Um versículo frequentemente citado que sugere que a generosidade, incluindo a oferta financeira, leva a bênçãos e multiplicação é:
Lucas 6:38 (NVI): "Dai, e ser-vos-á dado; uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem, também será usada para medir vocês."
Este versículo reflete a ideia de que a generosidade com os outros resultará em bênçãos abundantes em retorno.
Outro exemplo é:
2 Coríntios 9:6 (NVI): "Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartura."
Esses versículos ressaltam o princípio da semeadura e da colheita, um conceito profundo que permeia a Bíblia e reflete a dinâmica espiritual de dar e receber. A disposição de ofertar com generosidade é mais do que um ato financeiro; é um reflexo do coração e da fé depositada em Deus. Ao oferecer com alegria e sinceridade, o doador demonstra confiança na provisão divina, entendendo que Deus é a fonte de todo recurso e que Suas bênçãos transcendem a matéria.
A promessa implícita nesses versículos não se restringe a uma multiplicação financeira automática, mas envolve uma colheita que pode se manifestar de várias formas: paz, satisfação, crescimento espiritual e, sim, provisão material quando necessário. Em 2 Coríntios 9:6-7, Paulo enfatiza que Deus ama quem dá com alegria, indicando que o coração por trás da oferta é fundamental. Assim, quando se semeia abundantemente, a colheita pode ser não apenas financeira, mas também em forma de relacionamentos fortalecidos, novas oportunidades e um senso de contentamento que só Deus pode proporcionar.
A generosidade é uma forma de se alinhar com os princípios divinos de abundância e reciprocidade, onde a entrega feita com fé e amor pode resultar em bênçãos que superam as expectativas humanas, demonstrando que a fidelidade de Deus está presente em todas as áreas da vida.
No livro de Provérbios, há várias passagens que destacam a importância e a sabedoria de dar de forma generosa. Veja algumas dessas passagens:
Provérbios 11:24-25: "Um dá liberalmente e se torna mais rico; outro retém mais do que é justo e se empobrece. A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado."
Esse versículo mostra que aquele que dá com generosidade acaba sendo recompensado. O princípio de que a generosidade leva à prosperidade está destacado, enquanto reter excessivamente leva à perda.
Provérbios 19:17: "Quem se compadece do pobre empresta ao Senhor, que lhe retribuirá o seu benefício."
Aqui, a generosidade é vista como um empréstimo ao próprio Deus, que promete retribuir com bênçãos. Essa é uma poderosa expressão da importância de ajudar aos necessitados, confiando que Deus retribuirá a bondade.
Provérbios 22:9: "O generoso será abençoado, porque reparte o seu pão com o pobre."
Esse versículo ressalta que a generosidade atrai bênçãos, sublinhando a sabedoria de compartilhar com quem precisa.
Esses trechos de Provérbios ensinam que a generosidade não apenas beneficia os outros, mas também traz prosperidade e bênçãos ao doador. O ato de dar é, portanto, um reflexo da sabedoria divina, mostrando confiança em Deus e compromisso com o bem-estar coletivo.
No livro de Atos, há uma ênfase clara na generosidade e no compartilhamento dos bens entre os primeiros cristãos, mostrando como a prática de dar abençoava a comunidade e promovia unidade e cuidado mútuo. Veja os seguintes trechos:
Atos 2:44-45: "Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade."
Esse versículo mostra a disposição dos primeiros cristãos de compartilhar o que tinham de forma voluntária e generosa. A comunidade cuidava uns dos outros e ninguém passava necessidade, evidenciando que a generosidade resultava em benefício coletivo e em um espírito de união.
Atos 4:32-35: "Da multidão dos que criam, era um o coração e a alma; ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade."
Este trecho destaca que a generosidade na igreja primitiva era acompanhada de bênçãos e graça abundantes. Os membros da comunidade que davam de forma voluntária e sacrificial viam um retorno não apenas em termos materiais, mas também em uma forte coesão e suporte espiritual.
Esses exemplos de Atos enfatizam a importância e o impacto positivo de dar generosamente. A prática fortalecia a comunidade e refletia um coração alinhado com os ensinamentos de Cristo, mostrando que a generosidade trazia benefícios para todos e demonstrava a presença ativa de Deus na vida da igreja.
