O Evangelho é verdadeiramente simples em sua essência e ao mesmo tempo extraordinário em profundidade. Ele reflete a mensagem de boas novas de salvação, uma oferta de redenção que parte de um Pai celestial apaixonado, cujo desejo é restaurar a comunhão perdida com Seus filhos. É a expressão máxima de um amor que ultrapassa o entendimento humano, um amor sacrificial que deu tudo para resgatar os que estavam perdidos e trazê-los de volta para a vida e a comunhão com Deus.
No cerne do Evangelho está a redenção. A humanidade, separada de Deus pelo pecado, foi reconciliada através do sacrifício de Jesus Cristo. Este é o plano divino que revela o coração de um Deus que não só criou a humanidade, mas que busca incessantemente restaurar e renovar essa criação, mesmo quando ela se afasta.
1. O Amor de Deus é a Fonte da Redenção
A base do Evangelho é o amor incompreensível de Deus, um amor que se revela de forma suprema em Cristo. O versículo mais famoso das Escrituras capta essa realidade:
João 3:16-17: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por meio dele."
Este amor incondicional impulsionou o ato redentor de enviar Jesus ao mundo. Não é um amor que depende de méritos humanos, mas é oferecido gratuitamente, como um dom.
2. A Redenção Através de Cristo
O preço da redenção foi pago pela morte de Cristo na cruz, que removeu a barreira do pecado que separava o homem de Deus.
Romanos 5:8: "Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores."
Mesmo em nosso estado de rebeldia e afastamento, Deus nos amou primeiro e nos ofereceu reconciliação através do sangue de Seu Filho. Este é o coração do Evangelho: Cristo morreu por pecadores, não por justos.
Efésios 1:7: "Nele temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça."
Aqui, vemos que a redenção não é baseada nos nossos esforços, mas unicamente na graça de Deus. O sangue de Cristo, derramado na cruz, é o que torna possível o perdão e a restauração da nossa comunhão com Deus.
3. A Simplicidade da Fé
O Evangelho é simples o suficiente para que qualquer pessoa possa compreendê-lo e aceitá-lo. A salvação não é conquistada por obras ou méritos humanos, mas por fé em Jesus Cristo.
Efésios 2:8-9: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie."
A salvação é um presente gratuito de Deus, que recebemos ao crermos em Cristo. O simples ato de fé é suficiente para nos ligar à redenção oferecida por Deus.
Romanos 10:9-10: "Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se faz confissão para a salvação."
Este versículo destaca a simplicidade do Evangelho: crer e confessar. A salvação é acessível a todos aqueles que colocam sua confiança em Jesus Cristo e o reconhecem como Senhor.
4. A Transformação pela Redenção
Embora o Evangelho seja simples em sua aceitação, ele traz uma transformação profunda na vida daqueles que creem. A redenção nos liberta da escravidão do pecado e nos traz a vida nova em Cristo.
2 Coríntios 5:17: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."
Através da redenção, nos tornamos novas criações. O antigo passou, e recebemos uma nova vida, capacitada pelo Espírito Santo, para viver de acordo com o plano e o propósito de Deus.
5. A Paternidade de Deus
O Evangelho revela que Deus não é apenas um criador distante, mas um Pai amoroso que busca Seus filhos. Ele nos adotou em Sua família através de Cristo.
Romanos 8:15: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai."
Esta adoção é um aspecto profundo do Evangelho. Deus nos chama para sermos Seus filhos, e, como filhos, temos uma intimidade e um relacionamento com Ele que vai além de qualquer outra relação.
A Expressão Máxima de Amor
A cruz é o ponto culminante da história redentora de Deus. O sacrifício de Jesus na cruz é a maior expressão do amor divino. A cruz não apenas representa a morte de Cristo, mas também a vitória sobre o pecado e a morte.
1 João 4:9-10: "Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados."
O amor de Deus foi expresso de forma concreta e tangível na obra de Cristo. É um amor que se deu completamente, sem reservas, para resgatar a humanidade perdida.
O Evangelho é, ao mesmo tempo, simples e profundamente poderoso. Ele nos revela um Pai apaixonado que, em Seu amor insondável, deu Seu Filho para salvar Seus filhos perdidos. A confissão e a fé em Cristo trazem a redenção e a reconciliação com Deus. E, ao aceitar esse presente de graça, somos transformados, adotados como filhos e capacitados para viver uma vida nova, guiada pelo Espírito Santo.
