segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Consciência da Soberania Divina: Seguindo o Exemplo de Jesus e Paulo(36)

 

(Pomerode, Santa Catarina)

Toda circunstância que estamos vivendo é algo de Deus para nossa vida, mesmo quando é um ataque ou consequência de uma decisão errada; Consequências das decisões começam a trazer circunstâncias boas ou difíceis:

Essas afirmações desafiam a visão convencional das circunstâncias como meras coincidências ou resultado do acaso. Em vez disso, reconhecem que, mesmo quando enfrentamos ataques ou experimentamos as consequências de decisões erradas, Deus está presente e ativo em todas as situações de nossas vidas. Ele utiliza cada circunstância, seja ela favorável ou desfavorável, como parte de Seu plano soberano para nos moldar e conduzir ao crescimento espiritual.

Quando compreendemos que todas as circunstâncias estão sob a orientação de Deus, nossa perspectiva muda. Em vez de vermos apenas os momentos difíceis como obstáculos a serem superados, passamos a enxergá-los como oportunidades de aprendizado e desenvolvimento espiritual. Da mesma forma, as circunstâncias favoráveis nos lembram da bondade e fidelidade de Deus, nos levando a gratidão e louvor.

Essa visão transformada das circunstâncias nos permite encontrar significado e propósito em cada aspecto de nossa jornada. Não estamos à mercê do acaso ou das forças externas, mas confiamos na providência de um Deus amoroso que trabalha todas as coisas para o nosso bem.

No entanto, é importante notar que reconhecer o papel de Deus nas circunstâncias não significa que devemos passivamente aceitar o mal ou as consequências de nossas más escolhas. Ao invés disso, somos chamados a agir com sabedoria, arrependimento e fé, buscando a orientação divina em todas as situações e confiando na promessa de que Deus pode transformar até mesmo o que é mal em algo bom para aqueles que O amam e O buscam.

Romanos 8:28 (NVI): "Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito."

Provérbios 19:21 (NVI): "Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor."

Isaías 55:8-9 (NVI): "‘Pois os meus pensamentos não são os seus pensamentos, nem os seus caminhos os meus caminhos’, declara o Senhor. ‘Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos’."

Provérbios 16:9 (NVI): "Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos."

Tiago 1:2-4 (NVI): "Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem que falte a vocês coisa alguma."

Desespero e desânimo: Sem uma compreensão da soberania de Deus, as pessoas podem se sentir sobrecarregadas pelos desafios da vida e incapazes de encontrar significado ou propósito em suas circunstâncias. Isso pode levar a sentimentos de desespero e desânimo.

Ansiedade e medo: A falta de confiança na soberania de Deus pode levar à ansiedade e ao medo em relação ao futuro. Sem a convicção de que Deus está no controle, as pessoas podem se preocupar excessivamente com o que está por vir e sentir-se impotentes para lidar com os desafios que enfrentam.

Amargura e ressentimento: Em vez de verem suas circunstâncias como parte do plano de Deus para seu crescimento e desenvolvimento espiritual, algumas pessoas podem se tornar amargas ou ressentidas em relação às dificuldades que enfrentam. Isso pode resultar em um coração endurecido e uma atitude negativa em relação à vida.

Busca por respostas em fontes inadequadas: Sem uma compreensão da soberania de Deus, as pessoas podem buscar respostas para suas perguntas mais profundas em fontes inadequadas, como filosofias humanas, pseudociências ou religiões alternativas. Isso pode levar a uma maior confusão e afastamento da verdadeira fonte de esperança e significado.

Falta de crescimento espiritual: Sem reconhecer a soberania de Deus sobre todas as coisas, as pessoas podem perder oportunidades de crescimento espiritual e amadurecimento em sua jornada de fé. Em vez de aprender com suas circunstâncias e confiar em Deus para orientação e sustento, elas podem permanecer estagnadas em sua fé.

Tanto Jesus quanto Paulo demonstraram uma profunda consciência da soberania de Deus em suas vidas através de suas palavras, ações e ensinamentos.

Jesus: Em sua vida terrena, Jesus constantemente reconhecia a autoridade e a vontade do Pai em tudo o que fazia. Ele afirmava repetidamente que fazia a vontade daquele que o enviara (João 6:38) e ensinava aos seus discípulos a orar para que a vontade do Pai fosse feita na terra como no céu (Mateus 6:10). Além disso, Jesus confiava plenamente na providência de Deus em todas as circunstâncias, como demonstrado em sua aceitação voluntária do sofrimento e da morte na cruz, sabendo que isso fazia parte do plano redentor de Deus para a humanidade (Lucas 22:42).

