papa e do sistema eclesiástico. Esse debate não apenas ilustra a complexidade das interpretações bíblicas, mas também as dinâmicas de poder e rivalidade entre as correntes teológicas da época.

Ao longo dos séculos, as interpretações do Anticristo têm se adaptado e evoluído conforme mudam os contextos históricos, teológicos e culturais. Isso demonstra que a compreensão dessa figura não é estática, mas sim fluida, refletindo as diferentes perspectivas e preocupações das diversas épocas ao longo da história cristã.

A Igreja Católica, diante do desafio crescente do protestantismo e consciente de que métodos repressivos como os aplicados contra mártires como John Hus e William Tyndale não eram mais viáveis, viu-se compelida a reagir. O papado, cuja autoridade e prestígio estavam profundamente abalados, iniciou o que ficou conhecido como Contrarreforma. Esse movimento político-religioso representou uma nova abordagem, centrada em confrontar os protestantes no campo intelectual e adaptar-se às novas realidades teológicas e sociais emergentes.

Os estudiosos católicos, ao confrontarem o protestantismo durante a Contrarreforma, identificaram várias fraquezas na teologia protestante enquanto reafirmavam a solidez da doutrina católica. Utilizando os escritos dos Padres da Igreja e outros recursos, demonstraram falhas e inconsistências entre os protestantes, que rejeitavam a autoridade da Igreja em favor da sola scriptura, viver apenas conforme as escrituras. No famoso debate de Leipzig, Johann Eck desafiou Martinho Lutero a renunciar às suas 95 teses, exigindo prova das escrituras sagradas. Lutero respondeu com sua famosa defesa da sola scriptura, recusando-se a aceitar argumentos baseados em tradições não fundamentadas nas escrituras.

A influência da teologia jesuíta na interpretação do Anticristo revela uma abordagem complexa e influente que moldou o pensamento teológico e político durante séculos. Os jesuítas, fundados por Inácio de Loyola no século XVI, desempenharam um papel crucial na Contrarreforma, respondendo aos desafios do protestantismo com uma estratégia intelectual sofisticada e adaptativa.

Inicialmente, os jesuítas concentraram-se em defender a autoridade da Igreja Católica e em restaurar o prestígio do papado. Eles argumentavam contra as interpretações protestantes do Anticristo, que muitas vezes identificavam o papado como tal, e procuravam apresentar uma visão coerente e defensável da fé católica. Ao mesmo tempo, desenvolveram métodos de apologética que exploravam as escrituras, a tradição e a razão para refutar as críticas protestantes.

Além disso, os jesuítas foram pioneiros na educação e na evangelização global, estabelecendo escolas e universidades que promoviam uma visão integrada da fé católica e da filosofia. Suas contribuições para a teologia e para a interpretação bíblica influenciaram profundamente o pensamento católico e a resposta da Igreja aos desafios da época.

Ao longo dos séculos, a abordagem jesuíta evoluiu em resposta aos novos contextos históricos e desafios teológicos, adaptando-se às mudanças na sociedade e na própria Igreja Católica. Seu impacto na interpretação do Anticristo reflete não apenas uma defesa da fé católica, mas também uma busca contínua por diálogo e compreensão inter-religiosa.

Johann Eck foi uma figura proeminente durante a Reforma Protestante, conhecido por seu debate com Martinho Lutero em Leipzig em 1519. Um dos pontos de controvérsia entre eles foi o significado e a autoridade do domingo, um tema central na teologia e prática religiosa da época.

Durante o debate, Johann Eck, como representante do catolicismo, defendeu a observância tradicional do domingo como dia de descanso e adoração, apoiada pela autoridade da Igreja Católica e das tradições apostólicas. Ele argumentou que a prática de observar o domingo remonta aos primeiros cristãos e é uma parte essencial da fé cristã.

Martinho Lutero, por outro lado, enfatizou o princípio da "sola scriptura", ou seja, que a autoridade máxima na fé cristã deveria ser a Bíblia Sagrada. Ele contestou práticas que, segundo ele, não eram explicitamente apoiadas pelas escrituras, incluindo algumas tradições católicas como a observância rigorosa do domingo como dia de culto exclusivo.

O debate entre Lutero e Eck sobre o domingo exemplifica as profundas divisões teológicas e práticas que marcaram a Reforma Protestante. Para Eck e outros teólogos católicos, a questão do domingo era parte de um esforço maior para defender as tradições e práticas da Igreja Católica contra os desafios da Reforma, enquanto Lutero e os reformadores buscavam reformular a fé cristã com base em suas interpretações das escrituras.

Este debate não apenas destacou diferenças fundamentais na teologia e prática religiosa entre católicos e protestantes, mas também influenciou a evolução subsequente das duas tradições cristãs ao longo dos séculos.