Romanos 8:38-39: "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor."
Nada pode nos separar do amor de Deus que foi revelado e manifestado através do Evangelho de Jesus Cristo. O Pai, apaixonado por Seus filhos, não descansará até que todos tenham a oportunidade de experimentar a redenção e a restauração que Ele oferece.
Esse amor, insondável e inexplicável, é o maior mistério do Evangelho. Não é algo que podemos explicar completamente ou ensinar de maneira humana, pois transcende nossa compreensão limitada. Este amor só pode ser plenamente vivido e espalhado pelo mundo quando somos incorporados àquele que nos amou primeiro – Jesus Cristo, o qual é, ao mesmo tempo, a oferta e o ofertante. Ele se esvaziou de Sua glória celestial, abdicando de Sua condição divina, para habitar entre nós, para nos resgatar e nos conduzir a uma nova condição – a Sua própria, uma condição de filiação, reconciliação e comunhão eterna com Deus.
Jesus, a Oferta e o Ofertante
A missão de Jesus na Terra reflete uma verdade sublime: Ele foi tanto o sacrifício oferecido quanto o sacerdote que o ofereceu. Ele se entregou voluntariamente, em um ato de amor supremo, para nos reconciliar com o Pai.
Filipenses 2:5-8: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz."
Este é o coração do Evangelho: o próprio Deus se fez carne em Jesus Cristo, esvaziando-se de Sua glória para viver entre nós como servo. Ele não apenas habitou entre nós, mas se identificou com nossas fraquezas, nossos sofrimentos, e, finalmente, tomou sobre Si os nossos pecados.
1. O Esvaziamento de Cristo
O ato de Jesus "se esvaziar" (no grego, kenosis) revela a profundidade de Seu amor sacrificial. Ele abriu mão de Suas prerrogativas divinas para nos alcançar, para que pudéssemos experimentar a redenção e a filiação com Deus.
Hebreus 2:14-17: "Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, também ele, igualmente, participou das mesmas coisas, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida."
Aqui, vemos que Cristo se fez carne para nos resgatar, assumindo nossa humanidade em todos os seus aspectos, exceto o pecado. Ele desceu ao nível mais baixo da condição humana para nos elevar à Sua condição de filhos de Deus.
2. A Humildade e a Obediência de Cristo
A humildade e a obediência de Cristo são a expressão máxima de Seu amor. Ele não apenas desceu do céu para nos salvar, mas foi obediente até à morte, e não uma morte qualquer, mas a morte de cruz – a forma mais humilhante e dolorosa de execução da época.
Isaías 53:5: "Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados."
Cristo carregou em Si mesmo o peso do pecado do mundo. Ele se ofereceu como sacrifício perfeito, para que, através de Seu sofrimento, pudéssemos ser curados e reconciliados com Deus.
Incorporados em Cristo
Para que possamos espalhar este amor ao mundo, precisamos estar incorporados n’Aquele que nos amou primeiro. Isso significa que nossa vida deve ser totalmente unida à vida de Cristo, nossa identidade deve ser transformada por Sua obra redentora. Estar em Cristo é mais do que acreditar n’Ele – é viver em comunhão com Ele, sendo transformados à Sua imagem.
Gálatas 2:20: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim."
Esse versículo encapsula a realidade de estar incorporado em Cristo. A vida cristã é a vida de Cristo em nós. Fomos crucificados com Ele, e agora vivemos não mais por nossa própria força, mas pela fé n’Ele, que nos amou e Se deu por nós.
Um Chamado à Nova Condição: A Vida de Cristo em Nós
Através da morte e ressurreição de Jesus, somos chamados a uma nova condição. Não somos apenas resgatados do pecado, mas somos elevados à posição de filhos e filhas de Deus, coerdeiros com Cristo. Ele nos trouxe de volta à presença de Deus, não na condição em que estávamos, mas numa nova condição – a d’Ele.
Romanos 8:29: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos."
Somos chamados a ser conformados à imagem de Cristo. Isso significa que nossa vida deve refletir a vida de Cristo em tudo. A obra redentora de Jesus nos restaura para a comunhão com Deus, mas também nos transforma para que sejamos como Ele.
