sexta-feira, 15 de novembro de 2024

O Que a Igreja Não Te Contou: Como a Falta de Fé Pode Impedir Sua Prosperidade Financeira(L10)

(Noruega)

Um versículo frequentemente citado que sugere que a generosidade, incluindo a oferta financeira, leva a bênçãos e multiplicação é:

Lucas 6:38 (NVI): "Dai, e ser-vos-á dado; uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem, também será usada para medir vocês."

Este versículo reflete a ideia de que a generosidade com os outros resultará em bênçãos abundantes em retorno.

Outro exemplo é:

2 Coríntios 9:6 (NVI): "Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartura."

Esses versículos ressaltam o princípio da semeadura e da colheita, um conceito profundo que permeia a Bíblia e reflete a dinâmica espiritual de dar e receber. A disposição de ofertar com generosidade é mais do que um ato financeiro; é um reflexo do coração e da fé depositada em Deus. Ao oferecer com alegria e sinceridade, o doador demonstra confiança na provisão divina, entendendo que Deus é a fonte de todo recurso e que Suas bênçãos transcendem a matéria.

A promessa implícita nesses versículos não se restringe a uma multiplicação financeira automática, mas envolve uma colheita que pode se manifestar de várias formas: paz, satisfação, crescimento espiritual e, sim, provisão material quando necessário. Em 2 Coríntios 9:6-7, Paulo enfatiza que Deus ama quem dá com alegria, indicando que o coração por trás da oferta é fundamental. Assim, quando se semeia abundantemente, a colheita pode ser não apenas financeira, mas também em forma de relacionamentos fortalecidos, novas oportunidades e um senso de contentamento que só Deus pode proporcionar.

A generosidade é uma forma de se alinhar com os princípios divinos de abundância e reciprocidade, onde a entrega feita com fé e amor pode resultar em bênçãos que superam as expectativas humanas, demonstrando que a fidelidade de Deus está presente em todas as áreas da vida.

No livro de Provérbios, há várias passagens que destacam a importância e a sabedoria de dar de forma generosa. Veja algumas dessas passagens:

Provérbios 11:24-25: "Um dá liberalmente e se torna mais rico; outro retém mais do que é justo e se empobrece. A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado."

Esse versículo mostra que aquele que dá com generosidade acaba sendo recompensado. O princípio de que a generosidade leva à prosperidade está destacado, enquanto reter excessivamente leva à perda.

Provérbios 19:17: "Quem se compadece do pobre empresta ao Senhor, que lhe retribuirá o seu benefício."

Aqui, a generosidade é vista como um empréstimo ao próprio Deus, que promete retribuir com bênçãos. Essa é uma poderosa expressão da importância de ajudar aos necessitados, confiando que Deus retribuirá a bondade.

Provérbios 22:9: "O generoso será abençoado, porque reparte o seu pão com o pobre."

Esse versículo ressalta que a generosidade atrai bênçãos, sublinhando a sabedoria de compartilhar com quem precisa.

Esses trechos de Provérbios ensinam que a generosidade não apenas beneficia os outros, mas também traz prosperidade e bênçãos ao doador. O ato de dar é, portanto, um reflexo da sabedoria divina, mostrando confiança em Deus e compromisso com o bem-estar coletivo.

No livro de Atos, há uma ênfase clara na generosidade e no compartilhamento dos bens entre os primeiros cristãos, mostrando como a prática de dar abençoava a comunidade e promovia unidade e cuidado mútuo. Veja os seguintes trechos:

Atos 2:44-45: "Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade."

Esse versículo mostra a disposição dos primeiros cristãos de compartilhar o que tinham de forma voluntária e generosa. A comunidade cuidava uns dos outros e ninguém passava necessidade, evidenciando que a generosidade resultava em benefício coletivo e em um espírito de união.

Atos 4:32-35: "Da multidão dos que criam, era um o coração e a alma; ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade."

Este trecho destaca que a generosidade na igreja primitiva era acompanhada de bênçãos e graça abundantes. Os membros da comunidade que davam de forma voluntária e sacrificial viam um retorno não apenas em termos materiais, mas também em uma forte coesão e suporte espiritual.

Esses exemplos de Atos enfatizam a importância e o impacto positivo de dar generosamente. A prática fortalecia a comunidade e refletia um coração alinhado com os ensinamentos de Cristo, mostrando que a generosidade trazia benefícios para todos e demonstrava a presença ativa de Deus na vida da igreja.

O princípio da generosidade e da recompensa por dar é evidente nos quatro Evangelhos através dos ensinamentos e ações de Jesus. Aqui estão alguns exemplos que refletem esse princípio:

1. Evangelho de Mateus:

Mateus 6:3-4: "Mas, quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita, para que a sua esmola fique em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo, o recompensará."

Jesus ensina que a generosidade deve ser sincera e feita sem buscar reconhecimento humano, com a promessa de que Deus recompensará aquele que dá com o coração puro.

2. Evangelho de Marcos: 

Marcos 12:41-44 (A oferta da viúva pobre): "Jesus sentou-se em frente do lugar onde eram colocadas as ofertas e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de oferta. Muitos ricos lançavam grandes quantias. Então, uma viúva pobre chegou-se e colocou duas pequenas moedas de cobre, de muito pouco valor. Chamando os seus discípulos, Jesus declarou: 'Digo-lhes a verdade: Esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver.'"

Aqui, Jesus destaca a generosidade sacrificial e enfatiza que a verdadeira oferta é medida pelo coração e pelo sacrifício, não pela quantidade.

3. Evangelho de Lucas:

Lucas 6:38: "Dêem, e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada. Pois a medida que usarem, também será usada para medir vocês."

Esse versículo reflete a promessa de que a generosidade será recompensada por Deus de maneira abundante. A linguagem de "boa medida, calcada, sacudida e transbordante" sugere que quem dá com liberalidade receberá de volta de forma ainda mais generosa.

4. Evangelho de João:

João 12:3-8 (A unção de Jesus em Betânia): "Então Maria pegou um frasco de perfume de nardo puro, que era caro, derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância do perfume. [...] Disse Jesus: 'Deixe-a em paz; que ela guarde isto para o dia do meu sepultamento. Pois os pobres vocês sempre terão consigo, mas a mim nem sempre terão.'"

Esse evento mostra um ato de generosidade extravagante. Jesus elogia a ação de Maria, sublinhando que gestos de sacrifício em prol d'Ele têm valor eterno.

Esses trechos nos quatro Evangelhos ensinam que a generosidade e a disposição de dar com o coração sincero e altruísta são princípios que resultam em bênçãos e reconhecimento de Deus, enfatizando o valor espiritual e a promessa divina associada ao ato de dar.

Nos livros proféticos do Antigo Testamento, encontramos vários exemplos e ensinamentos que destacam a generosidade e o princípio de dar. Os profetas frequentemente enfatizam a justiça, o cuidado com os pobres e a retribuição divina para aqueles que demonstram generosidade. Aqui estão alguns exemplos:

1. Isaías:

Isaías 58:6-11: "Não é este o jejum que escolhi? Que soltes as correntes da injustiça, desfaças as cordas do jugo, ponhas em liberdade os oprimidos e rompam todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou e não recusar ajuda ao próximo? [...] Se você gastar de si mesmo em favor dos famintos e satisfizer o desejo dos aflitos, então a sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio-dia. O Senhor o guiará continuamente; ele satisfará seus desejos numa terra ressequida e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam."

Nesse trecho, Isaías mostra que a verdadeira devoção a Deus inclui a generosidade e o cuidado com os necessitados. O resultado dessa ação é a promessa de uma vida abençoada e guiada pelo Senhor.

2. Jeremias:

Jeremias 22:15-16: "Acaso você é rei só porque vive em palácios revestidos de cedro? Seu pai não tinha comida e bebida? Ele praticava o direito e a justiça, e por isso tudo ia bem com ele. Ele defendeu a causa do pobre e do necessitado, e por isso tudo ia bem. 'Não é isso conhecer-me?', declara o Senhor."

Jeremias destaca que agir com generosidade e justiça é essencial para quem deseja conhecer verdadeiramente a Deus. Cuidar dos pobres e necessitados é um reflexo do caráter divino.

3. Ezequiel:

Ezequiel 18:7-9: "Se não oprimir a ninguém, devolver o que tomou como penhor numa dívida, não cometer roubo, der sua comida aos famintos e vestir o nu, se não emprestar visando lucro, não cobrar juros, abster-se de fazer o mal e julgar com justiça entre duas partes, ele segue os meus decretos e guarda as minhas leis fielmente — esse homem é justo; com certeza ele viverá", diz o Senhor Soberano.

Ezequiel descreve a justiça como um comportamento que inclui a generosidade e a equidade. A promessa de Deus é que aqueles que agem de maneira justa e generosa viverão.

4. Provérbios (livro poético, mas com tons proféticos):

Provérbios 11:24-25: "Quem dá com generosidade, vê crescer as suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá."

Embora Provérbios seja um livro de sabedoria, ele contém princípios que ecoam nos profetas: a generosidade leva à prosperidade e ao favor de Deus, enquanto a avareza resulta em perda.

5. Amós:

Amós 5:11, 14: "Vocês oprimem o pobre e lhe extorquem trigo, por isso vocês construíram casas de pedra lavrada, mas nelas não morarão; plantaram vinhas nobres, mas não beberão do seu vinho. [...] Busquem o bem, não o mal, para que tenham vida. Então o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará com vocês, como vocês dizem."

Amós denuncia a opressão e exorta o povo a buscar o bem e agir com justiça, o que inclui a generosidade e o apoio aos menos favorecidos.

Esses exemplos dos livros proféticos revelam que a generosidade e o cuidado com os necessitados são atitudes valorizadas por Deus, e que há bênçãos associadas a esses atos. Além disso, a falta de generosidade e o egoísmo são frequentemente condenados, mostrando que o coração disposto a dar é fundamental para uma vida abençoada e alinhada com a vontade de Deus.

É possível afirmar que a prática da justiça, que inclui a generosidade e o cuidado com o próximo, é uma evidência do coração convertido e redimido em Cristo. A Bíblia nos ensina que um verdadeiro relacionamento com Deus se reflete em ações que demonstram amor, compaixão e justiça. Se alguém não pratica essas virtudes, pode indicar que sua compreensão do evangelho ainda não resultou em uma transformação interna completa.

Fundamentação Bíblica:

Tiago 2:14-17: "De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitado de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: ‘Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se’, sem, porém, lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta."

Este trecho ressalta que a fé verdadeira deve ser acompanhada por ações que reflitam a justiça e a compaixão. Se uma pessoa não demonstra essas práticas, pode-se questionar se sua fé é genuína.