Johan Eck, um teólogo católico bem preparado, desafiou Martinho Lutero com um argumento desarmante: "Se você baseia tudo nas Escrituras, por que celebra o domingo católico e não o sábado bíblico?" Lutero não teve uma resposta satisfatória para essa pergunta, revelando inconsistências na teologia protestante. Para implementar com sucesso a estratégia da Contrarreforma, a Igreja Católica criou a ordem dos jesuítas. Embora essa ordem tenha sido dissolvida oficialmente em alguns momentos da história, hoje existem muitas universidades jesuítas na América, influenciando o pensamento muito além do Ocidente.

Francisco Ribera, um jesuíta espanhol do século XVI, desempenhou um papel significativo na teologia católica em relação à interpretação do Anticristo. Sua obra, "In Sacrum Beati Ioannis Apostoli, & Evangelistiae Apocalypsin Commentarij", publicada em 1590, propôs uma interpretação futurista do livro do Apocalipse, especialmente em relação ao capítulo 20, que fala sobre a batalha final entre Cristo e o Anticristo.

Ribera introduziu a ideia de que o Anticristo seria uma figura singular que surgiria no futuro, desviando a atenção da interpretação predominante até então, que via o Anticristo como uma força ou sistema presente ao longo da história. Ele argumentou que o Anticristo seria um indivíduo humano, oposto a Cristo, que surgiria pouco antes do fim dos tempos.

Essa nova abordagem de Ribera contrastava com interpretações anteriores que viam o Anticristo como uma representação simbólica de forças políticas ou religiosas contemporâneas, frequentemente associadas ao papado. Sua teoria ganhou popularidade significativa dentro da Igreja Católica e influenciou muitos teólogos e estudiosos subsequentes.

A interpretação futurista de Ribera acabou se tornando uma das principais correntes dentro do pensamento católico em relação ao Apocalipse e ao Anticristo, moldando a maneira como muitos católicos entendem essas profecias até os dias de hoje.

Os jesuítas são estudiosos extremamente inteligentes e difíceis de confrontar. Eles estão sempre em busca de especialistas para desenvolver sua teologia. No final do século X, o reitor de uma das novas universidades jesuítas na Espanha, Francisco Ribera, escreveu um comentário sobre o livro do Apocalipse. Pela primeira vez, ele descreveu a besta do capítulo 13 como o Anticristo que viria no final dos tempos e existiria por três anos e meio antes da segunda vinda de Cristo. Isso representava uma grande diferença em relação às crenças do Sínodo de Westminster, que via o Papa como o Anticristo e acreditava que a profecia já estava se cumprindo.

O comentário de Francisco Ribera acabou prevalecendo sobre a visão protestante. Hoje, suas ideias sobre o Anticristo dominam o pensamento cristão. Milhões de fiéis, desde senhoras nos bancos das igrejas até pregadores nos púlpitos, acreditam que Jesus só voltará após a chegada do homem do pecado, o Anticristo, no fim dos tempos. Dessa forma, a Contrarreforma teve sucesso em parte, e os protestantes acabaram cedendo essa frente na batalha espiritual e intelectual.

Um exemplo marcante disso foi o evento de 31 de outubro de 2017, quando o mundo comemorou o quinto centenário da Reforma. A Alemanha se preparou para esse evento com grande entusiasmo. Nos portões da catedral de Wittenberg, onde Lutero afixou suas 95 teses, havia uma faixa com a inscrição "500 anos e juntos novamente". Para muitas pessoas, a palavra "protestante" pode parecer que significa "protesto". Frequentemente, perguntam aos protestantes contra o que eles protestam, e eles respondem: "Nosso principal protesto é contra o pecado. Não estamos em luta contra pessoas, mas contra o pecado."

A Teologia de Francisco Ribera e a Segunda Carta aos Tessalonicenses

Para os fundadores da Reforma, alianças com católicos e a omissão da verdade eram inaceitáveis, pois acreditavam que a verdade era corrompida nessas situações. Como mencionado anteriormente, os jesuítas são extremamente inteligentes e, para entender a armadilha em suas interpretações, é necessário saber com o que estão lidando. Francisco Ribera, em sua refutação ao ensinamento reformado sobre o Anticristo, baseou sua posição no segundo capítulo da Segunda Carta aos Tessalonicenses:

"Rogamos-vos, irmãos, quanto à vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse perto. Que ninguém de forma alguma vos engane, pois aquele dia não virá a menos que venha primeiro a apostasia e se revele o homem do pecado, o filho da perdição."

Ribera então destaca a passagem seguinte, que é a base do argumento jesuíta sobre o Anticristo:

"E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação de sua vinda, aquele cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios mentirosos."

(Texto formulado através de um conteúdo do canal O Poder da mente)

Leonardo Lima Ribeiro   

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