quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Valorizando a Sabedoria: O Papel do Pai na Nossa Vida(3)

 

(Pomeorde, Santa Catarina)

O provérbio 2:1-2 nos chama para prestar atenção às palavras de sabedoria e guardar os mandamentos como um tesouro. Essa sabedoria, transmitida de pai para filho, é fundamental para nossa jornada de crescimento e amadurecimento.

Recentemente, assisti a um vídeo de um rapaz que, apesar de não ser convertido anteriormente, passou por uma transformação espiritual e agora está liderando uma comunidade sustentável. Ele discutia sobre subversão, a ideia de desconstruir conceitos fundamentais em nossas vidas sociais e espirituais. Essa desconstrução intencional está acontecendo ao nosso redor, dificultando a comunicação e a busca por verdades absolutas tanto na sociedade quanto na igreja.

Porém, ao refletir sobre Provérbios 2:1-2, percebemos a importância de valorizar a sabedoria transmitida pelos pais, seja ela biológica ou espiritual. Um pai verdadeiro não apenas nos elogia, mas também nos corrige e nos desafia quando necessário. Ele tem a liberdade de nos instruir e nos guiar para o nosso bem-estar espiritual e emocional.

É essencial reconhecer que nem todos os pais têm a capacidade ou disposição de desempenhar esse papel. Alguns podem estar ausentes ou incapazes de nos instruir de maneira significativa. No entanto, quando encontramos alguém disposto a desempenhar essa função em nossas vidas, devemos estar abertos para receber suas orientações e correções, mesmo que sejam desconfortáveis.

A instrução paterna não se trata de controle, mas sim de amor e preocupação com nosso crescimento pessoal. É através dessa orientação que podemos alcançar uma maior compreensão espiritual e uma vida mais plena na fé. Portanto, convido você a refletir sobre a presença de uma figura paterna em sua vida, seja ela biológica ou espiritual, e a valorizar a sabedoria transmitida por essa pessoa para o seu desenvolvimento pessoal e espiritual.

Provérbios 1:8 (NVI): "Ouça, meu filho, a instrução de seu pai e não despreze o ensino de sua mãe."

Provérbios 3:11-12 (NVI): "Filho meu, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem."

Efésios 6:4 (NVI): "E vocês, pais, não provoquem seus filhos à ira, mas criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor."

Colossenses 3:21 (NVI): "Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem."

Deuteronômio 6:6-7 (NVI): "Estas palavras que hoje lhe ordeno estarão no seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar."

É crucial reconhecer que a maturidade não está necessariamente correlacionada com a idade cronológica. Muitas pessoas, mesmo em idade avançada, ainda mantêm uma mentalidade imatura, enxergando o mundo através dos olhos de uma pessoa mais jovem. Além disso, existe a falácia de associar a quantidade de sofrimento vivenciado com a maturidade adquirida. No entanto, o sofrimento só se torna verdadeiramente valioso quando é transformado em aprendizado prático e aplicado em nossas vidas, tendo como fruto a sabedoria 

Compreender as verdades absolutas da Palavra de Deus muitas vezes é um desafio para indivíduos que carecem de um fundamento sólido na paternidade, seja ela biológica ou espiritual. A ausência desse alicerce pode resultar em uma jornada espiritual tumultuada, onde a busca pela verdade se torna obscurecida pela falta de direção e orientação.

A relação com uma figura paterna, seja ela física ou espiritual, desempenha um papel crucial no desenvolvimento da fé e da compreensão espiritual. Essa figura não apenas fornece ensinamentos e orientações práticas, mas também oferece um modelo de amor, segurança e autoridade que reflete a paternidade de Deus.

Sem esse fundamento sólido, a alma humana tem a tendência de se voltar para si mesma em busca de justificação, criando uma visão distorcida da realidade e uma falsa sensação de autossuficiência. Essa autojustificação pode ser um obstáculo para reconhecermos nossas próprias feridas e necessidades de cura espiritual.