Paulo: Paulo também exibia uma profunda consciência da soberania de Deus em sua vida e ministério. Ele reconhecia que sua própria conversão e chamado apostólico eram fruto da graça e da intervenção divina (Gálatas 1:15-16). Além disso, Paulo ensinava sobre a soberania de Deus em suas cartas, destacando que Deus trabalha todas as coisas para o bem daqueles que o amam (Romanos 8:28) e que Ele é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós (Efésios 3:20).

Tanto Jesus quanto Paulo enfrentaram desafios, perseguições e dificuldades em seus ministérios, mas em cada situação eles confiavam na soberania de Deus e buscavam fazer a Sua vontade. Eles demonstraram uma profunda paz e confiança, sabendo que Deus estava no controle e que Ele era capaz de usar até mesmo as circunstâncias mais adversas para cumprir Seu propósito soberano. Essa consciência da soberania de Deus permeava cada aspecto de suas vidas e ministérios, servindo como um exemplo poderoso para todos os seguidores de Cristo.

Pai Celestial,

Em humildade, nos aproximamos de Ti, reconhecendo a Tua soberania sobre todas as coisas. Sabemos que és o Criador do universo, aquele que governa sobre os céus e a terra, e que em Ti encontramos refúgio e segurança em todas as circunstâncias.

Assim como Jesus, reconhecemos a Tua vontade soberana em nossas vidas. Que possamos, como Ele, entregar-nos completamente ao Teu plano perfeito, confiando que, mesmo em meio aos desafios e tribulações, estás trabalhando para o nosso bem e para a manifestação da Tua glória.

Assim como Paulo, entendemos que a nossa vida e chamado são fruto da Tua graça e intervenção divina. Capacita-nos a confiar plenamente na Tua providência em todas as circunstâncias, sabendo que és capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos.

Que a consciência da Tua soberania permeie cada aspecto das nossas vidas e ministérios. Que possamos enfrentar os desafios com coragem e fé, sabendo que estás ao nosso lado em cada passo do caminho.

Concede-nos, Senhor, uma fé inabalável que nos permita descansar em Ti, mesmo diante das incertezas da vida. Que a Tua paz, que excede todo entendimento, guarde os nossos corações e mentes em Cristo Jesus.

Que a nossa vida seja um testemunho vivo da Tua soberania e do Teu amor. Usa-nos como instrumentos nas Tuas mãos para a realização do Teu Reino e para a glória do Teu nome.

Em nome de Jesus, que nos ensinou a orar: "Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu". Amém."

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

"O Desafio da Integridade na Liderança e na Vida Cristã"(5)

 

(Innsbruck, Áustria)

As pessoas ensinam algo que não fazem, exemplo: amar as pessoas, mas não amam:

Certamente, essa observação ressalta uma lacuna significativa entre o discurso e a prática de muitas pessoas, especialmente daquelas que ocupam posições de liderança. É uma realidade frequentemente constatada encontrar indivíduos que proclamam certos valores ou princípios, mas cujas vidas pessoais não refletem esses mesmos ideais. Essa discrepância mina profundamente a credibilidade e a eficácia desses líderes, pois cria uma desconexão palpável entre o que eles afirmam e o que realmente praticam.

Um líder autêntico, por outro lado, é aquele que não apenas professa determinados valores, mas os vive de maneira genuína em seu cotidiano. Essa autenticidade se traduz em congruência e coerência entre suas palavras e ações, construindo assim uma base sólida de confiança e respeito entre ele e sua equipe, comunidade ou organização. A prática da liderança autêntica não se resume apenas a transmitir discursos inspiradores, mas também a demonstrar comprometimento e integridade em todas as esferas da vida. Essa abordagem não apenas fortalece a liderança individual, mas também promove um ambiente de trabalho mais positivo e colaborativo, onde os valores compartilhados são vividos e valorizados por todos.

Tiago 1:22-25 (NVI): "Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos. Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência. Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita, que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer."

Mateus 7:15-20 (NVI): "Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão."

Lucas 6:46-49 (NVI): "Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que eu digo? Eu lhes mostrarei a que se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. É como um homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Quando veio a inundação, a torrente deu contra aquela casa, mas não conseguiu abalá-la, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as pratica é como um homem que construiu uma casa sobre o chão, sem alicerces. Assim que veio a inundação, a casa caiu e foi totalmente destruída."