O Caminho para a Glória: Seguindo o Exemplo de Cristo
Jesus não apenas nos trouxe de volta à presença do Pai, mas também nos deu o exemplo de como viver. Sua vida foi marcada por humildade, obediência e serviço. Ele nos chama a seguir Seus passos, tomando nossa cruz e vivendo em amor sacrificial.
1 João 4:9-11: "Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros."
O amor de Cristo nos transforma e nos chama a amar de maneira semelhante. O mundo verá esse amor quando refletirmos a vida de Cristo em nós – um amor sacrificial, humilde e que busca o bem do outro acima de tudo.
Por meio de Cristo, não apenas somos reconciliados com Deus, mas também recebemos a adoção como filhos e filhas de Deus. Ele nos leva a essa nova condição de filiação, na qual compartilhamos de Sua própria herança.
Efésios 1:5: "Nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade."
Deus nos chama, em Cristo, a uma intimidade com Ele, a sermos Seus filhos, não mais separados, mas incorporados em Sua família. Como filhos de Deus, temos acesso a todas as bênçãos espirituais, mas também à responsabilidade de refletir o caráter de Cristo no mundo.
O amor que não conseguimos explicar plenamente só pode ser verdadeiramente vivido quando estamos unidos com Cristo. Ele é a fonte e o modelo desse amor. Jesus, que se esvaziou e se entregou em nosso lugar, nos chama a uma nova vida – uma vida que não é mais definida pelo pecado e pela morte, mas pela Sua própria condição de filho de Deus. Incorporados em Cristo, vivemos agora uma vida nova, uma vida que reflete o amor de Deus ao mundo, um amor que transforma e restaura.
João 15:5: "Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."
Ao permanecermos em Cristo, somos capacitados a viver e espalhar este amor inexplicável. Sem Ele, nada podemos fazer, mas, Nele, nos tornamos canais vivos da graça e do amor de Deus para o mundo.
É verdade que, para sermos ouvidos, não basta apenas falarmos sobre o amor de Cristo; precisamos ser a mensagem. Nosso amor humano, racional e limitado, nossa filosofia ou mesmo nossa teologia, por mais corretas que possam ser, jamais conseguirão manifestar o amor de Cristo em toda a sua plenitude. Ele é o Amor (1 João 4:8), e somente quando estivermos completamente imersos, ou encharcados, na Sua presença e na Sua essência, poderemos ser confundidos com Ele e verdadeiramente refletir esse amor ao mundo. Não é pelas nossas palavras ou esforços, mas pela vida de Cristo em nós que Sua mensagem será manifesta e reconhecida.
O Chamado para Ser a Mensagem
Jesus não nos chama apenas para falar ou pregar sobre Ele, mas para sermos Suas testemunhas, para encarnar Sua vida e Seu amor em tudo o que fazemos. Ele nos convida a um relacionamento de união tão profunda com Ele que o mundo não nos veja mais, mas veja Cristo em nós.
Gálatas 2:20: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim."
Aqui, Paulo expressa a realidade de estar tão profundamente identificado com Cristo que sua própria vida se torna secundária à vida de Cristo nele. Não é Paulo quem vive, mas Cristo que vive através dele. Essa é a essência de "ser a mensagem": deixar de lado o "eu" para que o próprio Cristo se manifeste através de nós.
O Amor de Cristo é Sobrenatural
Nosso amor humano, por mais sincero que seja, é insuficiente para manifestar o amor de Cristo. O amor de Deus é sobrenatural. Ele vai além de qualquer compreensão ou esforço humano. A verdadeira manifestação do amor de Cristo só pode acontecer quando estamos totalmente imersos em Sua presença.
1 João 4:7-8: "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor."
Esses versículos nos mostram que o amor verdadeiro só pode vir de Deus, porque Deus é amor. Não podemos gerar esse amor sozinhos; ele só pode fluir de nós quando estamos profundamente conectados com Deus. Quando experimentamos e conhecemos a Deus, o resultado natural é que o amor Dele se manifesta através de nós.
O Enchimento do Espírito Santo: A Fonte do Amor de Cristo
Para que possamos ser confundidos com Cristo, precisamos estar cheios do Espírito Santo. É o Espírito que nos enche com o amor de Deus, nos capacita a amar como Cristo amou, e nos transforma à Sua imagem.
Romanos 5:5: "E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado."
Este versículo nos ensina que o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. Não é algo que podemos produzir sozinhos. É um dom divino, uma graça sobrenatural que só recebemos quando nos submetemos e nos deixamos encharcar pela presença do Espírito Santo. Sem esse derramamento, nossos esforços de amar serão sempre insuficientes.