1 João 3:17-18: "Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade."

João enfatiza que o amor de Deus em nós se manifesta de forma prática. A falta de generosidade e compaixão pode indicar que o amor de Deus não está presente em nossa vida.

Mateus 25:35-40: "Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram. [...] Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes."

Jesus ensina que a prática da justiça e da generosidade com os necessitados é vista como um serviço a Ele. Isso demonstra que essas ações são marcas do coração transformado e da verdadeira fé.

A ausência de práticas de justiça e generosidade pode ser um sinal de que o coração ainda não foi plenamente transformado por Cristo. A salvação e o novo nascimento devem resultar em um estilo de vida que reflete o caráter de Cristo, e isso inclui o cuidado com os pobres, a generosidade e a prática da justiça. Se essas atitudes não estão presentes, é importante que a pessoa reflita sobre sua caminhada espiritual e busque um relacionamento mais profundo e sincero com Deus.

Ainda dentro desse contexto:

A honra financeira aos ministros do evangelho é um princípio importante, refletindo o reconhecimento e a valorização do trabalho espiritual que eles desempenham. A prática de sustentar aqueles que dedicam suas vidas ao ministério é vista como parte do exercício da justiça, generosidade e respeito ao propósito divino.

Fundamentação Bíblica:

1 Timóteo 5:17-18: "Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino. Pois a Escritura diz: 'Não amordaces o boi enquanto está debulhando' e 'O trabalhador merece o seu salário'."

Este trecho sublinha que aqueles que servem na pregação e no ensino devem receber uma compensação justa, sendo considerados dignos de honra. Paulo aqui faz referência às Escrituras do Antigo Testamento para reforçar o princípio de que é correto e justo que os ministros recebam sustento por seu trabalho.

Gálatas 6:6: "Aquele que está sendo instruído na palavra deve repartir todas as coisas boas com aquele que o instrui."

Essa passagem destaca a responsabilidade dos crentes de compartilhar suas bênçãos materiais com os que os instruem espiritualmente. É um chamado à generosidade e ao reconhecimento do valor do trabalho espiritual.

1 Coríntios 9:13-14: "Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo recebem alimento do templo, e que aqueles que servem ao altar participam do que é oferecido no altar? Assim também o Senhor ordenou àqueles que pregam o evangelho que vivam do evangelho."

Paulo, em sua carta aos coríntios, explica que os ministros do evangelho têm o direito de ser sustentados pelo trabalho que realizam. Ele traça um paralelo com o sistema levítico, onde os sacerdotes e levitas recebiam sustento por meio das ofertas do templo.

O Princípio da Honra e Generosidade:

A prática de honrar financeiramente os ministros não se limita a apenas suprir suas necessidades básicas; ela reflete um reconhecimento de sua dedicação e do valor do serviço que prestam à comunidade de fé. Essa honra deve ser dada com um coração generoso e em obediência aos princípios bíblicos, reconhecendo que o sustento dos ministros contribui para o avanço do evangelho e para a edificação espiritual da igreja.

Reflexão Prática:

Honrar os ministros financeiramente é uma demonstração de gratidão a Deus pelo dom que Ele deu à igreja através desses líderes. É um modo de participar no ministério, garantindo que aqueles que servem em tempo integral possam se dedicar à obra sem preocupações financeiras. Essa prática de generosidade contribui para um ciclo virtuoso de bênçãos, conforme ensinado em Lucas 6:38, que diz: "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordante vos deitarão no regaço. Porque com a mesma medida com que medirdes vos medirão de novo."

A honra financeira aos ministros do evangelho é parte de um compromisso bíblico de praticar a justiça e a generosidade. É uma evidência de um coração transformado e comprometido com os valores do Reino de Deus. Sustentar e honrar aqueles que dedicam suas vidas à obra do Senhor reflete a gratidão e o reconhecimento de que suas contribuições espirituais são fundamentais para a edificação da fé e o crescimento do Corpo de Cristo.

pode-se argumentar que a negligência em cumprir o princípio da generosidade e da honra financeira, incluindo o sustento dos ministros do evangelho, pode afetar a prosperidade dos cristãos. Essa ideia está enraizada nos princípios bíblicos que mostram a relação entre obediência, generosidade e bênçãos.

Fundamentação Bíblica:

Malaquias 3:8-10: "Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes."

Explicando esse conceito em um contexto espiritual, a prática de ofertar e dizimar é mais do que uma mera obrigação religiosa; ela reflete uma atitude do coração e uma expressão de confiança em Deus como provedor. Na Bíblia, essa prática é vista como um ato de fé e obediência que demonstra que os crentes reconhecem a soberania de Deus sobre todas as áreas de suas vidas, inclusive a financeira.

Quando os crentes ofertam e dizimam, eles estão simbolicamente entregando uma parte dos seus recursos em gratidão e reconhecimento de que tudo o que têm vem de Deus. Isso não é apenas uma transação financeira, mas um ato espiritual que manifesta generosidade, fé e comprometimento com o Reino de Deus. Em contrapartida, a Bíblia promete que Deus retribui essa obediência com bênçãos espirituais e materiais, como um reflexo da abundância que Ele oferece aos que O honram.

Por outro lado, a falha em cumprir esses princípios pode ser vista como um indicativo de um coração que ainda não está completamente rendido ou confiante em Deus. Essa atitude pode fechar portas espirituais de bênçãos, pois demonstra uma dependência excessiva de si mesmo e uma falta de fé na provisão divina. Em Malaquias 3:10, Deus convida os crentes a testá-Lo na prática dos dízimos e ofertas, prometendo que abrirá as janelas do céu e derramará bênçãos sobre aqueles que obedecem. Essa promessa destaca que, no reino espiritual, a generosidade é uma chave que libera a provisão divina e permite que os crentes experimentem a plenitude das bênçãos de Deus.

Sendo assim, o ato de ofertar e dizimar é uma expressão de um relacionamento autêntico com Deus, onde a fé e a confiança Nele são demonstradas por meio de ações práticas. Quando isso é negligenciado, pode haver consequências espirituais, como um bloqueio de bênçãos que Deus deseja derramar, e a falta de autoridade na ministração da palavra. 

Provérbios 11:24-25: "Há quem dê generosamente e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá."

Aqui, Salomão ensina que a generosidade leva à prosperidade, enquanto a avareza e a retenção egoísta resultam em perdas. Essa verdade reforça que, ao não praticar a generosidade, incluindo o sustento dos ministros, os cristãos podem estar limitando as bênçãos em suas vidas.

Lucas 6:38: "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordante vos deitarão no regaço. Porque com a mesma medida com que medirdes vos medirão de novo."

Jesus ensina que a medida da generosidade de uma pessoa é proporcional à medida da bênção que ela receberá. Falhar em praticar a generosidade pode, portanto, resultar em uma medida menor de retorno.

Reflexão Prática:

O não cumprimento dos princípios de generosidade e honra financeira reflete um coração fechado e, potencialmente, uma falta de confiança nas promessas de Deus. Tal atitude pode afetar a prosperidade não apenas materialmente, mas também espiritualmente. O apóstolo Paulo em 2 Coríntios 9:6 diz: "Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com abundância, com abundância também ceifará." Essa afirmação mostra que a prosperidade está atrelada à disposição de semear com generosidade.

Não honrar esses princípios pode, sim, ser uma razão pela qual muitos cristãos não prosperam como poderiam. A Bíblia ensina que a generosidade e o sustento dos ministros do evangelho são formas de obedecer a Deus e demonstrar confiança em Sua provisão. Aqueles que praticam essa obediência, sustentando os líderes espirituais e repartindo com generosidade, abrem caminho para bênçãos e prosperidade em suas vidas. Por outro lado, a omissão e a retenção podem limitar as bênçãos, refletindo a advertência bíblica de que "há quem retenha mais do que é justo, e isso lhe acarreta pobreza" (Provérbios 11:24).

A incredulidade pode de fato fechar o coração para as verdades espirituais que Deus deseja revelar. A razão, quando se coloca acima da fé, muitas vezes impede que o crente experimente as bênçãos e a provisão de Deus, porque a fé é a chave para abrir os portões da revelação divina. O apóstolo Paulo fala sobre isso em 2 Coríntios 5:7: "Porque andamos por fé, e não por vista." Isso nos ensina que a fé, e não apenas a razão ou o entendimento humano, é o que nos conecta com as verdades espirituais de Deus.

Quando nos apoiamos exclusivamente na razão, é comum tentar entender os princípios espirituais apenas com base em lógica humana e nas limitações da nossa experiência pessoal. Porém, muitas vezes, os caminhos de Deus transcendem a compreensão humana. Isaías 55:8-9 declara: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos."

Deus opera em um nível espiritual que vai além da razão humana, e para receber a plenitude das bênçãos que Ele deseja nos conceder, é necessário crer Nele e nos Seus princípios, mesmo que não consigamos compreender tudo. Quando há incredulidade, nosso coração pode se fechar para o mover de Deus, como vemos em Marcos 6:5-6, onde Jesus não pôde realizar muitos milagres em Nazaré por causa da incredulidade das pessoas. Ele "se maravilhou com a falta de fé" daquela cidade, o que impede a manifestação do poder de Deus.

A incredulidade pode ser um obstáculo, não porque Deus não queira agir, mas porque Ele respeita nossa liberdade de escolha. Ele nos chama a confiar Nele e a dar passos de fé, que muitas vezes nos desafiam a acreditar no que não podemos ver ou entender com a nossa razão. Em Mateus 17:20, Jesus diz: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: 'Passa daqui para lá', e ele passará; e nada vos será impossível."

O fato de você se apoiar excessivamente na razão e não crer totalmente pode, sim, fechar seu coração para a verdade de Deus, limitando a obra que Ele pode realizar em sua vida. Mas a boa notícia é que, ao escolher dar espaço para a fé, Deus pode abrir seu coração para experimentar Suas verdades e Seu poder de maneiras que vão além da razão humana. O próprio Jesus disse que "tudo é possível ao que crê" (Marcos 9:23), mostrando que, ao confiar plenamente em Deus, as limitações da razão podem ser superadas, permitindo que se experimentem milagres e bênçãos divinas.

Deus abençoe vocês

Leonardo Lima Ribeiro 

terça-feira, 12 de novembro de 2024

A Morte de Cristo: A Cura, Salvação e Transformação em Nossa Vida(L10)


O versículo de Êxodo 23:25 faz parte de um contexto mais amplo onde Deus está instruindo o povo de Israel sobre a obediência e as bênçãos que viriam como consequência da fidelidade a Ele. O texto afirma: “E servireis ao Senhor vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de vós as enfermidades.” Esse versículo é uma promessa de Deus de que Ele irá providenciar sustento físico e curar as enfermidades do Seu povo, mas também traz consigo uma profunda implicação teológica sobre a relação entre fé, obediência e vontade divina.