É somente ao reconhecermos nossa dependência de Deus como nosso Pai celestial e buscarmos uma relação íntima com Ele que podemos encontrar verdadeira cura e restauração para nossa alma. É Ele quem nos guia nas verdades de Sua Palavra e nos capacita a crescer em maturidade espiritual, mesmo diante das adversidades e incertezas da vida.

Portanto, é essencial que busquemos fortalecer nosso relacionamento com Deus como nosso Pai amoroso e confiável, permitindo que Ele seja nosso guia e sustentáculo em nossa jornada espiritual. Ao fazermos isso, encontraremos a base sólida de que precisamos para compreender e viver as verdades absolutas de Sua Palavra em nossas vidas.

A falta de uma figura paterna adequada pode levar a extremos emocionais. Alguns podem se tornar excessivamente autossuficientes, acreditando que não precisam de orientação ou instrução de ninguém além de si mesmos. Outros podem se tornar dependentes emocionalmente, buscando constantemente a aprovação e a orientação de outras pessoas para tomar decisões.

Romanos 8:15 (NVI): "Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: 'Aba, Pai!'"

Mateus 7:11 (NVI): "Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!"

João 1:12-13 (NVI): "Mas a todos os que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus."

Gálatas 4:6-7 (NVI): "E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho aos seus corações, o qual clama: 'Aba, Pai'. Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro."

1 João 3:1 (NVI): "Como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus! E é isso que somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu."

Jesus é apresentado como o caminho, a verdade e a vida, e é nele que encontramos o equilíbrio necessário para nossa jornada espiritual. É essencial discernir entre a dependência saudável em Deus e o orgulho que nos impede de reconhecer nossa necessidade de orientação e correção.

Além disso, é importante distinguir entre a leitura meramente acadêmica da Palavra e a aplicação prática de seus ensinamentos em nossa vida diária. O conhecimento só é verdadeiramente valioso quando é internalizado e transformado em amor e ação. Caso contrário, corre-se o risco de se tornar arrogante e inchado de conhecimento, como adverte Paulo em 1 Coríntios 8:2.

Portanto, convido você a refletir sobre a presença de uma figura paterna em sua vida, seja ela biológica ou espiritual, e a buscar a sabedoria de Deus para discernir entre a verdadeira maturidade espiritual e os extremos emocionais que podem nos desviar do caminho da fé e do crescimento pessoal.

É comum vermos pessoas consumindo uma variedade de conteúdos, desde vídeos até posts em redes sociais, buscando inspiração e aprendizado. No entanto, muitas vezes essa busca por conhecimento não se traduz em mudanças significativas em suas vidas. A chave está em aplicar o que é aprendido na prática, integrando esses ensinamentos à realidade cotidiana.

A humildade é fundamental para compreender a realidade da Bíblia e da pessoa de Jesus por várias razões:

Abertura para a Verdade: A humildade nos torna receptivos à verdade, mesmo que ela contradiga nossas próprias opiniões ou entendimentos prévios. Ao reconhecer nossa limitação e finitude como seres humanos, estamos mais dispostos a aprender e crescer em nosso conhecimento de Deus e Sua Palavra.

Submissão à Autoridade Divina: A humildade nos leva a nos submetermos à autoridade de Deus e de Sua Palavra, reconhecendo que Ele é o Criador e o Senhor de todas as coisas. Isso nos permite aceitar as verdades reveladas na Bíblia como a autoridade final em nossas vidas, em vez de confiarmos apenas em nossa própria compreensão limitada.

Reconhecimento da Necessidade de Graça: A humildade nos ajuda a reconhecer nossa necessidade desesperada da graça salvadora de Deus, manifestada em Jesus Cristo. Quando compreendemos nossa própria pecaminosidade e indignidade diante de Deus, somos mais propensos a aceitar o sacrifício de Cristo na cruz como a única base para nossa salvação.

Atitude de Obediência e Serviço: A humildade nos capacita a obedecer aos ensinamentos de Jesus e a seguir Seu exemplo de serviço e amor ao próximo. Em vez de buscar nossa própria glória ou interesses, buscamos honrar a Deus e servir aos outros com humildade e compaixão, refletindo o caráter de Cristo em nossas vidas.