Sermos Confundidos com Cristo: A Reflexão do Seu Amor
A grande chamada para cada cristão é ser tão cheio de Cristo que o mundo não consiga distinguir onde terminamos e onde Cristo começa. O verdadeiro testemunho não é apenas dizer que amamos a Jesus, mas viver de tal forma que outros vejam Jesus em nós.
Colossenses 3:3-4: "Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele em glória."
Nossa vida está "oculta" em Cristo. Isso significa que nossa identidade, nossas ambições e até mesmo nossas expressões de amor são agora subjugadas pela vida de Cristo em nós. Quando as pessoas olharem para nós, deveriam ver Cristo, e não nossa própria vontade ou natureza.
O Amor Não Pode Ser Somente Conceitual
Amar como Cristo amou não é um conceito teológico ou filosófico abstrato. É uma realidade vivida, algo prático, tangível e concreto. Jesus não apenas falou sobre o amor – Ele demonstrou amor, através de Suas ações, de Seu sacrifício e de Sua presença constante com os necessitados, os marginalizados e os pecadores.
1 João 3:18: "Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade."
Aqui, o apóstolo João nos chama para um amor que vai além de palavras ou teorias. Ele nos chama para um amor que é visto e experimentado por aqueles ao nosso redor. Esse amor só é possível quando estamos completamente cheios de Cristo, porque somente Ele pode nos capacitar a amar de maneira tão profunda e verdadeira.
A União com Cristo: O Segredo do Amor Verdadeiro
Para manifestarmos o amor de Cristo, devemos estar em união íntima com Ele. Jesus deixou claro que a única maneira de produzirmos fruto verdadeiro é permanecendo Nele.
João 15:4-5: "Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."
Sem Cristo, nada podemos fazer – nem mesmo amar verdadeiramente. O fruto que o mundo precisa ver não é fruto dos nossos esforços humanos, mas o fruto que vem de uma vida conectada, encharcada e submersa em Cristo.
Para sermos ouvidos e, mais importante, para sermos a verdadeira manifestação do amor de Cristo ao mundo, precisamos estar completamente unidos a Ele, de tal forma que o amor Dele flua naturalmente de nós. Nossas palavras, por mais eloquentes que sejam, não podem substituir a vida de Cristo em nós. Somente ao estarmos "encharcados" de Sua presença – cheios do Espírito Santo, vivendo em completa dependência e união com Ele – podemos amar como Ele amou e sermos confundidos com Ele.
Efésios 3:17-19: "Que Cristo habite pela fé nos vossos corações, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus."
Esse é o chamado: estar tão cheio da plenitude de Deus que o amor de Cristo transborde em nós. Quando somos incorporados e transformados por esse amor, o mundo verá em nós a verdadeira mensagem do Evangelho – Cristo, que é o Amor encarnado.
Nós somos a expressão viva desse amor divino, uma manifestação visível do caráter de Deus. Não fomos chamados para uma simples adesão a dogmas ou rituais, mas para viver em íntima união com o Pai, que, ao invés de esperar que o homem encontrasse um caminho até Ele, trouxe Jesus até nós. Diferente da religião, que muitas vezes tenta construir pontes com base em obras e regras, o Pai quebrou todas as barreiras, enviando o próprio Filho como caminho e reconciliação. A graça de Deus nos convida a abandonar os protocolos e as regras humanas que nos mantêm distantes, e a mergulhar profundamente nesse amor que transcende toda lógica e razão.
Deus Trouxe Jesus a Nós
Enquanto a religião tenta incessantemente construir uma ponte para alcançar a Deus, o Evangelho nos revela algo radicalmente diferente: Deus veio até nós. Ele não esperou que a humanidade O encontrasse, mas, em Seu infinito amor, enviou Seu Filho para nos alcançar onde estávamos. Isso vai além de qualquer conceito religioso que o homem possa criar.
João 1:14: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai."
Aqui vemos a profunda revelação de Deus se fazendo carne em Jesus Cristo, caminhando em nosso meio. A iniciativa foi inteiramente de Deus – Ele tomou o primeiro passo ao nos enviar Seu Filho, não como resposta a obras humanas, mas como expressão de Sua graça imensurável.
Romanos 5:8: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores."