Ao interpretar esse versículo dentro de uma perspectiva mais ampla da Bíblia, podemos refletir sobre três elementos importantes:

1. A Obediência como Condição para a Bênção
O versículo começa com a palavra "E servireis". O verbo "servir" aqui implica em mais do que uma ação religiosa superficial; trata-se de uma disposição de viver em conformidade com os mandamentos e a vontade de Deus. Em outras palavras, Deus está fazendo uma aliança com o povo de Israel, dizendo que, se eles O servirem com fidelidade, Ele cuidará de suas necessidades materiais e os protegerá das enfermidades. A obediência, portanto, é apresentada como a chave para acessar essas bênçãos. Isso implica que, no contexto da aliança entre Deus e Seu povo, o serviço a Deus não é uma opção, mas uma condição para o recebimento das promessas divinas, sendo que obedecer na Nova aliança está ligado diretamente ao crer, já que Jesus obedeceu toda a lei e pela fé Nele recebemos a salvação e as promessas que estão inclusas nela. 

2. A Promessa de Cura e Provisão
A segunda parte do versículo afirma que Deus abençoará o pão e a água do povo, um símbolo claro de provisão material. Além disso, Ele promete retirar as enfermidades do meio deles. Esse é um reflexo do cuidado paternal de Deus pelo Seu povo. A promessa de cura física não é algo aleatório, mas um reflexo do poder de Deus para trazer restauração e saúde. O povo de Israel, ao seguir os mandamentos de Deus, experimentaria uma vida marcada pela prosperidade e pela cura, e nós recebemos o mesmo pela fé, já que o crer implica receber aquilo que Jesus é, por causa de sua obediência perfeita, logo quem crê automaticamente demonstra sua fé em um andar como Jesus andou. 

No entanto, é importante notar que a Bíblia também apresenta uma visão multifacetada sobre a saúde e a doença. Enquanto Deus se apresenta como curador, também há momentos em que Ele permite que Seus servos enfrentem doenças ou dificuldades, como forma de aperfeiçoamento espiritual ou para cumprir propósitos maiores (cf. João 9:1-3, onde Jesus cura um cego de nascença e explica que a doença não era um castigo, mas para que as obras de Deus se manifestassem). `Precisamos apenas entender que sua permissão não implica que Ele seja o causador da doença, e nem que seja sua vontade. 

A cura divina, assim como outras bênçãos, está sujeita à vontade soberana de Deus. Ele pode, em Sua sabedoria, escolher agir de uma maneira que vai além da nossa compreensão imediata, seja trazendo cura física ou permitindo que a doença seja um meio para o fortalecimento espiritual e a glória de Seu nome.

O apóstolo então compreende que a graça de Deus é suficiente, e que, mesmo na fraqueza, Deus revela o Seu poder. Isso demonstra que a resposta de Deus à oração nem sempre é a cura imediata ou a remoção da dor, mas pode ser uma oportunidade de vivenciar Sua presença e graça de maneira mais profunda.

3. A Cura e a Fé
Por fim, a fé tem um papel fundamental nas promessas de cura na Bíblia, mas é importante entender que a fé não é uma fórmula mágica para obter resultados desejados. A fé bíblica não é apenas acreditar que Deus pode curar, mas confiar em Sua vontade soberana, seja qual for o desfecho. Em Mateus 17:20, Jesus fala sobre a fé do tamanho de um grão de mostarda movendo montanhas, mas Ele também ensina que, em última instância, a vontade de Deus é o que prevalece.

Portanto, a promessa de cura em Êxodo 23:25 é válida e verdadeira, mas a experiência da cura está sujeita à vontade soberana de Deus, que pode agir de maneiras diferentes conforme Seu plano divino para cada pessoa. O importante é crermos que se recebemos a cura e a provisão pela fé em Jesus, devemos nos apropriarmos dessa verdade e recebê-la, pois, ele nos deu por amor. 

Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. (Isaías 53:4) Essa é a verdade sobre nossa condição em Cristo. 

Agora vamos para o entendimento de prosperidade e generosidade:

O versículo de Malaquias 3:10 traz uma poderosa promessa de Deus sobre a fidelidade no ato de dar os dízimos. A passagem diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.” Este versículo está inserido em um contexto mais amplo onde Deus exorta o povo de Israel a voltar à fidelidade em suas práticas de adoração e oferta, especialmente no que se refere ao dízimo, uma prática fundamental para o sustento do templo e a manutenção da obra de Deus.

Jesus foi a oferta perfeita, ele foi a oferta e o ofertante, portanto, é pela fé Nele que recebemos toda a realidade de prosperidade e abundância, a generosidade é uma característica dessa nova natureza que recebi depois do novo nascimento. Dessa forma o dar tem muito mais a ver com o que Jesus fez do que com o que eu faço, pois a ação e experiência do ofertar é relativo a quem me tornei através do novo nascimento. Uma mente caída, nunca vai desejar fazer algo que só pode ser feito por amor incondicional que vem da nova natureza em Cristo. A gratidão e a generosidade não são parte da antiga natureza do homem. 

Nós não lemos Malaquias como Saulo, mas, lemos Malaquias como Paulo, com a mente de Cristo, entendendo que o dizimo e a oferta são apenas um fruto de generosidade que brota de um coração transformado, um coração fértil e transbordante de amor do pai. 

1. O Contexto Histórico e Teológico
O livro de Malaquias é a última profecia do Antigo Testamento, e o contexto histórico é importante para entender a profundidade dessa mensagem. Os israelitas, após o exílio babilônico, estavam enfrentando um período de apatia espiritual, desobediência e negligência no cumprimento das obrigações religiosas. A prática do dízimo, que deveria ser um ato de gratidão e fidelidade, estava sendo negligenciada, e isso afetava tanto o sustento do templo quanto a prosperidade espiritual do povo. Deus, através de Malaquias, confronta essa negligência e chama os israelitas de volta ao cumprimento dos Seus mandamentos.

O dízimo, que representa a décima parte daquilo que se recebe, é um princípio bíblico que remonta a Abraão e à lei mosaica. O objetivo do dízimo não era apenas o sustento do templo ou dos levitas, mas um reflexo da fé do povo em confiar que tudo o que tinham vinha de Deus. Assim, ao devolver a décima parte, o povo expressava a gratidão a Deus e a confiança em Sua provisão.

E toda essa fé hoje depositamos em Cristo que cumpriu tudo de forma perfeita. Nós não cumprimos mais mandamentos, nós cremos naquele que os cumpriu de forma perfeita, e portanto recebemos essa justiça perfeita. As nossas ações não são mais para receber algo, mas, por já ter recebido em Cristo, de forma plena.

2. A Exortação de Deus: "Trazei Todos os Dízimos"
A primeira parte do versículo é uma exortação direta: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro". Isso significa que Deus não está pedindo apenas uma parte, mas todos os dízimos, ou seja, a totalidade do que é devido. O dízimo não é uma opção ou algo a ser dado conforme a conveniência, mas uma prática de obediência a Deus. A "casa do tesouro" era o local onde se armazenavam os bens que sustentavam o templo, os sacerdotes e os levitas. Isso indica que o dízimo não é somente uma questão de caridade, mas de obediência ao plano divino para a manutenção de Sua obra na Terra.

Percebe que tudo aponta para Cristo? Porque toda a obediência que Deus exigia e que os homens não eram capazes de cumprir, foi cumprida plenamente através de Jesus Cristo, e pela fé, recebemos o Espirito Santo, que nos dá uma nova natureza e o poder que nos livra do pecado, e dessa forma podemos desfrutar dessa realidade proporcionada pela obediência, primeiro em Cristo e depois refletida em nós, pois nos tornamos um com Ele através do espírito renascido. 

3. Fazer Prova de Deus
A segunda parte do versículo traz uma instrução única: "Fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos". Em todo o Antigo Testamento, a palavra de Deus frequentemente nos ensina a não colocar Deus à prova (Deuteronômio 6:16), mas aqui há uma exceção, um convite divino para que o povo teste Sua fidelidade. Esse convite é tanto uma demonstração da confiança que Deus tem em Suas promessas, quanto um desafio para que o povo experimente a fidelidade e a provisão de Deus de maneira prática.

A fidelidade de Deus foi manifestada em sua plenitude quando Ele deu seu filho como oferta perfeita para cumprimento de sua própria justiça e dessa forma nos proporcionou a oportunidade de pela fé receber tudo que Cristo é, a realidade da plenitude de quem Deus é, seu caráter e seu poder. 

Deus está dizendo que, ao trazer os dízimos à casa do tesouro, o povo pode testar a veracidade de Sua palavra. O próprio Deus convida os fiéis a experimentarem Sua generosidade e fidelidade. Este é um desafio para confiar em Sua capacidade de suprir todas as necessidades, além de demonstrar que a verdadeira bênção de Deus vai além do material e se reflete em toda a vida do crente, só que agora como um fruto da fé, e não em caráter de obrigação e cumprimento de regra. Observe a diferença de naturezas e realidades. 

4. A Promessa de Bênçãos Sobrenaturais
Em seguida, Deus faz uma promessa ousada e grandiosa: “Se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.” A imagem de "abrir as janelas do céu" evoca a ideia de um suprimento divino abundante, vindo diretamente do trono de Deus. Quando Deus promete "derramar uma bênção tal", está falando de uma bênção não só material, mas de um favor divino que é incontável e incontrolável. 

E esse favor divino está na nossa unidade com Cristo, pois Ele diz:

"Se vós estivereis em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito." (João 15:7)

Essa promessa de bênção não é apenas sobre prosperidade financeira, mas sobre a abundância de Deus em todas as áreas da vida: espiritual, emocional e até material. Deus está afirmando que, ao ser fiel nos dízimos, o crente não só estará cuidando da obra de Deus, mas também será enriquecido em todos os aspectos de sua vida. A bênção de Deus é um reflexo de Sua generosidade e graça, e Ele promete que será tão abundante que não haverá espaço suficiente para recebê-la.

Mas, agora na Nova aliança, nós não recebemos as bençãos porque damos o dizimo, mas, nós dizimamos porque já recebemos as bençãos em Cristo quando nascemos do espírito. Não é mais sobre o que devemos dar, mas, é relativo ao que Ele nos deu e o que isso produziu em nós. Agora, temos uma nova natureza que expressa gratidão, generosidade, honra, amor, e todas as características do caráter de Cristo, pois, somos um com Ele. 