O princípio da generosidade e da recompensa por dar é evidente nos quatro Evangelhos através dos ensinamentos e ações de Jesus. Aqui estão alguns exemplos que refletem esse princípio:
1. Evangelho de Mateus:
Mateus 6:3-4: "Mas, quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita, para que a sua esmola fique em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo, o recompensará."
Jesus ensina que a generosidade deve ser sincera e feita sem buscar reconhecimento humano, com a promessa de que Deus recompensará aquele que dá com o coração puro.
2. Evangelho de Marcos:
Marcos 12:41-44 (A oferta da viúva pobre): "Jesus sentou-se em frente do lugar onde eram colocadas as ofertas e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de oferta. Muitos ricos lançavam grandes quantias. Então, uma viúva pobre chegou-se e colocou duas pequenas moedas de cobre, de muito pouco valor. Chamando os seus discípulos, Jesus declarou: 'Digo-lhes a verdade: Esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver.'"
Aqui, Jesus destaca a generosidade sacrificial e enfatiza que a verdadeira oferta é medida pelo coração e pelo sacrifício, não pela quantidade.
3. Evangelho de Lucas:
Lucas 6:38: "Dêem, e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada. Pois a medida que usarem, também será usada para medir vocês."
Esse versículo reflete a promessa de que a generosidade será recompensada por Deus de maneira abundante. A linguagem de "boa medida, calcada, sacudida e transbordante" sugere que quem dá com liberalidade receberá de volta de forma ainda mais generosa.
4. Evangelho de João:
João 12:3-8 (A unção de Jesus em Betânia): "Então Maria pegou um frasco de perfume de nardo puro, que era caro, derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância do perfume. [...] Disse Jesus: 'Deixe-a em paz; que ela guarde isto para o dia do meu sepultamento. Pois os pobres vocês sempre terão consigo, mas a mim nem sempre terão.'"
Esse evento mostra um ato de generosidade extravagante. Jesus elogia a ação de Maria, sublinhando que gestos de sacrifício em prol d'Ele têm valor eterno.
Esses trechos nos quatro Evangelhos ensinam que a generosidade e a disposição de dar com o coração sincero e altruísta são princípios que resultam em bênçãos e reconhecimento de Deus, enfatizando o valor espiritual e a promessa divina associada ao ato de dar.
Nos livros proféticos do Antigo Testamento, encontramos vários exemplos e ensinamentos que destacam a generosidade e o princípio de dar. Os profetas frequentemente enfatizam a justiça, o cuidado com os pobres e a retribuição divina para aqueles que demonstram generosidade. Aqui estão alguns exemplos:
1. Isaías:
Isaías 58:6-11: "Não é este o jejum que escolhi? Que soltes as correntes da injustiça, desfaças as cordas do jugo, ponhas em liberdade os oprimidos e rompam todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou e não recusar ajuda ao próximo? [...] Se você gastar de si mesmo em favor dos famintos e satisfizer o desejo dos aflitos, então a sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio-dia. O Senhor o guiará continuamente; ele satisfará seus desejos numa terra ressequida e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam."
Nesse trecho, Isaías mostra que a verdadeira devoção a Deus inclui a generosidade e o cuidado com os necessitados. O resultado dessa ação é a promessa de uma vida abençoada e guiada pelo Senhor.
2. Jeremias:
Jeremias 22:15-16: "Acaso você é rei só porque vive em palácios revestidos de cedro? Seu pai não tinha comida e bebida? Ele praticava o direito e a justiça, e por isso tudo ia bem com ele. Ele defendeu a causa do pobre e do necessitado, e por isso tudo ia bem. 'Não é isso conhecer-me?', declara o Senhor."
Jeremias destaca que agir com generosidade e justiça é essencial para quem deseja conhecer verdadeiramente a Deus. Cuidar dos pobres e necessitados é um reflexo do caráter divino.
3. Ezequiel:
Ezequiel 18:7-9: "Se não oprimir a ninguém, devolver o que tomou como penhor numa dívida, não cometer roubo, der sua comida aos famintos e vestir o nu, se não emprestar visando lucro, não cobrar juros, abster-se de fazer o mal e julgar com justiça entre duas partes, ele segue os meus decretos e guarda as minhas leis fielmente — esse homem é justo; com certeza ele viverá", diz o Senhor Soberano.