Antes de qualquer esforço ou mérito da nossa parte, Cristo morreu por nós. Ele nos encontrou na nossa condição de pecado e nos resgatou.
Quebrando as Regras da Babilônia
As "regras da Babilônia" podem ser entendidas como sistemas humanos de pensamento e religiosidade que tentam impor barreiras, controlar o acesso a Deus, e definir o que é aceitável ou não na relação com o divino. Estes sistemas se baseiam em mérito humano, sacrifícios, e tentativas de controle, mas o amor de Deus quebrou todos esses protocolos. Deus nunca esteve preso a essas regras; Ele é soberano e age conforme Sua graça e amor.
Isaías 55:8-9: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos."
Deus opera além das nossas expectativas, sistemas e "regras". Ele convida a todos, não com base em méritos ou sistemas religiosos, mas simplesmente pelo Seu amor.
A Superação da Religião: O Amor de Deus
A religião, muitas vezes, se ocupa em levar o homem até Jesus através de suas normas, tradições e rituais. Mas o Evangelho não é um convite para seguir rituais; é um convite para relacionamento. O Pai não nos deixou à mercê de sistemas religiosos – Ele enviou Jesus para se relacionar conosco diretamente.
Mateus 11:28: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei."
Jesus não exige que sigamos uma série de rituais para nos aproximarmos Dele. Ele convida, com amor, todos aqueles que estão cansados do fardo da religião e das regras humanas. O chamado é para uma vida em liberdade e amor, centrada em Cristo.
O Convite para Mergulhar no Amor de Deus
A graça de Deus é um oceano sem fim, e o convite é claro: não apenas tocar a superfície, mas mergulhar profundamente nesse amor. É um chamado para deixar de lado a religiosidade superficial e permitir que o amor de Cristo nos consuma por completo.
Efésios 3:17-19: "Que Cristo habite pela fé nos vossos corações, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus."
Este é o tipo de amor ao qual somos chamados: um amor que excede todo entendimento. Não podemos compreendê-lo plenamente com nossa mente humana, mas podemos experimentá-lo e ser transformados por ele. Esse amor não pode ser reduzido a fórmulas ou regras; ele nos chama a uma experiência viva e profunda com Deus.
O Relacionamento Direto com o Pai
Jesus não apenas quebrou os protocolos humanos e religiosos; Ele abriu um caminho direto ao Pai. Em Cristo, temos acesso pleno a Deus, sem necessidade de mediadores humanos, sem rituais complicados. Somos chamados a uma relação íntima e pessoal com Deus.
Hebreus 10:19-20: "Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne."
Jesus abriu um novo e vivo caminho para que possamos nos aproximar de Deus com confiança e liberdade. Não precisamos seguir as complexas tradições da religião para alcançar o Pai; Cristo já abriu o caminho por meio de Sua morte e ressurreição. Agora, somos convidados a nos achegar a Deus com ousadia e mergulhar em Seu amor sem reservas.
A Liberdade no Espírito
Onde quer que o Espírito de Deus esteja, há liberdade. Mergulhar no amor de Deus também significa viver na liberdade que Ele oferece, livre das amarras da religiosidade e dos sistemas humanos.
2 Coríntios 3:17: "Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade."
A liberdade do Espírito é um convite para uma vida guiada pelo amor, não por regras humanas. Essa liberdade nos permite ser quem Deus nos chamou para ser – não presos a formalidades, mas livres para amar, servir e viver de acordo com o propósito de Deus.
Nós somos, de fato, a expressão do amor de Deus no mundo. Mas para que isso aconteça, precisamos abandonar as tentativas humanas de tentar alcançar a Deus por meio de protocolos, rituais e regras. O Pai já trouxe Jesus a nós – Ele fez o caminho até nós, e agora nos convida a mergulhar profundamente nesse amor transformador. Quebremos as barreiras da religião, das regras impostas pela "Babilônia" moderna, e nos entreguemos a uma vida de relacionamento íntimo com o Pai. Somente quando estivermos completamente encharcados no amor de Cristo poderemos ser verdadeiramente confundidos com Ele e manifestar Seu amor ao mundo.
Romanos 8:15: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai."
O Espírito de adoção nos leva a um relacionamento íntimo com Deus como nosso Pai amoroso. Este é o clamor que vem de nossos corações quando entendemos a profundidade do Seu amor: Aba, Pai.
Leonardo Lima Ribeiro
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