Aceitação da Revelação Divina: A humildade nos ajuda a aceitar a revelação divina na Bíblia e na pessoa de Jesus Cristo sem exigir explicações ou justificativas humanas. Em vez de tentarmos moldar Deus e Sua Palavra conforme nossas próprias ideias e preferências, nos rendemos à Sua vontade soberana e confiamos em Sua sabedoria infinita.

É interessante notar como nossa sociedade valoriza o sucesso material, frequentemente associando-o a aspectos como posses, status e aparência. No entanto, é importante buscar um equilíbrio saudável entre prosperidade material e crescimento espiritual. Ter um bom padrão de vida é legítimo, mas não deve ser usado como medida exclusiva de sucesso.

A busca por sucesso deve ser guiada por princípios mais profundos e duradouros. Glorificar a Deus através de nossas vidas significa refletir o fruto do Espírito, que inclui características como temperança, domínio próprio, bondade e humildade. Essas virtudes são fundamentais para uma vida bem-sucedida aos olhos de Deus.

A jornada para a maturidade espiritual muitas vezes envolve enfrentar nossas feridas e aprender a humildade. Jesus é o exemplo máximo de humildade, pois, mesmo sendo Deus, se fez homem e se submeteu à vontade do Pai. A humildade não é uma fraqueza, mas sim uma força que nos permite render nossas vidas a Deus e aceitar Sua vontade sobre a nossa.

É fundamental discernir entre dependência saudável em Deus e uma dependência excessiva em outras pessoas. Embora seja valioso aprender com aqueles que têm mais experiência e sabedoria, nossa confiança última deve estar em Deus. Ele é quem nos guia e nos capacita a viver uma vida de propósito e significado.

Um exemplo pessoal ilustra essa jornada de aprendizado e transformação. Em minha própria vida, fui desafiado a confrontar minha rebeldia e falta de limites. Graças à orientação de pessoas mais maduras e à graça de Deus, pude superar esses obstáculos e encontrar minha verdadeira vocação.

Portanto, convido você a buscar esse equilíbrio entre sucesso temporal e eterno, aplicando os ensinamentos de Deus em sua vida diária. Que sua jornada seja marcada pela humildade, pela busca constante por crescimento espiritual e pela confiança inabalável em Deus como o verdadeiro guia de nossas vidas.

A Importância da Paternidade Espiritual na Jornada de Vida

Aquela madrugada continua vívida em minha memória, como se fosse ontem. Lembro-me de estar no exterior, imerso em meus estudos de francês, quando a vontade de retornar ao Brasil me assolou de repente. Já havia concluído meu curso de inglês e estava apenas na segunda semana do curso de francês, com mais três anos e meio pela frente.

Naquela noite, liguei para meu pai, mesmo sabendo que era tarde no Brasil. Eu estava cheio de incertezas, descrevendo a solidão que sentia longe de casa, a iminência do inverno rigoroso e a sensação de que todos os meus amigos haviam partido. Tentei convencê-lo de que seria melhor voltar para casa e aguardar o fim do inverno antes de retornar ao exterior.

Mas meu pai, com sua sabedoria e perspectiva, não hesitou em me dar um conselho firme e direto. Ele viu além das minhas preocupações imediatas e lembrou-me das oportunidades que estavam se abrindo para mim no exterior. Lembro-me de suas palavras gentis, mas firmes: "Não volta, filho. Já está tudo encaminhado aí. Você está matriculado, está aprendendo uma nova língua. Não desperdice essa oportunidade."

No entanto, naquela noite, movido por impulsividade e talvez um toque de rebeldia juvenil, optei por não seguir o conselho de meu pai. Decidi voltar para casa, convencido de que era a escolha certa naquele momento.

Mas logo percebi as consequências de minha decisão. Ao voltar para casa, enfrentei desafios inesperados e uma sensação de arrependimento começou a se instalar. Eu não podia deixar de me perguntar se havia tomado a decisão certa, se não teria sido melhor seguir o conselho de meu pai.