5. A Imutabilidade da Promessa
O versículo de Malaquias 3:10 é, de fato, uma verdade imutável. Não se trata de uma promessa condicional no sentido de que Deus poderia decidir se abençoaria ou não com base no comportamento do povo, mas uma expressão de um princípio de fé e obediência que gera um impacto positivo na vida do crente. A promessa de que "Deus abrirá as janelas do céu" não é algo que dependa de circunstâncias ou de mudanças no plano divino, mas é uma verdade atemporal de que Deus abençoa com abundância aqueles que são fiéis a Ele.

A imutabilidade das promessas, está no fato de que tudo está Nele, e sem Ele nada se fez:

"Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas, e Nele tudo subsiste." (Colossenses 1:16-17, NVI)

Cristo já era antes de tudo e será para sempre!

1. "Tudo está Nele"
Quando a Bíblia afirma que "tudo está Nele", ela nos lembra de que Jesus Cristo é a fonte e o sustentador de toda a criação. Ele não é apenas parte da criação, mas a própria razão pela qual o mundo existe. Ele é descrito como o Verbo de Deus (em grego, Logos), que traz ordem, significado e propósito à criação. Toda a criação, visível e invisível, encontra sua origem e seu sentido em Cristo, pois Ele é o princípio de todas as coisas.

Além disso, isso nos ensina que, para que possamos compreender plenamente o universo, a humanidade e a nossa existência, precisamos entender que Cristo é o centro de tudo. Ele é a chave para interpretarmos corretamente o significado da vida e da criação.

2. "Sem Ele nada se fez"
Essa segunda parte afirma a dependência absoluta da criação de Jesus Cristo. Tudo o que existe foi criado por Ele, e sem Ele, nada teria surgido. A palavra "nada" aqui é abrangente, incluindo tanto o que é material quanto o espiritual. Esse versículo nos lembra que Jesus não é um mero ser criado, mas o Criador absoluto e soberano. Ele está por trás de tudo o que vemos e experimentamos no mundo, e sem a Sua vontade e poder, a criação não teria surgido nem se mantido.

Esse ensinamento também está em linha com outras passagens bíblicas que confirmam que Deus criou todas as coisas através de Seu Filho. Em Colossenses 1:16-17, Paulo escreve:

"Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas, e Nele tudo subsiste." (Colossenses 1:16-17, NVI)

3. Implicações Espirituais
A afirmação de que "sem Ele nada se fez" também implica que a salvação e o plano de redenção só são possíveis por meio de Cristo. A partir d'Ele, a vida e a restauração da humanidade são viáveis, porque, ao se encarnar, Ele trouxe a reconciliação entre o homem e Deus.

No contexto cristão, isso significa que Jesus é a única resposta para a humanidade. Ele não apenas criou o universo, mas também redimiu e restaurou o que foi quebrado pelo pecado. Em Sua vida, morte e ressurreição, Ele possibilitou que todos aqueles que creem Nele possam ter vida e vida eterna.

4. Cristo como o Centro de Tudo
A mensagem fundamental deste versículo é que Cristo é o centro de tudo, tanto da criação quanto da nossa fé. Ele é a razão pela qual existimos e a razão pela qual o universo funciona da maneira como funciona. Ao compreender isso, o cristão pode ver sua vida, seus relacionamentos e seu propósito à luz de Jesus, que é o Criador e Sustentador de tudo.

Assim, a frase "Tudo está Nele, e sem Ele nada se fez" é um lembrete poderoso da soberania de Cristo e de Seu papel central na criação e na história da redenção. Para o crente, isso significa que a verdadeira vida, a verdadeira paz e a verdadeira compreensão só podem ser encontradas em Cristo, o Criador e Redentor de tudo.

Para os cristãos, o princípio do dízimo permanece válido, mas é importante compreender que, sob a nova aliança em Cristo, a motivação para dar vai além da obediência à lei, por que na verdade se dar o dizimo era uma obediência a lei, e Cristo cumpriu a lei, a fé na obra consumada já seria o cumprimento da nossa parte, e porque ainda o fazemos se já está completa a ordenança em Cristo? porque agora não é mais ordenança, mas fruto do que nos tornamos por crer no que Cristo fez.

Note que não dizimamos ou ofertamos como ordenança, mas, por fé no que Jesus fez, obedecendo a lei de forma completa, e nos dando a condição de sermos justificados pela fé Nele. Irmãos, parece difícil porque talvez você ainda queira entender, ou esteja tentando obedecer. Mas, a obediência se completa na fé em Cristo, pois, Ele obedeceu de forma perfeita, e pela minha fé Nele, eu posso desfrutar dessa realidade da justificação. Eu sou justo Nele, não na obediência de qualquer ordenança, porém, essa fé produz um fruto, revelado em expressões de amor, generosidade, alegria, honra...pois agora, temos um novo caráter, como o Dele, pois ressuscitamos com Ele, após receber sua morte. 

"Ou não sabeis que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, portanto, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, também andemos em novidade de vida."
(Romanos 6:3-4, NVI)

O apóstolo Paulo ensina que o cristão deve dar com alegria e generosidade, conforme o propósito do coração (2 Coríntios 9:7). Não se trata de uma obrigação, mas de uma resposta ao amor de Deus e à Sua graça abundante.

Portanto, a prática do dízimo não é apenas um ato de obediência legalista, mas uma expressão de confiança em Deus como provedor, refletindo a fé de que Ele é digno de receber o primeiro e o melhor de nossas posses. A promessa de Malaquias 3:10 continua válida, não como um contrato comercial, mas como um convite divino para vivermos uma vida de abundância espiritual, material e emocional, sempre buscando a glória de Deus em tudo o que fazemos, pois Deus é glorificado em Cristo que é revelado em nós quando damos frutos da arvore que nos tornamos, a arvore da vida. 

"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança; contra estas coisas não há lei."
(Gálatas 5:22-23, Almeida)

A afirmação de que "a religião é a tentativa de tornar Deus algo controlável e empírico" reflete um dos maiores desafios que os seres humanos enfrentam ao tentar compreender a natureza divina. A tentativa de "controlar" Deus ou entender Sua ação de maneira meramente racional pode ser uma expressão do desejo humano de entender e lidar com a imensidão do divino, algo que, por sua própria natureza, transcende a compreensão limitada do homem. Isso pode se manifestar de várias formas, desde o ritualismo vazio até o pensamento de que a fé é algo que deve ser manipulável e previsível. 

No entanto, a verdadeira natureza da fé cristã é muito mais profunda e relacional. Nós, como cristãos, não somos chamados a tratar Deus como uma entidade que pode ser "controlada" ou tratada como uma mera variável dentro de um sistema empírico, mas como Filhos de um Deus amoroso e soberano. Em vez de ver Deus como uma força a ser compreendida e manipulada, somos convidados a desenvolver um relacionamento pessoal com Ele, baseado no amor, na confiança e na entrega. Isso implica em reconhecer que Deus é infinitamente mais grandioso do que nossa capacidade de compreendê-Lo e, portanto, a fé cristã se baseia no reconhecimento dessa limitação humana e na confiança no Seu caráter divino.

A noção de que as doenças e o sofrimento entraram no mundo através do pecado remonta à queda do homem no Gênesis 3. A separação entre o homem e Deus que resultou do pecado original trouxe consigo uma série de consequências, incluindo a dor, o sofrimento e a morte. O pecado introduziu a desarmonia na criação, afetando tanto a relação com Deus quanto com o próximo e com o próprio ambiente. As doenças, assim como o sofrimento físico e emocional, podem ser vistas como parte dessa desordem cósmica provocada pelo pecado. O mundo não foi feito para ser um lugar de dor, mas para ser um lugar de harmonia e paz, refletindo a perfeição da criação de Deus.

No entanto, o Novo Testamento revela que, em Cristo, há uma solução definitiva para essa condição. Jesus não apenas morreu para perdoar os nossos pecados, mas também para curar as nossas enfermidades. Isaías 53:5 já profetizava que o Messias levaria sobre si as nossas dores e doenças:

"Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sarados." (Isaías 53:5)

Esse versículo não só aponta para a redenção espiritual, mas também para a restauração física que Jesus trouxe ao assumir o castigo pelos nossos pecados e doenças.

O sacrifício de Jesus na cruz é a expressão máxima do amor de Deus pela humanidade. Ao morrer por nossos pecados, Ele não apenas garantiu o perdão, mas também tomou sobre si todas as consequências do pecado, incluindo as enfermidades e as consequências da queda. Em Mateus 8:17, lemos que Jesus, ao curar os doentes, cumpriu a profecia de Isaías:

"Assim se cumpriu o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças." (Mateus 8:17)

Esse versículo afirma que a cura física, tal como a cura espiritual, é parte da obra redentora de Cristo. Jesus, ao morrer na cruz, não apenas tratou das nossas ofensas espirituais, mas também abriu o caminho para a restauração completa da humanidade, oferecendo-nos cura e libertação.

O conceito do novo nascimento, como ensinado por Jesus a Nicodemos em João 3:3, é fundamental para a fé cristã. Ao nascermos de novo, passamos a ser herdeiros de Deus e participantes da Sua natureza divina. Esse novo nascimento não apenas nos reconcilia com Deus, mas também nos coloca em uma posição em que podemos receber Suas dádivas, inclusive a cura, como parte do que significa ser membro do Seu Reino.

Quando falamos de cura, seja espiritual ou física, é importante lembrar que isso não significa que todos os cristãos estarão isentos de sofrimento ou doenças neste mundo caído. Contudo, como herdeiros da salvação, temos a promessa de que Deus está conosco em meio às dificuldades e que, no Seu devido tempo, Ele pode nos curar. A Bíblia ensina que, em Cristo, a morte foi vencida e que, no fim dos tempos, haverá uma completa restauração de todas as coisas (Apocalipse 21:4).

Além disso, enquanto vivemos nesta terra, Deus também nos dá a Sua graça suficiente para enfrentar os desafios e as doenças que surgem. Às vezes, Ele escolhe curar de maneira sobrenatural, outras vezes, Ele usa meios naturais ou dá forças para suportarmos a adversidade. O que importa é saber que a cura de Jesus não se limita apenas à dimensão física, mas se estende à cura emocional, espiritual e até mesmo à restauração das nossas relações com os outros e com Deus.