Ezequiel descreve a justiça como um comportamento que inclui a generosidade e a equidade. A promessa de Deus é que aqueles que agem de maneira justa e generosa viverão.
4. Provérbios (livro poético, mas com tons proféticos):
Provérbios 11:24-25: "Quem dá com generosidade, vê crescer as suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá."
Embora Provérbios seja um livro de sabedoria, ele contém princípios que ecoam nos profetas: a generosidade leva à prosperidade e ao favor de Deus, enquanto a avareza resulta em perda.
5. Amós:
Amós 5:11, 14: "Vocês oprimem o pobre e lhe extorquem trigo, por isso vocês construíram casas de pedra lavrada, mas nelas não morarão; plantaram vinhas nobres, mas não beberão do seu vinho. [...] Busquem o bem, não o mal, para que tenham vida. Então o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará com vocês, como vocês dizem."
Amós denuncia a opressão e exorta o povo a buscar o bem e agir com justiça, o que inclui a generosidade e o apoio aos menos favorecidos.
Esses exemplos dos livros proféticos revelam que a generosidade e o cuidado com os necessitados são atitudes valorizadas por Deus, e que há bênçãos associadas a esses atos. Além disso, a falta de generosidade e o egoísmo são frequentemente condenados, mostrando que o coração disposto a dar é fundamental para uma vida abençoada e alinhada com a vontade de Deus.
É possível afirmar que a prática da justiça, que inclui a generosidade e o cuidado com o próximo, é uma evidência do coração convertido e redimido em Cristo. A Bíblia nos ensina que um verdadeiro relacionamento com Deus se reflete em ações que demonstram amor, compaixão e justiça. Se alguém não pratica essas virtudes, pode indicar que sua compreensão do evangelho ainda não resultou em uma transformação interna completa.
Fundamentação Bíblica:
Tiago 2:14-17: "De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitado de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: ‘Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se’, sem, porém, lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta."
Este trecho ressalta que a fé verdadeira deve ser acompanhada por ações que reflitam a justiça e a compaixão. Se uma pessoa não demonstra essas práticas, pode-se questionar se sua fé é genuína.
1 João 3:17-18: "Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade."
João enfatiza que o amor de Deus em nós se manifesta de forma prática. A falta de generosidade e compaixão pode indicar que o amor de Deus não está presente em nossa vida.
Mateus 25:35-40: "Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram. [...] Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes."
Jesus ensina que a prática da justiça e da generosidade com os necessitados é vista como um serviço a Ele. Isso demonstra que essas ações são marcas do coração transformado e da verdadeira fé.
A ausência de práticas de justiça e generosidade pode ser um sinal de que o coração ainda não foi plenamente transformado por Cristo. A salvação e o novo nascimento devem resultar em um estilo de vida que reflete o caráter de Cristo, e isso inclui o cuidado com os pobres, a generosidade e a prática da justiça. Se essas atitudes não estão presentes, é importante que a pessoa reflita sobre sua caminhada espiritual e busque um relacionamento mais profundo e sincero com Deus.
Ainda dentro desse contexto:
A honra financeira aos ministros do evangelho é um princípio importante, refletindo o reconhecimento e a valorização do trabalho espiritual que eles desempenham. A prática de sustentar aqueles que dedicam suas vidas ao ministério é vista como parte do exercício da justiça, generosidade e respeito ao propósito divino.
Fundamentação Bíblica:
1 Timóteo 5:17-18: "Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino. Pois a Escritura diz: 'Não amordaces o boi enquanto está debulhando' e 'O trabalhador merece o seu salário'."
Este trecho sublinha que aqueles que servem na pregação e no ensino devem receber uma compensação justa, sendo considerados dignos de honra. Paulo aqui faz referência às Escrituras do Antigo Testamento para reforçar o princípio de que é correto e justo que os ministros recebam sustento por seu trabalho.
Gálatas 6:6: "Aquele que está sendo instruído na palavra deve repartir todas as coisas boas com aquele que o instrui."