Olhando para trás, reconheço agora que aquela noite marcou um ponto de virada em minha vida. Foi um momento em que escolhi seguir meu próprio caminho, mesmo quando a voz da sabedoria paterna me aconselhava de outra forma. As lições que aprendi naquele momento moldaram minha jornada de vida de maneiras profundas e duradouras.

Quando relembro aquela madrugada, não posso deixar de me perguntar como minha vida teria sido diferente se tivesse seguido o conselho de meu pai. Mas também reconheço que essas experiências fazem parte do processo de crescimento e aprendizado. E, apesar do arrependimento que ainda sinto às vezes, sei que essas lições me tornaram quem sou hoje.

Olhando para trás, percebo agora que a orientação de meu pai era um presente valioso, um reflexo de seu amor incondicional e preocupação com meu futuro. Suas palavras ecoaram em minha mente ao longo dos anos, lembrando-me da importância de considerar não apenas o presente imediato, mas também as consequências a longo prazo de minhas decisões.

Hoje, reconheço profundamente o papel crucial que a paternidade espiritual desempenha em nossas vidas. Assim como meu pai me guiou com sabedoria e amor, também busco ser uma fonte de orientação e apoio para aqueles ao meu redor, especialmente para aqueles que estão navegando por caminhos semelhantes aos que percorri. A experiência com meu pai moldou minha jornada de vida de maneira significativa, ensinando-me lições preciosas que carregarei para sempre em meu coração.

É interessante notar como, muitas vezes, resistimos às orientações que nos são dadas, mesmo quando vêm de uma fonte de sabedoria e amor genuínos, como um pai. O orgulho e a autojustificação podem nos impedir de reconhecer a validade dessas instruções e nos levar a fazer escolhas que nos afastam do caminho da verdadeira realização e propósito.

A figura do pai espiritual desempenha um papel crucial em nossa jornada espiritual e emocional. Mesmo para aqueles que não tiveram a presença de um pai biológico em suas vidas, a oportunidade de serem orientados e instruídos por uma figura paterna espiritual pode ser transformadora. Essa relação oferece não apenas conselhos práticos, mas também um modelo de amor, humildade e sabedoria que nos guia em momentos de dificuldade e incerteza.

A resistência à autoridade espiritual muitas vezes reflete uma falta de humildade e submissão ao plano de Deus para nossas vidas. Quando nos recusamos a ouvir e aprender com aqueles que têm mais experiência e sabedoria, perdemos a oportunidade de crescer e amadurecer em nossa jornada espiritual.

É importante reconhecer que as decisões que tomamos têm consequências, e muitas vezes essas consequências podem ser dolorosas. No entanto, mesmo nos momentos de sofrimento e arrependimento, Deus está presente, trabalhando em nossas vidas para nos moldar à Sua imagem e nos conduzir ao Seu propósito para nós.

A jornada espiritual é marcada por desafios e sacrifícios, mas também por momentos de graça e redenção. Ao reconhecer nossas fraquezas e limitações, e ao buscar humildemente a orientação de Deus e daqueles que Ele colocou em nossas vidas, podemos encontrar o caminho para uma vida plena de significado e propósito.

Portanto, que possamos valorizar e honrar a figura do pai espiritual em nossas vidas, reconhecendo a sabedoria e o amor que eles têm a oferecer, e estejamos dispostos a seguir suas orientações com humildade e gratidão. Que possamos aprender com as lições do passado e avançar com fé e confiança no plano de Deus para nossas vidas.

A questão da paternidade espiritual é complexa e profundamente importante na jornada de fé de cada indivíduo. É compreensível a busca por um guia espiritual, alguém que possa oferecer orientação e apoio em momentos de incerteza e dificuldade. No entanto, é crucial distinguir entre uma orientação saudável e uma dependência prejudicial.

É verdade que receber instrução e conselhos de um mentor espiritual pode ser incrivelmente benéfico. Muitas vezes, esses líderes têm uma perspectiva mais ampla e uma compreensão mais profunda das Escrituras, o que pode nos ajudar a crescer em nossa fé e a tomar decisões mais sábias.