Viver na fé não é uma tentativa de tornar Deus controlável, mas um convite para nos entregarmos à Sua vontade e confiar em Sua soberania. Jesus, ao morrer na cruz, tomou sobre Si tanto os pecados quanto as doenças da humanidade, oferecendo-nos a cura e a salvação como dádivas do Pai. O novo nascimento nos torna herdeiros de Deus, com a esperança de uma transformação plena, tanto espiritual quanto física, no futuro. Enquanto aguardamos a plenitude dessa restauração, temos acesso à graça divina e à cura de Deus em muitas formas, confiando que Ele está conosco em todas as circunstâncias.

A verdade de Deus é imutável em todos os seus princípios, preceitos e verdades. A fé é o meio de ação de todos eles. Pela fé você foi curado lá na Cruz, mesmo que seus sintomas neguem isso. Fé não crê no que vemos, mas naquilo que está escrito na palavra. Se a palavra diz que você é curado, e seu diagnóstico médico diz que esta enfermo, resta agora escolher em qual voz acreditar. E declarar aquilo que acredita:

Estou doente?!!! ou Sou curado em Nome de Jesus.

Faça sua escolha. Você é aquilo que você crê.
Mesmo que o que você vê seja diferente.

A Graça Te dá tudo aquilo que Jesus conquistou lá na Cruz, e a cura é uma dessas conquistas. Que seus olhos sejam aberto hoje, Pelo Nome de Jesus. Aleluia.

Leonardo Lima Ribeiro 

domingo, 10 de novembro de 2024

Cristo é o fundamento da Igreja

(Frankfurt, Alemanha)


1. Cristo como o Fundamento da Igreja

O conceito de Jesus Cristo como o único fundamento da igreja é um dos pilares mais importantes da teologia cristã. Em Mateus 16:18, Jesus afirma:

"E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la."

Este versículo tem gerado diversos debates teológicos ao longo dos séculos sobre quem ou o que é a "pedra" sobre a qual a igreja seria edificada. Vamos detalhar as principais perspectivas e como elas ressaltam a centralidade de Cristo como fundamento.

a. Interpretação Tradicional e Papel de Pedro

A frase "tu és Pedro" (em grego, "Petros") e "sobre esta pedra" (em grego, "petra") tem sido interpretada de diferentes formas. A tradição católica sustenta que Pedro é a rocha sobre a qual a igreja foi edificada, apontando para seu papel de liderança na igreja primitiva e sua função como um símbolo de unidade e autoridade.

No entanto, muitos estudiosos protestantes veem que, embora Pedro tenha um papel importante, a verdadeira "pedra" sobre a qual a igreja é edificada é a confissão de fé de Pedro, declarada em Mateus 16:16:

"Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo."

Esse entendimento coloca Cristo como o verdadeiro fundamento da igreja, uma vez que a declaração de que Ele é o Messias e Filho de Deus é a base sobre a qual toda a fé cristã se sustenta. A igreja é, assim, construída sobre a revelação da identidade de Jesus como o Salvador e Senhor.

b. Cristo como a Pedra Angular

O Novo Testamento reforça a ideia de que Cristo é a "pedra angular" – a pedra fundamental que dá estabilidade a toda a estrutura da igreja. Em Efésios 2:19-20, Paulo escreve:

"Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como a pedra angular."

Aqui, o "fundamento dos apóstolos e dos profetas" se refere ao ensino apostólico e profético, que aponta e é baseado em Cristo. A pedra angular é a parte mais importante de uma estrutura, e Jesus cumpre esse papel, unindo e sustentando toda a igreja.

c. A Centralidade de Cristo na Igreja

O papel de Cristo como a pedra angular não é apenas um título simbólico, mas uma verdade espiritual profunda. Ele é o centro da fé e a fonte de vida espiritual da igreja. Em 1 Coríntios 3:11, Paulo afirma de forma categórica:

"Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo."

Este versículo enfatiza que qualquer construção espiritual que não esteja fundamentada em Cristo é instável e fadada ao fracasso. A igreja, para ser autêntica e eficaz, deve ser construída sobre a pessoa, a obra e os ensinamentos de Jesus.

d. O Papel dos Apóstolos e Profetas

Embora Cristo seja o fundamento e a pedra angular, os apóstolos e profetas desempenharam um papel crucial como os primeiros proclamadores da mensagem de Cristo. Em Efésios 2:20, Paulo descreve a igreja como sendo "edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas". Isso significa que a igreja é formada e instruída pelos ensinamentos apostólicos, que apontam diretamente para Cristo. A autoridade dos apóstolos vinha de sua ligação direta com Jesus e do fato de que foram comissionados por Ele para estabelecer a igreja e disseminar o evangelho.

e. As Portas do Hades Não Prevalecerão

A promessa de Jesus de que "as portas do Hades não poderão vencê-la" é uma poderosa garantia de que a igreja é inabalável em sua essência, porque é edificada pelo próprio Deus. A expressão "portas do Hades" simboliza a morte e as forças do mal. A igreja, fundada em Cristo, tem a promessa de que nem mesmo a morte poderá destruí-la. Isso aponta para a vitória final de Cristo sobre a morte e o pecado através de Sua ressurreição.

2. Implicações para a Igreja Atual

Compreender que Cristo é o fundamento da igreja traz implicações práticas para a vida dos crentes e para a igreja contemporânea. Algumas dessas implicações incluem:

Unidade e Identidade: A igreja deve ser unida na fé em Cristo, reconhecendo que todas as suas atividades e ensinamentos devem estar enraizados em sua pessoa e obra.

Autoridade Doutrinária: A autoridade da igreja vem de sua fidelidade aos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos, registrados nas Escrituras.

Permanência e Resistência: A promessa de Jesus assegura que, apesar das tribulações, perseguições e desafios enfrentados, a igreja permanecerá. Sua base em Cristo garante sua sobrevivência e relevância através dos séculos. 

Jesus Cristo como o único fundamento da igreja é uma verdade essencial para a compreensão da identidade cristã. Ele é a pedra angular que alicerça e sustenta a igreja, enquanto os apóstolos serviram como instrumentos para lançar o fundamento do evangelho. A igreja, como um organismo vivo, continua a crescer e florescer, resistindo às forças do mal porque está construída sobre a sólida rocha que é Cristo.

Esta base nos chama a uma fé e dependência profundas em Jesus, lembrando-nos de que, apesar das tempestades e dificuldades, a igreja de Cristo é inabalável e eterna, pois sua fundação é o próprio Filho de Deus, que a edifica e sustenta até a consumação dos séculos.

Paulo reforça a ideia de que Cristo é a pedra angular da igreja em Efésios 2:19-20:

"Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como a pedra angular."

Esse versículo ressalta que a igreja está edificada sobre o ensinamento dos apóstolos, mas que Cristo é a pedra angular que une e sustenta toda a estrutura espiritual.

3. Os Apóstolos como Instrumentos de Deus

Embora Jesus seja o único que pode construir a igreja, Ele escolheu usar os apóstolos como instrumentos para espalhar o evangelho e estabelecer as bases da igreja. Eles foram enviados com autoridade e poder para pregar, ensinar e liderar a igreja primitiva. Em Atos 2:42, lemos:

"Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações."

A afirmação de que os apóstolos eram encarregados de transmitir a doutrina correta, estabelecer as comunidades de fé e liderar o crescimento espiritual dos novos crentes é uma descrição central do papel que os apóstolos desempenharam no desenvolvimento da igreja primitiva. Essa responsabilidade não apenas definiu o curso da igreja nos primeiros anos após a ascensão de Cristo, mas também moldou a fé e a prática cristã para as gerações futuras. Abaixo, aprofundo essa função, explorando suas implicações teológicas, práticas e históricas.

1. A Transmissão da Doutrina Correta

Os apóstolos foram incumbidos de transmitir fielmente o ensino de Jesus, o que incluía tanto a lembrança das palavras de Cristo quanto a interpretação de sua obra redentora à luz do Antigo Testamento. Esse papel é claramente afirmado em Atos 2:42:

"Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações."

a. Fonte de Autoridade Doutrinária

A autoridade dos apóstolos vinha de sua experiência direta com Jesus e do comissionamento que receberam Dele. Em Mateus 28:19-20, Jesus ordena:

"Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei."

Os apóstolos não só repetiam os ensinamentos de Jesus, mas também, através da inspiração do Espírito Santo, foram capazes de expandir e explicar o significado da obra de Cristo. Este é o fundamento dos livros do Novo Testamento, que contêm a doutrina correta da fé cristã.

b. O Papel do Espírito Santo

Em João 14:26, Jesus prometeu que o Espírito Santo ajudaria os apóstolos a lembrar de tudo o que Ele havia ensinado:

"Mas o Ajudador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse ensinará a vocês todas as coisas e fará com que se lembrem de tudo o que eu lhes disse."

Isso garantiu que a mensagem dos apóstolos fosse não apenas uma repetição de suas memórias, mas a revelação divina orientada pelo Espírito de Deus, assegurando a pureza doutrinária e a verdade.

2. Estabelecimento das Comunidades de Fé

Os apóstolos desempenharam um papel essencial na plantação e estruturação das primeiras comunidades cristãs. Eles não apenas pregavam e faziam discípulos, mas também organizavam igrejas e ensinavam como deveriam operar, conforme vemos em Atos 14:23:

"Em cada igreja, Paulo e Barnabé designaram presbíteros, e, com orações e jejuns, os encomendaram ao Senhor, em quem haviam crido."

a. Modelo de Liderança

Os apóstolos estabeleceram um modelo de liderança centrado em Cristo, onde a autoridade espiritual vinha da fidelidade ao evangelho. Esse modelo de liderança era composto por presbíteros (anciãos) e diáconos que cuidavam da igreja local sob a supervisão e o ensino dos apóstolos. Em 1 Timóteo 3 e Tito 1, Paulo fornece orientações sobre as qualificações para esses líderes, assegurando que fossem fiéis e capazes de manter a doutrina apostólica.

b. A Natureza da Comunidade Cristã

A comunidade de fé era mais do que um grupo de pessoas; era um corpo vivo e orgânico que refletia a presença de Cristo na Terra. Os apóstolos incentivavam práticas como a comunhão, a oração, a partilha e o partir do pão, conforme descrito em Atos 2:44-47. Essa era uma expressão tangível do reino de Deus que impactava não apenas os crentes, mas também a sociedade ao seu redor.

3. Liderança e Crescimento Espiritual dos Crentes

A liderança dos apóstolos não se limitava a organizar a igreja; eles eram também responsáveis por nutrir espiritualmente os crentes, guiando-os em sua maturidade espiritual. Isso envolvia o ensino regular, a correção de erros e a exortação.

a. Pastoreio e Discipulado

Em suas cartas, como em 1 Pedro 5:2-3, os apóstolos falavam da necessidade de pastorear o rebanho de Deus com zelo e humildade:

"Pastoreiem o rebanho de Deus que está entre vocês, cuidando dele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer; não por ganância, mas com o desejo de servir; não como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho."

