domingo, 22 de setembro de 2024

As Línguas Cessarão(L9)


O propósito supremo da vida cristã é manifestar o amor ágape, o amor incondicional e divino, e a jornada para alcançar a maturidade espiritual necessária para viver nesse amor envolve o uso da oração em línguas, que contribui para a edificação pessoal. O apóstolo Paulo aborda essa questão de forma clara em 1 Coríntios 13:8, quando declara: "O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo conhecimento, desaparecerá."

Embora o amor de Deus, expresso no amor ágape, seja eterno e imutável, as línguas e outras manifestações espirituais são temporárias. Elas cumprem um propósito específico enquanto estamos nesta Terra, mas não serão necessárias na eternidade. Quando Paulo diz que as línguas cessarão, ele está apontando para o fato de que esses dons espirituais, embora poderosos e essenciais para a vida cristã hoje, não terão lugar no Reino eterno, pois, no Céu, a plenitude do conhecimento e da comunhão com Deus substituirá qualquer necessidade de comunicação sobrenatural.

O dom das línguas é uma ferramenta concedida para fortalecer o crente em sua caminhada espiritual (1 Coríntios 14:4: "O que fala em língua edifica-se a si mesmo"). É um meio pelo qual o espírito humano pode se comunicar diretamente com Deus, muitas vezes de forma que a mente humana não consegue compreender, mas que resulta em edificação espiritual. No entanto, como Paulo ensina, o amor é superior a esses dons, pois ele não apenas edifica o indivíduo, mas também abrange e transforma os outros ao nosso redor. O amor transcende o tempo e a eternidade, enquanto as línguas, por sua natureza, são temporais e limitadas ao período de nossa vida terrena.

Paulo enfatiza ainda mais a preeminência do amor em 1 Coríntios 13:13: "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor." Aqui, ele destaca que, mesmo entre virtudes eternas como a fé e a esperança, o amor ocupa o lugar mais alto, pois é a essência do caráter divino (1 João 4:8: "Deus é amor"). Quando chegarmos à presença de Deus, a fé se transformará em visão, e a esperança será realizada. No entanto, o amor permanecerá eternamente, pois ele reflete a natureza de Deus e é a base de nosso relacionamento com Ele e com os outros.

Portanto, as línguas, enquanto um dom extraordinário de edificação, um dia cessarão, como Paulo ensina. Mas o amor, que é o alicerce da vida cristã, "nunca perece" (1 Coríntios 13:8). É esse amor que atravessa a barreira da morte e nos acompanha para a eternidade, onde a comunicação com Deus será perfeita, sem necessidade das expressões terrenas de línguas ou profecias. A oração em línguas, portanto, é um meio de crescimento espiritual que aponta para um fim maior: o amor eterno, que perdurará para sempre.

No Céu, haverá uma linguagem universal, a qual todos os redimidos falarão. Será uma língua celestial, que permitirá a comunicação perfeita e a compreensão plena entre todos. Você poderá se aproximar de qualquer pessoa e conversar sem qualquer barreira de idioma ou entendimento. Haverá uma unidade profunda, tanto em palavras quanto em espírito, refletindo a harmonia divina da eternidade. Esse conceito nos lembra da promessa de Apocalipse 7:9, onde João descreve uma multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas diante do trono de Deus, adorando em uníssono, algo que só será plenamente possível através dessa linguagem celestial.

Dave Roberson em seu livro "Andando no Espírito, andando em poder" relata ter ouvido o testemunho de um renomado ministro que teve uma experiência sobrenatural na qual foi visitado pelo próprio Jesus. As pessoas presentes no culto disseram que, em certo momento, o ministro parecia estar interagindo com algo invisível para os outros. Ele falava em uma língua que ninguém conseguia entender, mas fazia pausas, como se estivesse ouvindo alguém responder. Aqueles que estavam ali perceberam que ele estava envolvido em uma conversa que transcendia o plano natural, e mais tarde descobriram que o ministro havia tido uma visão poderosa, na qual Jesus comunicava com ele.

Essas experiências nos fazem refletir sobre a realidade das línguas espirituais e o papel que elas desempenham na comunicação com Deus. O apóstolo Paulo menciona em 1 Coríntios 14:2: "Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende, e em espírito fala mistérios." As línguas são um meio sobrenatural de interação com o Criador, uma forma de transcendermos as limitações da mente natural e entrarmos em sintonia com o mundo espiritual.