No entanto, há um perigo real em confundir orientação espiritual com controle. Quando começamos a entregar todas as decisões de nossa vida nas mãos de outra pessoa, perdemos nossa autonomia e capacidade de discernir o que é certo para nós. Isso pode levar a uma dependência emocional prejudicial, onde ficamos incapazes de tomar decisões por nós mesmos.

É importante, então, encontrar um equilíbrio saudável entre receber orientação de um mentor espiritual e manter nossa própria responsabilidade sobre nossas escolhas. Um verdadeiro pai na fé não busca controlar nossas vidas, mas sim nos capacitar a tomar decisões sábias e crescer em nossa fé e maturidade.

Às vezes, pode ser necessário reconhecer quando é hora de seguir em frente, mesmo que isso signifique deixar para trás um relacionamento de mentoria espiritual. Isso não significa que devemos menosprezar ou desrespeitar aqueles que nos guiaram, mas sim reconhecer que nosso crescimento espiritual pode exigir novos caminhos e novas conexões.

Encontrar um pastor ou mentor espiritual maduro pode ser uma bênção inestimável em nossa jornada de fé. No entanto, também devemos lembrar que nossa principal fonte de orientação deve ser sempre a Palavra de Deus. É lá que encontramos os fundamentos sólidos para nossas crenças e práticas, e é lá que devemos buscar discernimento em todas as áreas de nossas vidas.

Em última análise, o objetivo da paternidade espiritual não é criar uma dependência de outra pessoa, mas sim apontar para Cristo e ajudar-nos a crescer em nosso relacionamento com ele. Que possamos buscar orientação e apoio em mentores espirituais sábios, ao mesmo tempo em que mantemos uma fé fundamentada na Palavra de Deus e em um relacionamento pessoal com nosso Pai celestial.

O orgulho é uma barreira que fecha a porta para Deus. Quando alguém se torna soberbo, está essencialmente fechando-se para a intervenção divina. Mesmo que líderes espirituais, como pastores ou amigos, tentem oferecer orientação, se o coração da pessoa está blindado pelo orgulho, é difícil para Deus romper essa resistência.

A ação do Espírito Santo é crucial para quebrantar os corações e conduzir as pessoas à humildade e submissão a Deus. No entanto, essa ação divina muitas vezes requer uma resposta ativa da parte da pessoa. É necessário que ela tome uma decisão consciente de se humilhar, abaixar sua guarda e tornar-se receptiva à voz de Deus, seja por meio de pessoas ou diretamente pela revelação divina.

A pessoa orgulhosa, quando não confrontada e transformada pela ação do Espírito Santo, pode se tornar um divisor no corpo de Cristo. Ela pode criar facções e divisões, questionando a autoridade espiritual e minando a unidade do corpo de Cristo. Nesses casos, é importante discernir e afastar-se de pessoas facciosas, pois elas podem minar nosso próprio entendimento e fundamento espiritual.

A sabedoria encontrada na Palavra de Deus é inegável. Provérbios 4:1 nos lembra da importância de ouvir e aprender com a instrução sábia dos pais. Esta instrução não é relativa ou opcional, mas sim fundamental para nosso crescimento espiritual e maturidade na fé. Devemos buscar a verdade e a sabedoria nas Escrituras, usando-as como nosso guia definitivo em todas as áreas de nossas vidas.

É vital reconhecer que, embora Deus possa falar conosco diretamente, muitas vezes Ele escolhe usar pessoas sábias e experientes para nos orientar e nos desafiar em nossa jornada espiritual. Devemos estar abertos a receber instrução e conselho, mesmo que isso signifique confrontar nosso próprio orgulho e ego.

Em última análise, a humildade e a submissão a Deus são essenciais para o crescimento espiritual e o avanço no propósito de vida que Ele tem para nós. Que possamos buscar constantemente a humildade diante de Deus e dos outros, reconhecendo que é através da rendição e da submissão que encontramos verdadeira sabedoria e crescimento espiritual.

Leonardo Lima Ribeiro 

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