O maior impacto negativo de comportamentos que contradizem as mensagens transmitidas ao mundo é a erosão da confiança e da credibilidade. Quando líderes ou pessoas em posições de influência proclamam certos valores ou princípios, mas não vivem de acordo com eles, isso gera desconfiança e desilusão nas pessoas ao seu redor.

Essa desconexão entre palavras e ações mina a integridade pessoal e institucional, prejudicando a capacidade de inspirar e motivar os outros. Além disso, tal comportamento pode levar ao cinismo generalizado, onde as pessoas passam a duvidar da sinceridade de qualquer discurso moral ou ético, criando um ambiente de desconfiança e descrença.

Outro impacto significativo é a perda de respeito e autoridade moral. Líderes que não vivem de acordo com os valores que professam enfrentam dificuldades em manter a lealdade e o comprometimento de suas equipes. A falta de congruência entre palavras e ações enfraquece a capacidade de liderança e pode até mesmo levar à revolta ou à resistência por parte daqueles que se sentem desiludidos ou traídos.

Mateus 5:37 (NVI): "Seja o seu sim, sim, e o seu não, não; o que passar disso vem do Maligno."

1 João 3:18 (NVI): "Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade."

Efésios 4:29 (NVI): "Não saia da boca de vocês nenhuma palavra prejudicial, mas apenas a boa palavra que for útil para a edificação, conforme a necessidade, a fim de que ministre graça aos que ouvem."

Tiago 1:22 (NVI): "Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos."

Colossenses 3:17 (NVI): "Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens."

Jesus frequentemente denunciava a hipocrisia e a incongruência entre palavras e ações, especialmente entre os líderes religiosos de sua época. Ele enfatizava a importância da integridade e da sinceridade em todos os aspectos da vida. Aqui estão alguns exemplos de como Jesus se posicionava em relação a esse comportamento:

Mateus 23:27-28 (NVI): "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. Assim também vocês: por fora parecem justos ao povo, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e de maldade."

Mateus 7:21-23 (NVI): "Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês que praticam o mal!’"

Lucas 6:46 (NVI): "Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que eu digo?"
Nesses versículos, Jesus condena veementemente a hipocrisia e a falsidade, destacando a importância da prática coerente com as palavras proferidas. Ele desafia seus seguidores a não apenas falar sobre a fé, mas a viver de acordo com os princípios do amor, da justiça e da verdade em todas as áreas de suas vidas. Essa abordagem enfatiza a importância da integridade e da autenticidade como fundamentos essenciais para uma vida verdadeiramente comprometida com Deus e com o próximo.

Nesses versículos, Jesus condena veementemente a hipocrisia e a falsidade, destacando a importância da prática coerente com as palavras proferidas. Ele desafia seus seguidores a não apenas falar sobre a fé, mas a viver de acordo com os princípios do amor, da justiça e da verdade em todas as áreas de suas vidas. Essa abordagem enfatiza a importância da integridade e da autenticidade como fundamentos essenciais para uma vida verdadeiramente comprometida com Deus e com o próximo.

Senhor,

Diante de Ti, reconhecemos a realidade da hipocrisia que permeia muitas das interações humanas, especialmente naqueles que ocupam posições de liderança. Pedimos perdão por todas as vezes em que proclamamos valores que não vivemos, por todas as vezes em que nossas palavras não refletiram nossas ações, e por todas as vezes em que nossa conduta desmentiu nossas convicções.

Ajuda-nos, Senhor, a ser autênticos em todas as áreas de nossas vidas, especialmente na liderança que exercemos sobre os outros. Capacita-nos a viver de acordo com os princípios que pregamos, a praticar o amor verdadeiro, a justiça e a compaixão em todas as nossas interações.

Que a nossa integridade seja um farol de luz em meio à escuridão da hipocrisia, que nossas palavras sejam sempre acompanhadas de ações congruentes, e que nossa conduta inspire confiança e respeito naqueles que nos rodeiam.

Fortalece-nos, ó Deus, para resistir à tentação da hipocrisia e da falsidade, e concede-nos a graça de viver uma vida de integridade e autenticidade, refletindo a tua luz e verdade em tudo o que fazemos.

Que possamos seguir o exemplo de Jesus Cristo, nosso maior modelo de autenticidade e amor, e que possamos ser verdadeiros discípulos dele em todas as áreas de nossas vidas.

No nome de Jesus Cristo, nosso Senhor, oramos.

Amém.

Leonardo Lima Ribeiro 

A Incompatibilidade entre os Princípios Seculares de Poder e os Valores Cristãos(4°)

  (Pomerode-Santa Catarina) Como cristãos, somos chamados a buscar a verdade e a manter nossos princípios e valores, mesmo em tempos difícei...