No entanto, enquanto estamos aqui na Terra, ainda vemos "como em espelho, de forma obscura" (1 Coríntios 13:12), mas no Céu, conheceremos a Deus plenamente, assim como somos conhecidos por Ele. Lá, as barreiras serão removidas, e falaremos com Jesus e com os outros santos em uma língua que trará perfeita clareza e compreensão.

A experiência desse ministro nos lembra que, através do dom das línguas, já podemos experimentar um vislumbre dessa comunicação celestial enquanto estamos na Terra. O Espírito Santo intercede por nós "com gemidos inexprimíveis" (Romanos 8:26), e as línguas nos permitem acessar realidades espirituais que estão além da nossa compreensão natural.

Essa comunicação sobrenatural, que muitas vezes nos parece misteriosa, é um prelúdio para o que vivenciaremos na eternidade. E, no Céu, não haverá necessidade de interpretação ou barreiras de entendimento. A união entre os crentes será perfeita, e a comunicação com Deus será direta e plena, livre de qualquer limitação terrena.

Assim como as línguas terrenas cessarão (1 Coríntios 13:8), também a comunicação limitada pela carne dará lugar à comunicação direta e clara entre Deus e seu povo. E assim como aquele ministro experimentou um momento de conversa com o próprio Senhor, todos nós um dia desfrutaremos dessa comunhão plena e direta, onde falaremos a língua eterna do Céu, na presença do próprio Jesus.

O pregador, em sua experiência sobrenatural, ouvia Jesus falando em uma língua celestial, mas para ele soava como se fosse inglês. Em resposta, ele falava em línguas, e ambos se envolviam em uma conversa fluente na língua do Céu. Esse evento revela uma realidade profunda: no Reino celestial, haverá uma comunicação direta e perfeita entre nós e o Senhor, e já podemos vislumbrar isso por meio do dom das línguas aqui na Terra.

O momento para receber e usufruir dos benefícios da oração em línguas é agora, durante nossa caminhada terrena, e não depois da morte, quando estivermos na presença de Deus. Este é um presente divino que o Senhor nos confiou para que possamos crescer espiritualmente e sermos edificados enquanto ainda vivemos nesta dimensão. O apóstolo Paulo é claro sobre isso em 1 Coríntios 14:4, onde afirma: "O que fala em língua edifica-se a si mesmo." Ou seja, a oração em línguas é uma ferramenta dada por Deus para a edificação pessoal, um meio de nos conectarmos com o Espírito Santo de maneira íntima e sobrenatural.

No entanto, esse dom extraordinário não gerará frutos em sua vida a menos que você permita que o Espírito Santo opere em você, gerando essa linguagem celestial em seu espírito e levando-o a pronunciá-la com sua própria voz. Paulo também destaca em Romanos 8:26 que o Espírito nos assiste em nossa fraqueza, intercedendo "com gemidos inexprimíveis". Essa intercessão acontece além da capacidade de compreensão humana, e o dom de línguas nos dá acesso a essa profundidade espiritual.

É importante entender que o dom de línguas não é apenas um símbolo de poder espiritual, mas um canal direto para a comunicação com o próprio Deus. Conforme Paulo explica em 1 Coríntios 14:2: "Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende, e em espírito fala mistérios." Por meio das línguas, somos capacitados a nos comunicar com o Pai em uma linguagem sobrenatural, uma linguagem que transcende nossa mente e nossos limites naturais.

A oração em línguas é um dom que, quando utilizado regularmente, fortalece nosso espírito, permitindo-nos acessar níveis mais profundos de intimidade com Deus e discernimento espiritual. Judas 1:20 nos exorta: "Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo." Orar no Espírito Santo, por meio das línguas, é uma das maneiras pelas quais podemos crescer e nos edificar espiritualmente, preparando-nos para enfrentar as batalhas desta vida com mais força e sabedoria.