Os apóstolos, ao pastorearem a igreja, tornaram-se modelos a serem seguidos, mostrando o caminho da santidade, perseverança e amor sacrificial.

b. Combate às Heresias

Parte do crescimento espiritual dos crentes envolvia protegê-los de ensinos falsos. Em várias cartas, como em Gálatas 1:6-9 e 1 João 4:1, os apóstolos advertiram contra doutrinas que distorciam o evangelho. Essa função de guardiões da fé ajudou a manter a integridade da mensagem cristã e a proteger a igreja contra divisões e enganos.

4. Legado Apostólico

O legado dos apóstolos é de importância fundamental para a continuidade e identidade da igreja cristã. Sua obra, estabelecida por meio de ensinamentos e práticas inspirados pelo Espírito Santo, criou uma base doutrinária e espiritual que transcende gerações. Esse legado tem impactado a igreja ao longo dos séculos por meio das Escrituras e da tradição, moldando a fé e a prática de milhões de crentes. Vamos aprofundar a análise do impacto e da relevância do legado apostólico.

Canon do Novo Testamento

Através da inspiração do Espírito Santo, os escritos apostólicos foram compilados e reconhecidos como Escrituras Sagradas. Através das cartas de Paulo, Pedro, João e outros, temos acesso à sabedoria e às diretrizes para a vida cristã.

2 Pedro 1:16 destaca: "Porque não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade."

Este testemunho direto fortalece a confiança que os cristãos depositam nas Escrituras. Os escritos apostólicos não são apenas registros históricos, mas a revelação da vontade de Deus para a igreja.

Doutrina e Teologia Sistemática

Os apóstolos desenvolveram a teologia cristã de forma que os crentes pudessem compreender e aplicar a obra de Cristo em suas vidas. Passagens como as cartas de Paulo em Romanos e Efésios oferecem explicações detalhadas sobre a justificação pela fé, a natureza da graça e o mistério da união de judeus e gentios na igreja.

Efésios 2:19-22: "Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como a pedra angular."

Esta passagem evidencia que os apóstolos estabeleceram doutrinas que estruturam a igreja como uma comunidade espiritual unida e diversa. A relevância dos ensinamentos apostólicos é vital para definir conceitos de salvação, santificação e vida cristã, formando a base da teologia que é estudada e aplicada até hoje.

Modelos de Vida Cristã e Padrões de Santidade

Os apóstolos não só pregavam a verdade de Cristo, mas também viviam de acordo com essa verdade. Suas vidas servem como modelos de santidade, fé e perseverança em meio a tribulações. O exemplo de Paulo, em especial, mostra um compromisso inabalável com o evangelho, mesmo diante de perseguições e sofrimentos. Ele exortava as igrejas a seguirem seu exemplo:

1 Coríntios 11:1: "Sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo."

Os apóstolos demonstravam que a fé verdadeira é mais do que conhecimento; é um estilo de vida que reflete a transformação pelo evangelho. Essa vivência prática da fé ainda é vista como uma referência para líderes e membros da igreja.

Fundação das Práticas Eclesiásticas

Os apóstolos também deixaram um legado nas práticas eclesiásticas e na organização da igreja. Por meio de instruções detalhadas sobre o funcionamento da igreja, como em 1 Timóteo e Tito, foram estabelecidas diretrizes para a nomeação de líderes, os deveres dos anciãos e diáconos, e a conduta nas reuniões. Essas instruções ajudaram a moldar a estrutura da igreja como a conhecemos hoje.

Atos 6:3-4 mostra a nomeação de diáconos para lidar com questões práticas, permitindo que os apóstolos se concentrassem no ensino e na oração: "Portanto, irmãos, escolham entre vocês sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos dessa tarefa. Quanto a nós, nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra."

Essa passagem demonstra o equilíbrio entre administração e ministério espiritual que os apóstolos promoviam, ensinando que a igreja deve ser bem organizada, mas sempre com foco na missão de pregar e ensinar a Palavra.

Modelo de Missão e Evangelismo

Os apóstolos também nos deixaram um exemplo de missão e zelo pelo evangelismo. O trabalho missionário de Pedro, Paulo e outros apóstolos ilustra a urgência e a importância de levar o evangelho aos confins da Terra, cumprindo a Grande Comissão de Jesus.

Eles eram mais do que líderes ou mestres; eles eram instrumentos nas mãos de Deus para lançar o fundamento da igreja e garantir que ela permanecesse fiel ao seu chamado. Através de seu ensino, estabelecimento de comunidades de fé e liderança espiritual, eles garantiram que a mensagem de Cristo fosse transmitida com pureza e autoridade. Seu impacto transcende o tempo, e a igreja continua a crescer e florescer baseada no ensino que eles transmitiram, sendo sustentada pela mesma promessa de Jesus: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." (Mateus 28:20).

5. O Papel do Espírito Santo na Construção da Igreja

O Espírito Santo desempenha um papel crucial na construção e edificação da igreja. Em Atos 1:8, Jesus diz aos apóstolos:

"Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra."

O Espírito Santo é quem capacita os apóstolos e todos os crentes a serem participantes da obra de edificação da igreja. Sem a presença e o poder do Espírito, a missão dos apóstolos seria impossível.

6. O Fundamento Apostólico e Profético

Em Efésios 4:11-12, Paulo explica que Cristo deu diferentes dons à igreja para sua edificação:

"E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado."

Os apóstolos foram essenciais para a formação das bases doutrinárias e espirituais da igreja. Seus ensinamentos foram registrados no Novo Testamento e são a fonte de autoridade para a fé e prática cristãs.

6. A Autoridade de Jesus sobre a Igreja

Jesus é descrito como a cabeça da igreja em Colossenses 1:18:

"Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia."

Isso enfatiza que, apesar do papel dos apóstolos e líderes espirituais, a autoridade final pertence a Cristo. Ele é quem guia, protege e faz crescer a igreja.

7. A Continuidade da Edificação

A construção da igreja não terminou com os apóstolos. Embora eles tenham sido os primeiros a lançar os fundamentos, a obra continua através dos séculos com a pregação do evangelho, a plantação de igrejas e a edificação dos crentes. Em 1 Coríntios 3:6-7, Paulo diz:

"Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. De modo que nem o que planta nem o que rega são alguma coisa, mas Deus, que dá o crescimento."

A afirmação de que independentemente de quem contribui para o trabalho da igreja, é Deus quem, em última instância, edifica e faz a igreja prosperar reflete uma profunda compreensão da soberania divina no processo de crescimento e fortalecimento da igreja. Essa verdade é reiterada nas Escrituras e demonstra que, embora Deus use indivíduos com dons e talentos diversos, é Seu poder e propósito que asseguram o avanço da obra espiritual. Vamos aprofundar essa ideia em detalhes:

1. A Soberania de Deus na Edificação da Igreja

A soberania de Deus é a pedra angular da fé cristã, sustentando que tudo o que acontece, incluindo o crescimento da igreja, ocorre sob Sua vontade e direção. A Bíblia deixa claro que, enquanto os seres humanos têm um papel importante no trabalho da igreja, o sucesso e a prosperidade dela dependem unicamente de Deus.

1 Coríntios 3:6-7 é um dos textos mais elucidativos nesse contexto: "Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. De modo que nem o que planta nem o que rega são alguma coisa, mas Deus, que dá o crescimento."

Este versículo, escrito pelo apóstolo Paulo, enfatiza que as habilidades humanas são limitadas e secundárias em comparação com a obra sobrenatural de Deus. Ele reforça que qualquer contribuição humana no ministério é apenas um meio através do qual Deus opera.

2. O Papel dos Servos na Obra de Deus

Embora Deus seja o autor e sustentador do crescimento da igreja, Ele escolhe trabalhar por meio de Seus servos para cumprir Seus propósitos. Esse processo reflete a parceria entre a soberania divina e a obediência humana:

Efésios 4:11-12 aponta para a distribuição de dons na igreja para o serviço e edificação: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo."

Mesmo com todos esses papéis distintos e essenciais, a eficácia deles depende do poder de Deus agindo. Assim, a presença ativa de Deus é que energiza e sustenta a obra realizada pelos Seus servos.

3. Cristo como o Fundamento e a Fonte de Vida da Igreja

Jesus Cristo é descrito como a pedra angular, o alicerce sobre o qual a igreja é construída. Sua posição única como o fundamento da igreja significa que toda edificação espiritual depende dEle:

Mateus 16:18: "E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la." Aqui, a ênfase está na declaração de Cristo: "edificarei a minha igreja", destacando que Ele é o verdadeiro construtor.

Essa edificação envolve não apenas a expansão numérica da igreja, mas também o fortalecimento espiritual dos crentes. O próprio Cristo é quem sustenta a igreja em tempos de prova e quem garante a sua continuidade até o fim dos tempos.

Atos 1:8 declara: "Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra."

Este poder não apenas fortalece os crentes individualmente, mas também une a comunidade de fé, promove a maturidade espiritual e permite que a igreja opere de maneira eficaz. Sem a obra do Espírito Santo, os esforços humanos são infrutíferos.

4. A Humildade na Colaboração com Deus

O reconhecimento de que é Deus quem edifica a igreja deve levar os líderes e membros a uma postura de humildade. Todo trabalho, planejamento e esforço humano devem ser acompanhados de uma dependência total em Deus, reconhecendo que Ele é quem efetua tanto o querer quanto o realizar, conforme Filipenses 2:13: "Pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele."

6. Implicações Práticas para a Igreja Hoje

A compreensão de que Deus é quem faz a igreja prosperar tem várias implicações práticas:

A importância da oração: A oração deve ser central em qualquer obra ministerial, reconhecendo a necessidade de intervenção divina.

Dependência da Palavra de Deus: As Escrituras são a base para todo ensino e prática na igreja. A igreja deve se alinhar com os princípios bíblicos para permanecer no propósito de Deus.

Resiliência em tempos difíceis: Quando a igreja enfrenta desafios, essa verdade oferece conforto e confiança de que o poder de Deus é suficiente para sustentá-la.

O crescimento e a prosperidade da igreja não são realizados por força humana, mas pelo poder de Deus. Embora Ele nos chame a participar de Sua obra, é a ação divina que verdadeiramente edifica e sustenta a igreja. Esta compreensão promove uma atitude de humildade e confiança, lembrando-nos de que somos cooperadores de um Deus que é infinitamente capaz e que, em última instância, cumpre Seu propósito soberano.