Essa passagem destaca a responsabilidade dos crentes de compartilhar suas bênçãos materiais com os que os instruem espiritualmente. É um chamado à generosidade e ao reconhecimento do valor do trabalho espiritual.
1 Coríntios 9:13-14: "Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo recebem alimento do templo, e que aqueles que servem ao altar participam do que é oferecido no altar? Assim também o Senhor ordenou àqueles que pregam o evangelho que vivam do evangelho."
Paulo, em sua carta aos coríntios, explica que os ministros do evangelho têm o direito de ser sustentados pelo trabalho que realizam. Ele traça um paralelo com o sistema levítico, onde os sacerdotes e levitas recebiam sustento por meio das ofertas do templo.
O Princípio da Honra e Generosidade:
A prática de honrar financeiramente os ministros não se limita a apenas suprir suas necessidades básicas; ela reflete um reconhecimento de sua dedicação e do valor do serviço que prestam à comunidade de fé. Essa honra deve ser dada com um coração generoso e em obediência aos princípios bíblicos, reconhecendo que o sustento dos ministros contribui para o avanço do evangelho e para a edificação espiritual da igreja.
Reflexão Prática:
Honrar os ministros financeiramente é uma demonstração de gratidão a Deus pelo dom que Ele deu à igreja através desses líderes. É um modo de participar no ministério, garantindo que aqueles que servem em tempo integral possam se dedicar à obra sem preocupações financeiras. Essa prática de generosidade contribui para um ciclo virtuoso de bênçãos, conforme ensinado em Lucas 6:38, que diz: "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordante vos deitarão no regaço. Porque com a mesma medida com que medirdes vos medirão de novo."
A honra financeira aos ministros do evangelho é parte de um compromisso bíblico de praticar a justiça e a generosidade. É uma evidência de um coração transformado e comprometido com os valores do Reino de Deus. Sustentar e honrar aqueles que dedicam suas vidas à obra do Senhor reflete a gratidão e o reconhecimento de que suas contribuições espirituais são fundamentais para a edificação da fé e o crescimento do Corpo de Cristo.
pode-se argumentar que a negligência em cumprir o princípio da generosidade e da honra financeira, incluindo o sustento dos ministros do evangelho, pode afetar a prosperidade dos cristãos. Essa ideia está enraizada nos princípios bíblicos que mostram a relação entre obediência, generosidade e bênçãos.
Fundamentação Bíblica:
Malaquias 3:8-10: "Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes."
Explicando esse conceito em um contexto espiritual, a prática de ofertar e dizimar é mais do que uma mera obrigação religiosa; ela reflete uma atitude do coração e uma expressão de confiança em Deus como provedor. Na Bíblia, essa prática é vista como um ato de fé e obediência que demonstra que os crentes reconhecem a soberania de Deus sobre todas as áreas de suas vidas, inclusive a financeira.
Quando os crentes ofertam e dizimam, eles estão simbolicamente entregando uma parte dos seus recursos em gratidão e reconhecimento de que tudo o que têm vem de Deus. Isso não é apenas uma transação financeira, mas um ato espiritual que manifesta generosidade, fé e comprometimento com o Reino de Deus. Em contrapartida, a Bíblia promete que Deus retribui essa obediência com bênçãos espirituais e materiais, como um reflexo da abundância que Ele oferece aos que O honram.
Por outro lado, a falha em cumprir esses princípios pode ser vista como um indicativo de um coração que ainda não está completamente rendido ou confiante em Deus. Essa atitude pode fechar portas espirituais de bênçãos, pois demonstra uma dependência excessiva de si mesmo e uma falta de fé na provisão divina. Em Malaquias 3:10, Deus convida os crentes a testá-Lo na prática dos dízimos e ofertas, prometendo que abrirá as janelas do céu e derramará bênçãos sobre aqueles que obedecem. Essa promessa destaca que, no reino espiritual, a generosidade é uma chave que libera a provisão divina e permite que os crentes experimentem a plenitude das bênçãos de Deus.
Sendo assim, o ato de ofertar e dizimar é uma expressão de um relacionamento autêntico com Deus, onde a fé e a confiança Nele são demonstradas por meio de ações práticas. Quando isso é negligenciado, pode haver consequências espirituais, como um bloqueio de bênçãos que Deus deseja derramar, e a falta de autoridade na ministração da palavra.