Portanto, o tempo para usufruir desse dom é o presente. Quando estivermos no Céu, não haverá mais necessidade de línguas, pois veremos face a face e falaremos diretamente com o Senhor em perfeita clareza (1 Coríntios 13:12). Mas enquanto estamos aqui, Deus nos deu essa ferramenta para que possamos experimentar uma conexão profunda com Ele e sermos fortalecidos em nossa caminhada espiritual.

Se você ainda não utiliza o dom de línguas, peça a Deus que o Espírito Santo flua em sua vida. Abra seu coração para esse presente celestial e permita que a linguagem sobrenatural de Deus se manifeste através de você. O poder desse dom reside na ação, na prática constante e na disposição de ser um vaso através do qual o Espírito fala e age. Ao permitir que o Espírito Santo gere essa linguagem em seu espírito e declare-a com seus lábios, você experimentará uma nova dimensão de intimidade com Deus e edificação pessoal.

É essencial que você se entregue completamente à oração em línguas, permitindo que o Espírito Santo opere profundamente em seu ser, purificando-o e edificando-o na sua fé mais santa. Através dessa prática, o Espírito não apenas fortalece sua vida espiritual, mas também o mantém firmemente estabelecido no amor ágape, o amor incondicional e perfeito de Deus. O apóstolo Judas nos instrui claramente sobre a importância desse ato espiritual quando escreve: "Edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos no amor de Deus" (Judas 1:20-21). Esse é um chamado direto para usar o dom das línguas como um meio de crescimento e preservação espiritual.

A oração em línguas é um dos mais poderosos instrumentos de edificação que Deus deu ao crente. Em 1 Coríntios 14:4, Paulo nos ensina: "O que fala em língua edifica-se a si mesmo". Isso significa que, ao orarmos em línguas, estamos sendo espiritualmente fortalecidos, nossas fraquezas estão sendo tratadas, e nosso espírito está sendo renovado. Esse tipo de oração vai além do entendimento natural, pois ela opera nas profundezas do nosso ser, onde o Espírito Santo intercede por nós de acordo com a vontade de Deus (Romanos 8:26-27). É nessa profundidade que somos moldados, purificados e ajustados à imagem de Cristo.

A purificação que ocorre através da oração em línguas não é meramente uma questão de remover impurezas, mas de nos alinhar cada vez mais com a santidade de Deus. Quando você ora no Espírito, está se conectando diretamente à fonte da pureza divina, e, dessa maneira, o Espírito Santo começa a trabalhar em áreas da sua vida que você talvez nem perceba. Ele purifica não apenas suas ações exteriores, mas também suas motivações, seus pensamentos e seu coração. Conforme Paulo disse em 2 Coríntios 7:1: "Purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus." A oração em línguas é uma ferramenta que o Espírito usa para realizar essa purificação interna, levando-o a um nível mais elevado de santidade.

Além disso, ao se entregar à oração em línguas, você é mantido no amor ágape de Deus, o amor que é a essência da natureza divina (1 João 4:8). O Espírito Santo, por meio dessa oração, renova constantemente seu amor por Deus e pelos outros, tornando-o cada vez mais capaz de refletir esse amor incondicional em sua vida diária. Como Paulo descreve em Romanos 5:5: "Porque o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." Esse derramamento do amor divino é intensificado e nutrido à medida que oramos em línguas, pois estamos nos conectando diretamente à fonte desse amor, que é o próprio Deus.

Orar em línguas também nos mantém no caminho da fé, firmando-nos em nossas convicções e nos capacitando a resistir às tentações e às dificuldades que surgem em nossa caminhada. Conforme Efésios 6:18 nos exorta: "Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito, e vigiando nisso com toda perseverança." A oração em línguas nos ajuda a permanecer vigilantes, atentos ao que o Espírito está fazendo e nos capacitando a permanecer firmes em meio aos desafios espirituais.

Portanto, entregar-se à oração em línguas é uma prática fundamental para o crescimento espiritual, purificação e fortalecimento no amor de Deus. Ela não é apenas uma expressão de fé, mas uma fonte constante de renovação, alinhando-nos com a vontade de Deus e mantendo-nos no caminho da santidade. Permita que o Espírito Santo flua livremente em sua vida por meio dessa oração, e você verá como ela o transformará, edificará e purificará continuamente, mantendo-o ancorado no amor eterno de Deus.

Leonardo Lima Ribeiro 

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