Deus abençoe 

Leonardo Lima Ribeiro 







A igreja é uma obra divina que somente Cristo pode construir e sustentar. Ele faz isso por meio do Espírito Santo e usa homens e mulheres como instrumentos para cumprir Seus propósitos. Os apóstolos foram fundamentais como os primeiros a estabelecer a igreja e transmitir o ensinamento que veio diretamente de Cristo. No entanto, a edificação da igreja é uma obra contínua de Deus, na qual todos os crentes, guiados pelo Espírito Santo, têm um papel.


A igreja não é apenas uma instituição ou um prédio, mas um organismo vivo e espiritual que reflete a presença de Deus na Terra, fundamentada na obra redentora de Cristo e guiada pela verdade que foi revelada aos apóstolos.

domingo, 13 de outubro de 2024

Corrigir, disciplinar e excluir é falta de amor?(L10)

(Ilha de Haramsoya, Noruega)

A diferença entre ser pecador e ser perverso tem raízes profundas tanto na linguagem comum quanto na visão bíblica e teológica, e ambas as condições estão relacionadas ao comportamento moral, mas carregam significados distintos.

1. Pecador: Na perspectiva bíblica, todos os seres humanos são pecadores, uma vez que o pecado original de Adão trouxe a corrupção para toda a humanidade (Romanos 3:23: "Todos pecaram e carecem da glória de Deus"). Ser pecador, no entanto, pode ser entendido como uma condição comum à humanidade, uma vez que o pecado envolve a inclinação humana a desobedecer a Deus. Essa desobediência pode ocorrer por ignorância, fraqueza, ou até circunstâncias. O pecado é, portanto, a falha de viver de acordo com os mandamentos e o propósito de Deus.

Pecado como incredulidade: Na visão teológica, o pecado também é visto como incredulidade — a falta de fé em Jesus e em quem Ele é, o que impede o ser humano de alcançar a plenitude de sua verdadeira identidade em Deus (João 16:9: "Do pecado, porque não creem em mim"). A incredulidade não é apenas uma violação moral, mas uma recusa de aceitar e confiar na revelação de Deus por meio de Cristo. Jesus Cristo veio não apenas para perdoar os pecados, mas para transformar a natureza humana, tornando-nos semelhantes a Ele (Romanos 8:29). Contudo, a incredulidade impede essa transformação, mantendo a pessoa presa a seus erros e falhas, longe da vida em Jesus.

Em essência, o pecado não é apenas ações más, mas a ausência de fé em Jesus e a recusa de viver segundo a verdade que Ele revela.

2. Perverso: Enquanto o pecador pode ser redimido por meio do arrependimento e da fé, o perverso é aquele que deliberadamente e constantemente rejeita o bem e a verdade de Deus, praticando o mal com consciência e prazer. A perversidade envolve uma corrupção profunda e intencional do coração, sem desejo de arrependimento ou de transformação.

No livro de Provérbios 6:12-14, o perverso é descrito como alguém que trama o mal: “O homem vil, o homem perverso, anda com a falsidade na boca... tramar coisas perversas continuamente, e semear contendas." O perverso não apenas vive no pecado, mas é ativo na sua intenção de causar dano e corromper outros. Ele se opõe ao plano de Deus de maneira constante, sendo um obstáculo à luz.

Diferença central: Pecador: É aquele que, por natureza, falha em seguir a Deus, mas tem o potencial de se arrepender e ser transformado. O pecado pode ser fruto de fraqueza humana e, na visão cristã, o pecado é muitas vezes relacionado à incredulidade — a rejeição de Jesus como o caminho para a vida plena e eterna.

Perverso: A perversidade, por outro lado, é caracterizada por uma atitude contínua e intencional de praticar o mal, sem arrependimento ou busca por redenção. O perverso opta conscientemente por rejeitar a verdade e se opor à vontade de Deus.

Transformação em Cristo: Jesus oferece a libertação do pecado e da incredulidade, permitindo que a pessoa se torne como Ele. O caminho para essa transformação envolve fé genuína e contínua em Cristo. Em João 8:36, Jesus diz: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” Essa liberdade envolve não apenas a libertação das ações pecaminosas, mas também da incredulidade que nos mantém distantes de sermos como Ele.

Dessa forma, a maior diferença entre o pecador e o perverso é que o pecador tem a possibilidade de mudança e salvação por meio da fé em Cristo, enquanto o perverso, na sua rejeição contínua, está endurecido em seus caminhos.

O conceito de perversidade está relacionado a pessoas que vivem de maneira deliberada e constante no pecado, com práticas de maldade e rejeição da verdade de Deus. Vejamos alguns princípios bíblicos sobre como agir em relação aos perversos:

1. Evitar a companhia e suas influências

Provérbios 4:14-15: "Não entre na vereda dos ímpios, nem ande no caminho dos maus. Evite-o, não passe por ele; desvie-se dele e passe de largo."

O conselho aqui é claro: evite os perversos e seus caminhos. Os cristãos são chamados a manter distância daqueles que vivem em constante maldade, aqueles que vivem no ambiente da igreja, mas insistem em permanecer resistentes a graça transformadora. Devemos nos afastar para não sermos influenciados ou se tornar cumplices de suas ações.

Salmos 1:1: "Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores."

2. Confrontar o mal, mas com sabedoria

Efésios 5:11: "E não vos associeis às obras infrutíferas das trevas; antes, porém, condenai-as."

Os cristãos não devem compactuar com as obras más, mas devem expor e condenar essas práticas. Isso envolve confrontar o pecado com discernimento e sabedoria, sem se corromper ou comprometer com o mal.

Mateus 18:15-17: Este trecho fala sobre como confrontar o pecado, começando em particular, depois com testemunhas, e finalmente trazendo o assunto à igreja. Se a pessoa permanecer obstinada, deve ser tratada como "gentio e publicano" — indicando que, após várias tentativas de correção, a separação pode ser necessária.

3. Não retribuir o mal com o mal

Romanos 12:17-21: "A ninguém torneis mal por mal... Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens... Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem."

Embora os perversos possam agir com maldade, os cristãos são chamados a não retribuir na mesma medida. O princípio é o de vencer o mal com o bem, mostrando a diferença que o caráter de Cristo faz em suas vidas.

4. Deus é o justo juiz

Romanos 12:19: "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor."

A vingança e a retribuição aos perversos pertencem a Deus. Os cristãos devem confiar que Deus, como juiz justo, trará a justiça em seu devido tempo.

5. Orar pelos perversos e seus corações endurecidos

Mateus 5:44: "Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem."

Jesus ensina que, mesmo diante de pessoas perversas, os cristãos devem orar por elas. Isso não significa aprovar seu comportamento, mas pedir a Deus que transforme seus corações.

6. Separar-se, se necessário, para proteger a fé

2 Coríntios 6:14: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"

Os cristãos são instruídos a evitar associações íntimas com aqueles que vivem na perversidade, a fim de preservar sua fé e integridade.

Esses princípios mostram que a atitude dos cristãos em relação aos perversos deve ser equilibrada: evitar sua influência, confrontar o pecado, confiar na justiça divina, orar por sua transformação e, quando necessário, se afastar para proteger a fé.

Muitas vezes, as pessoas hesitam em tomar atitudes objetivas com relação aos perversos por medo de não estar agindo com amor, especialmente quando se trata de confrontar ou corrigir comportamentos. Esse conflito surge da preocupação de que agir com firmeza pode ser visto como falta de compaixão ou julgamento.

Contudo, a Bíblia ensina que o amor verdadeiro não ignora o pecado ou a perversidade, mas corrige com responsabilidade e sabedoria. Vamos explorar alguns princípios que esclarecem essa tensão:

1. O amor bíblico inclui correção

Provérbios 3:12: "Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem."

O amor não é passivo. Repreender ou corrigir uma pessoa que está errando faz parte de cuidar dela. Deus, por amor, corrige Seus filhos, e esse princípio se aplica à vida cristã.

Hebreus 12:6: "Pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele que recebe como filho."

A disciplina é um sinal de amor. Quando uma atitude firme e objetiva é necessária para corrigir o perverso, isso pode ser um ato de amor verdadeiro, não de julgamento ou rejeição.

2. Amar é também proteger os outros

Efésios 5:11: "E não vos associeis às obras infrutíferas das trevas; antes, porém, condenai-as."

Proteger a comunidade ou as pessoas que podem ser influenciadas ou prejudicadas por atos perversos também é uma forma de amar. Ignorar ou tolerar o mal por medo de parecer "não amoroso" pode, na verdade, prejudicar mais pessoas, incluindo a própria pessoa envolvida na perversidade.

3. Falar a verdade em amor

Efésios 4:15: "Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo."

A Bíblia nos encoraja a falar a verdade, mas sempre com uma atitude amorosa. Confrontar alguém sobre sua perversidade não é falta de amor, mas deve ser feito com o coração certo — visando a restauração e não a condenação.

4. Separar-se, se necessário, também pode ser amor

2 Tessalonicenses 3:14-15: "Mas, se alguém não obedecer às nossas instruções, por meio desta carta, notem-no, e não se associem com ele, para que fique envergonhado. Contudo, não o considerem como inimigo, mas advirtam-no como a um irmão."

Quando uma pessoa se recusa a abandonar seu comportamento perverso, pode ser necessário se afastar. Esse afastamento não é falta de amor, mas pode ser uma maneira de levar a pessoa a refletir sobre seus atos e buscar a correção.

5. Não confundir tolerância com amor

Muitas vezes, as pessoas confundem tolerância com amor. No entanto, tolerar ações de maldade ou perversidade sem corrigi-lo ou confrontá-lo pode ser prejudicial. O amor verdadeiro é ativo e busca o bem do outro, o que às vezes significa tomar atitudes firmes e objetivas para conduzir a pessoa ao arrependimento.

O medo de não estar "amando" ao tomar uma atitude firme contra a perversidade é comum, mas o verdadeiro amor não é complacente com o mal. O amor bíblico é ativo, inclui correção, disciplina e busca o bem maior, tanto da pessoa quanto da comunidade. Agir com firmeza não significa ausência de amor, mas sim uma forma madura de expressá-lo, buscando a restauração e a proteção de todos.

Os cristãos são instruídos a evitar associações íntimas com aqueles que vivem na perversidade para preservar sua fé e integridade, um princípio que é fundamentado em diversas passagens bíblicas e na compreensão do impacto que as relações têm sobre a vida espiritual.