Provérbios 11:24-25: "Há quem dê generosamente e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá."
Aqui, Salomão ensina que a generosidade leva à prosperidade, enquanto a avareza e a retenção egoísta resultam em perdas. Essa verdade reforça que, ao não praticar a generosidade, incluindo o sustento dos ministros, os cristãos podem estar limitando as bênçãos em suas vidas.
Lucas 6:38: "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordante vos deitarão no regaço. Porque com a mesma medida com que medirdes vos medirão de novo."
Jesus ensina que a medida da generosidade de uma pessoa é proporcional à medida da bênção que ela receberá. Falhar em praticar a generosidade pode, portanto, resultar em uma medida menor de retorno.
Reflexão Prática:
O não cumprimento dos princípios de generosidade e honra financeira reflete um coração fechado e, potencialmente, uma falta de confiança nas promessas de Deus. Tal atitude pode afetar a prosperidade não apenas materialmente, mas também espiritualmente. O apóstolo Paulo em 2 Coríntios 9:6 diz: "Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com abundância, com abundância também ceifará." Essa afirmação mostra que a prosperidade está atrelada à disposição de semear com generosidade.
Não honrar esses princípios pode, sim, ser uma razão pela qual muitos cristãos não prosperam como poderiam. A Bíblia ensina que a generosidade e o sustento dos ministros do evangelho são formas de obedecer a Deus e demonstrar confiança em Sua provisão. Aqueles que praticam essa obediência, sustentando os líderes espirituais e repartindo com generosidade, abrem caminho para bênçãos e prosperidade em suas vidas. Por outro lado, a omissão e a retenção podem limitar as bênçãos, refletindo a advertência bíblica de que "há quem retenha mais do que é justo, e isso lhe acarreta pobreza" (Provérbios 11:24).
A incredulidade pode de fato fechar o coração para as verdades espirituais que Deus deseja revelar. A razão, quando se coloca acima da fé, muitas vezes impede que o crente experimente as bênçãos e a provisão de Deus, porque a fé é a chave para abrir os portões da revelação divina. O apóstolo Paulo fala sobre isso em 2 Coríntios 5:7: "Porque andamos por fé, e não por vista." Isso nos ensina que a fé, e não apenas a razão ou o entendimento humano, é o que nos conecta com as verdades espirituais de Deus.
Quando nos apoiamos exclusivamente na razão, é comum tentar entender os princípios espirituais apenas com base em lógica humana e nas limitações da nossa experiência pessoal. Porém, muitas vezes, os caminhos de Deus transcendem a compreensão humana. Isaías 55:8-9 declara: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos."
Deus opera em um nível espiritual que vai além da razão humana, e para receber a plenitude das bênçãos que Ele deseja nos conceder, é necessário crer Nele e nos Seus princípios, mesmo que não consigamos compreender tudo. Quando há incredulidade, nosso coração pode se fechar para o mover de Deus, como vemos em Marcos 6:5-6, onde Jesus não pôde realizar muitos milagres em Nazaré por causa da incredulidade das pessoas. Ele "se maravilhou com a falta de fé" daquela cidade, o que impede a manifestação do poder de Deus.
A incredulidade pode ser um obstáculo, não porque Deus não queira agir, mas porque Ele respeita nossa liberdade de escolha. Ele nos chama a confiar Nele e a dar passos de fé, que muitas vezes nos desafiam a acreditar no que não podemos ver ou entender com a nossa razão. Em Mateus 17:20, Jesus diz: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: 'Passa daqui para lá', e ele passará; e nada vos será impossível."
O fato de você se apoiar excessivamente na razão e não crer totalmente pode, sim, fechar seu coração para a verdade de Deus, limitando a obra que Ele pode realizar em sua vida. Mas a boa notícia é que, ao escolher dar espaço para a fé, Deus pode abrir seu coração para experimentar Suas verdades e Seu poder de maneiras que vão além da razão humana. O próprio Jesus disse que "tudo é possível ao que crê" (Marcos 9:23), mostrando que, ao confiar plenamente em Deus, as limitações da razão podem ser superadas, permitindo que se experimentem milagres e bênçãos divinas.
Deus abençoe vocês
Leonardo Lima Ribeiro