1. Princípios Bíblicos

2 Coríntios 6:14: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" 

Há incompatibilidade entre aqueles que seguem a justiça de Deus e aqueles que vivem em desobediência e injustiça. A ideia é que as influências malignas podem comprometer a vida espiritual dos cristãos, tornando-se uma distração ou até mesmo um obstáculo ao crescimento na fé.

1 Coríntios 15:33: "Não vos enganeis: as más companhias corrompem os bons costumes." 

Aqui, Paulo alerta os crentes sobre o perigo das más companhias, enfatizando que as influências negativas podem levar à corrupção dos valores e comportamentos que um cristão deve cultivar. As relações íntimas com pessoas que não compartilham a mesma fé ou que vivem em práticas de perversidade podem enfraquecer a integridade moral e espiritual.

2. A Influência das Relações

As associações que formamos têm um impacto profundo em nosso comportamento e em nossa forma de pensar. Quando um cristão se associa de maneira íntima com pessoas que praticam a perversidade, há o risco de:

Comprometimento da Fé: As crenças e valores podem ser questionados ou diluídos ao conviver continuamente com aqueles que têm uma mentalidade contrária. Isso pode levar à conformidade com padrões que não são bíblicos, conforme mencionado em Romanos 12:2, que exorta os cristãos a não se conformarem com este mundo, mas a serem transformados pela renovação da mente.

Exposição à Tentação: Relações íntimas com indivíduos que vivem em pecado podem expor o cristão a tentações que, de outra forma, poderiam ser evitadas. Em Tiago 1:14-15, lemos que cada um é tentado pela sua própria concupiscência, e a convivência com o pecado pode alimentar esses desejos.

3. Desenvolvimento da Comunidade Cristã

A comunidade cristã é chamada a edificar-se mutuamente em amor e fé. Em Hebreus 10:24-25, somos encorajados a nos reunir e estimular uns aos outros ao amor e às boas obras. Ao evitar associações com os perversos, os cristãos criam um ambiente saudável e de apoio que promove a integridade e a santidade.

4. Ação e Testemunho

O ministério de Jesus é um exemplo claro disso; Ele se envolveu com pecadores e marginalizados com a intenção de trazer luz e verdade, como ilustrado em Lucas 19:10: "Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido."

Além disso, a realidade de que alguns dos perversos podem estar dentro da própria Igreja é uma preocupação legítima. O apóstolo João aborda essa questão em suas cartas, onde menciona os "anticristos" e alerta sobre aqueles que se afastam da verdade da fé. Por exemplo, em 1 João 2:18-19, ele escreve: "Filhinhos, já é a última hora; e, como já ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos anticristos têm surgido; por isso sabemos que é a última hora. Saíram de nosso meio, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas saíram, para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos."

A Necessidade de Discernimento

Este alerta de João enfatiza a importância do discernimento dentro da comunidade de fé. Não se pode simplesmente aceitar qualquer pessoa que afirme ser cristã; é essencial examinar o fruto de suas vidas, conforme Mateus 7:15-20, onde Jesus ensina sobre a identificação dos falsos profetas. A presença de indivíduos com comportamentos perversos dentro da Igreja exige que os cristãos permaneçam vigilantes e firmes em sua fé.

Os cristãos são chamados a ser luz e sal do mundo (Mateus 5:13-16), o que implica uma interação saudável e influente com a cultura ao seu redor. Isso não significa conformar-se aos padrões do mundo, mas sim irradiar a verdade de Cristo em todos os relacionamentos. Essa luz é um chamado à integridade e à santidade, permitindo que as ações e comportamentos dos cristãos reflitam os valores de Cristo.

Portanto, a interação com o mundo e com aqueles que não compartilham a fé é não apenas permitida, mas necessária para o testemunho do cristão. No entanto, essa interação deve ser feita com discernimento, firmeza e a intenção de promover a verdade e a luz de Cristo. É fundamental que os cristãos se mantenham firmes em sua fé, mesmo quando confrontados com a perversidade, quer dentro, quer fora da Igreja.

Quando se trata de lidar com pessoas que resistem à verdade e, subsequentemente, à correção, a Bíblia oferece várias orientações e princípios que podem ajudar a guiar a atitude e a abordagem dos cristãos nessa situação. Algumas diretrizes práticas e bíblicas:

1. A Confrontação Amorosa

Gálatas 6:1: "Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-lo com espírito de mansidão; e olha por ti mesmo, para que não sejas também tentado."

Quando alguém resiste à verdade, a primeira abordagem deve ser uma confrontação amorosa. A correção deve ser feita com mansidão, visando a restauração, não a condenação.

2. Estabelecer Limites

Tito 3:10-11: "Ao homem que causa divisões, depois de uma e outra admoestação, rejeita; sabendo que tal é pervertido e peca, e já está condenado por seu próprio juízo."

Se a resistência à verdade persistir, é importante estabelecer limites. Paulo aconselha a rejeitar aqueles que causam divisões após repetidas admoestações. Isso não significa ignorar a pessoa, mas sim reconhecer que ela não está disposta a ouvir.

3. Oração e Intercessão

Tiago 5:16: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração do justo pode muito em seus efeitos."

Orar pela pessoa que resiste à verdade é fundamental. A intercessão pode trazer transformação e abertura para que ela escute a correção. É um ato de amor que pode mudar corações.

4. Buscar a Sabedoria de Outros

Provérbios 15:22: "Onde não há conselho, os planos se frustram, mas na multidão de conselheiros há segurança."

Buscar a orientação de líderes espirituais ou conselheiros pode ser útil. Eles podem oferecer sabedoria e apoio ao lidar com a situação.

5. Demonstração de Amor e Compaixão

Romanos 12:21: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem."

Mesmo que a pessoa resista, demonstrar amor e compaixão pode ser uma poderosa testemunha da verdade. O amor genuíno pode eventualmente quebrar a resistência.

6. Ação de Separação, se Necessário

Mateus 18:15-17: "Se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se não ouvir, toma contigo ainda um ou dois, para que, pela boca de duas ou três testemunhas, toda a palavra se estabeleça."

O processo de correção inclui a possibilidade de se afastar da pessoa se a resistência persistir. O objetivo é proteger a comunidade e manter a integridade da fé.

Ao lidar com alguém que resiste à verdade e à correção, os cristãos devem abordar a situação com amor, mansidão e discernimento. Através de confrontação amorosa, oração e, se necessário, separação, pode-se buscar restaurar o relacionamento e preservar a verdade. O amor e a compaixão são sempre fundamentais no processo de correção e restauração.

Na Bíblia, existem várias passagens que falam sobre a exclusão ou disciplina de um membro da comunidade de fé. Essas passagens abordam a importância da pureza e da santidade dentro da Igreja, bem como a necessidade de manter a integridade da fé. Aqui estão alguns versículos que refletem esse conceito:

1. Mateus 18:15-17

Texto: Jesus ensina sobre a disciplina e resolução de conflitos. Ele instrui a ir até o irmão que pecou e, se não ouvir, levar testemunhas e, se necessário, contar à Igreja. Se a pessoa não ouvir a Igreja, deve ser considerada como um "gentio e publicano."

Interpretação: Essa passagem descreve um processo de correção que pode levar à exclusão se a pessoa persistir no pecado.

2. 1 Coríntios 5:1-13

Texto: Paulo aborda um caso de imoralidade sexual na igreja de Corinto e ordena a exclusão do membro envolvido. Ele diz: "Expelí de entre vós o iníquo."

O contexto dessa instrução é crucial para entender a visão de Paulo sobre a pureza da comunidade cristã. Abaixo, segue uma análise do versículo e seu contexto:

Contexto de 1 Coríntios 5: Imoralidade na Igreja: Paulo aborda um caso de imoralidade sexual que era amplamente conhecido, enfatizando que tal comportamento não deveria ser tolerado entre os membros da igreja.

Necessidade de Disciplina: A disciplina, conforme Paulo instrui, é um ato de proteção à comunidade. Ele argumenta que a presença de tal iniquidade pode contaminar todo o corpo da Igreja, similar ao efeito do fermento na massa (1 Coríntios 5:6).

Objetivo da Exclusão: O objetivo da exclusão não é simplesmente punir, mas levar à reflexão e ao arrependimento do indivíduo. Paulo esperava que a disciplina resultasse em restauração (2 Coríntios 2:5-8).

Relevância da Exclusão: A abordagem de Paulo destaca a importância de manter a santidade e a integridade dentro da Igreja. Ele não incentiva a exclusão como um ato de desprezo, mas como um meio de preservar a pureza do corpo de Cristo.

A instrução de Paulo sobre a expulsão do iníquo serve como um chamado para os cristãos a se manterem firmes na verdade e a cuidarem da saúde espiritual da comunidade. Essa prática de disciplina é, portanto, um elemento importante na vida da Igreja, sempre com um foco na restauração e no amor.

3. Tito 3:10-11

Texto: Paulo instrui a rejeitar o homem que causa divisões após uma ou duas advertências, pois tal pessoa é pervertida e já está condenada por seu próprio juízo.

Interpretação: A exclusão é vista como uma ação necessária para proteger a comunidade de divisões e falsos ensinamentos.

4. 2 Tessalonicenses 3:14-15

Texto: Paulo instrui a se afastar de qualquer irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que receberam, mas ainda a tratá-lo como um irmão.

Interpretação: Embora haja uma exclusão em termos de comunhão, ainda existe um chamado ao amor e ao cuidado, indicando que a disciplina deve ser feita com o objetivo de restauração.

5. 1 Timóteo 1:19-20

Texto: Paulo menciona a necessidade de entregar à Satanás alguns que se desviaram da fé, para que aprendam a não blasfemar.

Interpretação: A entrega a Satanás é uma forma severa de disciplina, indicando que a exclusão pode ser necessária para proteger a integridade da Igreja e levar à reflexão e arrependimento.

Esses versículos ilustram que a exclusão ou disciplina dentro da Igreja é uma prática reconhecida na Bíblia, visando a preservação da santidade e integridade da comunidade de fé. A abordagem deve sempre ser feita com amor e o objetivo de restauração, mesmo quando a disciplina é necessária.

Portanto, os cristãos são instruídos a evitar associações íntimas com aqueles que vivem na perversidade não apenas para preservar sua fé e integridade, mas também para promover um testemunho eficaz do amor e da verdade de Cristo no mundo. A prudência nas relações é essencial para manter a santidade e a missão que Deus confiou a cada um de nós.

Leonardo Lima Ribeiro 

O Que a Igreja Não Te Contou: Como a Falta de Fé Pode Impedir Sua Prosperidade Financeira(L10)

(Noruega) Um versículo frequentemente citado que sugere que a generosidade, incluindo a oferta financeira, leva a bênçãos e multiplicação é:...